Educação, Política

UFRN começa 2024 com um déficit de R$ 4,2 milhões

Foto: Magno Nascimento

 

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) começa 2024 com um déficit de R$ 4,2 milhões no orçamento, conforme divulgado pela própria instituição, cenário que preocupa em razão do receio de que o valor previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano, de R$ 1,9 bilhão, não seja suficiente para o custeio das atividades. A LOA 2024 será sancionada até o próximo dia 22. Atualmente, os pagamentos de bolsas e auxílios estudantis, bem como o de trabalhadores terceirizados da limpeza da UFRN, estão em atraso, mas não há relação com o déficit registrado, de acordo com a Universidade.

A universidade explicou que, no caso das bolsas e auxílios, o problema se dá por conta do “recadastramento dos bolsistas e dos procedimentos de encerramento e abertura de exercício”, que ocorrem em janeiro. Já em relação aos terceirizados, a universidade disse ter verificado “que a empresa contratada ainda não efetuou o pagamento” dos salários e negou a existência de “atraso no repasse de verba por parte da UFRN”.

Na semana passada, a instituição disse à TRIBUNA DO NORTE que a redução nos próprios recursos “afeta o desenvolvimento de todas as atividades acadêmicas e administrativas das universidades”, uma vez que o chamado orçamento de custeio é utilizado para pagamentos de contratos como vigilância, limpeza e manutenção, contas de energia elétrica e água, bolsas e auxílios estudantis, dentre outros.

De acordo com a universidade, o orçamento de 2024, com o déficit estimado em R$ 4,2 milhões, será insuficiente para assegurar os pagamentos relacionados aos custos das atividades. “A UFRN prioriza os pagamentos de bolsas/auxílios a estudantes e contratos de terceirização. Neste caso, outros compromissos também essenciais, como por exemplo, contas de energia elétrica e manutenção predial, ficam prejudicados, caso não haja suplementação de recursos”, afirmou a universidade ao justificar como a redução pode afetar o próprio funcionamento.

A instituição reforçou, no entanto, que os atrasos registrados atualmente, não estão relacionados ao déficit. Em dezembro do ano passado, uma reportagem publicada pela TN apontava que a UFRN precisava de um aporte de R$ 12 milhões para cumprir com as obrigações financeiras de 2023. A universidade disse, sem detalhar valores, que após a publicação, algumas complementações foram feitas e o déficit para este ano ficou em pouco mais de R$ 4 milhões.

O montante necessário para cumprir as obrigações de 2023 se dava em função dos cortes drásticos que a universidade sofreu em 2022. Para o déficit atual, afirma a Universidade, não há, no escopo da LOA, previsão de recomposição. “Até o momento não há recomposição, pelo contrário, a LOA, da forma que foi enviada para sanção, está reduzindo o orçamento das Universidades Federais para patamares inferiores ao de 2023”, diz a UFRN.

Em 2023 as universidades federais contaram com um orçamento de R$ 6.268.186. 880,00, via PEC da Transição. Para 2024, os recursos definidos pelo Congresso Nacional no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) 2024 são da ordem de R$ 5.957.807.724,00, redução de 4,9%.

Números

R$ 4,2 mi

Valor que UFRN tem déficit acumulado do ano passado

R$ 1,9 bi

Valor que deve ser o orçamento da instituição para o ano de 2024

Sindicato faz protesto na UFRN

Nesta segunda-feira (15), o Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Urbana do RN (Sindlimp-RN) reuniu funcionários terceirizados da empresa Criart que atuam na UFRN, para protestar contra a falta de pagamento referente ao mês de dezembro. O grupo ocupou a reitoria do campus universitário, no bairro de Lagoa Nova, enquanto o presidente do Sindicato se reuniu a portas fechadas com representantes da universidade.

A UFRN disse que repassou à empresa o valor equivalente ao pagamento em dia e que o processo para depósito na conta dos funcionários está em trâmite. “Recebemos a nota fiscal [de pagamento] no dia 28 de dezembro de 2023, mas verificamos que a empresa não efetuou o repasse aos trabalhadores”, esclareceu Izabel Coelho, pró-reitora adjunta de Administração da universidade. Fernando Lucena, presidente do Sindlimp-RN, disse, após reunião com a instituição, que a expectativa é que o pagamento seja efetuado até esta terça-feira (16).

