Guerra

Israel propõe trégua de 2 meses em troca de reféns

 

Israel propôs uma trégua de dois meses na Faixa de Gaza nesta segunda-feira, 22, em troca da libertação de reféns israelenses que o grupo extremista Hamas ainda mantém no território.

De acordo com o jornal israelense Walla, a informação foi confirmada por dois funcionários de alto escalão do governo. O governo israelense enviou para o Egito e o Catar uma proposta de cessar-fogo no território e que também incluiria a liberação de prisioneiros palestinos. Israel estima que 136 reféns ainda estão na Faixa de Gaza. Em declarações recentes, Benjamin Netanyahuestava relutante para chegar a um acordo com o Hamas e defendeu a pressão militar como forma de garantir a libertação do prisioneiros.

Em novembro, a trégua de uma semana libertou 105 reféns israelenses e 240 reféns palestinos. Caso ocorra a nova trégua, a intenção é dividir os dois meses em fases, que incluiria, primeiramente, a liberação de mulheres, homens acima de 60 anos e pessoas com saúde grave. Israel aguarda uma resposta do Hamas à proposta.

Deu na JP News

Guerra, Mundo

Base aérea dos EUA no Iraque é atacada por milícias ligadas ao Irã

 

Dois soldados americanos ficaram feridos neste sábado, 20, após um ataque à base aérea de Al-Asad, no Iraque. De acordo com autoridades, o ataque foi realizado por milícias apoiadas pelo Irã, que dispararam foguetes e mísseis contra a base. Esses ataques são considerados os mais graves entre os cerca de 140 disparos que ocorreram contra as tropas americanas no Iraque e na Síria desde o início do conflito entre Israel e Hamas, em outubro. Além dos soldados americanos, um soldado iraquiano também ficou ferido. A base aérea de Al-Asad, localizada no deserto ocidental do Iraque, é usada principalmente pelas forças iraquianas, mas ainda abriga um contingente dos EUA. Atualmente, há 2,5 mil soldados americanos no Iraque e 900 na Síria, que apoiam as forças iraquianas e curdas na luta contra o Estado Islâmico.
Nos últimos três meses, ocorreram 140 ataques de milícias contra tropas americanas no Iraque e na Síria, sendo 57 no Iraque e 83 na Síria. Esses ataques resultaram em ferimentos para cerca de 70 membros do pessoal dos EUA, incluindo lesões cerebrais traumáticas. No entanto, a maioria das tropas conseguiu retornar ao trabalho rapidamente. O ataque à base de Al-Asad ocorreu horas depois de o Irã acusar Israel de lançar um ataque aéreo contra a capital síria, Damasco, que matou cinco militares iranianos. Ainda não está claro se os ataques das milícias no Iraque estão relacionados aos ataques anteriores na Síria. As milícias ligadas ao Irã no Iraque, conhecidas como o Eixo da Resistência, afirmaram em comunicado que o ataque à base de Al-Asad foi uma resposta à guerra de Israel em Gaza, sem mencionar o ataque na Síria.

Deu na EFE

Guerra, Mundo

Paquistão responde a bombardeios que mataram duas crianças com ataques contra o Irã

Autoridades de segurança paquistanesas verificam pessoas em um posto de controle na estrada em Quetta, capital da província do Baluchistão, após os ataques liderados pelo Irã| Foto: EFE/EPA/FAYYAZ AHMED

 

O regime do Irã afirmou que nove pessoas morreram em ataques realizados na madrugada desta quinta-feira (18) pelo Paquistão contra grupos insurgentes em solo iraniano, aumentando as tensões entre os dois países.

“Três mulheres, quatro crianças e dois homens de nacionalidade estrangeira foram mortos em um vilarejo a três ou quatro quilômetros da fronteira com o Irã”, disse o ministro do Interior iraniano, Ahmad Vahidi, à agência de notícias oficial IRNA. Ele não ofereceu mais detalhes sobre o caso.

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Paquistão informou que vários terroristas foram mortos durante os bombardeios, que atingiram esconderijos de insurgentes na província iraniana de Sistão-Baluchistão.

De acordo com a declaração, os atentados foram realizados devido à inação do Irã para conter a atividade insurgente. Em resposta, o governo de Teerã convocou o encarregado de negócios do Paquistão nesta manhã para buscar uma explicação para os ataques.

Os bombardeios ocorreram depois que o país persa atingiu duas bases do grupo terrorista sunita Yeish al Adl em território paquistanês com mísseis e drones na terça-feira (16), matando duas crianças, de acordo com Islamabad, que alertou sobre “graves consequências”.

