Polícia

Novo presidente do Chile será escolhido neste domingo

 

Cerca de 15 milhões de eleitores estão convocados para ir às urnas no Chile neste domingo, 21.

Para além de escolher o sucessor do presidente Sebastián Piñera, o pleito elegerá 155 deputados, 27 senadores e vereadores regionais. O substituto de Piñera assumirá a presidência do Chile em 11 de março de 2022, por 4 anos. Na contramão de outros países da América Latina, o Chile viveu estabilidade e crescimento nas últimas décadas. Mais recentemente, depois dos protestos sociais de outubro de 2019, que deixaram 30 mortos, o país viveu instabilidade política.

O atual governo foi marcado por denúncias de violações de direitos humanos, protestos e ataques contra comunidades indígenas. Em outubro deste ano, a Pandora Papers —investigação jornalística sobre finanças internacionais e paraísos fiscais, da qual o Poder360 participou— mostrou que o presidente chileno estaria vinculado a irregularidades na venda de uma mineradora. Foi aberto um processo de impeachment contra Piñera. No dia 16 de novembro, o Senado rejeitou o impedimento.

 

QUEM ESTÁ NO PÁREO

7 candidatos concorrerão neste domingo:

José Antonio Kast (Republicano): político de extrema direita é ex-deputado e fundador do seu partido; concorreu como candidato independente nas eleições presidenciais de 2017; conhecido por defender a ditadura de Augusto Pinochet, adota política parecida com a de Jair Bolsonaro e Donald Trump: promete fechamento de fronteiras a imigrantes e critica entidades de direitos humanos.

Gabriel Boric (Convergência Social): ex-líder estudantil, de 35 anos; ficou conhecido nos protestos de 2011, que pediam educação gratuita; foi eleito deputado em 2013 e reeleito com recorde de votos em 2017; apoiou os protestos de 2019; defende reformas sociais e direitos dos trabalhadores.

Franco Parisi (Partido de la Gente): fez toda a campanha dos EUA, pela internet; ficou conhecido por fazer programas de rádio e televisão sobre economia, que o rendeu o apelido de “economista do povo”; lançou candidatura independente para as eleições presidenciais de 2013; defende uma série de políticas ambientais.

Yasna Provoste (Partido Democrata Cristão): atual presidente do Senado; candidata de centro-esquerda foi ministra da Educação no governo de Michelle Bachelet, afastada do cargo por acusações de negligência; quer implantar sistema universal de saúde; defende pautas relacionadas a desenvolvimento sustentável e inclusão social.

Sebastián Sichel (coligação Chile Vamos): representante do centro-direita e candidato do presidente Sebastián Piñera; foi presidente do Banco do Estado do Chile e ministro do Desenvolvimento Social e da Família do atual governo; projeto de governo baseado em sistema de livre mercado.

Marco Enríquez Ominami (Partido Progressista): veterano, concorreu em 2009, 2013 e 2017; ex-deputado foi exilado na França com a família durante regime militar; propõe redução dos gastos de guerra e imposto sobre fortunas para viabilizar projetos sociais.

Eduardo Artés (União Patriótica): fundador do Partido Comunista do Chile; radical de extrema esquerda prometeu que ele próprio lideraria protestos contra o seu eventual governo; defende a nacionalização de empresas de interesse estratégico da nação. Assim como acontece no Brasil, se nenhum dos candidatos receber mais da metade dos votos válidos, haverá 2º turno, marcado para 19 de dezembro. As últimas pesquisas de intenções de voto mostram que os eleitores têm grandes chances de precisar voltar às urnas para escolher um presidente.

 

PESQUISAS

De acordo com a última pesquisa divulgada pelo instituto Plaza Pública Cadem, em 5 de novembro, Kast e Boric lideram as intenções de voto. Eles possuem 25% e 19%, respectivamente. Em 3º lugar está Parisi, com 10%. Nenhum dos 7 candidatos atingiu 30% das intenções de voto. Outros 22% dos eleitores consultados não sabem, não responderam ou não pretendem votar. A sondagem foi feita de 2 e 4 de novembro com 1.010 eleitores. A margem de erro é de 3,1%.

