Damares classifica ‘Lula 3’ como ‘grande desastre’

 

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) analisou o governo Lula 3 como um “grande desastre”, em entrevista para o Podcast do Diário do Poder, nesta terça-feira (23).

Segundo a ex-ministra dos Direitos Humanos, da família e da mulher no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o atual governo é um “grande desastre” por estarem presos no passado, “em um Brasil que não existe mais”. Damares afirma que não está surpresa com o fracasso do primeiro ano, visto que desde da época das promessas de campanha, o presidente Lula trata o país como se ainda fosse o de seu último governo, em 2011.

“Em 10 anos, a sociedade mudou, tudo mudou. As relações de trabalho mudaram, hoje nós temos um aplicativo para chamar um veículo para nos levar para casa, temos um aplicativo para nos trazer comida, tudo mudou e a gente via o candidato muito raivoso com discursos muito antigos, especialmente na área econômica”. 

‘A Medida Provisória foi um grande desrespeito’ 

Ao ser questionada se concorda que o veto do presidente Lula à desoneração da Folha é um crime de irresponsabilidade, a senadora Damares afirma que “o governo sabia que aquele instrumento era indevido. Eles queriam derrubar a derrubada de um veto por meio de uma Medida Provisória”. 

Damares diz que tal ação é “inadmissível” e que pode ser considerada uma tentativa de golpe. “Dizer que foi um erro primário, não foi. Eles tentaram dar um golpe mesmo, acreditando que no final do ano e no início do ano podendo negociar emendas, mandaram essa MP”. A senadora ainda diz que o envio da MP “foi um grande desrespeito ao Congresso mas foi uma afronta ao arcabouço jurídico e uma afronta à legislação brasileira”.

A senadora mostra preocupação com os futuros investimentos do exterior para o Brasil. Damares diz que com a derrubada de Lula o veto pode causar um afastamento de empreendedores internacionais ao país. “Quando a gente tem um executivo que sinaliza que não respeita a legislação, isso assusta empreendedores. Então estamos estudando entre nós (parlamentares) sim sobre o crime de irresponsabilidade”.

E ainda diz que não há chance de perdão, visto que já “configurou”, mesmo que o presidente retire o veto, o crime que será analisado será o envio. “É como se eu desse um tiro em você e depois passasse um remedinho. Já configurou mesmo que eu me arrependa e faça um curativo”. 

Damares diz que o envio da MP foi tão ruim que estavam considerando que era uma sabotagem ao próprio presidente. “Não é possível que um governo, em que a pessoa foi presidente duas vezes e que tem uma “equipe de inteligentes” em volta dele, cometa um erro absurdo”. Em uma análise própria, a senadora acredita que “eles queriam pagar para ver” e ela garante que “eles vão ver” e que “a resposta do Congresso vai ser à altura”.

Mais reação e menos indignação nas redes 

Damares acredita que a reação à Medida Provisória tinha que ter sido imediata e tinha que partir do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. “Os presidentes das duas casas deveriam ter visto isso com mais gravidade. Os presidentes das duas Casas reagiram, mas deveria ter sido mais dura a reação” e ainda afirma que o Congresso deveria ter sido convocado no dia seguinte. “Mandou a MP no dia 02 de janeiro, todo mundo tinha que ter sido convocado, volta todo mundo do recesso e vamos discutir essa palhaçada”.

A senadora relembrou que durante o processo a reação dos parlamentares foi apenas de publicar indignações nas redes sociais. “Eu estou cansada de indignação em rede. Eu esperava  que a gente tivesse mais reações concretas”, desabafa a senadora. “Eu vejo nossa oposição, e aqui eu corto muito na carne mas eu vejo a nossa oposição muito com nota de repúdio e manifestações de desagrado ou questionando e fazendo videozinhos muito bravos mas eu acho que nesse episódio, no dia 2 de janeiro tinha que estar todo mundo em Brasília dizendo para que respeitem o Congresso Nacional e isso não aconteceu”, destaca.

Deu no Diário do Poder

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