Polêmicas envolvendo o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) parecem não ter fim. Após a Procuradoria Geral da República (PGR) abrir investigação para apurar um suposto esquema de troca de favores e tráfico de influência dentro da Corte goiana, recentes denúncias envolvendo assédio moral e nepotismo apontam novas violações dos princípios administrativos ocorrendo no interior de um dos tribunais mais bem pago do país.
Em um documento encaminhado ao Ministério Publico Federal (MPF), no fim de agosto, servidores reclamam de perseguição por parte do alto escalão do TJGO e pedem providências. O órgão, no entanto, declinou da competência de analisar as queixas e as enviou ao Ministério Público de Goiás (MPGO) – pasta responsável pela atribuição, conforme explicou o MPF.
A notícia, no entanto, foi recebida com tristeza por parte dos denunciantes, que procuraram o órgão federal por não acreditarem em uma atuação efetiva do MPGO em casos envolvendo o tribunal Goiás. “MP também está corrompido”, disse, à reportagem, um dos servidores do tribunal.
O Metrópoles apurou que uma das pessoas cujo comportamento motivou a denúncia foi o diretor judiciário do TJGO, Divino Pinheiro Lemes. Um grupo de 12 trabalhadores do órgão declarou que Divino supostamente persegue terceirizados que se identificam como LGBTQIAPN+, coage funcionários do TJGO a prolongarem suas jornadas e ameaça demitir servidoras comissionadas caso elas engravidem.
Ainda segundo as declarações, o diretor não permite que servidores entrem em reuniões da diretoria com celulares. O motivo, segundos os funcionários públicos, seria impedir produção de provas contra ele.
A notícia é do Metrópoles.