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No último depoimento, Cleriston relatou problemas de saúde

 

Em seu último depoimento às autoridades, Cleriston Pereira da Cunha, o homem preso pelos atos de 8 de janeiro, que morreu na Penitenciária da Papuda na última segunda-feira (20), alertou sobre seus problemas de saúde. Em 31 de julho, ele contou que tinha vasculite aguda que o fazia desmaiar e ter falta de ar no presídio.

A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal abriu investigação sobre a morte de Cleriston, que sofreu um mal súbito durante banho de sol. Parlamentares da oposição ao governo Lula enviaram nesta terça-feira (21) um ofício ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), questionando a permanência de presos preventivamente na Papuda.

Em fevereiro, o advogado de Cleriston, Bruno Azevedo de Souza, chegou a dizer que a prisão seria uma “sentença de morte” do homem e pediu para que a Justiça concedesse liberdade provisória, o que foi negado naquele momento. A Procuradoria-Geral da República (PGR) deu em setembro parecer favorável à liberdade provisória.

No depoimento de julho, Cleriston contou que começou a passar mal depois que foi detido pelos policiais em 8 de janeiro. Segundo o relato, ele sofreu um desmaio e acabou urinando nas roupas. Ele contou que chegou a ser levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Distrito Federal e só recebeu seus remédios para vasculite na manhã do dia seguinte.

SETE PRESOS JÁ TÊM PARECER POR LIBERDADE
O ofício desta terça foi assinado por 66 parlamentares – 58 deputados federais e oito senadores. Segundo os congressistas, sete pessoas estão presas preventivamente com pareceres da Procuradoria-Geral da República (PGR) pela concessão de liberdade provisória.

– Questionamos Vossa Excelência acerca da manutenção das prisões preventivas dos réus citados, uma vez que a própria autoridade titular da ação penal, a qual representa o interesse do Estado na punição e repressão, já se manifestou pela liberdade provisória dos presos – diz o ofício.

O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) disse que Cleriston perdeu a vida por causa da “inércia do Judiciário” e afirmou que a demora do Supremo em conceder a liberdade ao preso pode configurar um crime de responsabilidade.

– Nós, parlamentares federais, deputados e senadores, estamos pedindo com urgência que o ministro [Alexandre de Moraes] tome alguma atitude – disse.

O irmão de Cleriston, Cristiano Pereira da Cunha, vereador pelo PSD no município baiano de Feira da Mata, disse que a família está “indignada” pela morte do irmão e considerou que o STF agiu com um “descaso” ao não o beneficiar com a saída da Papuda apesar do parecer da PGR.

Deu no Pleno News

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Empresário preso pelos atos de 8/1 morre no presídio da Papuda

Penitenciária da Papuda, em Brasília

 

Clériston Pereira da Cunha, conhecido como “Clezão”, que estava preso na Papuda, em Brasília, por suspeita de envolvimento nos atos de vandalismo no dia 8 de janeiro, morreu nesta segunda-feira (20). Ele deixa a esposa e duas filhas. O empresário era irmão do vereador Cristiano Pereira da Cunha (PSD), do município de Feira da Mata, no Oeste da Bahia. A defesa de Clériston informou que ele teve um infarto fulminante, mas ainda não há um laudo sobre a causa da morte. Segundo os advogados, o réu tinha vários problemas de saúde, como diabetes e hipertensão, e tomava remédios controlados. O caso é apontado pela defesa como uma “tragédia anunciada”.

Em maio, os advogados haviam pedido a soltura dele com base no quadro clínico. No final de agosto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu um parecer recomendando a liberdade provisória do réu mediante medidas cautelares, por apresentar comorbidades. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo processo no Supremo Tribunal Federal (STF), ainda não havia analisado o pedido.

Cleriston Pereira da Cunha chegou a ser socorrido, mas não resistiu ao mal súbito

Clériston tinha 46 anos, morava no Distrito Federal e foi preso em flagrante no Senado no dia 8 de janeiro. Segundo a defesa, ele foi preso “sem saber dos atos ilícitos de vandalismo que ocorriam e sem participar dos crimes que lhe foram atribuídos”. O réu foi denunciado pela PGR pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A denúncia foi aceita pelo STF, mas ainda não havia sido julgada pela Corte.

Nas petições, as quais a Gazeta do Povo teve acesso, os advogados alertavam sobre a situação de saúde do empresário e apontavam a “situação insalubre e degradante” do sistema carcerário onde o réu se encontrava preso. Sobre a grave condição de saúde do réu, os advogados alertaram, no dia 27 de fevereiro, que ele fazia uso de medicação diária de 12 em 12 horas, “pois corre risco de morte em caso de não utilizar os fármacos, e desde que está preso não tem se medicado, correndo risco iminente de sofrer um mal súbito”.

Após a morte declarada, na manhã desta segunda (20), a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape/DF) informou que o rapaz “era acompanhado por equipe multidisciplinar da Unidade Básica de Saúde localizado na própria unidade prisional desde a entrada na unidade em 09/01/23”.

