Okaida, facção paraibana, atua na divisa com o RN

 

Além da presença já em número e em influência da facção cearense, Guardiões do Estado, autoridades das forças de segurança e especialistas já confirmam a aparição de uma facção paraibana, outro estado que faz divisa com o RN. Diferentemente do GDE, a Okaida possui conexões e ligações com o Sindicato do Crime do RN no tocante à logística e intercâmbio com drogas. A entrada seria em cidades entre as divisas, como Nova Cruz, Passa e Fica, Canguaretama, Pedro Velho, Areia, Mamanguape, entre outras.

“O SDC tem dominação de algumas cidades na divisa da Paraíba, numa parceria com a Nova Okaida. Tivemos até ocorrências de policiais, criminosos do RN naquela divisa. Tanto o SDC avança na Paraíba quanto o GDE vem para o RN. Não é um movimento de entrar e dominar. É algo eventual, para certas atividades ordinárias, tráfico de drogas, homicídios, roubos”, explica uma fonte do Ministério Público do RN. “Sobre a Okaida, há tentativa de ter influência na divisa, parcerias até certo ponto com o Sindicato”, acrescenta.

Facção paraibana criada em meados dos anos 2000, a Okaida, nome que lembra a rede terrorista Al Qaeda, surgiu como um grupo para vender drogas em bairros de João Pessoa, com fornecimento de crack por parte do PCC. Uma divergência, no entanto, separou os grupos.

Segundo pesquisadores, a Okaida é uma das principais organizações criminosas da Paraíba, junto com o grupo rival, “Estados Unidos”. Uma dissertação de mestrado da UFRN, do tenente-coronel Carlos Eduardo Santos, da PM da Paraíba, mostrou que os membros da Okaida costumam marcar a pele com palhaços.

“Outra característica dessa facção é o recrutamento do que ela denomina “Exército de Viciados”, onde são aliciados jovens consumidores de drogas para trabalhar para o tráfico, e como pagamento recebem drogas, admitindo-se, para tanto, crianças e adolescentes”, diz trecho da dissertação.

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