O código eleitoral chileno proíbe a divulgação de pesquisas eleitorais menos de 15 dias antes ao pleito. Não haverá mais sondagens. A imprensa chilena afirma que o apertado cenário pode ter mudado diante do debate organizado pela Associação Nacional de Televisão do Chile no dia 16 de novembro. Com grande audiência (em torno de 40 pontos), o desempenho de Kast, que vinha em crescimento nas pesquisas, foi considerado muito fraco.

 

AMÉRICA DO SUL

A esquerda voltou a conquistar espaço na América do Sul depois de um período em queda, com as eleições de Mauricio Macri na Argentina e de Jair Bolsonaro no Brasil. A vitória do peruano Pedro Castillo levou a região a uma espécie de empate. Dos 12 países, 6 têm governos de direita e 6 de esquerda.

Se a vitória de Kast se confirmar, o cenário político na região permanece o mesmo. Se Boric ganhar, o subcontinente volta a ter maioria de esquerda.

 

 

 

Política

Moro sobre o PT : “Transformar bandidos em heróis e atribuir culpa a quem combateu o crime é estratégia para se alterar a verdade e inverter valores”

O discurso de Moro foi pautado pela sua experiência como magistrado e ministro da Justiça

 

Recém filiado ao Podemos, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro afirmou nesta 2ª feira (15.nov.20121) que a Petrobras foi “saqueada” durante os governos do PT (Partido dos Trabalhadores). Em postagem no Twitter, disse que “transformar bandidos em heróis e atribuir culpa a quem combateu o crime é estratégia para se alterar a verdade e inverter valores”. Disse que o partido não vai “enganar” os brasileiros  “A Petrobras foi saqueada durante o governo do PT com bilhões de dólares em prejuízo. A empresa quase quebrou. Transformar bandidos em heróis e atribuir culpa a quem combateu o crime é estratégia para se alterar a verdade e inverter valores”. Disse que o partido não vai “enganar” os brasileiros  “A Petrobras foi saqueada durante o governo do PT com bilhões de dólares em prejuízo. A empresa quase quebrou. Transformar bandidos em heróis e atribuir culpa a quem combateu o crime é estratégia para se alterar a verdade e inverter valores. Não vão enganar o povo brasileiro”.

Em seu discurso de filiação do Podemos, Moro fez aceno às candidaturas da chamada 3ª via. “Para que o país possa escapar dos extremos das mentiras e do retrocesso, todos sabemos que uma hora teremos que nos unir em torno de um projeto”.

PREJUÍZOS DA LAVA JATO  Estudo que analisa o impacto da operação Lava Jato para a economia brasileira aponta que R$ 172,2 bilhões deixaram de ser investidos no país de 2014 e 2017. A pesquisa foi feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), e encomendada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores). O levantamento do Dieese foca na Petrobras e no setor da construção, ao fazer um mapeamento de obras afetadas na construção civil e de valores não investidos pela estatal. Como resultado, cerca de 4,4 milhões de postos de trabalho foram perdidos no país de 2014 a 2017, como consequência da operação. Do total, 1,1 milhão são do setor da construção civil.

 

Deu no Poder 360

Política

Ciro Gomes diz que o Brasil não vai eleger “um juiz Ladrão”

 

Em visita ao Ceará neste sábado (13) depois de retomar a pré-campanha eleitoral à Presidência, o pré-candidato Ciro Gomes (PDT) falou sobre a possível entrada do ex-ministro Sergio Moro (Podemos) na disputa pelo Planalto em 2022. Segundo ele, “o povo brasileiro não vai botar um juiz ladrão e politiqueiro para administrar uma economia como a nossa”.

Segundo informações do Jornal O POVO, o presidenciável que concedeu entrevista em um município do interior do Ceará, classificou a possível candidatura de Moro como “um factoide” e projetou que ela “vai se desfazer como fumaça”.

“Porque os endinheirados do Brasil e os interesses estrangeiros que estão entrando estão desesperados porque não têm votos”, afirmou o pedetista, acrescentando: “E vão tentar, tenta um, tenta outro e tenta outro. A bola da vez é a tentativa do Moro”.

