Greve

Servidores da saúde do RN iniciam greve por reajuste salarial

A categoria cobra reajuste salarial e melhores condições de trabalho. A paralisação é mobilizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e é por tempo indeterminado | Foto: Magnus Nascimento

 

Os servidores estaduais da saúde do Rio Grande do Norte iniciaram mais uma greve na manhã de quarta-feira (3), com um ato de formação dos trabalhadores do setor. A categoria cobra reajuste salarial e melhores condições de trabalho. A paralisação é mobilizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN), que também definirá um cronograma de atividades da greve. Uma manifestação da categoria está marcada para a próxima terça-feira (9), no Centro Administrativo, para pressionar o Governo do Estado por um acordo. Ainda segundo o sindicato, são esperadas reduções nos atendimentos das unidades de saúde pública.

Rosália Fernandes, uma das coordenadoras do Sindsaúde-RN, diz que a paralisação é uma resposta ao Governo do Estado, que propôs recomposição salarial a partir de 2025. “Recebemos essa proposta descabida de reajuste zero em 2024, enquanto todas as outras categorias estão recebendo recomposições”, afirma Rosália. Procurada pela reportagem, o Governo confirmou a proposta da Secretaria de Estado da Administração (SEAD), de conceder recomposição somente no ano que vem aos trabalhadores da saúde.

“Até o momento não há novo encontro marcado”, ressaltou o Estado sobre uma nova rodada de negociação. Enquanto isso, os servidores seguirão mobilizados, em greve por tempo indeterminado. “O governo chamou o sindicato e disse que nesse ano é novamente 0%. Eles disseram ainda que se tiver aumento pode ser que seja em 2025 ou 2026 de 4,62%, que é o índice do IPCA, mas condicionou a receita corrente líquida chegar a 7,2%. Ou seja, isso nem é uma proposta direito”, explica a líder sindical.

De acordo com Fernandes, a greve começou com uma formação política para mostrar os direitos e deveres dos trabalhadores em uma situação de greve. “Essa atividade é muito importante porque nossas últimas greves têm sido judicializadas, então as pessoas têm medo, têm dúvidas sobre os direitos que elas têm. É também um momento para mostrar o papel da Justiça e do Governo, que é de atacar e massacrar os trabalhadores”, diz.

A última greve dos servidores da saúde começou em julho do ano passado e durou cerca de três semanas, até ser suspensa em agosto por uma decisão do desembargador Glauber Rêgo, do Tribunal de Justiça do Estado. À época, o magistrado estabeleceu uma pena de multa diária no valor de R$ 10 mil em caso de descumprimento ao Sindsaúde-RN. Reposição de perdas salariais e melhorias de condições de trabalho também estavam na pauta de reivindicações.

“As reivindicações continuam e não é só nessa questão salarial. A gente tem um déficit grande. Hoje só de contratos temporários renovados são quase três mil, além das cooperativas que o governo está aumentando a contratação. E a gente quer a convocação do cadastro reserva que vence agora em setembro. O piso da enfermagem para os aposentados também é outra demanda, vai fazer um ano agora em agosto que pedimos uma audiência com o Governo Fátima, então é um desrespeito muito grande com a categoria”, aponta.

 

Policiais

Policiais civis e militares do Rio Grande do Norte seguem em cobrança e diálogo com o Governo do Estado acerca da política de recomposição salarial das categorias. Na próximas semanas, estão previstos encontros entre representantes dos agentes de segurança e a Secretaria de Estado da Administração (Sead) para mais uma rodada de negociação.

Há impasse entre as categorias e o Governo. No caso dos policiais civis, as perdas salariais chegam a 54%, enquanto que no caso dos militares a perda é de 42%. Os policiais civis terão reunião no próximo dia 08 com o Governo, enquanto que os militares no dia 16 de abril.

“O diálogo com o Governo está bem difícil, pois não está sendo feita uma proposta que sequer se aproxima das perdas inflacionárias, que é nossa pedida. No caso da polícia, é 54%. Apresentamos proposta em torno de 30%, mas mesmo assim o Governo só quer oferecer 8%. Está difícil o diálogo para chegarmos num consenso”, explica Nilton Arruda, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do RN (Sinpol-RN).

