Economia

Natal tem 52 construções com alvarás liberados após novo Plano Diretor

 

Com previsão de receber R$ 3 bilhões em investimentos até 2026, o mercado da construção civil em Natal começa 2024 com bons números, graças aos resultados que o segmento vem alcançando quase dois anos após a sanção do novo Plano Diretor (PDN). Desde a entrada em vigor das regras atuais de prescrição urbanística, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) emitiu 52 alvarás, com estimativa de investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão. Segundo a pasta, há quase 30 outros projetos em processo de licenciamento. As zonas Leste e Sul seguem como as mais requisitadas em razão da disponibilidade de áreas, conforme o Sindicato da Indústria da Construção Civil do RN (Sinduscon-RN).

O secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Thiago Mesquita, afirma que os produtos são, principalmente, aqueles voltados ao uso multifamiliar, mas equipamentos voltados ao setor turístico, como hotéis e restaurantes, também têm se destacado entre os empreendimentos. Um shopping center de menor porte já teve o alvará emitido para a construção na rua São José com Jaguarari, na zona Sul da cidade. Para o secretário, três fatores justificam o cenário atual. Além do novo PDN, a celeridade e as condições de transparência da pasta, segundo ele, contribuem para o bom desempenho.

“O atual regramento permitiu investimentos nas áreas adensáveis com infraestrutura para recebê-los. A celeridade da Semurb desburocratizou os procedimentos de licença ambiental e urbanística, haja vista que nós somos o quinto município no Brasil que mais dispensa licenciamento, ou seja, o processo é autodeclaratório para 460 atividades. E temos, ainda, as condições que estamos criando de transparência. A Semurb tem uma plataforma onde o empreendedor, de qualquer lugar, consegue saber todas as regras necessárias com apenas um clique, em 30 segundos”, pontua.

“Essa facilitação acaba favorecendo a transparência no processo e é benéfico para o investidor, porque ele já vem direcionado para onde quer se instalar, com a segurança proporcionada pelos dados oficiais da Semurb”, complementa o secretário.

Thiago Mesquita ressalta que, dos 52 alvarás emitidos, 16 são de projetos para os bairros de Petrópolis, Tirol e Cidade Alta. “Isso significa que esses empreendedores estão aptos a construir. Realmente o PDN tem transformado Natal em uma grande possibilidade de investimentos”, afirma o gestor. Para Francisco Vasconcelos, vice-presidente de mercado imobiliário do Sinduscon-RN, o número de alvarás emitidos é bastante significativo, mas há desafios, na avaliação dele.

“Isso mostra que o novo plano diretor destravou o mercado imobiliário, gerando mais interesse pelas empresas de investimento em novos projetos. O maior desafio, além de identificar quais as tipologias de imóveis que deverão ser os mais procurados para atender à demanda, é a redução da taxa de juros dos financiamentos”, diz.

Vasconcelos ressalta que os juros estão cerca de 40% mais altos do que as taxas praticadas alguns anos atrás. “Havendo uma redução de taxas, se incorpora ao mercado uma maior quantidade de demanda que hoje não teria condições de adquirir um imóvel”, destaca. Sobre as áreas mais procuradas para os investimentos na cidade, o vice-presidente de mercado imobiliário do Sinduscon diz acreditar que elas estão relacionadas a regiões com maior disponibilidade, bem como àquelas com melhor infraestrutura.

“Mas já devem estar sendo desenvolvidos outros projetos para todas as áreas da cidade. O novo Plano Diretor permitiu que locais onde anteriormente existiam alguma restrição, passassem a ter melhores coeficientes de construção. Isso irá fazer que venham a existir novos projetos nessas áreas”, ressalta Francisco Vasconcelos.

Revisão põe Natal “nos trilhos do desenvolvimento”

Para Aldo Clemente, presidente da Comissão Especial do Plano Diretor na Câmara Municipal de Natal, a revisão colocou a capital potiguar de volta “nos trilhos do desenvolvimento”. O vereador destaca que a aprovação do novo PDN contou com mais de 11 audiências na Câmara e reuniu diversos segmentos, como o Ministério Público, entidades ligadas ao processo e a sociedade. “O atual PDN é o maior instrumento urbanístico para o crescimento ordenado da cidade”, afirmou Aldo Clemente.

Ele pontua que os dados já consolidados bem como as projeções reforçam a própria afirmativa. “Toda uma cadeia vai se transformando e os investimentos já geram emprego e renda”, diz. O vereador indica para a necessidade de regulamentações e algumas mudanças na legislação, para que haja conformidade às novas regras do Plano. É o caso das chamadas Zonas de Proteção Ambiental (ZPAs). “Será preciso fazer alterações, porque existem alguns conflitos de ordem específica em relação ao Plano vigente”, sublinha.

ZPA
O vereador destaca, no entanto, que este é um processo natural. “Cada ZPA tem uma legislação específica e como o Plano Diretor é uma lei única, houve algumas incompatibilidades pontuais que terão de ser alteradas. Isso é perfeitamente natural”, relata. Além disso, levar o Plano diretor para algumas regiões da cidade, como os bairros históricos, será um desafio, na avaliação de Aldo Clemente.

“Pegar o PDN e colocar em locais como a Ribeira e a Cidade Alta, acaba sendo bastante desafiador. É preciso revitalizar essas áreas, mas não se faz isso se não tiver uma renúncia fiscal, com isenções, para que novos empreendimentos se instalem nessas regiões. A Câmara pode contribuir, mas é preciso discussões na Casa, bem como atuação da Prefeitura, que é quem faz a renúncia”, analisa Clemente ao destacar a atuação da CMN na aprovação do Plano.

