Mundo

Otan afirma que vai impedir expansão de agressões da Rússia contra países da aliança

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, está hoje (8) em Riga, capital da Letônia, país membro da aliança militar. Stoltenberg falou sobre a invasão russa na Ucrânia e reforçou o apoio prestado pelos aliados do bloco aos ucranianos. “Somos a organização de defesa mais poderosa do mundo. Estamos mobilizando centenas de soldados adicionais e vamos defender e proteger cada polegada da Letônia e de cada território aliado”, garantiu.

Jens Stoltenberg disse ainda que a Otan está preparada para proteger seus 30 países membros e que vai impedir que Moscou expanda a agressão. “Temos a aliança mais forte da história”, afirmou.

A Otan vem apoiando a Ucrânia de diferentes maneiras, há anos. Desde a anexação da Crimeia, em 2014, a aliança militar treina soldados e fornece armamentos e equipamentos militares. “Fazemos tudo para ajudar os ucranianos na luta contra os invasores russos. Os aliados impuseram sanções sem precedentes e agora estamos vendo os efeitos. O rublo [moeda oficial da Rússia] está em baixa histórica, muitas empresas estão deixando a Rússia. A gente tem que acabar com esse conflito. Estamos aumentando nossa presença na Letônia e em outras partes do leste da aliança, para que a Rússia entenda que estamos protegendo cada polegada do nosso território”, disse Stoltenberg.

Estônia
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, também foi aos Países Bálticos, numa demonstração de preocupação do Ocidente com a invasão da Ucrânia. Blinken, que está em Tallinn, capital da Estônia, participou hoje de uma entrevista coletiva ao lado da primeira-ministra do país, Kaja Kallas, onde reforçou o apoio dos Estados Unidos aos ucranianos.

Blinken disse que a Estônia e os Estados Unidos vão continuar trabalhando para aumentar a assistência humanitária e de segurança na Ucrânia. “Tudo o que vi no Báltico, esse apoio ao povo ucraniano, a gente vê as cores azul e amarela nas casas nos prédios. Isso é uma mensagem poderosa de solidariedade. Essa não é a guerra do povo russo, não é uma guerra de liberação, é a guerra do [Vladimir] Putin para subjugar um país democrático. Então ele vai ser responsabilizado pelo mundo”, disse o secretário.

O secretário disse ainda que a Rússia está utilizando a dependência energética como arma de guerra e que é a hora de o Ocidente combater essa estratégia.

A primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, disse que a nova situação de segurança requer mudança por parte dos europeus, incluindo a defesa da Estônia. “A Otan tem que se adaptar rápido e as decisões têm que incluir uma estratégia de defesa da região, para fortalecer nossas defesas na terra, no mar e no ar”, disse, ressaltando que o país está aumentando o percentual do orçamento destinado à defesa de 2% para 2,44% do Produto Interno Bruto (PIB).

Mundo

Otan deu “sinal verde” para envio de aviões de guerra à Ucrânia, afirma EUA

 

A escalada dos impactos que a invasão russa à Ucrânia causou e que antes era restrita ao leste europeu, agora ganha ares globais. De acordo com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) deu “sinal verde” para que os países do grupo enviem aviões de guerra à Ucrânia.

A declaração foi dada na manhã deste domingo (6/3), pelo horário de Brasília, em entrevista à rede norte-americana CBS.

Blinken, que está na Moldávia, país vizinho aos conflitos, respondeu a algumas perguntas no programa Face the Nation (Encare a Nação, em tradução livre).

Conforme disse, os EUA conversam com a Polônia – país que integra a Otan e demonstrou vontade de auxiliar no esforço de guerra ucraniano – e procuram formas de apoiar logisticamente o envio.

“Nós estamos conversando com nossos colegas poloneses para saber como podemos ajudar em suas necessidades, caso eles realmente escolham por mandar esses jatos para os ucranianos. Estamos em discussões neste momento sobre isso”, pontuou o secretário.

Ele também afirmou que os países da Otan, da União Europeia e do G7 têm trabalhado em conjunto para aumentar as pressões sobre a Rússia, de forma a estrangular a capacidade econômica do país governado por Vladimir Putin.

“Nos últimos dias, temos trabalhado de forma próxima aos nossos aliados na Otan, União Europeia e no G7. E, todos juntos, estamos tomando medidas para aumentar a pressão na Rússia através de sanções adicionais, que implementaremos nos próximos dias. Assim como estamos aprimorando nossos sistemas para fornecer aos ucranianos o que eles precisam para se defender das agressões russas”, completou Blinken

Blinken ainda comentou que não há interesse norte-americano em uma troca de regime no Kremlin, sede do governo russo. Segundo disse, cabe ao povo da Rússia definir seu destino.

“O desafio é que Vladimir Putin continua a crescer nas agressões. Mesmo que ele tenha a capacidade militar, ganhar uma batalha não é como ganhar a guerra”, disse.

