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Governo Lula teve ao menos 11 vitórias importantes no STF, sendo favorecido em mais de R$ 1 trilhão

Foto: Sergio Lilma/Poder 360

 

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve ao menos 11 vitórias importantes no STF (Supremo Tribunal Federal) desde o início do mandato. Ao todo, as vitórias na Corte resultaram na economia e no ganho de mais de R$ 1 trilhão em favor da União. Levantamento do site Poder360 considera dados enviados pela AGU (Advocacia Geral da União), além de valores comunicados nas LDOs (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2023 e 2024.

Infográfico sobre as vitórias de Lula no STF

Dos julgamentos que envolvem os cofres da União, 4 resultaram numa arrecadação de R$ 168,6 bilhões. O mais recente foi na 5ª feira (25.abr), quando o ministro Cristiano Zanin concedeu liminar suspendendo a validade de trechos da lei 14.784 de 2023, que prorrogou a desoneração da folha de pagamento de municípios e de setores produtivos até 2027. O ministro Luiz Fux suspendeu a votação na noite de 6ª feira com a apresentação de um pedido de vista (mais tempo para análise). Terá 90 dias.

O governo Lula estimava uma renúncia fiscal de R$ 11,6 bilhões de abril a dezembro de 2024 com a medida.

A maior vitória em arrecadação foi a decisão que determinou que receitas brutas operacionais decorrentes da atividade empresarial típica dos bancos integram a base de cálculo do PIS/Cofins. A ação teve um impacto de R$ 115 bilhões estimados pelo Ministério da Fazenda.

Em 3 análises de mérito, o governo economizou R$ 503 bilhões. A maior vitória do governo foi em março de 2024, quando a Corte, por 7 votos a 4, mudou o seu entendimento e derrubou a chamada “revisão da vida toda” nas aposentadorias.

No julgamento, os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino, indicados por Lula em 2023, foram fundamentais para reverter a vitória dos aposentados em prol da União. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o julgamento foi essencial para evitar uma meta fiscal deficitária em 2025. A União estimava um custo de R$ 480 bilhões. O valor é questionado por especialistas.

Outra movimentação importante do governo na questão econômica foi para anular trechos da PEC dos Precatórios, aprovada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Por meio de pedido apresentado pela AGU à Corte, o governo conseguiu quitar o montante de R$ 95 bilhões de precatórios fora do teto de gastos. A ação evitou uma bomba fiscal de R$ 250 bilhões em 2027.

Fora do escopo econômico, o governo teve outras vitórias importantes. Dentre elas, a validação do decreto assinado no 1º dia do governo para restringir a aquisição de armas e munições. Dentro do mesmo tema, a AGU conseguiu invalidar 4 de 11 leis questionadas na Corte sobre o porte de armas nos Estados e municípios.

Outra atuação importante é no julgamento sobre o marco temporal das terras indígenas. Desde o início do governo, a ministra Sonia Guajajara (Povos Indígenas) se mobilizou contra a constitucionalidade da tese na Corte. Guajajara pediu que a então presidente do STF, ministra Rosa Weber, aposentada em setembro de 2023, julgasse o tema com celeridade –o que foi feito por Weber à época, que tornou a ação uma de suas prioridades na gestão.

AÇÕES DE INTERESSE

Além dos processos em que saiu vitoriosa, há ainda duas ações que despertam o interesse da União no STF. Uma delas questiona a participação do governo na Eletrobras e pede a derrubada do limite de até 10% do direito de voto na empresa. A relatoria da ação está com o ministro Nunes Marques, que tenta resolver a questão fora do plenário por meio de acordo entre as partes. Em 4 de abril, prorrogou as negociações da AGU com a Eletrobras por mais 90 dias.

Outra pauta considerada importante para a União é a ação que trata da correção do FGTS (Fundo de Garantia de Tempo e Serviço). Foi colocada em pauta em 9 de novembro de 2023 pelo presidente do STF, ministro Roberto Barroso, também relator da ação.

Barroso defende que a remuneração mínima anual do fundo deve corresponder ao da taxa da poupança. Há 3 votos nessa vertente.