“O papel da Câmara foi importantíssimo. Vários parlamentares participaram das discussões e audiências públicas que ocorreram no Plenário e apresentaram – e até retiraram emendas – para melhorar o Plano, sempre ouvindo as entidades e setores interessados. O papel da Casa foi, além de votar, discutir e aperfeiçoar o PDN”, destaca.

Deu na TN

Cidade

Prefeitura de Natal apresenta projetos para 464 unidades do Minha Casa, Minha Vida

Foto: Gabriel Medeiros

A Prefeitura de Natal lançou o edital de chamamento público para selecionar empresas do segmento da construção civil, construtoras e incorporadoras interessadas em se habilitar para apresentar projetos e executar obras de empreendimentos habitacionais incluídos no programa Minha Casa, Minha Vida. O objetivo da iniciativa é diminuir o déficit habitacional existente na cidade e oferecer moradia digna e de qualidade à população em vulnerabilidade, que não possui casa própria. A abertura das propostas está prevista para ser realizada no dia 29 deste mês.

A gestão municipal, por meio da Secretaria Municipal de Habitação, Regularização Fundiária e Projetos Estruturantes (Seharpe), cadastrou junto ao governo federal três propostas de empreendimentos imobiliários dentro do Minha Casa, Minha Vida, sendo um no bairro Planalto e outros dois no bairro das Quintas, todos na Zona Oeste. Ao todo, serão 464 unidades habitacionais previstas nos três projetos apresentados.

“Vamos trabalhar fortemente para que esses projetos sejam viabilizados e a gente conclua as edificações. O déficit habitacional da capital potiguar é elevado e precisa ser combatido. Estamos confiantes, fazendo tratativas junto ao governo federal e à Caixa Econômica para agilizar esses trâmites”, afirma o prefeito Álvaro Dias. Até o momento, a Prefeitura entregou 1.334 unidades habitacionais, do empreendimento Village de Prata, no Planalto.

“Estamos confiantes na aprovação do nosso projeto, pelo enorme impacto social que trará para centenas de famílias natalenses. Já conseguimos vencer uma primeira análise técnica e agora acreditamos na aprovação final do Ministério das Cidades”, acrescenta a secretária municipal de Habitação, Shirley Cavalcanti.

O Minha Casa, Minha Vida é o maior programa de habitação popular já executado no Brasil. Gerido pelo Ministério das Cidades, foi criado em 2009 e já entregou mais de 6 milhões de unidades habitacionais. Até 2026, a meta é contratar mais 2 milhões de moradias pelo programa. No primeiro semestre deste ano, o governo federal promoveu algumas mudanças no programa.

No novo MCMV, as faixas de renda foram ampliadas, tanto para quem será beneficiado com um imóvel, quanto para quem quer financiar.
A renda mensal bruta familiar ficou dividida assim:

Faixa 1 contempla famílias com renda mensal de até R$ 2.640,00;

Faixa 2 para famílias com o valor do imóvel do MCMV foi ampliado. Contempla valores diferentes, de acordo com o porte da cidade que receberá o empreendimento e com a faixa de renda para qual ele está destinado.

Para empreendimentos que contemplem a Faixa 1, serão subsidiados até R$ 170 mil; para Empreendimentos que contemplem a Faixa 2, serão financiados até R$ 264 mil; para empreendimentos que contemplem a Faixa 3, o subsídio chegará a R$ 350 mil.
Renda entre R$ 2.640,01 e R$ 4.400,00;

Faixa 3 para famílias com renda mensal entre R$ 4.400,01 e R$ 8.000,00.

Mundo

Casal cansado de pagar aluguel decide viver em motorhome

 

Pagar aluguel é um atraso de vida. Esta é a filosofia adotada por um casal do Reino Unido que, para fugir do compromisso dos boletos mensais — ou semanais — decidiu comprar um antigo motorhome por £ 4.000 (valor equivalente a cerca de R$ 24.300), e agora vive em sua casa própria — sobre rodas. No autêntico estilo “Do It Yourself” (“Faça você mesmo”), o casal publicou nas redes sociais todo o processo de reforma do veículo, atraindo a curiosidade de muitos internautas em todo o mundo.

Kay Leigh, britânica assídua usuária da rede social TikTok, postou um vídeo no seu perfil em que mostra aos seus seguidores como o casal realizou a reforma da “casa”. Com o aumento do custo dos aluguéis — não só no Reino Unido, mas em boa parte da Europa —, é cada vez mais corrente que pessoas comuns, como o casal britânico, decidam ir em busca de alternativas à obrigatoriedade dos boletos dos aluguéis. O casal que abandonou o aluguel para viver em motorhomefaz sucesso nas redes sociais.

 

Basta de dar dinheiro ao proprietário!

Na legenda do vídeo, Kay disse: “Nós compramos uma velha casa móvel, porque estávamos pagando muito dinheiro ao proprietário!”. Apesar de ter se transformado numa moradia perfeitamente funcional depois das reformas feitas pelo casal, o trailer ainda demandava alguns reparos. As paredes, por exemplo, ganharam uma roupagem nova com papéis de parede — típicos do Reino Unido — e adesivos de lojas de £ 1.

Já o piso da casa sobre rodas foi inteiramente revestido com vinílico de mantas e o backsplash da área do motorhome transformada em cozinha também ganhou uma nova aparência — digna das cozinhas norte-americanas. Kay Leigh e seu marido decidiram que os móveis da “casa” nova seriam feitos por eles, então levaram as mãos à obra e construíram belos móveis de madeira a partir de uma mercearia caseira. O casal aparentemente ficou bastante satisfeito com o resultado da transformação do veículo em “casa”.

Deu na Oeste