 

Metrópoles

Mundo

“Pessoas vão morrer por causa da fraqueza da Otan”, critica Zelensky

 

Em uma primeira crítica pública contra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou o grupo militar coordenado pelos Estados Unidos de “dar sinal verde” para a Rússia bombardear o país.

Zelensky ficou irritado com a decisão da Otan de não decretar zona de exclusão no espaço aéreo da Ucrânia. A medida militar é uma proibição que funciona como tática de proteção contra ataques.

“Sabendo que novos ataques e baixas são inevitáveis, a Otan decidiu deliberadamente não fechar os céus sobre a Ucrânia”, criticou em um pronunciamento gravado e divulgado nessa sexta-feira (4/3).

O presidente ucraniano ainda alertou: “Pessoas vão morrer por causa da fraqueza da Otan. Ela deu sinal verde para a Rússia nos bombardear”.

Zelensky, que assiste ao recrudescimento da guerra, quer respostas mais incisivas dos países do Ocidente contra a arrancada russa. “Criaram uma narrativa em que supostamente fechar os céus da Ucrânia provocará uma agressão direta à Rússia”, salientou ao dizer que o entendimento é uma “auto-hipnose”.

 

Metrópoles

Mundo

Otan: “Não vamos entrar na Ucrânia, nem no espaço aéreo, nem em solo”

 

Após reunião dos países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenber, afirmou  hoje (4) que os 30 países membros mantêm a decisão de não entrar em território ucraniano por receio de uma escalada da violência. A Otan vem apoiando a Ucrânia desde 2014, com treinamento militar e fornecimento de armamentos, mas, como o país não faz parte do bloco, a decisão é de que a aliança militar não participe ativamente na guerra.

“Nós já deixamos claro que não vamos entrar na Ucrânia, nem no espaço aéreo, nem em solo. Se nós fizéssemos uma zona de exclusão aérea, teríamos que mandar aviões nossos e derrubar aviões russos. Nós entendemos o desespero [da Ucrânia] mas também acreditamos que se fizéssemos isso, levaríamos a uma guerra total na Europa, envolvendo muito mais países e causando muito mais sofrimento. É muito dolorosa essa decisão. Nós impusemos sanções severas e aumentamos o apoio, mas não podemos participar diretamente do conflito”, explicou Stoltenberg.

A Ucrânia cobrou da Otan, nos últimos dias, uma zona de exclusão aérea onde aviões de outros países pudessem ajudar o exército ucraniano na defesa do país, mas os membros da aliança militar temem que essa medida possa gerar uma guerra nuclear. “Não devemos ter aviões no espaço aéreo nem tropas na Ucrânia”, disse Stoltenberg.

O artigo 5º da Carta da Otan afirma que, se um país da aliança for atacado, todos os outros países se envolverão na resposta. Stoltenberg afirmou que a Otan precisa ser pragmática e que o princípio da aliança é de defesa. “A Otan só agirá para se proteger”, disse, lembrando que 1 bilhão de cidadãos vivem nos países do bloco.

Stoltenberg ressaltou que a Otan defende uma solução pacífica e diplomática e reforçou os pedidos para que o presidente russo, Vladimir Putin, aceite conversar para reduzir as tensões e encontrar uma saída para o conflito.

Hoje, o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, lembrou que a radiação não conhece fronteiras e não sabe onde acaba a Ucrânia e onde começa a Rússia. “Se acontecer alguma coisa, o problema é da Europa toda”, disse o mandatário ucraniano, alertando para o perigo de um acidente nuclear, após o ataque russo a estação nuclear ucraniana na noite de ontem.

O secretário de segurança dos Estados Unidos, Anthony Blinken, que foi a Bruxelas participar da reunião da Otan, reforçou que a aliança é de defesa e não buscará o conflito. “Se o conflito vier até nós, estamos prontos para defender cada centímetro do território da Otan”, reforçou.

Stoltenberg disse que essa é a pior agressão militar em quatro décadas. “Temos cidades sitiadas, escolas, residências atacadas, um ataque contra uma usina nuclear e muitos civis feridos ou mortos. Os dias a seguir, provavelmente, serão piores, com mais mortes, mais sofrimento e mais destruição”.

Agência Brasil

Mundo

Brasil e 10 países votam a favor de resolução da ONU que condena ataque russo à Ucrânia; Mas com veto da própria Rússia, resolução não avança

 

Nesta sexta-feira (25), o Conselho de Segurança da ONU atraiu os olhares do mundo ao se reunir, na sede das Nações Unidas em Nova York, para discutir o conflito entre Rússia e Ucrânia.

 

Uma resolução que condena a invasão russa à Ucrânia e pede a retirada de tropas foi votada. Onze países votaram a favor, três se abstiveram e a Rússia votou contra, não permitindo que a resolução entre em vigor por ter direito a veto.