“O dinheiro será liberado da conta vinculada do exercício de 2023, o que corresponde ao pagamento de 90% do que está em aberto. A empresa irá complementar o dinheiro que falta, segundo a universidade nos repassou. A UFRN disse que o atraso ocorre por conta da empresa, a Criart, tanto é que a outra terceirizada da limpeza pagou normalmente aos funcionários”, disse Lucena. A conta vinculada é um garantia feita em contrato onde a instituição retém um percentual do valor contratual até que compromissos da empresa sejam quitados.

A UFRN explicou que liberou recentemente o valor da garantia referente ao pagamento do 13º, que foi pago em dia pela empresa. “Com isso, a gente espera que esse valor seja usado para pagar o salário em atraso”, disse Izabel Coelho, da Pró-Reitoria de Administração. A TRIBUNA DO NORTE procurou a Criart, mas a empresa não retornou às tentativas de contato. Por causa dos atrasos, que segundo o Sindlimp, são constantes, os funcionários da terceirizada suspenderam as atividades na universidade desde a quinta-feira passada.

“Vamos aguardar o pagamento nesta terça. Os trabalhadores só voltam ao serviço se ele for efetuado”, detalha o presidente do Sindilimp, Fernando Lucena. De acordo com ele, são cerca de 170 funcionários afetados.

Bolsistas
Já entre os bolsistas, o número de estudantes que ainda não receberam o pagamento referente a dezembro chega a 1,6 mil (ao todo, são 2,7 mil, entre apoio técnico, pesquisa e extensão). A UFRN esperava o repasse dos valores faltantes para o pagamento das bolsas ainda nesta segunda-feira, mas até o final da manhã, isso não tinha acontecido.

“A questão dos bolsistas é um trâmite que ocorre todo mês de janeiro, em todos os anos. Por causa do recadastramento dos alunos, a UFRN fica aguardando o repasse do MEC”, sublinhou a universidade. Os estudantes reclamam. “As dificuldades não são de hoje. Desde que houve o reajuste no valor das bolsas – de R$ 400 para R$ 700 – que atrasos e até desligamentos são registrados. A gente atribui isso à má gestão da universidade e, agora, ao déficit orçamentário. Este mês nos prometeram várias datas para o pagamento, que geralmente ocorre até o dia 5 de cada mês, e nada. A próxima data prevista é a quinta-feira (18)”, diz a estudante de Direito e bolsista Letícia Correa.

Deu na Tribuna do Norte

Notícias

Mensalidade escolar ficará até 12,5% mais cara em 2024

 

O início do ano é sinônimo de muitas contas a pagar, e algumas delas ficarão mais caras em 2024.

O reajuste anual acontece por diferentes motivos: folha de pagamento de funcionários, aluguel de imóvel, caso a escola não tenha prédio próprio, contratos de prestadores de serviços, investimento em novas tecnologias, entre outros.

Como são muitas as variantes que influenciam na definição da taxa de reajuste anual da mensalidade escolar, o índice de reajuste também pode variar de uma unidade para outra, e nem sempre consegue seguir o índice de inflação anual (atualmente em 4,68% ao ano).

É o que explica o professor Eugênio Cunha, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep).

Por isso, ele diz que em 2024 esse índice de reajuste ficará entre 7,5% e 12,5% para as escolas que atendem o público B, C e D.

Atualmente a rede particular de ensino no Brasil tem 15 milhões e meio de alunos, dos quais 8,5 milhões são da educação básica, e o restante, cerca de 6,5 milhões, no ensino médio, segundo dados da federação.

Os dois últimos anos foram de recuperação para o setor educacional, que espera em 2024 retornar ao número de alunos matriculados que se tinha em 2019, antes da pandemia.

“O crescimento vai ser bem singelo, mas acontecerá sim um crescimento em torno de 3% no número de matrículas para 2024”, prevê o especialista.

