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Entenda por que o governo não pretende adotar o horário de verão

 

Amado por muitos, odiado por outros tantos, o horário de verão foi por muito tempo motivo de discussões e polêmicas entre os brasileiros. Muita gente gostava de aproveitar o período mais quente do ano e curtir o fim de tarde mais longo para praticar esportes ou em um happy hour com amigos. Mas quem acorda cedo para trabalhar reclamava das manhãs mais escuras, com o adiantamento do relógio em 1 hora.

Preferências à parte, havia razões técnicas para que o governo determinasse a adoção da medida, que vigorou no país todos os anos de 1985 até 2018. Em 2019, a medida foi extinta pelo então presidente Jair Bolsonaro e, neste ano, apesar da troca de governo, não há sinais de que o horário de verão possa ser adotado novamente.

Tanto a área técnica do Ministério de Minas e Energia quanto o próprio ministro da pasta já falaram que, por enquanto, não há necessidade de adiantar os relógios neste ano, principalmente por causa das boas condições atuais de suprimento energético do país. A pasta diz que o planejamento seguro implantado desde os primeiros meses do governo garante essa condição.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os níveis de Energia Armazenada (EAR) nos reservatórios devem se manter acima de 70% em setembro na maioria das regiões, o que representa estabilidade no sistema. Para se ter uma ideia, em setembro de 2018, por exemplo, no último ano de implementação do horário de verão, a EAR dos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, um dos mais importantes do país, estava em 24,5%. Este ano, esse percentual está em 73,1%.

Outro fator que serve como argumento para não retomar o horário de verão no Brasil é o aumento da oferta de energia elétrica nos últimos anos, com maior uso de usinas eólicas e solares. “O setor de energia que era quem dava a ordem, não está vendo a necessidade de dar essa ordem, não está vendo grandes ganhos com a medida”, diz o professor de Planejamento Energético Marcos Freitas, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).

Fonte: Agência Brasil

Economia

Governo considera inviável volta do horário de verão em 2022

 

O governo Jair Bolsonaro considera inviável a adoção do horário de verão ainda neste ano. Como a CNN antecipou no mês passado, a gestão federal tem reanalisado decisão adotada em 2019 de extinguir o horário de verão no país. Apesar da reavaliação, tanto integrantes da equipe econômica como da política reconhecem que o tempo é exíguo para uma mudança que seja válida para este ano.

A ponderação, contudo, é de que é possível, caso tenha a concordância do presidente Jair Bolsonaro, retomar o horário de verão a partir de 2023.

Um assessor do governo aponta à CNN que o cenário de indefinição eleitoral em outubro tem atrasado a discussão. O horário de verão costumava ter início no terceiro domingo do mês de outubro, o que, neste ano, pode ser em meio à campanha do segundo turno.

Os técnicos do governo federal ainda lembram que, caso seja tomada a decisão, o anúncio precisa ser feito com dois meses de antecedência do início para que as empresas, bancos e serviços possam se preparar.

Ou seja, segundo integrantes do governo, sem avaliação final até agora do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a medida fica inviável para este ano.

A reanálise sobre o tema foi um pedido do Ministério de Minas e Energia para o ONS. Em nota, o ONS disse no mês passado que não tem expectativa de adoção do horário de verão para 2022.

“O ONS busca, em caráter permanente, alternativas para aprimorar as políticas públicas voltadas para o setor elétrico brasileiro. Sendo assim, o estudo solicitado sobre a viabilidade do horário de verão é atualizado anualmente para que seja avaliada a efetividade da implantação da medida”, afirmou.

A eventual mudança é baseada em uma alteração da curva de energia elétrica com o deslocamento da demanda máxima decorrente da crescente participação da geração solar distribuída.

O pedido de reanálise partiu de técnicos do Ministério de Minas Energia com a indagação sobre o possível benefício que a volta do horário de verão poderia gerar aos consumidores de energia solar nos horários de pico.

Desde o ano passado, integrantes do segmento empresarial de turismo, alimentação e bebida têm solicitado a integrantes do governo o retorno do horário de verão.

Deu na CNN Brasil