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Lula cria o “Bolsa Morador de Rua”; Entenda

Ricardo Stuckert/PR/Flickr

 

Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta quarta-feira, uma lei que prevê a criação de cursos de capacitação, profissionalização e qualificação profissional de pessoas em situação de rua, além de uma bolsa para custear as despesas e garantir a permanência nas aulas. Morar na rua está valendo mais a pena do que trabalhar nesse país, tendo em vista que até brasileiros que recebem a partir de dois salários mínimos terão de pagar imposto de renda.

Segundo o texto, a política será implementada de forma descentralizada e articulada entre União, estados e municípios que a ela aderirem. A adesão não é obrigatória. O recebimento da bolsa, segundo a lei, não impedirá o recebimento de benefícios de outros auxílios. Os valores serão definidos por decreto.

Além dos cursos, a política criará incentivos à contratação de moradores de rua por meio de parceria com empresas que receberão selos. Já o poder público, em todas as esferas federativas que aderirem, deverá criar Centros de Apoio ao Trabalhador em Situação de Rua (CatRua). Os centros prestarão atendimento às pessoas desempregadas ou sem-teto que buscam orientação profissional e inserção no mercado de trabalho, além de acesso ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e ao Sistema Nacional de Emprego (Sine).

O texto também obriga o estado ou município a dar prioridade de vagas em escolas públicas para crianças e adolescentes filhos de pessoas em situação de rua que estejam atrás de qualificação profissional.

Conforme o texto, pessoas em situação de rua são aquelas que “têm em comum a falta de moradia e utilizam os logradouros públicos como espaço de moradia e de sustento, bem como as unidades de acolhimento institucional para pernoite eventual ou provisório”.

Com informações de Exame

Cidade

Mais de 67% dos moradores de rua do RN estão em Natal

 

Mais de 67% dos moradores de rua do Rio Grande do Norte estão concentrados apenas em Natal. O número de pessoas em situação de rua na capital potiguar chega a 1.491, conforme o levantamento preliminar da Secretaria de Estado de Trabalho, Assistência Social e Habitação (Sethas).

No RN inteiro, o total é de aproximadamente 2.200 pessoas que vivem nas ruas. Os dados são parte do primeiro Censo da População em Situação de Rua no Rio Grande do Norte. O resultado final do censo deve ser divulgado em novembro deste ano. A previsão anterior era de julho. Estes números podem ser ainda maiores.

O estudo também mostrou que cerca de 135 mil pessoas vivem em extrema pobreza no estado, ou seja, vivem com renda per capita de aproximadamente R$ 160.

Deu na 96 FM

Economia

RN é o segundo estado do país com maior desigualdade de renda, diz IBGE

 

O Rio Grande do Norte é o segundo estado do país com maior desigualdade de renda e o primeiro do Nordeste. É o que aponta o módulo “Rendimentos de todas as fontes”, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (10) pelo IBGE com dados referentes a 2021.

O índice de Gini do rendimento domiciliar por pessoa – que é a medida de desigualdade usada na pesquisa – foi de 0,587 no Rio Grande do Norte em 2021. Neste indicador, quanto mais próximo do número 1, maior é a desigualdade.

Em relação a 2020, quando o índice era de 0,512 no estado, houve um aumento de 0,075, também a maior elevação do país. Além disso, o Gini potiguar foi superior ao índice nacional (0,544).

Em 2021, outros cinco estados também atingiram seu próprio recorde de desigualdade: Roraima (0,596); Paraíba (0,562); Pernambuco (0,579); Rio de Janeiro (0,565); e Mato Grosso do Sul (0,496).

O relatório aponta ainda que o RN teve a terceira maior desigualdade de renda do Brasil entre as pessoas com idade de trabalhar em 2021.

O índice de Gini do rendimento médio mensal real, das pessoas de 14 anos ou mais (com origem em todos os trabalhos), do RN também alcançou a maior marca da série histórica iniciada em 2012: 0,542. Só Distrito Federal (0,551) e Paraíba (0,558) têm desigualdade mais acentuada.

Informações do G1