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Bombeiros atualizam número de mortos em Petrópolis para 176

Bombeiros, moradores e voluntários trabalham no local do deslizamento no Morro da Oficina, após a chuva que castigou Petrópolis, na região serrana fluminense

As mortes em decorrência das chuvas que atingiram Petrópolis na semana passada chegaram a 176, informou o Corpo de Bombeiros nesta segunda-feira (21). O número é o maior já registrado na história da cidade – a maior catástrofe até aqui era a de 1988, quando 171 morreram.

Ainda há 117 desparecidos e, nesta segunda-feira (21), as buscas entraram no 7º dia. No fim da madrugada, começou a ventar bastante no Morro da Oficina, obrigando os socorristas a interromper os trabalhos, retomados por volta das 7h. Há previsão de chuva ao longo do dia.

As equipes de busca se dividem em três áreas principais: os setores Alfa, Bravo e Charlie, que abrangem regiões como o Morro da Oficina, a Rua Teresa, o Alto da Serra, a Chácara Flora, a Vila Felipe, Caxambu e localidades vizinhas.

A Polícia Civil, por sua vez, iniciou nesta segunda um mutirão de coleta de DNA para acelerar o trabalho de identificação de vítimas. Até o início da manhã, 143 corpos haviam sido identificados. O cadastro de pessoas desaparecidas está sendo feito pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio. Veja aqui a lista mais atualizada divulgada pelas autoridades. Pela Polícia Civil, o cadastro é feito pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), que faz contato e atendimento especializado aos que buscam informações de desaparecidos e boletins de ocorrência.

O Ministério Público do Rio também tem um cadastro de desaparecidos. No MP, as informações sobre desaparecidos são recebidas pelos canais de comunicação do PLID:

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Governo do RN envia bombeiros e farejador para apoio às vítimas no desastre de Petrópolis

 

Com o objetivo de ajudar nas buscas de vítimas na cidade de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, o Governo do Estado do Rio Grande do Norte, através da Governadora Professora Fátima Bezerra, determinou na tarde desta sexta-feira (18), o envio de um cão farejador e de 04 bombeiros militares especializados em ocorrências de busca, salvamento e resgate. No domingo (21), os militares e a cadela Fênix, da raça labrador, viajarão até a região serrana do Rio.

 

“Conversei há pouco com o coronel Monteiro, comandante do nosso Corpo de Bombeiros Militar, e autorizei o envio de quatro dos nossos militares e um cão farejador para ajudar nas buscas pelas vítimas das enchentes e deslizamentos em Petrópolis (RJ). Nos solidarizamos às famílias das vítimas enlutadas e, de uma forma geral, a todas as famílias que atravessam este momento de tanto sofrimento. Não podemos deixar de ser solidários jamais”, disse a governadora e professora Fátima Bezerra.

 

Desde quando chegou ao Corpo de Bombeiros do RN, em 2020, a cadela Fênix, ao lado da sua irmã Lia, passou por um intenso treinamento sob os comandos do major Saulo Moisés e do sargento Wagno Braga, que possuem o Curso de Cinotecnia, realizado no Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Santa Catarina.

Assim como aconteceu recentemente no sul da Bahia, de acordo com o comandante-geral do CBMRN, coronel Luiz Monteiro Júnior, o Corpo de Bombeiros Militar do RN estará sempre à disposição para atuar no apoio às vítimas do desastre em Petrópolis. “No domingo enviaremos a Petrópolis uma força-tarefa para ajudar a população. O Corpo de Bombeiros do RN não medirá esforços para salvar vidas. Teremos quatro militares especializados para esse tipo de ocorrência, além do nosso grande trunfo, que é a cadela Fênix”, disse.

A operação do CBMRN no Rio de Janeiro estará sob a responsabilidade do major Saulo Moisés, que será acompanhado pelos sargentos Wagno Braga, Paulo Severiano e Martins.