Ex-juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Moro se filiou na última quarta-feira (10) ao Podemos, em ato em Brasília no qual discursou como candidato. O partido trabalha o nome do ex-ministro de Jair Bolsonaro como postulante à sucessão do presidente.

Deu no Jornal O Povo

Política

“Podemos atrasar um pouco esse casamento” diz Bolsonaro sobre filiação ao PL, e evento de filiação é cancelado

A filiação do presidente ao PL está virando uma novela mexicana .
Bolsonaro afirmou neste domingo (14), em Dubai, que a data de filiação ao Partido Liberal (PL) deverá ser adiada. Segundo ele, ainda tem muito a ser conversado com o presidente do partido Valdemar Costa Neto. A data de filiação chegou a ser anunciada pelo partido de Costa Neto como dia 22 de novembro.

“Quer saber a data da criança se eu nem casei ainda? Que data vai nascer a criança? Tem muita coisa a conversar com o Valdemar”, disse o presidente.

No início da semana, Bolsonaro disse estar “99%” confirmado no PL. O anúncio oficial veio do partido, por meio de nota após reunião de Bolsonaro com o presidente da sigla no Palácio do Planalto. No entanto, Bolsonaro prevê um atraso na data imposta pelo presidente da legenda para o casamento.

“Eu acho difícil essa data de 22. Tenho conversado com ele, e estamos em comum acordo que podemos atrasar um pouco esse casamento para que ele não comece sendo muito igual aos outros”, afirmou.

O presidente afirma que ainda há pontos a serem definidos, como as “pautas conservadoras”.

A data foi negociada pela cúpula do PL pelo caráter simbólico, já que 22 é o número da sigla na urna eletrônica. Desde 2019, o PL apoiou Bolsonaro em 93% das votações na Câmara e 87% no Senado.

Mas em nota o partido admitiu a mudança :“Após intensa troca de mensagens na madrugada deste domingo 14 com o presidente Jair Bolsonaro, decidimos, em comum acordo, pelo adiamento da anunciada cerimônia de filiação”, afirma a nota assinada pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto.

Depois dessa , só mesmo aguardando as cenas do próximo capítulo .

Política

A direita está viva e forte na França; Éric Zemmour cresce nas pesquisas para presidente

O famoso jornalista Éric Zemmour é o candidato em ascensão na França Foto: Divulgação

 

A direita continua viva e forte na Europa e o melhor exemplo é o surgimento de Eric Zemmour, 63 anos, candidato a presidente da França nas eleições de 10 de abril. Um dos mais populares jornalistas franceses, conhecido pelas suas opiniões polêmicas e uma posição firme contra o politicamente correto, o Islã e a imigração, Zemmour é hoje a estrela do Partido Republicano de Nicolas Sarkozy e a prova viva da capacidade de renovação da direita francesa inspirada por Jacques Chirac. As pesquisas de outubro mostravam Zemmour à frente de Marine Le Pen do Partido União Nacional, indicando que pela 1ª vez ela pode ficar fora do 2º turno. Ele tinha 17% e ela 15%, contra 25% do atual presidente Emmanuel Macron. Mas isso foi só o começo. Embora as pesquisas indiquem que Macron venceria com 10 pontos de vantagem numa disputa com Zemmour no 2º turno, a situação do presidente pode se complicar, caso a direita se una e a esquerda acabe se dividindo.

Fora do poder desde o fim do governo François Hollande, a esquerda francesa perdeu o brilho e a capacidade de mobilização em torno das suas pautas mais sagradas, como a defesa intransigente dos direitos sociais. Esta bandeira foi capturada pelo movimento dos coletes amarelos, com grande infiltração de militantes de direita. Embora não se possa afirmar evidentemente que este é um movimento de direita.

A pandemia produziu um rápido empobrecimento em todos os países. O desconforto tende a ser o combustível da indignação daqueles que entendem que a França está ocupada por imigrantes e que o Islã aos poucos vai desbancando a Igreja Católica. A Paris de hoje perdeu muito do seu glamour, ocupada por moradores de rua, muitos deles refugiados. O filme “Sob as Escadas de Paris” (Sous les Etoiles de Paris), de Claus Drexel, mostra esta volta ao passado dos Miseráveis de Victor Hugo em pleno século 21.