Fonte: CNN

Notícias

Governo Lula muda regras para geladeiras, e indústria prevê preço acima de R$ 5.000

Governo Lula muda regras para geladeiras, e indústria prevê preço acima de R$ 5.000

 

O Ministério de Minas e Energia, do governo Lula, vai enrijecer as regras de eficiência energética que definem quais modelos de geladeiras e congeladores de uso doméstico podem ser vendidos no país, segundo resolução publicada na última semana.

Com a medida, a Eletros, entidade que representa o setor, prevê a saída de refrigeradores mais baratos do mercado, o que elevaria o preço mínimo do produto para mais de R$ 5.000, segundo a entidade. Hoje é possível encontrar modelos a partir de R$ 1.500 em sites de varejistas, segundo consulta da reportagem.

Na primeira etapa, que começa a valer do próximo dia 31, só poderão ser fabricados e importados refrigeradores que tenham um índice máximo de 85,5% do consumo padrão de energia. As fabricantes e importadoras ainda poderão vender os produtos que já haviam sido produzidos e importados antes desse prazo-limite até o final de 2024. Já a partir de 31 de dezembro de 2025, as empresas de varejo e atacadistas não poderão mais vender modelos com eficiência energética acima do patamar.

Quanto menor o índice, melhor a eficiência energética. Esse indicador aponta quanto o eletrodoméstico consome em relação a um valor padrão –que varia de acordo com o modelo e é calculado a partir de fatores como o volume dos compartimentos do refrigerador.

Até o fim de 2027, esse teto será reajustado para 90% –percentual definido na segunda etapa. Embora esse patamar seja maior do que na etapa anterior, de 85,5%, ele estará sob regras de performance diferentes, que passam a valer em 2026. De acordo com as fabricantes e especialistas, esse índice é ainda mais rigoroso do que na primeira etapa.

Atualmente, esse índice máximo permitido está em patamares acima de 96%.

Veja como ocorrerá a mudança no índice de eficiência das geladeiras

Etapa 1 (85,5%) Etapa 2 (90%)
Fabricação e importação 31/12/2023 31/12/2025
Comercialização por fabricantes e importadoras 31/12/2024 31/12/2026
Comercialização por atacadistas e varejistas 31/12/2025 31/12/2027

Fonte: Ministério de Minas e Energia

A alteração nas regras de produção e comercialização dos produtos vai permitir cortar a emissão de 5,7 milhões de toneladas de gás carbônico até 2030, segundo o Ministério de Minas e Energia. A pasta afirma que, a partir de 2028, os produtos disponíveis nas lojas serão, em média, 17% mais eficientes do que aqueles que são ofertados pelo mercado hoje.

A medida não é bem-vista pela Eletros, associação de fabricantes de produtos eletroeletrônicos que reúne marcas como Electrolux, Midea e Samsung. Na visão de Jorge Nascimento, presidente-executivo da entidade, a mudança elitiza o setor e exclui do mercado geladeiras mais baratas e acessíveis para a população com renda menor.

Nascimento afirma que, depois da mudança na norma, as geladeiras mais baratas custarão entre quatro e seis salários mínimos, ou seja, o preço será de pelo menos R$ 5.280. Segundo ele, o ministério ignorou a manifestação da indústria sobre o tema feita durante reuniões com a pasta.

“A gente encara essa decisão como muito prejudicial. As classes C, D e E da população já responderam por 36% do nosso mercado há cinco anos. Hoje elas são somente 11%. E vai diminuir ainda mais”, afirma.

Dados recentes da Eletros apontam que 2023 será o segundo pior ano na última década para o segmento de linha branca —cujos carros-chefes são a geladeira, o fogão e a máquina de lavar. As vendas não devem ultrapassar os 13 milhões de unidades, de acordo com as expectativas da entidade.

O pior resultado foi registrado no ano passado, quando foram vendidos menos de 12,5 milhões de geladeiras, máquinas de lavar e fogões.

A Eletros atribuiu o cenário a fatores como os impactos econômicos da pandemia, que reduziu o poder de compra dos brasileiros e afetou o consumo, o aumento nos custos dos insumos e da cadeia logística e questões macroeconômicas, como a pressão inflacionária e o juro alto, que desestimula a compra em parcelas.