Também cobrando recomposições salariais, os militares terão reunião no próximo dia 16 com o Governo, segundo a subtenente Márcia Carvalho, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros Militares do RN (ASSPMBMRN). Em duas ações recentes, os militares chegaram a suspender as Diárias Operacionais (D.Os).

“O Governo deu uma proposta de pouco mais de 6%, que é muito aquém dos 42%. Sugerimos 35% na segunda conversa que tivemos e o Governo disse não ter condições. Propôs 8% para tentar pagar uma parte talvez em 2024 e outras duas parcelas para 2025 e 2026. É muito aquém ainda das nossas perdas”, explica.

Deu na Tribuna do Norte

 

Greve

Paralisação do Ibama já dura 3 meses e evidencia dificuldades do governo na área ambiental

Em paralisação parcial desde janeiro, servidores federais da área ambiental estão ameaçando uma greve diante da falta de avanço nas negociações sobre reestruturação de carreiras com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Até agora, as mobilizações da categoria resultaram na redução do número de fiscalizações e de multas aplicadas, e também tiveram impacto na emissão de licenças ambientais, segundo os próprios servidores. Além do potencial de atrasar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a dificuldade do governo em lidar com a situação evidencia as dificuldades de Lula 3 na área ambiental.

Desde outubro de 2023, servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) passaram a priorizar o trabalho interno, sem fazer atividades externas, também chamadas de “trabalhos de campo”. Em janeiro, a paralisação (também chamada de “operação padrão”) começou, com a reivindicação de uma revisão dos níveis salariais existentes e alterações no vencimento básico e nas gratificações de desempenho e de qualificação. O governo federal ofereceu um reajuste de 9% em duas parcelas para 2025 e 2026, mas os servidores continuam insatisfeitos com a contraproposta.

“Sem avanços, em abril teremos uma paralisação geral de até duas semanas. Se ainda assim não formos atendidos, pode haver greve”, disse o presidente da Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional), Cleberson Zavaski.

Apesar dos discursos de valorização da pauta ambiental, o governo petista tem dificuldades de emplacar ações e conquistar o almejado protagonismo internacional no tema. Neste sentido, aproveitando a passagem do presidente francês, Emmanuel Macron, no Brasil, os servidores organizaram manifestações para chamar a atenção para suas reivindicações.

“Chegou a hora de contarmos ao mundo que o país que sediará a COP-30 não valoriza seus servidores ambientais”, diz uma publicação feita nas redes sociais de associações de servidores, referindo-se à 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será sediada em Belém, no Pará, em novembro de 2025.

Além da ameaça de greve no Ibama e no ICMBio, o governo tem deixado a desejar em outras pautas de sua agenda ambiental e indígena. É o caso do recorde de queimadas no Brasil no mês de março, especialmente na Amazônia; e do aumento das mortes de indígenas Yanomami no seu primeiro ano de mandato – de 343 em 2022 para 363 em 2023, mesmo com a destinação de recursos bilionários para ações no território Yanomami.

Paralisação faz multas por crimes ambientais despencarem

Na semana passada, Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional) divulgou dados sobre os efeitos da paralisação da categoria. Os números de infrações, que tiveram um salto no primeiro ano do governo Lula, estão em queda nos primeiros meses de 2024.

Desde a paralisação de atividades em campo pelos agentes de fiscalização do Instituto Chico Mendes, as multas por crimes ambientais cometidos em unidades de conservação caíram 57,6%. Na Amazônia, a redução foi ainda mais significativa: 83,7% – considerando-se apenas o mês de março, a redução já chegou a 92% na região amazônica.

Ainda de acordo com a Ascema Nacional, no mesmo período do ano passado, os fiscais lavraram 471 autos de infração na Amazônia. Já em 2024, o acumulado é de 77 multas. Para efeitos de comparação, esse número é inferior a todo mês de janeiro de 2023.

Paralisação do Ibama afeta desde a fiscalização ambiental até a importação de veículos 

Além da queda no número de infrações registradas desde o início da “operação padrão”, diversas áreas estão sendo afetadas. Os servidores do Ibama são responsáveis, por exemplo, pelo licenciamento ambiental.

Dados divulgados pela associação da categoria apontam que o órgão emitiu 54 licenças ambientais em janeiro de 2023. No mês de 2024, o número caiu para 19, o que corresponde a uma queda de 64,8%.