Deu na Gazeta do Povo

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Silvinei Vasques relata “tortura física e psicológica” na Papuda

 

Preso no Complexo Penitenciário da Papuda desde a última semana, o ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, relatou estar sofrendo “tortura física e psicológica” no local. Segundo informações do portal G1, ele também aponta risco à sua integridade física por estar próximo a outros presos.

Silvinei disse a pessoas íntimas e aos seus advogados que ele não está conseguindo dormir devido a barulhos na prisão, tampouco comer, porque tem intolerância a glúten. Ele ainda contou estar sofrendo com deficiência de imunidade.

A defesa pediu à Vara de Execuções Penais de Brasília que o seu cliente seja transferido para o 19° Batalhão da Polícia do DF, onde militares ficam detidos temporariamente.

Silvinei é investigado por supostamente utilizar a PRF para interferir no segundo turno das eleições, em 2022.

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Moraes vai à Papuda e experimenta “quentinha”

O ministro Alexandre de Moraes prova marmita distribuída na Papuda | Foto: Divulgação/STF

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes experimentou uma das “quentinhas” distribuídas aos presos no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

A degustação de Moraes ocorreu na segunda-feira 10, durante uma visita aos manifestantes detidos nos atos de 8 de janeiro. Ele estava com a ministra Rosa Weber, presidente do STF.

Na visita à Papuda, os ministros inspecionaram a penitenciária e, além de avaliar as condições dos alimentos distribuídos, também ouviram os presos.

Em conversa com os manifestantes detidos, os magistrados do STF alegaram que estão cumprindo o devido processo legal e avaliando individualmente a situação de cada um dos casos.

Antes de deixar o complexo prisional, os ministros também visitaram as salas de aula e conversaram com outros presos, que não possuem relação com as manifestações do início do ano na capital federal. Anteriormente, em 6 de março, Moraes e Weber já haviam feito uma visita às mulheres detidas na penitenciária do Distrito Federal, conhecida como Colmeia.

O STF vai julgar, de maneira virtual, as denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no âmbito dos Inquéritos 4921 e 4922. Os processos tratam de cem acusados de envolvimento nas manifestações do 8 de janeiro.

A presidente da Corte convocou uma sessão virtual extraordinária entre 18 e 24 de abril. De acordo com a magistrada, advogados e defensores poderão apresentar sustentações de defesa orais até dia 17 do mesmo mês.

Com o julgamento virtual, o Supremo inicia a análise das denúncias, para decidir se abre ações penais contra os acusados ou arquiva os casos.

Deu na Oeste

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Rogério Marinho visita Papuda para verificar situação de presos por 8 de janeiro

 

O senador Rogério Marinho, do PL-RN, ao lado de deputados federais e senadores de oposição, visitou o Complexto Penitenciário da Papuda, em Brasília, para verificar a situação de 610 homens presos após os atos de 8 de janeiro. Por meio de nota, o grupo informou que “apesar dos esforços do governo do Distrito Federal, constatou-se que a penitenciária possui capacidade limitada para atender a grande quantidade de presos”.

Vale lembrar que, entre 8 e 12 de janeiro, a população da penitenciária aumentou de 1 mil para 1,6 mil em decorrência de prisões relacionadas aos atos de ataque às sedes dos Três Poderes. “A alta ocupação reflete na qualidade do fornecimento da alimentação aos presos e no atendimento de saúde, conforme verificado no local”, afirmou o grupo de parlamentares por meio da nota.

A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal relatou ter solicitado ao Supremo Tribunal Federal (STF) a transferência de presos que moram em outros Estados, pois apenas 30 teriam residência na Capital Federal.

“Após a visita, o líder da Oposição no Senado Federal, Rogério Marinho, e a líder do PP no Senado, Tereza Cristina, foram recebidos pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti. Na ocasião, solicitaram apoio da entidade pela celeridade no cumprimento do devido processo legal, na individualização de condutas e na garantia dos direitos humanos dos presos, assegurando a transferência para os Estados de residência ou a liberação para aguardar o julgamento em liberdade, quando possível. Foi informado que tal iniciativa já havia sido tomada por aquela instituição”, apontou o texto.

“Nos próximos dias, os senadores vão solicitar audiência com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, para assegurar as garantias dos presos e a celeridade do devido processo legal. Nesta quinta-feira (16), um grupo de parlamentares também deve visitar 350 mulheres presas na Penitenciária Feminina do Distrito Federal”, finalizou o texto.

Os parlamentares que visitaram a Papuda foram: 

Carlos Portinho
Líder do PL no Senado

Ciro Nogueira
Líder da Minoria no Senado

Eduardo Girão
Líder do NOVO no Senado

Flávio Bolsonaro
Líder da Minoria no Congresso

Mecias de Jesus
Líder do Republicanos no Senado

Rogério Marinho
Líder da Oposição no Senado

Tereza Cristina
Líder do PP no Senado

Wellington Fagundes
Líder do Bloco Vanguarda no Senado

Informação do R7