Ministros de Lula usaram 49% mais voos da FAB do que os de Bolsonaro

 

Nos nove primeiros meses de 2023, a Força Aérea Brasileira (FAB) registrou um total de 1.574 decolagens para atender às demandas de autoridades do governo sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Esses números excluem os voos do próprio presidente e do vice-presidente da República.

Em comparação com o mesmo período na administração anterior, quando Jair Bolsonaro (PL) estava no poder, os membros do alto escalão do governo atual fizeram mais voos. Entre janeiro e setembro de 2019, foram registrados 1.053 voos, representando um aumento de 49% nas solicitações de voos oficiais da FAB em 2023.

No geral, esses voos oficiais ocorrem para uma variedade de destinos, abrangendo desde áreas remotas no interior dos estados do Nordeste até regiões isoladas da Amazônia, além de grandes centros urbanos como São Paulo, que é o destino mais frequente entre os ministros.

A legislação permite que membros do primeiro escalão do governo utilizem as aproximadamente 30 aeronaves da FAB em três circunstâncias: para fins de serviço, sendo a mais comum; por razões de segurança; ou em casos de emergência médica, que raramente ocorrem.

Para solicitar uma aeronave, a autoridade deve seguir uma fila, que considera a antiguidade da criação de seus respectivos ministérios, com prioridade para os mais antigos. Além disso, cada ministro tem a capacidade de transportar até 15 convidados, que não necessariamente precisam ser servidores públicos. Parlamentares do Congresso Nacional também utilizam essa prerrogativa para fins políticos em seus redutos eleitorais.

Entre os ministros que mais utilizaram a FAB para voos em 2023 está o da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, com um total de 79 voos realizados de norte a sul do país. Vale ressaltar que muitas dessas viagens coincidiram com sextas-feiras no Maranhão, estado natal do ministro, onde ele possui base eleitoral. Em todos os casos, o ministro justificou a utilização das aeronaves oficiais com base em motivos de segurança.

Notícia da CNN Brasil

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