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Generais do Exército enfrentam iminente perda de títulos de Doutor Honoris Causa

José Cruz/Agência Brasil

 

A revogação dos títulos de Doutor Honoris Causa concedidos a oficiais das Forças Armadas Brasileiras vem ganhando força. O tema ganhou relevância recentemente com a decisão da UERJ de estabelecer uma comissão para avaliar a retirada do título do General Castelo Branco, na segunda semana de março de 2024. Em 10 de dezembro de 2015, o Conselho Universitário da UFRJ, de forma unânime e por aclamação, revogou o título concedido em 1972 a Emílio Garrastazu Médici, General de Exército e Presidente da República durante o Regime Militar.

Em 20 de abril de 2021, a UFRJ cassou o título de outro oficial de alta patente: o Coronel Jarbas Passarinho, ex-ministro do Trabalho do governo Costa e Silva, homenageado em 1973. Em 28 de setembro de 2021, foi a vez da Unicamp revogar o título concedido ao Coronel, ex-ministro e ex-senador pelo Pará, Jarbas Passarinho, devido ao seu papel como um dos proponentes do Ato Institucional nº 5, em 1968, durante o regime militar no Brasil.

Em 19 de agosto de 2022, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul retirou as honrarias dos ex-presidentes e generais Arthur da Costa e Silva e Emílio Garrastazu Médici, com uma decisão do Conselho Universitário por 48 votos a 1, após recomendação do Ministério Público Federal.

Mais recentemente, na primeira semana de março de 2024, o Conselho Universitário da Universidade Federal de Pelotas decidiu cassar os títulos de “doutor honoris causa” concedidos nos anos 70 a Emílio Garrastazu Médici e ao ex-ministro da Educação Jarbas Passarinho.

Apesar dessas cassações, vários generais ainda mantêm seus títulos de Doutor Honoris Causa. Um exemplo é o General de Exército José Elito, conhecido nos quartéis por ocasionalmente receber reprimendas da então presidente Dilma Rousseff. Ele foi homenageado em 2017 com o título pela Universidade Tiradentes, em Aracaju.

O General de Exército Eduardo Villas Bôas é doutor Honoris Causa pelo IDP – Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa, concedido pelo ex-ministro do STF, Gilmar Mendes. O ex-presidente Emílio Garrastazu Médici é outro que ainda possui títulos que não foram cassados, como o concedido em 1976 pela Universidade Federal do Espírito Santo.

Com informações da Revista Sociedade Militar

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“Vão prestar continência a um bandido?”, pergunta Zambelli a generais

Carla Zambelli gravou vídeo e o postou em rede social | Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

 

Em um vídeo gravado na terça-feira 29 e publicado em uma conta no Instagram, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pede que os generais da ativa se posicionem entre sobre o momento político atual e, sem citar o nome, chama o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de bandido.

“E pergunto aos senhores: “Dia 1º de janeiro, senhores generais quatro estrelas, vocês vão querer prestar continência a um bandido ou à nação brasileira?”, questionou Zambelli.

Em pouco menos de dois minutos, ela desafia os generais da ativa a tomarem posição, dizendo que “não é hora de responder com carta se dizendo apartidário, é hora de se posicionar”, em referência a uma nota do Exército divulgada também na terça-feira.

“De que lado da história vocês vão ficar: do lado da história que quer implantar o comunismo e tirar as nossas liberdades ou do lado dos brasileiros que estão clamando ‘salvem nossas almas’”, perguntou a deputada, referindo-se ao “povo está na frente dos quartéis generais pedindo para que os senhores salvem nossas almas”.

Na nota divulgada na terça-feira, o Exército afirmou que os militares da ativa “são apartidários em suas condutas”. Era uma resposta ao comentário de Paulo Figueiredo, na Jovem Pan, que insinuou que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, tem um “espião” dentro do Alto Comando do Exército, composto por 14 generais “quatro estrelas”.

Deu na Oeste