 

A Rússia vetou a resolução do Conselho de Segurança da ONU que serviria para condenar a invasão da Ucrânia. Foi o único país a votar contra, mas seu voto tem poder de veto.

 

A China se absteve. Emirados Árabes Unidos e Índia também se abstiveram. O Brasil, que ocupa assento temporário no conselho, votou a favor, junto com EUA e outros nove países.

 

Com informações de g1 e CNN Brasil

Mundo

Presidente da Ucrânia diz que país foi ‘deixado sozinho’ contra a Rússia e convoca a população para a guerra

 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta quinta feira (24) que seu país foi “deixado sozinho” para se defender contra a invasão russa. O líder ucraniano também convocou toda a população apta para participar da luta armada.

 

“Nos deixaram sozinhos para defender nosso Estado”, disse Zelensky em um pronunciamento televisionado. “Quem está disposto a lutar conosco? Não vejo ninguém. Quem está disposto a dar à Ucrânia uma garantia de adesão à Otan? Todos estão com medo.”

 

“Eu perguntei a 27 líderes europeus: a Ucrânia entrará na OTAN? Perguntei diretamente. Todos estão com medo. Não respondem. Mas nós não temos medo. Não temos medo de nada. Não temos medo defender nosso país”, ele afirmou.

 

O presidente Zelensky também decretou que cidadãos com idade para servir no exército deverão fazê-lo. A decisão já havia sido citada mais cedo nesta quinta-feira quando o líder ucraniano pediu o apoio dos moradores do país após a invasão russa.

 

Em um documento oficial publicado pouco antes do discurso, ele institui um decreto geral dirigido a homens de 18 a 60 anos, que devem permanecer no país preparados para se juntar às forças de segurança.

 

g1

Mundo

Países da Europa Oriental acionam Artigo 4º da OTAN; Entenda o que isso quer dizer

Explosão é vista na capital ucraniana de Kiev na quinta-feira, 24 de fevereiro.

 

Países membros da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte)  na Europa Oriental – Polônia, Estônia, Letônia e Lituânia – acionaram o Artigo 4º da organização para lançar consultas dentro da aliança sobre o ataque da Rússia à Ucrânia. De acordo com o site da OTAN, a consulta ao abrigo do Artigo 4º pode levar a uma ação coletiva entre os 30 estados membros.

“As partes se consultarão sempre que, na opinião de qualquer uma delas, a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer uma das partes estiver ameaçada”, diz o artigo 4º do tratado.

O site da OTAN diz que o artigo foi invocado seis vezes anteriormente desde a aliança formada em 1949. Mais recentemente o artigo foi acionado pela Turquia em fevereiro de 2020, depois que dezenas de soldados turcos foram mortos por um ataque das forças do governo sírio em áreas controladas pela oposição no norte da Síria.

A Turquia invocou o Artigo 4º em quatro outras ocasiões: uma vez em 2015 para informar a aliança sobre sua resposta aos ataques terroristas no país; duas vezes em 2012, depois que um avião de guerra turco foi abatido no norte da Síria e depois que civis turcos foram mortos por bombardeios sírios; e em 2003, quando pediu ajuda da aliança para proteger sua população de qualquer repercussão da guerra no vizinho Iraque.

Em duas dessas ocasiões, a OTAN respondeu com ajuda militar, enviando baterias de mísseis Patriot para proteger contra ataques sírios em 2012 e enviando aeronaves e baterias de mísseis para o sudeste da Turquia ao longo da fronteira com o Iraque em 2003. A Polônia invocou o artigo em 2014 após a agressão russa anterior na Ucrânia, uma reunião que resultou em mais esforços da aliança para se unir contra quaisquer ameaças. O Artigo 4º é separado do Artigo 5º, que é a declaração da aliança de que um ataque contra um membro é considerado um ataque contra todos.

 

O que você precisa saber sobre o ataque

  • Nas primeiras horas da madrugada desta quinta-feira (24), Putin ordenou um ataque no leste da Ucrânia, em regiões que ele reconheceu como independentes; as forças russas invadiram a Ucrânia por terra, ar e mar;
  • Explosões foram ouvidas em diversas cidades, inclusive em Kiev;
  • Autoridades ucranianas dizem que pelo menos 50 russos foram mortos e seis aviões teriam sido abatidos no leste do país;
  • O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, autorizou cidadãos a pegarem armas para defender o país e pediu doação de sangue;
  • Longas filas foram registradas nesta manhã em Kiev nas principais rodovias, com moradores tentando deixar o país;
  • Países da Europa Central iniciaram os preparativos para receber pessoas que fogem da Ucrânia
  • O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que Washington e seus aliados imporiam “sanções severas” sobre o que ele chamou de “guerra premeditada” de Putin
  • A China rejeitou chamar os movimentos da Rússia sobre a Ucrânia de “invasão” e pediu a todos os lados que exerçam moderação
  • Bélgica pede que União Europeia pare de emitir vistos para russos