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21 das 48 lagoas de captação de Natal possuem risco elevado ou médio de transbordamento

Foto: Reprodução

A chegada de chuvas mais intensas, como aquelas observadas em Natal nesse último fim de semana, são um teste para verificar o funcionamento das lagoas de captação, que têm a importante função de garantir a drenagem e infiltração das águas pluviais. Mas, das 48 lagoas de captação localizadas na capital, pelo menos 21 apresentam um elevado risco de transbordamento.

A constatação foi divulgada por meio de relatório elaborado pelo Departamento de Defesa Civil e Ações Preventivas, da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (SEMDES), da Prefeitura Municipal do Natal. Dentre os principais problemas, a maioria das lagoas apresentam vegetação em sua área interna, algumas estão sem vigilância e tiveram suas bombas para drenar a água roubadas. Em alguns locais, também foram observadas ligações clandestinas de esgotos nas lagoas que foram projetadas para receber apenas águas de chuva.

Em Natal, a chuva do final de semana quase superou a média esperada para o mês de julho em todo o Rio Grande do Norte e foi maior do que o volume esperado para a Região Leste, onde está localizada a capital potiguar. O Sistema de Monitoramento da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) registrou um acumulado de 235mm na capital, quando a média para todo o mês era de 245mm.

Sem a drenagem adequada, alguns pontos da cidade continuavam interditados na manhã desta terça (05), como o trecho da Avenida Ayrton Senna que fica ao lado da Lagoa de Pirangi ou Jiqui, no bairro de Neópolis, capital. A Defesa Civil do estado também vai visitar alguns municípios do interior nesta terça (05) que também apresentaram problemas decorrentes das chuvas mais intensas, como a cidade litorânea de Touros.

RISCO ELEVADO DE TRANSBORDAMENTO

Lagoa Dom Pedro I – bairro Pajuçara II

Lagoa de Santarém ou Nova República – Potengi

Lagoa Acaraú – bairro Panatis I

Lagoa do Preá – bairro Lagoa Nova

Lagoa dos Potiguares – bairro Morro Branco

Lagoa do San Vale ou Integração

Lagoa de Cidade Jardim I

Lagoa de Cidade Jardim II

Lagoa dos Xavantes I

Lagoa dos Xavantes II (Caiapós)

Lagoa de Pirangi ou Jiqui – bairro Neópolis

Lagoa do Makro

Lagoa de Pirangi II ou Lagoa do Society

Lagoa do Pirangi

RISCO MÉDIO

Lagoa do Pajuçara 2 ou Visconde de Ouro Preto

Lagoa do Panatis

Lagoa do Jardim Primavera ou Jardim Progresso

Lagoa de São Conrado

Lagoa da Cidade da Esperança

Lagoa do Horto

Lagoa de Mirassol

BAIXO RISCO

Lagoa do Gramorezinho ou do Sapo – bairro de Lagoa Azul

Lagoa do José Sarney – bairro Potengi

Lagoa Vila Verde I (Pajuçara ou Dr Carneiro Ribeiro)

Lagoa do Vila Verde – Parque das Dunas III – bairro Pajuçara

Com informações do Saiba Mais

Notícias

Rio Grande do Norte tem chuvas 160% acima da média

O ano de 2022 começou com chuvas acima da média no Rio Grande do Norte. O mês de janeiro teve o volume de 144 mm, o que é 160,7% acima do normal nas precipitações. A média de chuvas esperada para o primeiro mês do ano, pré-estação chuvosa no Estado, era de 55,2 mm. Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), na série histórica, esse é o mês de janeiro com maior volume pluviométrico acumulado desde 2004.

O início do ano é uma resposta após 2021 com chuvas abaixo da média no Rio Grande do Norte. “As previsões estão se confirmando. Desvios positivos foram observados em todas as Mesorregiões, com destaque para as Mesorregiões Central e Agreste que apresentaram desvios percentuais acima de 200% em relação ao valor esperado”, disse o chefe da Unidade de Meterologia da Emparn, Gilmar Bristot.
A combinação de diversas condições meteorológicas como as temperaturas dos oceanos Atlântico e Pacífico, ventos, umidade favoreceram a ocorrência das chuvas no Estado no primeiro mês do ano. “A atuação do sistema meteorológicos transientes, como restos de Frentes Frias e Vórtices Ciclônicos de Ar Superior (VCANS) e as condições termodinâmicas dos oceânicas apresentaram-se favoráveis. Tivemos ocorrência de boas chuvas em todas as Mesorregiões do Estado”, disse Gilmar Bristot
Para o mês de fevereiro o cenário segue favorável para ocorrência de chuvas no RN. Na região Oeste a média mínima esperada é de 116,5mm, na região Central, 93,2mm, no Agreste 69,6mm e Leste 92,2mm.
“Até o final deste mês de fevereiro iremos realizar Reunião de Análise e Previsão Climática para o semiárido potiguar, para apresentar a previsão para o período do inverno no interior. As previsões seguem favoráveis para ocorrência de chuvas”, comentou Bristot.
Para acompanhar a previsão do tempo automática, por município, boletins pluviométricos diários, zoneamento agrícola entre outras variáveis meteorológicas, basta acessar o novo sistema de monitoramento da Emparn por meio do endereço eletrônico: emparn.rn.gov.br, aba Meteorologia.
Números
Resumo das médias de chuvas em janeiro 2022
Rio Grande do Norte
Chuva Observada: 144,0mm
Chuva Esperada: 55,2mm
Desvio (%): 160,7%
Região Oeste
Chuva Observada: 181,4mm
Chuva Esperada: 77,5mm
Desvio (%): 133,9%
Região Central
Chuva Observada: 119,6mm
Chuva Esperada: 59,2mm
Desvio (%): 101,8%
Região Agreste
Chuva Observada: 124,8mm
Chuva Esperada: 35,2mm
Desvio (%): 255,1%
Região Leste
Chuva Observada: 150,2 mm
Chuva Esperada: 49,0mm
Desvio (%): 206,4%