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Ucrânia recebe veículos blindados de países ocidentais e Rússia diz que ajuda irá ‘prolongar sofrimento’

Ucrânia conta com suporte estrangeiro para enfrentar exército russo

 

As entregas à Ucrânia de blindados de infantaria e de outras armas, anunciadas na semana passada por vários países ocidentais, vão apenas “prolongar o sofrimento” dos ucranianos e “não vão mudar” o equilíbrio de forças no terreno — declarou o Kremlin nesta segunda-feira (9).

“Europa, OTAN e Estados Unidos injetaram bilhões de dólares para a Ucrânia e em entregas de armas”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa.

“Fundamentalmente, essas entregas não podem mudar e não vão mudar nada (…) Essas entregas vão apenas prolongar o sofrimento do povo ucraniano”, acrescentou Peskov.

Na semana passada, os Estados Unidos anunciaram uma nova ajuda militar para a Ucrânia, avaliada em mais de US$ 3 bilhões, cerca de R$ 16 billhões, com 50 blindados de Infantaria blindada Bradley e dezenas de outros veículos blindados.

A Alemanha anunciou que fornecerá 40 veículos blindados leves “Marder” para Kieve, que servirão para transporte de tropas, e uma bateria de defesa antiaérea Patriot.

A França anunciou que enviará carros de combate leves AMX-10 RC, mas não especificou quantos.

Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia em fevereiro de 2022, os países ocidentais que apoiam a ex-república soviética deram-lhe apoio financeiro e militar, especialmente com o fornecimento de canhões.

Deu no R7

Guerra

Rússia só vai parar ofensiva após rendição da Ucrânia, diz Kremlin

 

Quase cinco meses depois do início da guerra na Ucrânia, a Rússia ainda não desistiu da ideia de fazer com que o país de Volodymyr Zelensky se renda. “A parte ucraniana pode acabar (com o conflito) no dia de hoje”, afirmou Dmitri Peskov, porta-voz de Vladimir Putin nesta terça-feira, 28.

“Deve ordenar às unidades nacionalistas e aos soldados ucranianos que entreguem as armas e todas as condições estabelecidas pela Rússia devem ser aplicadas”, acrescentou. “Então, tudo terminará em um dia”, concluiu.

Segundo Peskov, não há prazo nem calendário definido pelos russos: “Nos orientamos com base nas declarações do nosso presidente”. Peskov reiterou que “a operação militar especial ocorre de acordo com os planos”, usando o eufemismo que a Rússia utiliza para se referir ao ataque à Ucrânia.

Esse anúncio vem um dia após Zelenksy discursar na cúpula do G7 e pedir mais ajudar militar e apoio para fazer com que a guerra se encerre antes do final do ano, quando é inverno no hemisfério norte, e após as tropas russas bombardearem um shopping center lotado e deixarem ao menos 18 pessoas mortas e 36 desaparecidos.

Esse ataque, realizado em uma região que não apresenta perigo e só está tentando viver normalmente, como informou Zelensky, só fez com que os ucranianos revigorassem ainda mais a determinação.

Ao mesmo tempo em que a Rússia volta as ofensivas e aperta o cerco, ficando próxima de conquistar o último reduto ucraniano em Luhansk, região de Donbass, líderes do G7 aumentam as sanções sobre Putin e seu país.

“A Rússia não pode e não deve vencer” a guerra e as sanções contra ela serão mantidas “enquanto for necessário”, disse o presidente francês, Emmanuel Macron, ao final do G7, que concluiu seus trabalhos nesta terça-feira. O objetivo geral é “aumentar” os custos da guerra para a Rússia, resumiu o chanceler alemão Olaf Scholz, anfitrião da cúpula. O grupo também promete participar da reconstrução da Ucrânia por meio de uma conferência e plano internacionais.

Os ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, prometeram assim apertar o cerco contra Moscou, visando a indústria de defesa russa em particular. Apesar do fim da cúpula do grupo de países mais desenvolvidos do mundo, a maratona dos ocidentais continua esta noite com uma cúpula da Otan em Madri, um encontro em que Zelensky também deve participar remotamente, e o qual a Aliança deve anunciar o maior reforço militar desde a Guerra Fria.

“Acredito que os aliados deixarão claro em Madri que consideram a Rússia como a maior e mais direta ameaça para a nossa segurança”, declarou o norueguês Jens Stoltenberg ao apresentar a agenda da cúpula. “Vamos fortalecer nossos grupamentos táticos na parte leste da Aliança, até o nível de brigada”, acrescentou.

Informações da Jovem Pan

Guerra

‘EUA jogam lenha na fogueira ao enviar mísseis à Ucrânia’, afirma porta-voz do Kremlin

 

Um dia após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciar que vai fornecer ‘sistemas mais avançados’ de mísseis para a Ucrânia, o Kremlin acusou os norte-americanos de estarem jogando “lenha na fogueira”.

“As entregas de armas não encorajam as autoridades ucranianas a retomar as negociações de paz”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov. As reuniões de cessar-fogo estão paralisadas desde o fim de março, quando os russos anunciaram que estavam retirando as tropas dos arredores de Kiev e informaram que se concentrariam em Donbass – o que tem acontecido.

Essa não é a primeira vez que os russos culpam os EUA pela continuação do conflito. Eles já tinham declarado que o envio de armas por parte dos países Ocidentais estava contribuindo para a extensão da guerra.

Guerra

Rússia diz que está disposta a retomar negociações com a Ucrânia

 

O negociador russo Vladimir Medinsky afirmou neste domingo, 22, que a Rússia está disposta a retomar os diálogos em busca de um cessar-fogo na Ucrânia, assegurando que as tratativas foram suspensos por causa de Kiev. “De nossa parte, estamos dispostos a continuar o diálogo”, afirmou Medinski, conselheiro do Kremlin e encarregado das negociações.

Segundo ele, “o congelamento das conversas foi completamente uma iniciativa da Ucrânia”. “A Rússia nunca rechaçou as negociações”, completou. Depois que as forças russas entraram na Ucrânia, em 24 de fevereiro, foram organizadas rodadas de conversações entre os dois países.

Os ministros das Relações Exteriores russo e ucraniano se reuniram em março na Turquia e as delegações se encontraram em Istambul, mas sem sucesso. O negociador ucraniano, Mikhailo Podoliak, declarou na terça-feira, 17, que as conversas tinham sido suspensas, a medida que a Rússia centralizava sua “operação especial” no leste do país.

Deu na Jovem Pan