Créditos: Folha de S. Paulo.

Notícias

Câmara dos Deputados já custou mais de meio bilhão só em 2023

 

O pagador de impostos já desembolsou mais de meio bilhão de reais para sustentar os espantosos gabinetes de suas excelências na Câmara dos Deputados.

O portal de transparência confirma a alegação de que o Poder Legislativo brasileiro, como a Justiça, é um dos mais caros do mundo: só 2023, até novembro, foram gastos mais de meio bilhão (exatos R$501.914.754,91). Os gastos ainda vão disparar: ainda estão reservados R$77,7 milhões a serem gastos à vontade até o fim do ano.

Cada gabinete recebe R$118.376,13 todo mês para gastos tipo gasolina, aluguel de carros e jatinhos, hospedagem, propagandas…

A verba subiu 6% a 15 dias da eleição do novo presidente da Câmara, neste ano. Em 2024, haverá outro aumento de 6% e 6,23% para 2025.

Outubro foi o mês da gastança, mais de R$57,9 milhões. Fevereiro, mês curto e da posse dos deputados, foram R$47,8 milhões pelo ralo.

A verba não inclui gastos como moradia. Os deputados moram em belos imóveis funcionais ou podem levar um por fora para bancar o aluguel.

Deu no Diário do Poder

Notícias

Último jogo do América na Arena das Dunas custou mais de R$ 200 mil

 

O América teve um custo de mais de R$ 200 mil em sua última partida como mandante na Arena das Dunas. Na derrota por 2 a 1 contra o Manaus, pela Série C, o alvirrubro potiguar ainda conseguiu uma renda líquida positiva, mesmo com o gasto elevado.

Conforme consta no borderô publicado pela Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol (FNF), o time americano teve um total de R$ 222,1 mil em despesas. O maior custo foi relacionado à despesa com ingressos promocionais e cortesias, que geraram um total negativo de R$ 80,5 mil para os bolsos alvirrubros. Já o segundo maior total é referente às despesas administrativas da Arena R$ 77,4 mil.

Apesar dos altos valores, o América conseguiu colocar 13.521 torcedores pagantes e isso gerou uma receita de R$ 390,3 mil. Esse montante subtraído às despesas, deu ao time americano R$ 168,2 mil, em renda.

 

Deu no Portal da 96

Notícias

Ações judiciais contra os planos de saúde disparam 40% em maio

 

As ações na Justiça contra os planos de saúde dispararam em maio deste ano. Segundo levantamento do TJ-SP (Tribuna de Justiça de São Paulo), foram registradas 2.116 ações no mês, um aumento de 40% em relação ao mesmo período de 2022, quando havia 1.511 processos em primeira instância.

As ações são gerais, o que inclui exclusão de coberturas ou negativas de tratamento, reajuste de mensalidades em função de mudança de faixa etária, de sinistralidade ou de aumentos em contratos coletivos.

A primeira instância é a porta de entrada do Judiciário brasileiro. Todas as ações iniciam sua tramitação nesse nível. Quando o parecer do juiz não é favorável ao interesse do autor ou da parte contrária ao processo, ambos podem entrar com um recurso, e então a ação será analisada pela segunda instância.

Comparando os número de ações dos cinco primeiros meses do ano desde 2020, neste ano houve um aumento 62,1%. Com relação ao mesmo período de 2022, janeiro a maio deste ano teve uma alta de 14,2%.

Neste ano, houve aumento geral de reclamações sobre descredenciamentos, prática que se acentuou no mercado, no ano passado.

A coordenadora do Idec lembra que, entre junho e setembro de 2022, vigorou um entendimento do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que limitava as coberturas de planos de saúde (o chamado rol taxativo). Após a decisão do tribunal, reclamações começaram a serem feitas pelos consumidores, já que diversas operadoras de planos de saúde pararam de realizar alguns atendimentos, sob o argumento de que o rol seria, na época, taxativo.

“Isso com certeza impactou bastante a judicialização. Por sorte, esse entendimento foi revertido no Poder Legislativo”, explica Navarrete.

Fonte: R7