A disputa masculina da etapa de Teahupo’o (Taiti) da Liga Mundial de Surfe (WSL), ocorreu nesta quarta-feira, 17, após cinco dias de espera. A disputa teve três baterias, e apenas uma teve a participação dos brasileiros.
Na primeira bateria da fase inicial, o surfista potiguar Ítalo Ferreira fez 8,12 pontos e o sul-africano Mathew McGillivary 5,10. Ambos foram mandados pela repescagem pelo também brasileiro Yago Dora, que somou 8,66 pontos.
Após a classificação de Yago, se garantiram na terceira fase o tahitiano, que compete pela França, Kauli Vaast e o australiano Jack Robinson. Após a terceira bateria as competições foram interrompidas por causa das condições climáticas.
A história de Caio Pereira, para os amigos mais íntimos “Caio Tico Mico” envolve amor à natureza, surf e muita aventura.
Uma História surpreendente, digna de um filme e daria também facilmente um bom livro de aventuras.
Caio é uma daqueles figuras que se vc olhar pra ele, você jamais acreditará o que ele já fez na vida.
Viciado em adrenalina, Caio desde muito cedo gosta de conviver com a natureza, primeiro com o surf, sua grande paixão, que fez com que ele largasse tudo em Natal, e fosse viver uma grande aventura em Bali, na indonésia.
Depois com a Motocicleta, gostava de se aventurar no meio da mata a mais de mil, pelos caminhos de Pipa, bem no início dos anos 80, onde nem estradas e nem eletricidade tinha chegado ainda. Noronha pra ele era um quintal, sempre estava por lá.
Depois veio outra paixão: Voar
Caio praticou Voo de Asa Delta e Ultra-leve, este último inclusive era considerado o piloto mais “adrenalizante” do RN, o que gerou alguns acidentes, mas sempre diziam que “Caio era Imortal”, um Highlander.
O fato é que Caio não tem medo de nada, pequeno e franzino, é considerado por muitos um tremendo Big Rider ( surfista de ondas grandes), e com isso foi atravessando desafios que a vida lhe pregou, e uma coisa todos sabem, poucos encaravam o mar grande e feroz como Caio fazia.
Caio e os dois filhos na Indonésia. Foto : Arquivo pessoal7Facebook
Com a pandemia da Covid-19, assim como a vida de muitos, ela mudou também a vida de Caio.
Com a paralisação do Turismo mundial, os negócios de Caio no Brasil começaram a dar problemas por falta de pagamento nos alugueis, o que o obrigou a voltar com toda a família para o Brasil, mais precisamente para a praia da Pipa, onde Caio retomou os negócios que estavam alugados e com contas atrasadas como energia, IPTU, etc.
O sonho da Indonésia já não era mais possível, pois as contas não fechavam. A realidade foi dura e difícil, principalmente porque o filho Ulisses ja estava arrebentando nas ondas grandes da Indonésia, com promessa de grandes patrocinadores, mas o sonho teve que ser adiado.
Com todas as dificuldades inerentes ao ramo do turismo, Caio estava retomando a administração da Pousada e da sua Barraca de Praia e, também, os passeios que fazia com Turistas nas praias por Perto. Para sua surpresa e infelicidade, há 15 dias atrás , teve perda total com a “capotada” no carro que fazia os passeios, com a “sorte” do motorista escapar ileso do acidente, mas o carro teve que ir pra sucata, perda total.
Nessa semana a surpresa do incêndio que destruiu totalmente a sua “Barraca do Caio” na conhecida Praia do Amor.
Mas a história não para por aqui.
” Quem ja passou por muitas que nem eu, inclusive o alcoolismo, não vai abaixar a cabeça jamais com um simples incêndio, vou reconstruir TUDO” diz Caio sorrindo.
Craque no Freesurf, o filho Ulisses já arrebenta nas ondas grandes pelo Mundo. Foto : Reprodução
A verdade é que Caio Tico Mico está sempre pronto para novas aventuras, sempre foi assim…
Pensando em aliviar os prejuízos causados no carro e na Barraca da praia do amor, os amigos resolveram ajudar e criaram uma conta no Vaquinha.
Caio também é um Libertário e nós ficamos aqui torcendo por ele, e desejando que seja apenas um momento dificil que será superado com garra , coisa que nunca faltou a Caio.
Você pode ajudar o Caio Pereira “TICO MICO” a reconstruir a sua Barraca na Praia do Amor, na praia da Pipa, dando uma pequena contribuição aqui :
Nas últimas seis edições do Circuito Mundial de Surfe o Brasil conquistou quatro títulos. E se não der nenhuma zebra, o País tem tudo para ganhar o penta no masculino, só não se sabe com qual atleta: Gabriel Medina, Italo Ferreira ou Filipe Toledo No feminino, Tatiana Weston-Webb tenta uma vitória inédita. O potiguar luta pelo bicampeonato em San Clemente, Califórnia.
A janela de disputa do Rip Curl WSL Finals começou ontem e vai até o dia 17. Os organizadores vão escolher o melhor momento baseado na previsão das ondas para realizar as baterias em um único dia. O evento será transmitido ao vivo pelo WorldSurfLeague.com e pelo YouTube e aplicativo da World Surf League e pelos canais da ESPN Brasil.
Batizado de WSL Finals, a decisão do circuito mudou de formato nesta temporada. A última etapa não é mais no Havaí, onde ocorria o tradicional Pipe Masters, nem o campeão será decidido no sistema de “pontos corridos”. Desta vez, a WSL (Liga Mundial de Surfe) optou por fazer um evento em dia único com cinco surfistas de cada gênero mais bem colocados no ranking mundial.
O local escolhido foi Trestles, na Califórnia, que possui ondas para os dois lados e possibilita uma variedade de manobras. E o formato também é inédito. O quinto do ranking, o australiano Morgan Cibilic, encara Conner Coffin, dos Estados Unidos, em bateria decisiva. Quem passar pega Filipinho, terceiro do ranking. O vencedor deste duelo disputa com Italo uma vaga na final. Quem passar pega Medina na decisão em uma melhor de três baterias. Ou seja, a chance de dar um surfista do Brasil no masculino é enorme.
Italo Ferreira, atual campeão mundial (em 2019, pois no ano passado a competição não ocorreu por causa da pandemia da covid-19) e que recentemente conquistou o ouro olímpico nos Jogos de Tóquio é um dos favoritos. “Finalizar essa temporada com mais um título mundial seria o ano perfeito. Tenho me dedicado muito, a oportunidade está aí e quero agarrar”, avisa.
Ele também elogia seus adversários e enaltece o ótimo momento do País na modalidade. “Um puxa o nível do outro e isso é legal, eleva o nível do surfe para outro patamar. A gente se respeita bastante e para quem admira o esporte isso é um espetáculo. São caras que eu admiro muito, mas quando entro na água quero fazer o melhor porque é um esporte individual”, finaliza o campeão.