 

Situação de Petrópolis

 

Segundo a Defesa Civil municipal, foram registrados 60,5 mm de chuva em apenas uma hora. Na última terça (15), dia do primeiro temporal que devastou a cidade e deixou ao menos 120 mortos, foram registrados 260 mm de chuva em seis horas.

 

Em razão do grande volume de chuva, o órgão emitiu alerta de mobilização para evacuação de moradores das áreas de risco do bairro Quitandinha.

 

A orientação é que os moradores de áreas de risco, que não tenham a opção de acolhimento em área segura, se desloquem para os pontos de apoio que funcionam na região.

 

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“Cenário quase de guerra”, diz presidente Jair Bolsonaro após sobrevoar Petrópolis

O presidente Jair Bolsonaro sobrevoou hoje (18) as áreas afetadas pelos temporais que deixaram 123 mortos em Petrópolis e avaliou que o que viu foi um cenário quase de guerra. O presidente concedeu uma entrevista coletiva acompanhado de ministros e autoridades estaduais e municipais, em que foram anunciadas medidas de apoio à população da cidade.

“Vimos pontos localizados, mas de uma intensa destruição. Vimos também regiões em que existiam casas, pelo que vimos perifericamente ao estrago causado pela erosão. Então, é imagem quase que de guerra, é lamentável. Tivemos uma perfeita noção da gravidade do que aconteceu aqui em Petrópolis”, disse o presidente, que foi à cidade após chegar de uma viagem à Rússia e à Hungria.

Bolsonaro disse que medidas preventivas a desastres estão previstas no Orçamento, mas, no caso de emergências, as ações são diferentes, e o governo fará sua parte.

“Muitas vezes, não podemos nos precaver por tudo o que possa acontecer nesses 8,5 milhões de quilômetros quadrados. A população tem razão em criticar. Aqui é uma região bastante acidentada. Infelizmente, tivemos outras tragédias aqui. A gente pede a Deus que não tenhamos mais. E vamos fazer a nossa parte”, disse o presidente.

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, ressaltou que o volume de chuvas que atingiu a cidade foi atípico e um dos maiores em 90 anos. “Isso por si só já geraria, aqui ou em qualquer outro lugar do mundo, o desarranjo da estrutura da cidade e, no caso de Petrópolis, há uma geografia muito particular. Isso aqui é uma bacia com escarpas e montanhas e isso gerou problema de proporções maiores”, disse Marinho, que se solidarizou com as famílias atingidas.

O ministro afirmou que o governo federal editará uma nova medida provisória para socorro a áreas atingidas por desastres naturais no valor de R$ 500 milhões, na semana que vem. Marinho destacou que, desde novembro, o governo já liberou R$ 2 bilhões em recursos para áreas afetadas por catástrofes climáticas.

No caso de Petrópolis, o primeiro plano de trabalho contou com a liberação de R$ 2 milhões do governo federal para kits de alimentação, limpeza e o trabalho de desobstrução de ruas.

“Esse é o início de um processo que vai perdurar um tempo. Só saberemos a necessidade de reconstrução depois que normalizar o processo dentro da própria cidade”, disse Marinho.

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, informou que o caminhão-agência do banco chegou ontem (17) ao município, já que duas agências na cidade foram muito impactadas, e uma, no bairro de Alto da Serra, foi totalmente destruída.

“Como fazemos o pagamento de diversos benefícios sociais, como o Auxílio Brasil, é muito importante que retomemos o atendimento o mais rápido possível.”

O coronel Leandro Sampaio Monteiro, comandante do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, disse que o estado vem recebendo ajuda de outras unidades da federação, inclusive com o envio de cães farejadores. Ele fez um apelo para que os moradores de áreas de risco atendam às orientações da Defesa Civil e dos bombeiros e deixem suas casas e se dirijam aos abrigos.