Antes de o tema voltar à pauta, a União propõe que o voto de Barroso seja válido a partir de 2025. A sugestão foi acatada pelo ministro, que reajustou o voto em 2023.

A AGU buscou tempo para tentar elaborar uma proposta melhor sobre o tema. Nas vésperas do julgamento, o advogado-geral da União, Jorge Messias, procurou diversos ministros na tentativa de um pedido de vista (mais tempo de análise) para atrasar o julgamento. O pedido foi acatado por Cristiano Zanin, que devolveu o processo em março.

Com o processo parado por 4 meses, o governo conseguiu um acordo com as centrais sindicais sobre o tema e apresentou a proposta ao relator. A AGU quer que a remuneração mínima anual seja equivalente ao da inflação. O impacto estimado no Orçamento da União é de R$ 8,6 bilhões em 4 anos.

Deu no Poder 360

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Dívida de embaixadas estrangeiras com a União supera os R$ 344 milhões

 

A dívida de 23 embaixadas com o Estado brasileiro ultrapassa os R$ 344 milhões. Os débitos com a União estão diretamente relacionados a questões diversas, como pendências previdenciárias e falta de pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A representação diplomática acumula R$ 340.076.086,29 de pendências com os cofres públicos brasileiros.

O levantamento foi realizado com base nos dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), ligada ao Ministério da Fazenda. Os débitos estão na dívida ativa da União, portanto, não foram parcelados, garantidos ou aparecem com exigibilidade suspensa.

Segundo os especialistas consultados pela reportagem, as dívidas não podem ser executadas, em decorrência de acordos internacionais – no entanto, explicaram, o governo brasileiro pode fazer acordo com as representações diplomáticas.

Deu no Metrópoles

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Governo vai dar desconto de 70% para quem tem dívidas com a União

Sede do Ministério da Fazenda, em Brasília — Foto: Washington Costa / MF

 

O Ministério da Fazenda lançou nesta segunda-feira (8) novas condições para a renegociação de dívidas com a União, com a possibilidade de descontos em até 70% nos juros e multas. Também será possível parcelar o débito em até 145 vezes.

Mas as facilidades levarão em conta a capacidade de pagamento do devedor. A expectativa do governo é recuperar cerca de R$ 24 bilhões em 2024 com essa força-tarefa.

Pessoas físicas e jurídicas têm até o dia 30 de abril de 2024 para a adesão (que tem a possibilidade de ser prorrogada). As negociações abrangem apenas os débitos inscritos na Dívida Ativa da União. O programa, chamado de “Transações por Adesão”, considera a capacidade de pagamento das empresas antes de oferecer o desconto.

Ou seja, os maiores abatimentos serão para os contribuintes com menor capacidade de arcar com seus compromissos de dívida. O desconto, conforme o edital lançado para 2024, vai recair apenas na parte acessória da dívida (juros, multas e encargos legais).

O valor principal da dívida será cobrado integralmente. A exceção é para os microempreendedores individuais (os MEIs). O governo está oferecendo até 50% de desconto sobre o valor global da dívida para esse público.

“Essa política pública é voltada para o resgate econômico-financeiro das empresas, das pessoas físicas e jurídicas. Para garantir a manutenção do emprego, da renda, da subsistência do negócio ou da família”, declarou João Henrique Chauffaille Grognet, procurador-geral adjunto de Gestão da Dívida Ativa da União e do FGTS.

Pequenas empresas e Santas Casas

Na prática, o benefício abarca micro e pequenas empresas, Santas Casas de Misericórdia, sociedades cooperativas, organizações da sociedade civil (como sindicatos), instituições de ensino e empresas em recuperação judicial. Há contudo um teto: são elegíveis à transação débitos de até R$ 45 milhões.

Como o desconto é destinado aos contribuintes com dificuldade econômico-financeira, quem tiver capacidade de arcar com a dívida total não receberá nenhum abatimento.

“Vai ter pessoa física ou jurídica com direito a 0% de desconto, porque ela tem a capacidade de pagar tudo. E vai ter pessoa que vai ter o direito máximo, 70%. Entre 0% a 70%, você tem a gradação normal”, disse João Grognet.