A inflação tem se tornado um problema mundial, não apenas de países pobres ou em desenvolvimento como nos anos 1980. É de dar arrepios o relatório do U.S. Bureau Labor publicado em 10 de novembro. Foi registrada uma inflação de 6,2% nos últimos 12 meses, sendo que os preços dos serviços de energia subiram 49,5%, o da gasolina 49,6%, o do óleo combustível 59,1% e o do gás de cozinha 28,1%. A comida em geral subiu 5,3%. Esta alta do custo de vida nos Estados Unidos também está sendo sentida na União Europeia e, claro, na América Latina. É uma dura realidade indicando que a vida no 1º mundo já não é mais aquela maravilha toda. O 1º mundo achou que havia se livrado da pobreza quando a confinou na África, Ásia e América Latina. A globalização acabou levando a pobreza de volta e a pandemia deu uma chance para que ela volte a se estabelecer com o mesmo vigor do fim do século 19 e o período entre guerras.

É neste cenário que o discurso de Zemmour ganhou tração e aderência junto ao eleitorado cada vez mais centrado no seu próprio umbigo. Reparem que, juntos, Le Pen e Zemmour, principais nomes da direita, detém 32% das preferências dos franceses. Com os 25% do centro-direitista Macron, são quase 2/3 dos franceses que não veem na esquerda solução para os seus problemas cotidianos, como ter um emprego, pagar contas, comer ou andar na rua sem correr o risco de ser assaltado. O discurso duro de Zemmour contra o politicamente correto, sua crítica à política de imigração do governo Macron e sua posição de gaullista e bonapartista, defensor de um estado forte, conservador e centralizador, está soando como música aos franceses do interior e aos conservadores de Paris, inclusive os católicos, embora ele seja judeu. A última pesquisa de opinião feita de 5 a 8 de novembro pelo Harris Interactive com margem de erro de 3,1%, mostra Macron com 24%, Zemmour com 19%, Marine Le Pen estacionada em 15%. O verde Yannik Jadot tem 8% e a ex-prefeita de Paris e socialista Ane Hidalgo 4%. Zemmour se descolou de Le Pen fora da margem de erro e pode estar empatado com Macron.

Faltando menos de 5 meses para a eleição, este candidato que nunca foi político, nunca disputou cargo eletivo e que, como jornalista, sempre exerceu o papel de franco atirador. Agora é um outsider com chances reais de chegar ao poder. Embora ele e toda a França saiba que para derrotar Macron no 2º turno vai precisar da ajuda dos políticos profissionais. Vamos ver se ele terá fôlego para chegar competitivo em abril e se cairá nas graças dos profissionais. Em todo o mundo a onda conservadora não parou, mesmo com a derrota de Donald Trump e a brutal campanha contra Jair Bolsonaro dentro e fora do país. Aqui no Brasil, por exemplo, ainda não há qualquer segurança de que a esquerda poderá voltar ao poder nas eleições de 2022, mesmo com Lula na frente. As pesquisas qualitativas têm indicado que o eleitor continua mais conservador do que progressista. Na Espanha a direita tem voltado a crescer com Vox e o PP, hoje maiores opositores do governo socialista de Pedro Sanchez. Na Itália a esquerda continua sem empolgar. A ascensão de Zemmour mostra uma tendência mundial. Provavelmente efeito da globalização, de rejeição aos políticos tradicionais e de abertura para o surgimento de novas lideranças com um discurso focado nos problemas cotidianos e reais do homem comum. É esse o principal pilar que mantém a direita viva e competitiva.

 

Deu no Poder 360

Política

Bolsonaro faz parada surpresa em Baraúna/RN, Veja o Vídeo

 

O presidente Bolsonaro, após evento no Ceará, resolveu fazer uma parada surpresa na cidade de Baraúna, onde foi recebido com entusiasmo pela população do município.

Bolsonaro estava voltando de Russas ( CE ) , onde anunciou a continuação das obras do trecho III do Eixo Norte da Transposição do Rio São Francisco . O presidente estava acompanhado do Ministro Rogério Marinho e do Deputado General Girão do RN, além auxiliares mais próximos .

