Guerra, Mundo

Rebeldes houthis atingem navio que transportava milho do Brasil para o Irã

 

O Exército dos Estados Unidos informou que rebeldes houthis pró-Irã dispararam mísseis contra um navio que transportava milho do Brasil para o porto do Irã. O ataque aconteceu na costa do Iêmen na segunda-feira, 12, e causou pequenos danos à embarcação. “Em 12 de fevereiro, das 3h30 às 3h45 (horário de Sanaa), militantes huthis apoiados pelo Irã dispararam dois mísseis de áreas sob seu controle no Iêmen em direção ao (estreito de) Bab al-Mandeb”, disse o Comando Central dos EUA na região em publicação no X (antigo Twitter). A empresa de segurança Ambrey afirmou  que o navio era um graneleiro de propriedade grego que arvorava bandeira das Ilhas Marshall e que “foi atacado por mísseis em dois incidentes separados” em um intervalo de 20 minutos.Segundo o Exército dos Estados Unidos, a embarcação de propriedade grega foi atacada por mísseis em um intervalo de 20 minutos.

O Centcom afirmou ainda que a embarcação estava “em trânsito no Mar Vermelho com uma carga de milho do Brasil” e informou “estar em condições de navegar e sem ferimentos à tripulação”. O grupo rebelde – juntamente com outros grupos islamistas que recebem apoio do Irã – faz parte do que Teerã chama de “eixo de resistência” antiocidental e anti-Israel. Desde novembro, os houthis lançam ataques contra navios que navegam no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, e que consideram vinculados a Israel, em “solidariedade” com os palestinos em Gaza.

Informações da AFP

Mundo

EUA anunciam coalizão militar no mar Vermelho após ataques de houthis

Foto: OLIVIER MATTHYS

 

O Pentágono anunciou nesta segunda-feira (18) uma coalizão militar de dez países para garantir a segurança e a liberdade de navegação no mar Vermelho diante dos recorrentes ataques dos rebeldes houthis do Iêmen.

Além dos Estados Unidos, a coalizão inclui Reino Unido, França, Espanha, Itália, Holanda, Canadá, Noruega, Bahrein e Seychelles, disse o chefe do Pentágono, Lloyd J. Austin, em um comunicado.

A coalizão atuará sob o nome Operação Guardião da Prosperidade e sob a égide da força naval internacional Forças Marítimas Combinadas (CMF).

A CMF é uma coalizão de 39 países, comandada pelo vice-almirante da Marinha dos EUA Brad Cooper, que visa proteger o fluxo de comércio e melhorar a segurança marítima nas diferentes regiões onde está presente.

Esses países abordarão conjuntamente os desafios de segurança no sul do mar Vermelho e no Golfo de Aden “com o objetivo de garantir a liberdade de navegação para todos os países e aumentar a segurança e a prosperidade regional”, de acordo com o Pentágono.

Austin disse que a escalada dos ataques dos rebeldes houthis “ameaça o livre fluxo do comércio, coloca em risco marinheiros inocentes e viola o direito internacional” em uma região que é “um importante corredor que facilita o comércio internacional”.

“Os países que buscam defender o princípio fundamental da liberdade de navegação devem se unir para enfrentar o desafio apresentado por esse ator não estatal que lança mísseis balísticos e veículos aéreos não tripulados (UAVs) contra navios mercantes de muitas nações que transitam legalmente em águas internacionais”, afirmou.

Austin, que esteve em Israel ontem, convocou uma reunião para esta terça-feira (19) com ministros da região e de outros países para tratar da situação no mar Vermelho.

Após o início da ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, os houthis apoiados pelo Irã lançaram sequências de mísseis e drones contra o sul de Israel nos últimos dois meses, assim como contra navios com bandeira israelense ou de propriedade de empresas israelenses no mar Vermelho e no estreito de Bab al-Mandeb.

Deu na Gazeta do Povo