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María Corina Machado confirma apoio a Urrutia para enfrentar Maduro

María Corina Machado foi inabilitada pelo regime chavista e não poderá disputar as eleições presidenciais de julho| Foto: EFE/ Rayner Peña

 

A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, anunciou na noite deste sábado (20) o apoio ao candidato Edmundo González Urrutia para enfrentar o ditador Nicolás Maduro nas eleições presidenciais da Venezuela, em julho. Ele foi escolhido após María Corina ficar inelegível por decisão do Supremo Tribunal de Justiça.

O diplomata de 76 anos foi confirmado na sexta-feira (19) de “forma unânime” após a desistência de Manuel Rosales, governador do estado petrolífero de Zulia, que havia sido indicado pelo Um Novo Tempo (UNT), membro da Plataforma Unitária Democrática (PUD).

“Estamos unidos e fortes”, disse Corina em um vídeo publicado nas redes sociais. “Já estamos na cédula e temos um candidato que foi apoiado por todos os partidos políticos e bons cidadãos”, acrescentou. O apoio de Corina era considerado essencial para que uma chapa de oposição avançasse na disputa eleitoral.

A PUD inscreveu González como “candidato provisório” à Presidência no último minuto, após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela ter barrado o registro de Corina Yoris, indicada por Corina Machado como sua substituta.
Ainda no sábado, Urrutia se pronunciou para confirmar a candidatura. “Aceito a imensa honra e responsabilidade de ser o candidato de todos aqueles que querem mudanças por meios eleitorais”, disse em suas redes sociais.

Deu na Gazeta do Povo

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María Corina pede “protesto mundial” contra o bloqueio eleitoral na Venezuela

 

A líder opositora María Corina Machado convocou nesta terça-feira (2) um “protesto mundial” para o próximo sábado (6) contra o que classificou como um “bloqueio eleitoral” imposto pelo regime da Venezuela, em relação às eleições presidenciais marcadas para ocorrer no dia 28 de julho, das quais está proibida de participar.

Em mensagem divulgada por meio de seu perfil no X (antigo Twitter), Corina Machado convidou os venezuelanos que vivem no exterior a “levantar a voz” em “várias cidades do mundo” contra o “bloqueio”, pelo qual responsabilizou o ditador Nicolás Maduro, que vai “concorrer” a um terceiro mandato consecutivo.

“Temos de fazer com que o mundo nos ouça, conseguimos um apoio muito importante e temos de continuar a avançar […] não vamos permitir que Nicolás Maduro escolha o candidato que vai enfrentar, porque nós, venezuelanos, é que temos esse direito”, disse.

Machado pediu ainda aos venezuelanos que vivem no exterior para que procurem os consulados do país para se cadastrarem para votar em julho, um processo que tem sofrido atrasos em vários países.

“Neste sábado, 6 de abril, o mundo deve ver a Venezuela unida, firme, determinada a avançar no caminho da liberdade”, acrescentou, sem especificar as cidades onde os protestos poderão ser realizados.

Machado, eleita em primárias como candidata da maior plataforma de oposição, não pode concorrer às eleições devido a inabilitação política imposta contra ela pelo regime chavista. Tal inabilitação impede a opositora de exercer cargos públicos até 2036.

A ex-deputada propôs a filósofa Corina Yoris como sua substituta, mas ela também foi barrada, sem nenhuma justificativa legal, pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), órgão controlado pelo chavismo responsável pelas eleições no país.

De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), 7,7 milhões de venezuelanos vivem fora de seu país natal, um número contestado pelo regime de Caracas, que alega que ele é de apenas 2 milhões de pessoas.

Deu na Gazeta do Povo

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Eleições na Venezuela: María Corina vai recorrer da decisão que a deixou inelegível

María Corina Machado, será a candidata da PUD nas eleições presidenciais da Venezuela de 2024| Foto: EFE/Miguel Gutiérrez

 

A venezuelana María Corina Machado, principal nome da oposição do regime ditatorial de Nicolás Maduro, vai recorrer da decisão que a tornou inelegível.

Com eleições previstas para acontecer no país em 2024, Corina venceu as primárias de outubro, mas foi considerada “inabilitada para concorrer ao cargo por 15 anos”. A decisão foi da Controladoria-Geral da Venezuela que, devido ao regime ditatorial imposto na Venezuela, é controlado por Maduro.

Os candidatos que desejam concorrer o pleito ao lado do autocrata em 2024, tinham até a última sexta-feira (16) para acionar o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) venezuelano para pedir revisões em sua candidatura. Corina e sua equipe já haviam informado que não recorreriam ao órgão porque não havia sido formalmente notificada sobre sua inelegibilidade.

“Se eu não fui notificada de nenhum procedimento, dificilmente pode haver algum prazo em vigor, certo?”, disse a ex-deputada na quinta-feira, antes de comparecer ao tribunal. Apesar disso, a embaixada dos Estados Unidos na Venezuela comemorou a decisão de Corina de acionar o órgão para rever sua desqualificação do pleito.

“Aplaudimos María Corina Machado e os outros candidatos por sua coragem e disposição de recorrer de suas desqualificações. Agora cabe aos representantes de Nicolás Maduro demonstrar seu compromisso com eleições competitivas e inclusivas”, disse a embaixada no X, antigo Twitter.

A candidata e sua equipe, no entanto, ainda não confirmaram a informação divulgada pela embaixada norte-americana. “A posição é a mesma, não há desqualificação ou notificação, portanto não vou recorrer desse procedimento. O que nós estabelecemos é uma via de fato, uma alegação dizendo que não há desqualificação. Ninguém está nos tirando da via eleitoral. A bola está do lado de Maduro”, disse Corina à imprensa ao ser vista no STJ.

As eleições presidenciais da Venezuela de 2024 têm sido observadas de perto por organismos internacionais. Caracas chegou a um acordo com os Estados Unidos nas últimas semanas com a intenção de aliviar os embargos do país as compras de petróleo venezuelano desde que o país se comprometa a fazer eleições democráticas e seguras.

Maduro e sua equipe afirmam estar comprometidos com o acordo. A desqualificação de María Corina do pleito para ano que vem, contudo, tem acendido um alerta de que o país possa não cumprir sua parte no tratado.