“A Ascema Nacional destaca ainda que as licenças e autorizações concedidas em janeiro de 2024 são de análises concluídas pelos servidores ainda em 2023 e que apenas aguardavam aprovação final na cadeia hierárquica. Isto sugere que a queda observada em janeiro de 2024 tende a ser ainda mais acentuada nos meses subsequentes”, diz a nota divulgada pela associação.

Com a paralisação, os trabalhos que vão além das análises burocráticas permanecem sem andamento. “Além do trabalho burocrático, é preciso realizar vistorias, audiências públicas e avaliação no local das obras”, explicou o presidente da associação de servidores.

Setores como os de importação e exportação de diversos produtos também estão sendo afetados. Na importação de veículos, por exemplo, servidores do Ibama atuam na avaliação de conformidade com as regras e parâmetros ambientais brasileiros.

Ainda no que diz respeito ao licenciamento ambiental, a paralisação do Ibama e do ICMBio impacta no andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) anunciadas pelo governo Lula. De acordo com Zavaski, há cerca de três mil obras que precisam passar pela análise de servidores do Ibama.

Com a paralisação, os trabalhos que vão além das análises burocráticas permanecem sem andamento. “Além do trabalho burocrático, é preciso realizar vistorias, audiências públicas e avaliação no local das obras”, explicou o presidente da associação de servidores.

Setores como os de importação e exportação de diversos produtos também estão sendo afetados. Na importação de veículos, por exemplo, servidores do Ibama atuam na avaliação de conformidade com as regras e parâmetros ambientais brasileiros.

Deu na Gazeta do Povo

 

Greve

Servidores federais anunciam greve nacional após governo Lula oferecer 0% de reajuste

 

Após oito meses de negociações com o governo Lula sem acordo sobre as reivindicações de reajuste salarial e reestruturação de carreira, o Sindicato Nacional dos(as) Servidores (as) da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) anunciou a deflagração de greve nacional por tempo indeterminado a partir da quarta-feira (3). A data será marcada por atos e mobilizações em todo o país.

Segundo informou o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), “na última reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente, o MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos), na figura do secretário José Lopez Feijóo, reafirmou a proposta do governo de reajuste 0% para 2024”.

“Em contrapartida, a bancada sindical expôs indignação frente à letargia do governo. As entidades sindicais enfatizaram também que a proposta de congelamento salarial em 2024 é inaceitável e um desrespeito com as categorias”, diz outro trecho do comunicado do Andes-SN.

Após as negativas do governo, os sindicalistas decidiram incorporar o dia 3 de abril ao calendário de atos e paralisações já programados para o mês de abril.

“O calendário de lutas é fundamental nesse momento em que a União bateu recorde de arrecadação, maior desempenho desde 1995”, disse em nota ao Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe).

Para o dia 15 de abril já está programado o início da greve nacional em universidades federais, institutos e centros federais (Cefets). A decisão foi divulgada no dia 22 de março pelo setor das Instituições Federais de Ensino (Ife) do Andes-SN. Os sindicalistas responsabilizam o governo Lula pela “precarização das condições de trabalho” dos docentes.

No dia 16 de abril será realizada uma audiência pública na Câmara dos Deputados sobre as reivindicações dos servidores. A audiência foi requerida pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

No dia seguinte, os sindicalistas se reunirão em Brasília (DF) para uma marcha por recomposição salarial. No dia 18 de abril, cada categoria realizará atos específicos de mobilização.

Deu na Gazeta do Povo

Greve

Servidores do IFRN confirmam greve por tempo indeterminado a partir do dia 3 de abril

 

Após intenso debate, servidores e servidoras do IFRN aprovam greve por tempo indeterminado a partir do dia 3 de Abril.