O Yeish al Adl é um grupo sunita que se opõe ao regime xiita do Irã e que busca a independência da província de Sistão-Baluchistão, que fica na fronteira entre os dois países.

Em represália, o governo paquistanês convocou seu embaixador em Teerã para consultas e anunciou a suspensão de todas as visitas de alto nível com o Irã, ao mesmo tempo em que pediu ao país persa que convocasse seu embaixador em Islamabad.

O primeiro-ministro interino do Paquistão, Anwaarul Haq Kakar, decidiu interromper sua estada em Davos, na Suíça, onde participava do Fórum Econômico Mundial, devido à eclosão de uma crise diplomática com o Irã que desencadeou o bombardeio iraniano de instalações insurgentes em solo paquistanês.

“O primeiro-ministro do Paquistão, Anwaarul Haq Kakar, que está atualmente em Davos para participar da 54ª reunião anual do Fórum Econômico Mundial, decidiu interromper sua viagem em vista dos acontecimentos atuais”, declarou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Paquistão, Mumtaz Baloch, em entrevista coletiva.

A porta-voz afirmou que o chanceler do Paquistão, Jalil Abbas Jilani, que está em Uganda para participar da 19ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo ddo Movimento de Países Não Alinhados e da Terceira Cúpula do Sul do Grupo dos 77 e da China, também interrompeu sua breve visita à luz dos acontecimentos recentes. (Com Agência EFE)

Deu na Gazeta do Povo

Guerra

Israel destrói 700 lançadores de foguetes do Hamas

A embaixada de Israel no Brasil informou que os soldados das Forças de Defesa do país começaram operação na Faixa de Gaza para apreender e destruir foguetes e lançadores. Segundo a embaixada, mais de 700 lançadores de foguetes foram destruídos.

O objetivo é remover a capacidades de lançamento de foguetes do Hamas e impedir novos ataques aéreos em direção a Israel.

Durante a missão, o Hamas chegou a disparar contra Israel a partir de uma escola e de uma mesquita na Faixa de Gaza, outros lançadores de foguetes carregados e prontos para lançar foram achados dentro de um cemitério.

Deu na JP News

 

 

 

Guerra

Israel e Hamas concordam com entrada de medicamentos em Gaza, inclusive para reféns

Foto: ABIR SULTAN 

 

Israel e o grupo terrorista Hamas concordaram, com a mediação do Catar, com a entrada na Faixa de Gaza de medicamentos, que também devem chegar aos 136 reféns que o grupo terrorista palestino mantém dentro do território.

“Isso permitirá a entrada de medicamentos para os reféns mantidos pela organização terrorista Hamas em Gaza, como parte do sistema de ajuda humanitária de Israel para a Faixa”, anunciou em comunicado o Gabinete do primeiro-ministro do país.

O acordo foi negociado no Catar pelo chefe do Mossad (serviço de inteligência israelense), David Barnea, sob as ordens do premiê Benjamin Netanyahu.

“A medicação será administrada a eles nos próximos dias”, diz o comunicado.

Nesta semana, tanto Israel quanto o Hamas recusaram uma proposta do Catar para outro acordo de trégua que prevê a libertação de todos os prisioneiros em troca de um cessar-fogo permanente.

Israel vem exigindo há semanas que a Cruz Vermelha tenha acesso ao enclave para que suas equipes médicas tratem dos 136 reféns restantes – estima-se que 25 deles estejam mortos -, muitos deles feridos ou com problemas médicos pré-existentes.

O Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestina (ANP), com sede em Ramallah, na Cisjordânia, também anunciou o envio de medicamentos e suprimentos médicos para a Faixa de Gaza por meio do Banco Mundial (BM), a serem distribuídos pela Unicef.

Além disso, um novo lote de vacinas contra a poliomielite também entrará no território, graças ao financiamento do Egito.

Deu na Gazeta do Povo

Guerra

Israel anuncia fim das grandes operações no norte de Gaza e destruição da infraestrutura do Hamas

 

O exército de Israel declarou neste domingo, 7, que concluiu as grandes operações de combate no norte de Gaza e finalizou o desmantelamento da infraestrutura militar do Hamas na região.

Essa ação ocorre exatamente no momento em que a guerra contra o grupo terrorista completa três meses. O porta-voz das forças militares, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou no sábado, 6, que não há planos de enviar mais tropas para o norte de Gaza. Ele ressaltou que as forças continuarão a fortalecer as defesas ao longo da cerca entre Israel e Gaza, além de concentrar seus esforços nas áreas central e sul do território.

