Metrópole Parque gera 2,5 mil empregos no RN

 

O Metrópole Parque, polo de Tecnologia de Informação do Instituto Metrópole Digital (IMD), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), atingiu neste ano a marca de 2,5 mil empregos gerados diretamente na área, que vem crescendo em ritmo acelerado. Ao todo, o parque tem 100 empresas credenciadas no programa, que respondem pelos postos de trabalho em negócios de 23 segmentos de mercado. Somente em 2021, as empresas vinculadas ao parque tiveram um faturamento conjunto de cerca de R$ 200 milhões, de acordo com o último levantamento da entidade. Há seis anos, o ambiente é vetor de desenvolvimento e promoção da pesquisa e inovação no campo da tecnologia da informação.

De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), dentre os 59 parques em operação no País, somente oito – incluindo o polo potiguar – apresentam 100 ou mais credenciamentos de empresas. No Metrópole Parque, todos os empreendimentos ficam em um raio geográfico de 16 km², o que representa aproximadamente 2 km de qualquer ponto do Campus Universitário. As empresas atendem aos mais variados segmentos, como saúde, indústria, gestão e direito, entre outros. O diretor do parque, Rodrigo Romão, diz que a estrutura tem transformado o Estado em um centro de referência ao criar um espaço propício para o surgimento de novas vagas de trabalho.
“Os dados do ministério mostram que os parques têm, em média, 50 empresas e nós, no sexto ano, já atingimos um patamar de parques extremamente consolidados. Isso nos coloca num cenário diferenciado e nos permite mostrar maior competitividade. Hoje, nós temos 2,5 mil empregos sendo gerados. Em 2019, quando cheguei aqui, a gente tinha 31 empresas e pouco mais de 500 empregos gerados. Além da criação de novas empresas, a gente está conseguindo a atração de empresas de fora para cá. Essa é uma questão muito importante também”, explica Romão.
O diretor do Metrópole Parque acrescenta que o incentivo à formação de mão de obra especializada acaba atraindo profissionais mais qualificados, evitando assim o êxodo de talentos potiguares para outras regiões. O crescimento das demandas por habilidades específicas ajuda a impulsionar outros setores da economia local e impactar a cidade como um todo, a partir da geração de emprego e renda. “O Estado e a Universidade têm todo um custo para formar aquele capital humano e ele migra para outro Estado, outro País, e a gente está observando essa tendência de permanecer aqui. Se ele está aqui, ele vai consumir aqui, vai pagar imposto aqui, vai movimentar a economia local. Isso mostra-se um ciclo bastante virtuoso”, diz Romão.
A promoção da pesquisa é outro aspecto fundamental do parque tecnológico urbano. Ao reunir empresas, centros de pesquisa e universidades em um ecossistema, o Metrópole Parque vem colaborando com o compartilhamento de conhecimento. O diretor do IMD, Ivonildo Rego, pontua que projetos de pesquisa conjuntos e parcerias surgem com mais facilidade, o que possibilita o avanço tecnológico e a busca por soluções inovadoras para desafios contemporâneos. Além disso, a proximidade entre setor acadêmico e setor privado estimula o desenvolvimento de tecnologias que tenham aplicação prática no mercado.
“É um espaço com uma capacidade imensa. Não tem exemplo melhor do que 2,5 mil empregos gerados em tão pouco tempo. Isso é fruto do IMD porque nós temos uma quantidade muito grande de projetos, o Parque é um deles. Estamos produzindo riqueza e recursos humanos de altíssima qualificação, nossos alunos aqui passam a ter uma integração com todo o sistema e têm uma formação muito boa, o que permite que eles disputem os melhores empregos, com os melhores salários. É por isso que o parque gera toda essa empregabilidade com uma capacidade de influenciar positivamente na economia do Estado”, diz Rego.
Um centro efervescente de negócios
Uma das empresas credenciadas no Metrópole Parque é a WayABA, que oferece uma plataforma voltada às clínicas para acompanhamento da terapia ABA (Applied Behavior Analysis) de pessoas com transtorno do espectro autista. Segundo os desenvolvedores, a ideia é oferecer um sistema para aproximar profissionais e pacientes a partir da aplicação de exercícios, análise de resultados e acompanhamento entre todos envolvidos no processo. O sistema disponibiliza um aplicativo, que é gerido pelo cliente (clínica) e permite a comunicação entre a equipe médica e a família da pessoa com autismo.

A ideia é do programador Assis Barbosa, que convidou a psicóloga Adelma Prata para formar uma sociedade. Juntos, eles levaram o projeto para o Metrópole Parque em 2019. Atualmente, o WayABA tem 80 clientes e atinge cerca de 2 mil pacientes. Barbosa, CEO da empresa, relembra que o projeto surgiu de uma dificuldade encontrada em casa.

 

Adelma Prata, da WayABA, que tem 80 clientes e atinge 2 mil pacientes FOTO: ALEX RÉGIS

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