Paralisação dos anestesistas não tem previsão de fim após 21 dias

Passados 21 dias desde o início da paralisação dos profissionais da Cooperativa de Anestesiologistas do Rio Grande do Norte (Coopanest-RN), o movimento paredista segue e sem previsão para o fim. O órgão representante dos médicos afirma que a paralisação só terá fim quando R$ 3,3 milhões de pagamentos em atraso forem quitados.

O Governo do Estado deve, aproximadamente, R$ 2,06 milhões à cooperativa, enquanto a Prefeitura do Natal precisa fazer repasse de uma verba federal na ordem de R$ 1,25 milhão. Em meio a isso, a suspensão de serviços já impediu a realização de mais 3,5 mil, segundo estimativa da Coopanest.

“Nem a secretaria municipal nem a estadual de Saúde apresentaram propostas. Para se ter uma ideia, se neste mês de janeiro não houver pagamento, a partir do próximo dia 28, essa dívida vai crescer e vai chegar a R$ 5,5 milhões. É uma situação gravíssima, então o que a gente pede aos gestores é uma sensibilidade e que a gente tenha um canal de conversa para conseguirmos resolver isso. Para acabar a paralisação, é necessário não ter contas em atraso”, disse o presidente da Coopanest, Vinícius da Luz.

Paralisação

A paralisação dos profissionais da Coopanest é referente a contratos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com a Prefeitura do Natal e o Governo do Rio Grande do Norte. Com isso, o atendimento de cirurgias e exames eletivos foram suspensos. Nesse período, os anestesiologistas mantiveram os serviços de urgência e emergência, além das escalas de plantão. O movimento paredista começou no dia 15 de dezembro do ano passado.

Para dar fim à suspensão das atividades mencionadas, os anestesiologistas cooperados cobram o pagamento de parcelas em atraso do Governo do Estado e da Prefeitura do Natal.

A Coopanest informou que as parcelas do governo estadual referentes aos meses de julho e agosto, o que representaria R$ 2.063.559,90 na amortização da dívida, estão atrasadas. Já a Prefeitura do Natal, desde o início da suspensão dos atendimentos, fez dois depósitos no valor total de R$ 1.424.186,67, referentes a dois meses do contrato. Porém, foi deixado em aberto o repasse dos procedimentos de média e alta complexidade, que foram alocados pelo governo federal, no valor de R$ 1.259.392,89.

Com informações do Tribuna do Norte.

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