Economia

Petrobras anuncia nova queda no preço do diesel vendido a distribuidoras

DieselDiesel31/03/2008REUTERS/Jamil Bittar

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira nova queda no preço do diesel vendido a distribuidoras. O valor passará de R$ 5,41 para R$ 5,19 por litro, uma redução de R$ 0,22 por litro ou queda de 4%.

O anúncio vem uma semana após a estatal cortar em R$ 0,20 (ou 3,5%) o preço do litro do combustível.

A petroleira justificou a queda com os preços de referência do combustível no mercado global, que se estabilizaram em patamar inferior para o diesel.

A empresa disse que, considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 4,87, em média, para R$ 4,67 a cada litro vendido na bomba.

O novo valor começa a valer a partir desta sexta-feira (12).

No mês passado, a Petrobras anunciou duas reduções no preço da gasolina para as distribuidoras. No primeiro anúncio, no dia 19 de julho, a queda foi de R$ 0,20 por litro. Após pouco mais de uma semana, a estatal passou de R$ 3,86 para R$ 3,71 o litro do combustível.

No início desta semana, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) disse que o diesel no mercado brasileiro estava 14% acima do praticado no mercado internacional, considerando a queda de 3,5%. O movimento vem em meio a uma desvalorização do petróleo e do dólar.

Com informações da CNN Brasil

Economia

Justiça nega pedido para forçar mudança na política de preços da Petrobras: “fere o princípio da livre iniciativa”

 

A Justiça Federal negou o pedido de suspensão da política de preços da Petrobras para combustíveis, requerido pelos caminhoneiros. Na decisão, a magistrada Maria Cristina de Brito Lima, da 6ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, afirmou que o pedido “fere” o princípio da livre iniciativa, intervenção que é vedada ao Judiciário.

“O Estado não pode pretender que a empresa privada, em lugar de buscar o lucro, oriente sua atividade para a consecução dos princípios fins da ordem econômica como um todo, com sacrifício da livre iniciativa. Assim a ocorrer, haveria dirigismo, que representa, sem devaneios, uma opção por um modelo historicamente superado no País”, escreveu a juíza na decisão.

Os caminhoneiros pediam na ação a suspensão da Política de Paridade de Preço Internacional (PPI) da Petrobras, que vincula o preço interno dos combustíveis ao preço internacional do barril de petróleo e ao dólar, e a aplicação pela Petrobras aos preços do valor da produção nacional do barril de petróleo baseado em custos locais. A ação civil pública foi aberta em 12 de março pela Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), que alega que a PPI causa reajustes constantes e elevados nos preços dos combustíveis e que, por meio dela, a Petrobras comete infração contra a ordem econômica.

A juíza afirmou também que a política questionada não é de consumo, porque a Petrobras não vende diretamente ao consumidor final. “Entre o preço que ela pratica no mercado de insumos e aquele final cobrado ao consumidor incidem acréscimos que não podem ser a ela atribuídos, tais como impostos e encargos”, disse a magistrada. Durante o processo, a estatal e a União foram ouvidas pela Justiça.

 

Estadão Conteúdo