A Assembleia do SINASEFE Natal que aprovou a greve na instituição aconteceu na tarde desta terça-feira, 26, no formato híbrido: presencial nos auditórios 01 e 02 do IFRN Campus Natal-Zona Leste e de forma remota através do Google Meet.
A negociação entre o governo e os/as servidores/as da Educação Federal se arrasta desde julho do ano passado e segue sem avanços.
A categoria luta por reajuste salarial, pela reestruturação das carreiras e pelo “revogaço” das medidas do governo Bolsonaro que atacam os servidores e o serviço público.
É mais uma categoria que entra em greve no Governo Lula.
Educação, Greve

Sindicato aprova greve nacional em universidades federais a partir de 15 de abril

 

Nesta sexta-feira (22), o setor das Instituições Federais de Ensino (Ife) do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) aprovou indicativo de greve em universidades federais, institutos e centros federais (Cefets) a partir do dia 15 de abril.

Uma nova rodada de assembleias deve ocorrer entre 26 de março e 09 de abril. Nas assembleias serão discutidos temas como: a deflagração da greve no dia 15 de abril; a criação dos comitês locais de mobilização; e a construção das pautas locais.

Outra reunião deverá ocorrer no dia 10 de abril, com tempo de 72 horas para informar governo e reitorias sobre a deflagração de greve no dia 15 de abril.

Segundo os sindicalistas, a greve é uma consequência da “falta de avanço nas tentativas de negociação com o governo sobre as pautas centrais da categoria”.

De acordo com um comunicado do Andes-SN, a categoria reivindica “recomposição salarial, reestruturação da carreira, ‘revogaço’ de medidas que atacam docentes e a educação pública como o Novo Ensino Médio, a BNC Formação, a portaria 983/2020, entre outras”.

O sindicato também responsabiliza o governo Lula pela “precarização das condições de trabalho” dos docentes.

“Todo esse caldo, toda essa pauta que nós estamos construindo, e que faz parte dos embates diretos que resvalam nas nossas pautas de locais, veio à tona nas assembleias e a base disse: ‘é greve! É greve do setor da Educação. É greve para lutarmos pelas nossas pautas centrais nacionalmente, e também nos nossos locais de trabalho’. Por isso, é fundamental que esse mês de abril seja um mês de muita luta, de muita mobilização”, disse a 1ª vice-presidente da Regional Planalto do Andes-SN e da coordenação do Setor das Ifes, Helga Martins.

Deu na Gazeta do Povo

Educação, Greve

UFRN: Reitoria recebe técnicos em mobilização pela reestruturação da carreira

Foto: Marina Gadelha

 

O reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), José Daniel Diniz Melo, recebeu, nesta segunda-feira, 11, representantes dos servidores técnico-administrativos da instituição, que entregaram o comunicado de deflagração de greve a partir de quinta-feira, 14. Os servidores solicitaram apoio institucional na mobilização pela reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE).

Na ocasião, Daniel Diniz afirmou que entende a necessidade da reestruturação e valorização do PCCTAE, motivo pelo qual tem apoiado as representações sindicais junto ao Governo Federal, por meio da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

“A carreira dos técnico-administrativos em educação está defasada, pouco atrativa para os servidores, e já não atende às demandas de uma universidade moderna, que tem perdido profissionais qualificados. Por isso, compreendemos a mobilização por um diálogo construtivo pelo processo de reestruturação do PCCTAE. A Andifes tem participado das discussões e continuará fazendo esse trabalho, para que possamos avançar e ter sucesso na proposta”, afirmou o reitor.

Na UFRN, o comunicado da deflagração de greve será enviado para a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progesp), que fará os encaminhamentos junto à representação sindical durante o período de paralisação.

Informações da Ascom/Reitoria

Greve

Servidores federais anunciam greve nacional após governo Lula oferecer 0% de reajuste

 

Após oito meses de negociações com o governo Lula sem acordo sobre as reivindicações de reajuste salarial e reestruturação de carreira, o Sindicato Nacional dos(as) Servidores (as) da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) anunciou a deflagração de greve nacional por tempo indeterminado a partir da quarta-feira (3). A data será marcada por atos e mobilizações em todo o país.

Segundo informou o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), “na última reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente, o MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos), na figura do secretário José Lopez Feijóo, reafirmou a proposta do governo de reajuste 0% para 2024”.

“Em contrapartida, a bancada sindical expôs indignação frente à letargia do governo. As entidades sindicais enfatizaram também que a proposta de congelamento salarial em 2024 é inaceitável e um desrespeito com as categorias”, diz outro trecho do comunicado do Andes-SN.