Veja o video :

 

 

 

Política

Bolsonaro divulga vídeo com Ministro Rogério Marinho em passagem por Mossoró

Em divulgação na sua rede social , o presidente Bolsonaro mostra vídeo da recepção que recebeu dos potiguares na passagem pelo aeroporto de Mossoró .

No vídeo , Bolsonaro aparece com o Ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho, sendo cumprimentado e saudado pelo povo mossoroense.
O presidente passou por Mossoró/RN  com destino a Russas/CE , onde fará anúncio da licitação de continuação das obras do trecho III do Eixo Norte da transposição do São Francisco .

 

Política

Sérgio Moro deve anunciar candidatura a presidente no próximo mês; Ex- ministro aposta nos orfãos da Lava a jato

Foto. Reprodução

 

A chegada do ex-ministro Sérgio Moro é dada como certa por integrantes do partido Podemos. O partido espera a filiação até novembro, quando Moro prometeu responder ao convite formal feito pela sigla. Se tudo correr conforme o figurino e o partido imagina, o ex-ministro será a aposta da agremiação nas eleições de 2022.

A legenda aposta que o nome de Moro é o mais viável entre os que já surgiram para encarnar a chamada terceira via, ou seja, uma alternativa diante do cenário de polarização entre o petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), que vem conversando com o PP sobre a possibilidade de retornar aos quadros da legenda.

No Podemos, a candidatura do ex-ministro de Bolsonaro é vista como uma forma de angariar os votos dos “órfãos” da Lava Jato, ou seja, pessoas que defenderam a extinta força-tarefa liderada por Moro, em Curitiba.

“Eleitores nem-nem”

Consulta espontânea interna já realizada pelo partido indicou o ex-juiz como o nome mais viável da chamada terceira via. O resultado do primeiro levantamento feito pela legenda identificou 40% de possíveis eleitores contrários à polarização, incluindo outros candidatos, entre eles o pedetista Ciro Gomes (CE), visto como um fator negativo para as chances de Lula.

Desse percentual, 24% de eleitores disseram que não votariam de jeito nenhum em Lula ou em Bolsonaro. Nesse segmento dos “nem-nem”, a consulta identificou Moro com 10% de intenções de voto, pontuação considerada pelos integrantes do partido como excelente para um nome ainda não colocado. Outros 8% não responderam e 6% disseram não saber ainda em quem votar.

O partido encomendou uma nova rodada de pesquisa qualitativa, e os resultados serão conhecidos nas próximas semanas.

Encontro e estratégias

Há cerca de duas semana, Moro teve uma reunião, em Curitiba, com membros do Podemos. Participaram do encontro a deputada Renata Abreu (SP) e os senadores Flávio Arns (PR), Álvaro Dias (PR) e Oriovisto Guimarães (PR).

Moro ficou de dar a resposta ao partido até o dia 15 de novembro, ou seja, duas semanas depois do término do contrato do ex-juiz, nos Estados Unidos, com a consultoria empresarial Alvarez e Marsal, que não permite atividade política durante a vigência.

Integrantes do partido tentaram convencer o ex-ministro de que há uma demanda pelo seu nome no país e de recuperação do discurso anticorrupção. A cúpula da sigla já prepara um evento para divulgar sua filiação.

O encontro serviu, inclusive, para esboçar argumentos em relação à campanha, com o objetivo de arrebatar votos de quem propaga o discurso antipetista e anticorrupção e dos decepcionados com o presidente Bolsonaro, que, em 2018, foi o principal beneficiado por votos desse nicho.

Entre pontos que devem ser enfatizados em uma eventual candidatura, estão medidas apresentadas por Moro no início do governo Bolsonaro, o chamado pacote anticorrupção, o fim do foro privilegiado e críticas a propostas hoje discutidas no Congresso, como a PEC 5, que muda escolha para integrantes do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

“Voto útil”

Em reservado, membros do Podemos já traçam estratégias para alavancar Moro diante de eleitores hegemonicamente antipetistas e parcialmente bolsonaristas.