“Está chovendo muito na cidade. Nas últimas 24 horas, choveu 70 milímetros. Então, acreditem no trabalho do Corpo de Bombeiros e no trabalho da Defesa Civil.”

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, lembrou que contou com o apoio do governo federal e das Forças Armadas desde o primeiro dia da tragédia e disse que o trabalho de resgate precisa ser feito com cuidado porque ainda há locais em que o solo está instável.

“Não adianta ter gente demais aqui. A imprensa tem cobrado muito que tenham muitas pessoas. Há um problema sério de trânsito, um problema sério de o local estar instável. Isso quem manda é a técnica”, disse o governador.

Outras ações

Antes de embarcar para Petrópolis ao lado de uma comitiva de ministros, o presidente Jair Bolsonaro deu uma declaração à imprensa na manhã de hojena Base Aérea do Galeão. Ele disse que soube das enchentes e deslizamentos no mesmo dia do ocorrido, quando se encontrava na Rússia, tomando as providências durante a madrugada.

“Poucas horas após o ocorrido o governador Cláudio Castro já estava em Petrópolis e conversei com ele sobre o que poderíamos e o que já estávamos fazendo. Imediatamente liguei, era madrugada lá, para o ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, para saber o que estava acontecendo, ele já havia determinado o que precisava de recursos extras no Orçamento. Entrei em contato também de madrugada lá com o ministro Paulo Guedes, para que ele agilizasse a liberação desse recurso. Tudo saiu como o planejado.”

Na ocasião, o presidente da Caixa informou que o banco estuda a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para as pessoas atingidas em até R$ 6.220, além de pausas nos pagamentos de empréstimos.

O ministro da Cidadania, João Roma, informou que sua pasta tem atuado na orientação dos recursos para o acolhimento das 1,5 mil famílias desabrigadas, no envio de donativos, na assistência social e no envio de cestas de alimentos.

O ministro da Defesa, general Braga Netto, informou que cerca de 820 pessoas das Forças Armadas estão atuando no local. “Foi deslocado o Comando Conjunto Leste para a região. A Marinha já disponibilizou pessoal, hospital de campanha e diversos meios, a força aérea estabeleceu um controle de tráfego aéreo, em virtude da quantidade de aeronaves, o exército colocou tropas, veículos e pessoal para apoiar a população desamparada. Foram deslocadas guarnições de cidades próximas como Juiz de Fora e Rio de Janeiro, solicitamos especialistas em engenharia e construção para identificar as providências necessárias nas áreas de deslizamento.”

O prefeito de Petrópolis, Rubens Bontempo, informou que o poder público municipal mantém as buscas às vítimas, além de trabalhar para desobstruir as principais ruas e a restaurar a mobilidade cidade, bem como garantir a volta dos serviços essenciais como a energia elétrica, a coleta de lixo e o transporte.

Agência Brasil

 

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Desastre provocado pelas fortes chuvas deixa pelo menos 104 mortos em Petrópolis (RJ)

Pelo menos 104 pessoas morreram em decorrência das fortes chuvas que atingiram a cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, desde a tarde de terça-feira (15). Segundo informou a Secretaria de Defesa Civil nesta quarta-feira (16), também foram contabilizados 269 deslizamentos e 325 ocorrências.

O município segue em estágio de crise e a prefeitura pede que população evite sair de casa. Durante a madrugada, agentes da Defesa Civil percorreram alguns pontos da cidade que foram afetados pelas fortes chuvas. Em seis horas choveu 260 milímetros. O acumulado foi maior do que todo o esperado para o mês de fevereiro.

Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou que 21 pessoas foram resgatadas com vida até o momento.

Com o acúmulo de lama e lixo arrastado pelas águas, vários pontos do Centro estão com vias obstruídas. A orientação é que pessoas de outras regiões evitem a cidade. As aulas na rede pública foram suspensas.

A Secretaria de Estado de Defesa Civil acredita que de 35 a 50 casas foram atingidas pelos deslizamentos.

CNN Brasil