Após as negativas do governo, os sindicalistas decidiram incorporar o dia 3 de abril ao calendário de atos e paralisações já programados para o mês de abril.

“O calendário de lutas é fundamental nesse momento em que a União bateu recorde de arrecadação, maior desempenho desde 1995”, disse em nota ao Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe).

Para o dia 15 de abril já está programado o início da greve nacional em universidades federais, institutos e centros federais (Cefets). A decisão foi divulgada no dia 22 de março pelo setor das Instituições Federais de Ensino (Ife) do Andes-SN. Os sindicalistas responsabilizam o governo Lula pela “precarização das condições de trabalho” dos docentes.

No dia 16 de abril será realizada uma audiência pública na Câmara dos Deputados sobre as reivindicações dos servidores. A audiência foi requerida pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

No dia seguinte, os sindicalistas se reunirão em Brasília (DF) para uma marcha por recomposição salarial. No dia 18 de abril, cada categoria realizará atos específicos de mobilização.

Deu na Gazeta do Povo

Greve

CRISE: Terceirizados do Governo Fátima avaliam paralisação por atraso nos salários

O Governo da Professora Fátima Bezerra (PT) atravessa mais uma crise, com ameaça de greve

 

Trabalhadores terceirizados ligados ao Governo do RN avaliam uma paralisação, segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio, Conservação e Limpeza Urbana do Estado (Sindlimp). O motivo é a falta de repasses do Governo do RN às empresas prestadoras de serviço JMT, Clarear e Justiz, que prestam serviço, principalmente de limpeza, em órgãos públicos estaduais. Os trabalhadores ainda não receberam os salários relativos ao mês de dezembro – que deveria ter sido pago até o quinto de útil de janeiro. Segundo informações repassadas por pessoas das empresas, há contratos com cinco meses de repasses em atraso.

Em razão dos atrasos nos repasses, o Sindlimp paralisou o serviço no Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) nesta semana e planeja outras ações nos demais órgãos onde atuam os trabalhadores. Os atrasos atingem órgãos como Idema, UERN, entre outros. Para o presidente do Sindlimp, Fernando Lucena, a situação dos terceirizados é difícil, pois, em sua maioria, são trabalhadores que recebem um salário mínimo e que que atuam como ASGs, garis, auxiliares de limpeza ou de cozinha, motoristas, vigilantes e pintores, por exemplo. Os atrasos interferem nas contas das famílias e leva os trabalhadores a passar necessidade.

No modelo de contratação terceirizada, o Governo do RN tem que repassar os recursos para que as empresas façam os pagamentos aos contratados, mas os atrasos nos repasses dos recursos têm sido recorrentes, diz o Sindlimp, o que provoca um desequilíbrio nas contas dos terceirizados. “O terceirizado hoje é quem carrega nas costas o Estado e o tratamento que a gente recebe é esse? O trabalhador está passando fome”, diz Fernando Lucena, presidente do Sindlimp.

Visando resolver os constantes atrasos, Lucena afirma que um acordo foi feito entre Sindlimp; Sindicato das Empresas de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana Pública e Privada (Seac-RN); empresas de terceirização; e Governo do Estado. No encontro, que ocorreu no fim do ano passado, ficou acertado que as empresas arcariam com os débitos em atraso, e que o Governo incluiria o repasse às empresas terceirizadoras no calendário do funcionalismo público, a partir de 15 de fevereiro. Em resumo, os terceirizados seriam pagos junto com a folha regular dos servidores públicos, evitando assim novos atrasos.

“No acordo, a governadora determinou que o terceirizado será considerado folha do Estado. Então não haverá mais atraso, agora as empresas teriam que bancar isso. Como não estamos recebendo, nós estamos paralisando Idema hoje, em seguida vamos parar CBTU [Companhia Brasileira de Trens Urbanos] e só voltaremos com o pagamento em dia. Não é justo que o Estado pague os seus funcionários e os terceirizados fiquem morrendo de fome”, diz Fernando Lucena.

A reportagem da TRIBUNA DO NORTE tentou contato com o secretário da Fazenda Carlos Eduardo Xavier para confirmar o acordo e questionar sobre as perspectivas de pagamento, prazos e o porquê dos atrasos, mas não obteve resposta até o fim da edição.