Seis minutos para negociação

O contribuinte já pode fazer simulações e realizar a negociação no Regularize, que é o portal de serviços da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. A avaliação é automática.

Em média, o contribuinte leva menos de 6 minutos para, desde o acesso ao sistema, concluir sua negociação com os valores e descontos definitivos, segundo a PGFN.

Os técnicos da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, ao longo do prazo de adesão, vão realizar uma força-tarefa com o envio de SMS e de correspondência para contribuintes endividados.

Deu na CNN

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Shopping Via Direta vai a leilão por dívidas com a União

 

A Justiça Federal do RN deu início, no último dia 29 de novembro, ao processo de alienação particular (venda direta) do Shopping Via Direta por dívidas que giram em torno de R$ 35 milhões junto à Fazenda Nacional. As empresas interessadas podem enviar propostas até o dia 15 de janeiro de 2024. O lance mínimo, conforme edital do processo de venda é de R$ 54,4 milhões. Em dezembro de 2021 o Via Direta foi arrematado em um leilão no âmbito da Justiça Estadual por R$ 165,3 milhões, mas a venda não foi concretizada por falta de pagamento da empresa vencedora.

A venda direta é um processo que, diferentemente do leilão, tem prazo para início e fim. Neste período, os leiloeiros cadastrados recebem as propostas de empresas interessadas e as enviam, na data pré-definida, para o término do processo, à Justiça Federal, onde o magistrado faz um leilão entre as melhores propostas, desde que sejam muito semelhantes entre si. Nessa segunda fase, a proposta que se destacar das outras, será a vencedora.

De acordo com o leiloeiro Francisco Doege Filho, que esteve à frente do processo em 2021, o Tribunal de Justiça do RN (TJRN) pode retomar o leilão caso a venda direta não se concretize no âmbito da Justiça Federal. Ele conta que o shopping possui débitos em três esferas diferentes (trabalhista, cível e fazendária), os quais totalizam algo próximo à casa dos R$ 70 milhões. Desse montante, a maior parte (cerca de R$ 35 milhões) é relacionada à dívida com a Fazenda.

“Com isso, a União está processando o Via Direta dentro da Justiça Federal. O shopping está em venda direta pela primeira vez”, explica o leiloeiro. Doege, que também participa do atual processo, explica que, neste caso, os débitos junto à Fazenda são referentes ao pagamento de impostos. “Trata-se de dívidas tributárias”, afirma.

Composto por 213 lojas, com aproximadamente 14.287m² de área construída em um terreno de 35.638m², o empreendimento está avaliado em R$ R$ 108,9 milhões. Do total de lojas, nove pertencem a terceiros e não fazem parte da alienação. A empresa que adquirir o estabelecimento, de acordo com o edital de venda, poderá efetuar o pagamento à vista, em conta judicial da Caixa Econômica Federal no prazo de 24 horas a contar da lavratura do auto de alienação, ou em 60 vezes, limitado à dívida de R$ 8,8 milhões. O restante deve ser pago à vista. O processo tramita na 6ª Vara da Justiça Federal do Rio Grande do Norte.

O imbróglio que envolve as dívida do Shopping Via Direta não é recente. Em dezembro de 2021 um leilão chegou a ser realizado pelo TJRN e o estabelecimento foi arrematado em 1ª praça pela empresa NTRB Representações Eireli, por R$ 165,3 milhões. O leilão foi suspenso por decisão judicial em segunda instância. A defesa alegou que o shopping estava sendo oferecido por valor menor do que o débito trabalhista do empreendimento.

A decisão não anulava o leilão por completo e mantinha a possibilidade de a proposta ser aceita. Segundo Francisco Doege, contudo, por falta de pagamento, a proposta não evoluiu, mas um novo leilão pode ser realizado no âmbito da Justiça Estadual, de acordo com o leiloeiro. “ Se o shopping não for vendido pela Justiça Federal, o TJ pode pode retomar o leilão, porque são dois processos diferentes”, detalhou Doege.

Deu na Tribuna do Norte