Guerra

Ex-militar brasileiro morre em bombardeio russo na Ucrânia

Foto: Reprodução/Instagram

A família de um brasileiro que havia se alistado para lutar na guerra da Ucrânia foi informada nesse sábado (02/07) que ele, que estava lutando desde março, foi morto em um bombardeio russo na região de Kharkiv.

Trata-se do gaúcho Douglas Rodrigues Búrigo (imagem em destaque), 40 anos, que serviu ao Exército brasileiro por quatro anos e viajou para a Europa, onde lutou ao lado dos militares ucranianos.

Ele postou registros do campo de batalha em sua conta no Instagram. Na última postagem, feita há duas semanas, falava de “aproveitar cada momento”.

A morte ainda não foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, mas foi informada ao portal G1 pelo pai do combatente, Pedro Elson Vieira Búrigo.

“Quase todo dia a gente se comunicava. Ele estava com o telefone, comprou um chip europeu e falava todo dia”, disse o pai. “Ele foi, a princípio, para serviço humanitário. A ideia dele era chegar lá e fazer serviço humanitário. Era o sonho dele ajudar, mas acho que depois deu errado e foi direto para a linha de frente, e o mais errado aconteceu”, completou.

Com informações de Metrópoles

Esporte

Jogador potiguar recém-chegado à Ucrânia se prepara para deixar o país: ‘Choque de realidade’

O início da invasão russa à Ucrânia nesta quinta-feira (24) mudou completamente os planos do jogador natalense Edson Fernando, de 23 anos, contratado recentemente pelo time de futebol ucraniano Rukh Lviv. Agora, ele se prepara para deixar o país e seguir para a Polônia. Edson conversou com o g1 RN enquanto arrumava as malas e disse que ainda não tem certeza se ficará no país vizinho ou se voltará ao Brasil.

“Aqui na cidade onde estou, Lviv, está tranquilo. Ela fica no Oeste do país, na fronteira com a Polônia, e distante de Kiev (capital), onde a situação está mais complicada. São uns 500 quilômetros de lá. Fui ao centro da cidade hoje de manhã e as pessoas estavam andando normalmente na rua, mas o comércio estava fechando”, contou o jogador.

Apesar da aparentemente tranquilidade, ele afirma que a tensão atinge todas as pessoas. “Hoje, quando estava acordando, ouvi uma sirene, como se fosse um aviso de que o país está sendo atacado. Isso dá um choque de realidade”, relata.

Quando o atleta chegou ao país no início do ano, já havia rumores de guerra, mas ele conta que os colegas sempre o tranquilizaram dizendo que Lviv fica mais distante dos centros de maior tensão. Segundo ele, a cidade tem sido passagem de muitas pessoas que estão vindo de outras regiões do país para cruzar a fronteira com a Polônia.

Edson foi transferido para o time da Ucrânia no fim de janeiro, e estava participando de treinos e jogos amistosos da pré-temporada. Esperava estrear em um jogo oficial do time no próximo fim de semana, para quando estava previsto o início do campeonato nacional. De acordo com ele, a competição está suspensa.

O atleta ainda afirmou que espera que o conflito possa acabar o quanto antes e que não haja mais mortes. Ele também fez questão de tranquilizar amigos e familiares que entraram em contato com ele ao longo do dia. “Recebi muitas mensagens. Quero dizer a todos que estou bem”, pontuou.

G1 RN