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) informou que está averiguando a situação. As empresas JMT e Justiz Terceirização se comprometeram a enviar retorno sobre a situação, mas os esclarecimentos não chegaram até o fechamento desta edição. A reportagem não conseguiu contato com a Clarear Serviços. O espaço permanece aberto.

Fernando Lucena ressalta que os trabalhadores só voltarão ao serviço após o pagamento dos salários e que a ideia é estender a manifestação para outros órgãos. “A gente só vai voltar com o dinheiro porque o trabalhador precisa comer, precisa colocar o pão na mesa. É uma situação muito difícil. Paramos Idema e depois a ideia é parar CBTU, UERN, e por aí vai. Se a gente não receber não vai voltar, até porque o trabalhador não tem como se manter, está passando fome”, frisa.

Deu na TN

Greve, Saúde

Servidores da saúde ignoram apelo do Governo Fátima e mantêm greve por tempo indeterminado

 

Servidores da saúde do Rio Grande do Norte decidiram nesta segunda-feira (31) manter a greve da categoria, que foi iniciada no dia 19 de julho. Em assembleia do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde), a categoria rejeitou por unanimidade os apelos do Governo do Estado e decidiram que a paralisação segue por tempo indeterminado.

“A greve continua. Governo a culpa é sua”, diz comunicado do Sindsaúde divulgado logo após a assembleia.

A assembleia do Sindsaúde desta segunda-feira foi a primeira depois de uma reunião extraordinária entre dirigentes do sindicato e representantes do Governo do Estado na última sexta-feira (28).

Na reunião, a secretária de Saúde, Lyane Ramalho, e o secretário de Administração, Pedro Lopes, listaram avanços promovidos para a categoria da saúde e pediram o fim do movimento paredista. Ainda durante a reunião, alguns diretores de hospitais falaram sobre o impacto da greve nos serviços e atendimentos.

O teor da reunião desagradou aos servidores. Segundo o Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde), “a gestão tenta responsabilizar a greve da categoria no caos da saúde pública do Estado”.

“Nós trabalhadores da saúde que carregamos a saúde nas costas. Dizer que o caos existe por causa da greve é injusto, pois o caos da saúde é diário independente da greve ou não”, afirmou Rosália Fernandes, coordenadora do Sindsaúde/RN.

Os servidores cobram:

  • Reajuste salarial de 21,87%;
  • Implementação e pagamento do adicional para técnicos de Radiologia;
  • Reenquadramento respeitando o tempo de serviço;
  • Convocação do cadastro de reserva e realização de novo concurso público;
  • Implementação das mudanças de carga horária de 30h para 40h.

Apelo da Sesap

Durante a reunião, representantes do governo afirmaram que, desde a aprovação do novo plano de cargos, carreiras e remuneração, os servidores tiveram um aumento real de 25% nos salários. Além disso, destacaram que houve mais de 10 mil servidores beneficiados com progressão funcional só neste ano, entre outros avanços.

Sobre a cobrança pela convocação de novos servidores e realização de concurso público, a secretária Lyane Ramalho já havia afirmado nesta quinta-feira (27) à 98 FM que o governo já está com a despesa com pessoal acima dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal e que só pode realizar novos chamamentos após fechar acordo com o Ministério Público de Contas, o que está previsto para agosto.

Durante a reunião com os servidores, o secretário Pedro Lopes pediu que os servidores aguardassem até agosto para que o governo tenha condições de formalizar uma proposta.

Deu na 98 FM

Greve, Saúde

Walfredo Gurgel, Santa Catarina e mais 4 serviços são afetados por greve na Saúde

Greve dos servidores da saúde Foto: Magnus Nascimento

 

Os servidores estaduais da saúde do Rio Grande do Norte iniciaram, na manhã da última quarta-feira (19), movimento grevista, por tempo indeterminado, resultando na redução dos atendimentos nos hospitais públicos espalhados pelo Estado. Em Natal, o Walfredo Gurgel, Santa Catarina, João Machado, Maria Alice Fernandes, Hemonorte e o CRI (Centro de Reabilitação Infantil) aderiram à paralisação. A greve abrange todas as categorias, menos os médicos, incluindo enfermagem, técnicos de raio-x, serviço social e fonoaudiólogos.

coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN), Rosália Fernandes, explicou que, apesar da greve, os serviços de urgência e emergência não serão fechados, no entanto, haverá redução nos atendimentos.
“Somos os serviços de urgência e emergência, a gente não pode fechar os serviços, o que a gente faz é uma redução dos atendimentos. Por exemplo, no Centro de Tratamento de Queimados, o ambulatório, que normalmente funciona em três dias da semana, será reduzido para apenas um dia, atendendo apenas os casos mais críticos. A quantidade de trabalhadores será reduzida, consequentemente, afetando as UTIs e o pronto-socorro. Além disso, não serão realizados todos os procedimentos habituais”, ressaltou.
Entre as reivindicações dos servidores, de acordo com o SindSaúde-RN, estão a reposição das perdas salariais de 21,87% para a saúde, implementação e pagamento do adicional dos técnicos de Radiologia, reenquadramento respeitando o tempo de serviço, convocação do cadastro de reserva e a realização de novo concurso público, além da implementação das mudanças de carga horária de 30 horas para 40 horas.
Segundo a coordenadora, no Hospital Walfredo Gurgel, que já enfrenta superlotação, com pacientes espalhados pelos corredores, haverá redução e lentidão nos procedimentos, especialmente no centro cirúrgico, devido à ausência de alguns técnicos de enfermagem e outros profissionais. Isso resultará em uma quantidade menor de salas disponíveis para realizar cirurgias, devido à falta de pessoal suficiente para atender à demanda como em um dia normal.
“Devido à ausência de alguns técnicos de enfermagem e outros profissionais, haverá uma redução e lentidão nos procedimentos, especialmente no centro cirúrgico. Não será possível utilizar todas as salas disponíveis para cirurgias, uma vez que não haverá pessoal suficiente para atender à demanda”, explicou.
De acordo com Rosália Fernandes, no Hemonorte, haverá uma redução nas coletas de sangue e exames, enquanto no CRI – Centro de Reabilitação Infantil – os funcionários também estão aderindo à greve, resultando na ausência de atendimento ou em um número mínimo de trabalhadores apenas para orientar a população.
Até o momento, não há nenhuma reunião agendada com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesap) para negociar as demandas dos servidores. Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informou que tem se empenhado nas negociações, atendendo às demandas apresentadas dentro de suas possibilidades.
“Em 2023 já foram realizadas três progressões funcionais, contemplando 10.231 servidores, cumprido o compromisso de conceder o benefício trimestralmente. Também este ano foram publicados quatro lotes de implantação da Gratificação de Incentivo a Qualificação, abarcando 4.580 servidores. A partir da aprovação e implementação do novo plano de cargos, carreiras e remuneração (PCCR) dos servidores da Saúde Pública Estadual, a folha salarial da Sesap – somando ativos e inativos – teve um aumento percentural de 56,07%, com um crescimento real de 25,37%”.
E continua: “Destaca-se ainda que o Governo do Estado, em 2022, aplicou R$ 1,75 bilhão na Saúde Pública, correspondente a 13,49% da receita líquida, superando a meta constitucional de 12%, atestando a priorização da gestão em melhorar a política de saúde pública e valorizar seus servidores”, diz trecho.
Médicos em Natal
O Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed RN) anunciou, através de nota, a deflagração de uma greve por parte dos médicos de Natal. A greve está prevista para começar na próxima terça-feira (25).
A decisão foi tomada após assembleia realizada na terça-feira. Os médicos se reuniram e, em votação, com 95% dos votos favoráveis, decidiu-se a favor da greve. Desta forma, fica suspensa a realização de consultas ambulatoriais e a realização de cirurgias eletivas. No atendimento de urgência, apenas 30% do quadro de profissionais estarão em serviço.

De acordo com o Sinmed RN, a categoria defende que a Prefeitura do Natal se propôs apenas a rever (junto a Câmara Municipal) os pareceres da Procuradoria Geral do Município (PGM), que mandou retirar gratificações nas férias, licença prêmio e licença gestante sem qualquer contra proposta ao documento elaborado pelo sindicato e apresentado a prefeitura, o qual sugere a incorporação da gratificação de urgência e emergência (GEAUE) ao salário dos médicos do município, no valor de R$ 2.750. A proposta foi considerada insuficiente.

Deu na Tribuna do Norte