O anúncio foi feito antes da visita do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a Israel. Membros da administração de Joe Biden têm instado Israel a reduzir sua campanha aérea e terrestre em Gaza, optando por ataques mais direcionados contra os líderes do Hamas, a fim de evitar danos aos civis palestinos.

Nas últimas semanas, Israel já vinha diminuindo suas operações militares no norte de Gaza e intensificando suas ações no sul do território, onde a maioria dos 2,3 milhões de palestinos que vivem em Gaza está presa em áreas cada vez menores sob bombardeios israelenses, o que tem gerado uma crise humanitária. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou neste domingo que a guerra não terminará até que os objetivos de eliminar o Hamas, recuperar os reféns israelenses e garantir que Gaza não seja uma ameaça para Israel sejam alcançados.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, os ataques israelenses já causaram a morte de mais de 22,8 mil palestinos e feriram mais de 58 mil. No entanto, esses números não foram confirmados de forma independente.

Neste domingo, dois jornalistas foram mortos em um ataque aéreo perto da cidade de Rafah, no sul de Gaza. Entre as vítimas está Hamza Dahdouh, filho mais velho de Wael Dahdouh, principal correspondente da Al-Jazeera em Gaza. A Al-Jazeera exibiu imagens emocionantes de Dahdouh chorando sobre o corpo de seu filho antes de sair atordoado. Outro ataque aéreo atingiu uma casa entre Khan Younis e Rafah, matando pelo menos sete pessoas. Os corpos foram levados para um hospital próximo, de acordo com um jornalista da Associated Press presente no local. As forças israelenses estão avançando sobre a cidade central de Deir al-Balah, onde os moradores de vários bairros foram alertados no sábado para evacuarem suas casas por meio de panfletos lançados sobre a cidade. A organização Médicos Sem Fronteiras anunciou a retirada de sua equipe médica e suas famílias do Hospital dos Mártires de Al Aqsa, em Deir al-Balah, devido ao aumento do perigo.

A Organização Mundial da Saúde fez um apelo pela proteção dos profissionais de saúde em toda Gaza. O porta-voz militar, Hagari, afirmou que são esperados combates esporádicos no norte de Gaza, juntamente com disparos ocasionais de foguetes em direção a Israel. Ele ressaltou que membros do Hamas ainda estão presentes, mas sem uma estrutura organizada e sem comandantes.

Deu na JP News

Guerra

Israel ataca a Síria após lançamento de dois foguetes

Cerca fronteiriça entre Israel e Síria, nas Colinas de Golã.| Foto: EFE/ Joan Mas Autonell

 

O Exército de Israel atacou, na sexta-feira (29), vários pontos da Síria após o lançamento de dois foguetes contra o seu território, enquanto a tensão devido à guerra em Gaza continua elevada e as hostilidades com o Hezbollah continuam na fronteira com o Líbano.

Depois que as sirenes soaram em locais no norte de Israel, “dois lançamentos (de projéteis) foram identificados cruzando desde a Síria” e “caíram em campo aberto”, disse um porta-voz militar israelense. Segundo ele, depois disso as forças israelenses “estão atacando os pontos de origem do fogo”.

Por sua vez, acrescentou que horas antes, após mais um dia de fogo cruzado sustentado na zona fronteiriça entre Israel e Líbano, as Forças de Defesa de Israel atacaram novamente a infraestrutura da milícia xiita libanesa Hezbollah e um local de lançamento de foguetes do grupo.

A milícia xiita assumiu, hoje, a responsabilidade por oito novas ações contra alvos militares no norte de Israel.

Por outro lado, Israel costuma atacar a Síria em retaliação após lançar projéteis no seu território, algo que vem acontecendo desde o início da guerra contra o grupo terrorista Hamas em Gaza, em 7 de outubro, embora de forma bastante intermitente e escalonada, sem adquirir o nível das hostilidades alcançadas com o Hezbollah no Líbano.

Da mesma forma, a Síria também acusou hoje Israel de ter lançado antes um ataque com mísseis nos arredores de Damasco, o segundo em um período de apenas algumas horas e que ocorreu depois de outra ação atribuída a Israel de ter matado um conselheiro militar da Guarda Revolucionária iraniana.

As milícias iranianas e pró-iranianas estão presentes na Síria como aliadas do ditador sírio, Bashar al-Assad, e os ataques israelenses têm frequentemente como alvo algumas das suas posições, armazéns de armas ou mesmo comboios de abastecimento.

