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TCU autoriza ‘segredo’ para mordomia de ‘altas autoridades’ em jatos da FAB

Foto: Tenente Enilson/FAB

 

O Tribunal de Contas da União (TCU) deu parecer favorável ao pedido de auditoria para manter em sigilo os registros de voos dos jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB) das chamadas “altas autoridades”, mesmo após a realização da viagem.

No acórdão relatado pelo ministro Benjamin Zymler, a Corte considerou que a divulgação dos nomes das autoridades que usam jatinhos pode colocar em risco a segurança das instituições.

O pedido de auditoria foi feito pela presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, deputada Bia Kicis (PL-RJ), que quer verificar a legalidade, a economicidade e a eficiência no uso dos aviões da FAB.

A decisão do TCU beneficia pedidos de voos feitos pelo vice-presidente da República, por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo Procurador-geral da República (PGR), e pelos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. Apenas os ministros de Estado terão que prestar transparência ao utilizar os aviões da FAB.

O TCU justificou a decisão citando o artigo 23 da Lei de Acesso à Informação, “que determina que são consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, por conseguinte, passíveis de classificação, as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam colocar em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares”.

“Nesse sentido, diante das considerações feitas pelo presidente [do TCU] Bruno Dantas, acolho a sugestão feita pelo ministro [do TCU] Jhonatan de Jesus no sentido de consignar, no acórdão, que, em razão do disposto na Lei 12.527/2011, são passíveis de classificação no grau de sigilo as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares, relativas às requisições de voos em aeronaves da Força Aérea Brasileira”, diz um trecho do despacho do TCU emitido na terça-feira (30).

Deu no Diário do Poder

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Lula impõe 100 anos de sigilo a 1.339 documentos

Governo Lula impôs 100 anos de sigilo a 1.339 documentos | Brasil |  Pleno.News

 

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) impôs, em 2023, sigilo de 100 anos a 1.339 pedidos de informações. Entre os documentos confidenciais estão a agenda da primeira-dama, Janja da Silva, e a lista dos integrantes do Batalhão de Guarda Presidencial que trabalhavam na Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo e do Datafixers.org.

Para justificar a decisão de negar o acesso aos conteúdos, o governo afirmou que o material contém dados pessoais.

Durante sua campanha em 2022, Lula defendeu derrubar os sigilos declarados pelo até então presidente Jair Bolsonaro (PL). À época, o petista criticou o adversário político, afirmando que ele estaria utilizando o dispositivo para “proteger amigos”.

– Qualquer pessoa podia saber o que acontecia no nosso governo. Agora, o Bolsonaro, não. O Bolsonaro dizia que não tem corrupção, mas decreta sigilo de 100 anos para qualquer denúncia contra ele. Decreta sigilo de 100 anos para o filho, para os amigos, para o Pazuello. Nada dele é investigado. Toma aqui 100 anos, para quando ele não existir mais – disparou em junho de 2022.

Contudo, em seu primeiro ano do novo mandato, o governo Lula adotou o recurso mais vezes que o antecessor. Em comparação ao ano de 2022, foram sete episódios a mais.

Questionada, a Controladoria-Geral da União (CGU) afirmou que a gestão Bolsonaro utilizava o sigilo centenário indevidamente. O órgão ainda defendeu que o recurso deve ser adotado em alguns casos. Por fim, também afirmou que, levando em conta a quantidade de pedidos de acesso às informações, houve uma queda de 15% no uso do sigilo.

Além dos dois casos citados anteriormente, os documentos confidenciais também incluem a ficha militar do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid; comunicações diplomáticas que envolvam o ex-jogador de futebol Robinho, e-mails de ex-servidores, e dados sobre a disputa de territórios indígenas.

Deu no Estadão