Notícias

Preso por tentativa de golpe, Pedro Castillo era aliado de Lula e foi convidado para participar da cerimônia de posse do petista

pedro castillo
Pedro Castillo foi destituído do cargo após uma tentativa classificado pelo Congresso de ‘autogolpe’ – Janine Costa / AFP

 

O ex-presidente do Peru, Pedro Castillo, que foi preso nesta quarta-feira, 7, após o Congresso julgar suas últimas decisões como golpe de Estado, era uma aliado de Lula (PT), que possivelmente assume o cargo de presidente do Brasil no dia 1º de janeiro. Castillo inclusive tinha sido convidado para participar da cerimônia de posse.

Após as eleições em 30 de outubro, Lula recebeu o apoio do ex-presidente do Peru. Na ocasião, em seu Twitter ele declarou: “votos de felicidades pelo propósito de fortalecer a democracia, a economia, a inclusão social e o desenvolvimento sustentável”. O mesmo gestou partiu de Lula quando Castillo venceu as eleições presidenciais em junho de 2021.

Por meio de um comunicado, o petista escreveu: “Saudamos o povo peruano por escolher para presidente o defensor de um projeto anti-neoliberal e popular, uma visão política de esquerda e progressista, para mudar os rumos do país e colocar as necessidades das pessoas acima das demandas do mercado. Como um partido que já demonstrou que é possível combater a fome e a miséria, dar mais educação e saúde para seu povo, construir moradias dignas, lutar pela democracia e a justiça social, mantendo ao mesmo tempo o crescimento econômico, o PT expressa seu apoio ao futuro governo de Pedro Castillo e deseja sucesso em seu caminho para o crescimento social e econômico igualitário e democrático do Peru.”.

Castillo foi preso nesta quarta hora após tentar dissolver o Parlamento e declarar estado de excelência. O Congresso ignorou a ordem do então presidente por consideração um “ato inconstitucional” e uma tentativa de autogolpe.

Política

Presidente esquerdista do Peru pode ser processado por traição à pátria

 

O presidente do Peru, Pedro Castillo, corre o risco de ser processado por traição à pátria. Isso porque o chefe do Executivo considerou um referendo popular para conceder à Bolívia uma saída para o mar, segundo relatório feito pelo Congresso Nacional divulgado por parlamentares na terça-feira 9.

“Recomenda-se: acusar por procedimento prévio político o investigado José Pedro Castillo Terrones, na qualidade de presidente da República, como autor do crime de Traição à Pátria”, informa o documento da Subcomissão de Acusações Constitucionais do Congresso do Peru.

A papelada também propõe que seja imposta “a sanção de inabilitação por cinco anos para o exercício de cargos públicos”. A recomendação deve ser votada pela subcomissão e depois debatida pelo plenário do Congresso, onde, se aprovada, pode levar ao pedido de destituição do presidente.

O relatório, assinado pelo congressista conservador Wilson Soto Palacios, baseia-se em uma polêmica entrevista dada por Castillo em janeiro à CNN. Nela, o presidente não descartou facilitar o acesso ao mar boliviano se a população decidir por meio de um referendo popular.

“Consultaremos o povo, para isso é necessário que o povo se manifeste”, respondeu o presidente, ao ser perguntado se achava que o Peru poderia dar à Bolívia uma saída para o mar, como havia afirmado antes de ser candidato e vencer as eleições em 2021.

Deu no Terra Brasil Notícias