 

Guerra

Venezuela realiza exercícios militares após chegada de navio de guerra britânico à Guiana

 

Mais de 5.600 efetivos participaram nesta quinta-feira, 28, de exercícios militares ordenados pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em resposta à chegada de um navio de guerra britânico à Guiana, que negou planejar “uma ação ofensiva” contra o país vizinho. A chegada do HMS Trent rompe uma trégua frágil entre os dois países em meio à disputa secular pelo território de Essequibo, rico em petróleo. “Ordenei a ativação de uma ação conjunta de toda a Força Armada Nacional Bolivariana sobre o Caribe Oriental da Venezuela, sobre a Fachada Atlântica, uma ação conjunta de caráter defensivo e em resposta à provocação e à ameaça do Reino Unido contra a paz e a soberania de nosso país”, disse Maduro em uma transmissão de rádio e televisão, acompanhado do alto comando das forças armadas.

A Guiana, uma ex-colônia britânica, negou que a chegada do HSM Trent faça parte de planos para um ataque. “Estas são associações destinadas a aumentar a segurança interna, não representam uma ameaça a ninguém e, de forma alguma, pretendem ser agressivas ou constituir um ato ofensivo”, afirmou no Facebook o presidente da Guiana, Irfaan Ali. O vice-presidente guianense, Barrat Jagdeo, disse mais cedo que a Guiana não planejava “invadir a Venezuela. O presidente Maduro sabe disso”, ressaltou Jagdeo, que descartou um cancelamento da “atividade programada” com os britânicos. Uma fonte do Ministério das Relações Exteriores da Guiana afirmou à AFP que o HMS Trent chegará à sua costa na sexta-feira e ficará em seu território por “menos de uma semana” para exercícios de defesa em mar aberto. Não está previsto que atraque em Georgetown.

A primeira fase dos exercícios militares venezuelanos contou com 5.682 combatentes, segundo a transmissão, que mostrou aviões de guerra patrulhando a área e o slogan no rádio de “papel de combate”. Participaram caças F-16 e Sukhoi russos, além de embarcações, navios-patrulha, lanchas armadas com mísseis e veículos anfíbios. Os exercícios foram mobilizados a partir do estado de Sucre (nordeste), perto de Trinidade e Tobago, em frente aos limites das águas disputadas com a Guiana. A Venezuela havia pedido mais cedo à Guiana que tomasse “ações imediatas para a retirada do navio HMS Trent” e se abstivesse “de continuar envolvendo potências militares na controvérsia territorial”.

Maduro e Ali reuniram-se no último dia 14 em São Vicente e Granadinas, onde concordaram que seus governos, “direta e indiretamente”, não “usarão a força mutuamente em nenhuma circunstância”. “Acreditamos na diplomacia, no diálogo, na paz”, disse Maduro. “Mas ninguém deve ameaçar a Venezuela, ninguém deve mexer com a Venezuela. Somos homens de paz, somos um povo de paz, mas somos guerreiros e essa ameaça é inaceitável para qualquer país soberano (…), inaceitável a ameaça do decadente, corrupto ex-império do Reino Unido. Não aceitamos”.

Em 18 de dezembro, o chefe da diplomacia do Reino Unido nas Américas, David Rutley, reafirmou o apoio do governo britânico à Guiana, em um encontro em Georgetown com Ali. A Venezuela afirma que o Essequibo, uma região de 160.000 km² rica em recursos naturais, faz parte de seu território, como em 1777, quando era colônia da Espanha, e apela ao Acordo de Genebra, assinado em 1966, antes da independência da Guiana do Reino Unido, que estabelecia as bases para uma solução negociada e anulava um laudo de 1899, que Georgetown pede que a Corte Internacional de Justiça (CIJ) ratifique.As tensões entre os dois países se intensificaram após a realização de um referendo sobre a soberania de Essequibo em 3 de dezembro na Venezuela, o que despertou o temor de um conflito armado entre os vizinhos. O HMS Trent foi deslocado para o Caribe para combater o tráfico de drogas no início de dezembro, embora costume operar no Mar Mediterrâneo.

Guerra

Netanyahu diz que Israel tomará controle da segurança em Gaza quando a guerra terminar

 

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste sábado (16) que seu país assumirá o “controle da segurança” da Faixa de Gaza quando a guerra terminar e o grupo terrorista Hamas for eliminado, e rejeitou que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) assuma esse papel, como sugeriram os Estados Unidos, seu principal aliado.

