Na contramão do Brasil, balança comercial do RN cai 68,9% em 2023

Foto: Adriano Abreu

 

Em 2023, o saldo da balança comercial do Rio Grande do Norte, ou seja, a diferença entre exportações e importações, caiu 68,9% em relação ao ano anterior. De US$ 301.320.067 em 2022, passou a US$ 93.511.130 no ano passado. O desempenho vai na contramão dos resultados no País. Em 2023, o saldo da balança comercial nacional foi o maior de toda a série histórica, totalizando US$ 98,8 bilhões, com aumento de 60% em relação ao ano anterior.

O resultado do RN, no entanto, não é negativo para a economia potiguar, visto que a razão está nos investimentos que o Estado tem recebido na área de energias renováveis, especialmente na produção fotovoltaica. Além disso, as exportações também cresceram, mesmo em menor proporção.

De acordo com o Boletim da Balança Comercial do RN, elaborado pela Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae/RN, o Estado não adquiria tantos produtos no mercado internacional desde 2018. As importações atingiram US$ 687,8 milhões em compras, num aumento de 58% em relação a 2022 (US$ 435,4). Mesmo com venda de mercadorias para outros países superando essa marca e somando US$ 781,4 milhões negociados, o saldo ficou menor que nos anos anteriores. Em 2022, o estado exportou US$ 736,7. “Essa diminuição no saldo comercial pode ser atribuída principalmente ao aumento nas importações de produtos acabados, especialmente relacionados à tecnologia fotovoltaica”, conta a Gerente da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae/RN, Alinne Dantas.

O levantamento é feito com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. “Em 2022, as importações neste setor totalizaram US$ 103.031.456, enquanto em 2023 subiram para US$ 226.787.866, um aumento de 54,56%”, explica Alinne.

Os produtos comprados de fora do país diferem dos anos anteriores, quando o trigo e suas misturas com centeio dominavam a lista. Agora as aquisições de células e painéis fotovoltaicos, utilizados pela indústria de energia solar são os itens mais comercializados. Em seguida, aparecem as gasolinas, sem contabilizar o querosene de aviação (QAv), cujas importações somaram US$ 92,6 milhões. O gasóleo (óleo diesel) foi responsável por um total de US$ 61,292,6 milhões e somente depois aparece nesse ranking o trigo, com um volume negociado de mais de US$ 56,1 milhões, seguido dos componentes de aerogeradores (US$ 41,56 milhões).

Deu na Tribuna do Norte

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