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Com novo presidente da Petrobras confirmado, governo terá desafio de renovar Conselho de Administração

 

O Conselho de Administração da Petrobras confirmou nesta segunda, 27, Caio Paes de Andrade como novo presidente da empresa. Indicado pelo governo federal, Andrade terá o desafio de evitar novos aumentos nos preços dos combustíveis, o que levou à queda de seus três antecessores durante a gestão Bolsonaro.

No entanto, a União terá outro desafio: o de renovar o próprio Conselho de Administração. O órgão interno da estatal é composto por 11 pessoas, dos quais até oito podem ser indicados pelo governo – o presidente da companhia e outras sete pessoas.

Como o presidente anterior, José Mauro Coelho, foi indicado ao lado de outros sete em abril e renunciou, o governo deve indicar outros nomes para ocuparem os lugares, ou os mesmos para serem reconduzidos.

As indicações devem passar por avaliação dos currículos no Comitê de Elegibilidade (Celeg) interno e, em sequência, serem votadas pelos acionistas em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) convocada com 30 dias de antecedência.

Dentre os nomes, alguns não devem ter problemas: Gileno Gurjão Barreto, presidente do SERPRO, deve ser tornar o novo presidente do Conselho; Edison Garcia, presidente da CEB (Companhia Energética de Brasília), empresa do governo do Distrito Federal; Marcio Weber, o atual presidente do Conselho, e Ruy Flacks Schneider, que também já é parte do órgão.

Já os outros três, Jhonatas Assunção, Ricardo Soriano e Iêda Cagni podem ter problemas devido a conflitos de interesses por seus cargos no governo. Assunção é o número dois do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e a Lei das Estatais veda a nomeação de titular de cargo “de natureza especial ou de direção e assessoramento superior na administração pública”. Soriano e Cagni são servidores da PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional) —o primeiro chefia o órgão, que é parte em processos fiscais contra a estatal.

Os indicados do governo terão que disputar disputar com o banqueiro João José Abdalla Filho, conhecido como Juca Abdalla, que indicou a si próprio e ao advogado Marcelo Gasparino para o colegiado – eles haviam sido eleitos em abril, mas terão que concorrer novamente após a renúncia de Coelho. As outras três vagas remanescentes são duas dos acionistas minoritários e uma dos trabalhadores da companhia, que seguem em suas cadeiras por terem sido eleitos anteriormente.

Deu na Jovem Pan

Notícias

Caio Paes de Andrade será anunciado nesta segunda-feira como novo presidente da Petrobras

 

O ex-secretário de desburocratização do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade, será anunciado como novo presidente da Petrobras ainda nesta segunda-feira, 27, segundo informaram pessoas ligadas à estatal consultadas pela Jovem Pan.

O Conselho de Administração da companhia vai se reunir para avaliar o postulante ao cargo, pois ele ainda precisa ser nomeado conselheiro para então ser alçado à presidência. A indicação do nome do novo CEO foi feita no mês passado pelo Ministério de Minas e Energia e, com a renúncia de José Mauro Coelho, criou-se um atalho para acelerar a chegada de Paes de Andrade ao topo da empresa.

A troca de comando não tem sido bem aceita pelos petroleiros, que pretendem protestar na sede da empresa, localizada no centro do Rio de Janeiro.

Os trabalhadores alegam que a indicação vai contra o estatuto da empresa e também feriria a Lei das Estatais, mas o Comitê de Elegibilidade , que faz parte da governança do compliance da empresa, não colocou nenhum obstáculo para a entrada do ex-secretário.

Dos quatro votantes, apenas um foi contrário à nomeação. O Comitê ainda entrou em contato com o indicado para falar sobre a política de paridade de preços e se havia a intenção de modificá-la.

Por escrito, Paes de Andrade esclareceu que não recebeu nenhuma orientação da União, ou de outro acionista, para promover uma alteração nesta política.

Deu na Jovem Pan

Economia

Comitê aprova Caio Paes de Andrade para presidir a Petrobras

 

O Comitê de Elegibilidade da Petrobras recomendou, nesta sexta-feira, 24, o nome de Caio Paes de Andrade para presidir a estatal. O colegiado tem contribuição consultiva. Por isso, a palavra final será dada pelo Conselho de Administração, que deve se reunir de forma extraordinária na segunda-feira, 27.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa diz que a decisão foi por maioria, mas não informa como os membros do colegiado votaram.

“A Petrobras, em continuidade ao comunicado divulgado em 21/06/2022, informa que o Comitê de Elegibilidade (CELEG) se reuniu nesta data para analisar a indicação do Sr. Caio Mário Paes de Andrade para os cargos de Conselheiro de Administração e Presidente da Petrobras com base nas regras de governança da companhia e legislação aplicável. Foi reconhecido pelo Comitê, funcionando como o Comitê de Elegibilidade (CELEG) previsto no artigo 21 do Decreto nº 8.945/16, por maioria, o preenchimento dos requisitos previstos na Lei nº 13.303/16, no Decreto nº 8.945/16 e na Política de Indicação de Membros da Alta Administração da Petrobras, bem como a não existência de vedações, para que a indicação do Sr. Caio Mário Paes de Andrade aos cargos de Conselheiro de Administração e Presidente da companhia seja deliberada pelo Conselho de Administração”, diz a íntegra do comunicado.

A mais recente troca no comando da Petrobras ocorreu na esteira das pressões contra o reajuste nos preços dos combustíveis.

Andrade substitui José Mauro Ferreira Coelho, que não agradou ao presidente Jair Bolsonaro nem a cúpula do Congresso Nacional, em especial ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), após o último aumento das tarifas da gasolina e do diesel.

Coelho ficou pouco mais de um mês no cargo. Antes dele, estiveram à frente da estatal Roberto Castello Branco e o general Joaquim Silva e Luna.

A nomeação de Caio Paes de Andrade foi questionada pelo fato de o seu currículo não preencher os requisitos exigidos pela Lei das Estatais, como formação acadêmica compatível e experiência mínima de dez anos no setor de energia ou em empresa do porte da Petrobras.

Andrade é formado em comunicação, tem pós-graduação em administração e, antes de assumir um cargo no Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes, fez carreira em uma empresa de investimentos em startups de tecnologia.

Informações da Jovem Pan