“Entre amigos, devemos dizer a verdade e não criar ilusões, especialmente em uma questão existencial como essa. Repito aos nossos amigos: após a eliminação do Hamas, a Faixa de Gaza será desmilitarizada, estará sob o controle de segurança de Israel e não haverá nenhum fator que nos ameace, nem que eduque seus filhos para nos destruir”, declarou Netanyahu em uma mensagem aos EUA sobre o possível papel da ANP no futuro do enclave.

A gestão do presidente Joe Biden, dos EUA, insistiu com o governo de Netanyahu para que pensasse em quem governará a Faixa de Gaza quando a guerra terminar, e rejeitou a retomada da política de assentamentos de colonos do enclave por parte de Israel, que foi desmantelada em 2005.

O assessor de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, visitou Israel e a Cisjordânia nesta semana e comentou que a ANP deve ser fortalecida para assumir a tarefa de governar a Faixa de Gaza, onde os terroristas do Hamas tomaram o poder em 2007 e expulsaram a entidade, controlada pelo partido secular Fatah, do presidente Mahmoud Abbas.

“Não permitirei que substituamos ‘Hamastão’ por ‘Fatahstão’, que substituamos Khan Younis por Jenin – um foco de violência na Cisjordânia e um reduto de milícias armadas. Não permitirei que o Estado de Israel repita o erro fatal de Oslo, que trouxe para o coração de nosso país e de Gaza os elementos mais extremistas do mundo árabe, que estão comprometidos com a aniquilação do Estado de Israel e que educam seus filhos para esse fim”, disse Netanyahu.

O premiê insistiu que não se trata de um debate sobre se o Hamas ou o Fatah devem governar, já que “ambos buscam a eliminação do Estado de Israel”, e criticou a ANP por não condenar o massacre do grupo islâmico em solo israelense no dia 7 de outubro.

“Então eles governarão Gaza no ‘dia seguinte’? Será que não aprendemos nada? Como primeiro-ministro de Israel, não permitirei que isso aconteça”, argumentou.

O primeiro-ministro se dirigiu aos cidadãos de Israel para avisá-los sobre a guerra que “a vitória levará tempo, mas continuará até o fim”.

“Apesar da enorme dor, apesar da dor de partir o coração, apesar das pressões internacionais, continuaremos até o fim. Nada nos deterá até alcançarmos a vitória”, comentou.

Netanyahu também descreveu como “terrível tragédia” o incidente ocorrido na sexta-feira, quando o Exército israelense matou por engano três reféns que confundiu com membros do Hamas em combates em Shujaiya, na mesma semana em que encontrou os corpos de outros cinco cativos dentro da Faixa.

Deu na Gazeta do Povo

Guerra

Reunião entre Venezuela e Guiana para abordar a questão do Essequibo ocorre nesta quinta

O primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves| Foto: EFE/Matías Martín Campaya

 

O ditador da Venezuela, Nicolas Maduro, e o presidente da Guiana, Irfaan Ali, vão se reunir nesta quinta-feira (14) em São Vicente e Granadinas para discutir a disputa pelo território de Essequibo, que se intensificou nas últimas semanas. O encontro contará com a presença de vários líderes caribenhos e representantes do Brasil e das Nações Unidas.

A reunião foi anunciada pelo governo de São Vicente e Granadinas, que afirmou que o país está “facilitando” as negociações, mas não atuará como “mediador”. O governo disse nesta quarta-feira (13) que os preparativos para o encontro estavam concluídos e que diversos representantes já estavam no país caribenho. O primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, disse que espera que a conversa entre os dois líderes “reduza as tensões, a linguagem violenta e a escalada na região”.

A Venezuela aprovou em um referendo unilateral em 3 de dezembro a anexação de Essequibo, uma área rica em recursos naturais que corresponde a cerca de 70% do território da Guiana. O regime de Maduro também ordenou o estabelecimento de uma divisão militar perto da área disputada, sem incursões por enquanto, entre outras medidas.

A Guiana, por sua vez, rejeita qualquer negociação sobre a fronteira terrestre, que considera definida desde 1899 por um tribunal arbitral. O país defende que a disputa seja resolvida pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), que iniciou um processo em 2018 a pedido da Guiana.

A reunião desta quinta-feira será a primeira que Ali, que assumiu cargo de presidente da Guiana em agosto de 2020, tem com o ditador venezuelano. O encontro também terá a participação do consultor de Lula, Celso Amorim, e de Courtney Ratray, chefe de gabinete do secretário-geral da ONU, António Guterres.

Deu na Gazeta do Povo