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Brasil vai sediar a cúpula dos países da América do Sul nesta terça-feira

 

O Brasil vai sediar a cúpula dos presidentes da América do Sul, em Brasília, na próxima terça-feira (30). Até o momento, todos os chefes de estado sinalizaram intenção de participar presencialmente da reunião, com exceção do Peru, segundo fontes ligadas ao Itamaraty. A presidente do Peru, Dina Boluarte, não poderá sair do país, mas enviará o chefe do conselho de ministros como representante no evento.

O objetivo do encontro, de acordo com o Palácio do Planalto, é promover um diálogo franco entre todos, com vistas a identificar denominadores comuns, discutir perspectivas para a região e reativar a agenda de cooperação sul-americana em áreas-chave, como saúde, mudança do clima, defesa, energia, entre outros pontos.

A cúpula é uma iniciativa de Lula. No convite feito aos demais líderes, o petista disse que é “imperioso que voltemos a enxergar a América do Sul como região de paz e cooperação, capaz de gerar iniciativas concretas para frente ao desafio, que todos compartilhamentos e almejamos, do desenvolvimento sustentável com justiça social”.

O encontro dos líderes sul-americanos ocorre sob contexto de piora da avaliação da situação atual em 10 países da região, tendo como principal problema apontado a falta de confiança na política econômica, de acordo com Sondagem Econômica da América Latina da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O indicador de clima econômico da América Latina recuou de 73,4 pontos para 65,8 ponto entre o primeiro e o segundo trimestre de 2023. O resultado é explicado pela queda do índice que mede a percepção dos especialistas sobre a situação econômica atual, que caiu 24,7 pontos entre os dois períodos deste ano. No sentido oposto, o indicador que mede as expectativas ganhou 10,2 pontos, subindo a 80,3 pontos.

Segundo a sondagem da FGV, o Brasil é o país que mais perdeu na avaliação da situação atual: de 42,0 pontos para 28,6 pontos. Ainda assim, a colocação brasileira é a quarta na lista, depois de Argentina, Chile e Bolívia. Na zona favorável, está apenas Paraguai (130 pontos). Uruguai, por sua vez, está na zona neutra (100 pontos).

Os principais problemas listados pela sondagem foram infraestrutura inadequada, corrupção, falta de inovação, aumento na desigualdade de renda, falta de confiança na política econômica, falta de competitividade internacional, barreiras legais e administrativas para investidores, demanda insuficiente, falta de mão de obra qualificada, clima desfavorável para investidores estrangeiros, instabilidade política e falta de capital.

No caso brasileiro, os maiores problemas são infraestrutura inadequada, aumento da desigualdade de renda e falta de competitividade internacional, demanda insuficiente, corrupção, falta de inovação, falta de confiança na política econômica, falta de mão de obra qualificada e gerenciamento ineficiente da dívida.

Fonte: R7

Economia

Gasolina subiu em 18 de 21 países do continente americano no 1º semestre; veja ranking

 

A gasolina subiu em 18 dos 21 países do continente americano no primeiro semestre deste ano. É o que mostra um levantamento da plataforma global de cupons Picodi, com base nos dados oficiais dos governos de cada país.

O Brasil ficou na 15ª posição entre os países em que o combustível mais subiu. O preço da gasolina no país subiu 9,7% no primeiro semestre de 2022, de acordo com os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), após uma série de reajustes realizados pela Petrobras e o choque de oferta da commodity causado pela guerra no leste europeu, como aponta o levantamento.

O Panamá foi o país onde o insumo mais encareceu, com um aumento de 65% no preço ao longo dos primeiros seis meses do ano. Porto Rico, Costa Rica e os Estados Unidos também aparecem com destaque na pesquisa, com uma elevação no custo da gasolina superior a 40%. Em crise econômica, os argentinos presenciaram um salto de 32% no valor na hora de abastecer o automóvel.

No outro extremo da tabela e aparecendo como as exceções, Colômbia, Equador e Bolívia registram estabilização no preço do combustível no primeiro semestre de 2022, aponta a análise. Dados oficiais das três nações captaram uma variação praticamente inexistente.

O professor e economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Pierre Souza, explica essa subida do combustível nesses países.

O custo da gasolina, em qualquer país, é sempre balizado por duas variáveis: valor do petróleo e variação cambial, explica Pierre Souza, economista e professor da FGV.

“No primeiro semestre, o Brasil viu múltiplos reajustes do combustível, mas em contrapartida viu uma maior valorização do real, o que acabou balanceando a alta da gasolina. Não é o caso da Argentina, por exemplo, que vive uma desvalorização forte da moeda local, além de presenciar a subida no preço do petróleo”, diz.

“Por último apontamos o efeito indireto da inflação, que faz o preço da gasolina escalonar. Esse foi o caso dos Estados Unidos”.

Ranking por valores absolutos

Em relação ao preço absoluto da gasolina, a do Brasil figura entre as sete mais altas das Américas. Para os brasileiros, cada litro do combustível está custando aproximadamente US$ 1,30 em julho.

Segundo a pesquisa, atualmente, entre os países da América do Sul e Norte, os uruguaios estão pagando a gasolina mais cara: US$ 2,02 por litro. Já os combustíveis mais baratos são encontrados na Bolívia (US$ 0,54/litro) e da Colômbia (US$ 0,61/litro).

Confira o ranking dos países onde a gasolina subiu:

Panamá: 65%

Porto Rico: 48,7%

Costa Rica: 45%

Estados Unidos: 40,5%

Peru: 38,7%

Canadá: 37,3%

Guatemala: 35,8%

Honduras: 33,5%

Argentina: 32,6%

Paraguai: 23,9%

Nicarágua: 16,7%

Chile: 14,8%

Uruguai: 14,3%

El Salvador: 12,6%

Brasil: 9,7%

República Dominicana: 6,5%

México: 4,6%

Bolívia: 0,01%

 

Deu na CNN Brasil