Uma delas é enfatizar o chamado “voto útil”, adotando o discurso de que votar em Bolsonaro seria apoiar a polarização e teria como consequência principal colocar Lula no segundo turno.

A aposta seria no convencimento de que o atual presidente não terá condições de bater o petista.

 

Informações do Metrópolis

 

 

Política

“Nunca pediu perdão pelos erros”, diz Ciro Gomes voltando a criticar Lula

Foto: Divulgação

Pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes voltou a criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seus perfis nas redes sociais. De acordo com o ex-ministro, o petista está fazendo alianças com os responsáveis pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

“Lembre que o Brasil mudou muito e Lula não renovou as ideias. Será que ele se corrigiu e não vai repetir aqueles erros terríveis que você só descobriu depois? O pior é que você nunca viu ele pedir perdão pelos erros e está vendo ele se juntar de novo às mesmas pessoas”, diz Ciro em vídeo.

Na última 4ª feira (6.out.2021), Lula participou de um jantar com líderes do MDB na casa do ex-presidente do Senado Eunício Oliveira, em Brasília. Em agosto, Lula também realizou uma viagem pelos Estados do Nordeste em busca de alianças políticas para 2022.

Ciro e Datena

Ciro também jantou com Datena no início de outubro para discutir uma possível aliança para 2022. Presente ao encontro, o presidente do PDT, Carlos Lupi, reforçou o convite para Datena se filiar ao partido e integrar a chapa do cearense em 2022.

Ao site Poder360, Lupi disse que o apresentador estaria “muito desconfortável” com a fusão DEM-PSL para criar uma nova legenda, a União Brasil. A expectativa é que Datena responderá até novembro sobre uma possível chapa com Ciro.

Deu no Poder 360

Política

Para vencer Lula e Bolsonaro, Dória admite abrir mão de candidatura por terceira via

Governador João Doria (PSDB-SP) - Reprodução
Foto: Divulgação

Uma boa notícia para quem aposta numa terceira via para concorrer ao cargo maior do País.

A um ano das eleições presidenciais do Brasil, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), é um dos possíveis candidatos ao cargo do Executivo e representaria a terceira via, como ficou conhecida a alternativa de voto ao atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao ex-presidente Lula (PT).

Em entrevista à Veja, o governador afirmou que pode desistir de ser candidato a presidente se for para beneficiar a terceira via, que ainda não definiu um representante para o próximo ano. “Se ficarmos fracionados, não teremos uma terceira via. Teremos Lula ou Bolsonaro sucedendo a esse governo, o que seria um desastre”, falou.

Para Doria, caso um dos dois assuma a presidência, “o Brasil não vai resistir.

Semana passada, o tucano foi visto jantando com os ex-ministros Sergio Moro e Luiz Henrique Mandetta, outras possibilidades para representar a terceira via. Segundo Doria, a reunião foi apenas para diálogo, sem nenhuma decisão concreta tomada.

Além deles, nomes como Ciro Gomes (PDT) e Eduardo Leite, colega de partido de Doria e o grande adversário a superar para ser o candidato do PSDB, surgem como alternativa aos dois presidenciáveis que se destacam nas pesquisas. Em uma pesquisa divulgada semana passada pelo Poder360, Lula segue na liderança do 1º turno das eleições do ano que vem, com 40% das intenções de voto, à frente de Bolsonaro, que tem 30%. O petista ainda ganhou força no 2º turno e hoje venceria o atual presidente, Leite e Doria, que conquistou apenas 3% das intenções de voto. Outros candidatos não foram pesquisados em um cenário contra Lula. Na entrevista à Veja, Doria destacou: “Eu não disputarei a eleição (para governador de São Paulo)”. Apesar de aparecer com percentual pequeno nas intenções de voto, o governador acredita que “temos tempo e temos eleitores”. Ele também disse que adquiriu uma certa impopularidade por ter imposto medidas de quarentena, distanciamento social e uso de máscaras no estado durante a pandemia.

Se eleito para presidente, o tucano prometeu um governo liberal e social-democrata. “Sou liberal na economia e social-democrata no combate às desigualdades, hoje não é possível ser totalmente liberal com a pobreza no Brasil”, explicou.