Meio Ambiente

Época de desova dos corais traz esperança para recifes da Grande Barreira

 

Durante alguns dias no hemisfério sul, toda primavera, o maior e mais famoso recife de corais do mundo explode. Esta é a época de desova dos corais – uma época em que a Grande Barreira de Corais cria a sua próxima geração.

Na verdade, como explicam alguns cientistas, é quando todo o recife faz sexo.

A desova dos corais deste ano começou em 2 de novembro. Durante este período, diferentes espécies de corais liberam espermatozoides e óvulos, que se encontram na superfície da água e formam pólipos de coral.

Mas não se trata apenas de testemunhar uma experiência natural interessante. A desova dos corais, que acontece antes do verão no hemisfério sul, dá pistas sobre a saúde do recife de 345 mil quilômetros quadrados.

“A desova anual de corais não é apenas um dos fenômenos naturais mais extraordinários do planeta”, afirma Anna Marsden, diretora-gerente da Fundação Grande Barreira de Corais. “Isto nos dá uma oportunidade de acelerar a pesquisa de ponta a nível mundial para salvaguardar o seu futuro dos impactos das mudanças climáticas”.

A Unesco, que mantém a lista de sítios do Patrimônio Mundial, tem discutido se deveria adicionar o recife à sua lista de “locais em perigo” ao longo dos últimos anos.

Embora o recife tenha escapado à designação em 2023, a Unesco afirmou que “uma ação sustentada para implementar as recomendações prioritárias da missão é essencial para melhorar a resiliência (do recife) a longo prazo” e solicitou uma atualização sobre a saúde do recife até fevereiro de 2024.

O aquecimento das águas causado pelas mudanças climáticas levou ao branqueamento dos corais em grande escala, que ocorre quando os corais “estressados” ficam brancos, revelando os seus esqueletos carbonáticos.

Uma pesquisa científica divulgada pelo governo australiano em maio de 2022 relatou um sexto “evento de branqueamento em massa”, com 91% dos recifes afetados.

Informações da CNN

Notícias

Australiana condenada por matar os quatro filhos é perdoada após passar 20 anos na prisão

Kathleen Folbigg foi condenada em 2003

 

Uma australiana condenada pela morte dos quatro filhos foi perdoada depois de passar 20 anos na prisão, anunciaram as autoridades.

Kathleen Folbigg foi chamada de “a pior serial killer da Austrália” depois de ter sido condenada em 2003 pela acusação de assassinato de três de seus filhos e homicídio culposo do quarto.

Mas o procurador-geral do estado de Nova Gales do Sul, Michael Daley, declarou que uma investigação iniciada em maio de 2022 estabeleceu uma “dúvida razoável” a respeito das condenações e que Folbigg foi perdoada.

“Essa foi uma provação terrível para todos os envolvidos, e espero que nossas ações de hoje representem um ponto-final nessa questão de 20 anos”, declarou Daleuy.

“Em nome da justiça, Kathleen Folbigg deve ser liberada da custódia o mais rapidamente possível”, afirmou.

Há duas décadas, os promotores alegaram que ela asfixiou as crianças, que tinham entre 9 semanas e 3 anos, mas Folbigg insistiu que a morte delas aconteceu por causas naturais.

Em 2021, dezenas de cientistas da Austrália e do exterior assinaram uma petição a favor da libertação de Folbigg. O texto mostrava que novas evidências forenses sugeriam que as mortes inexplicáveis estavam vinculadas a mutações genéticas raras ou anomalias congênitas.

Sem evidências forenses convincentes, os promotores argumentaram que era extremamente improvável que quatro crianças morressem de maneira repentina e sem explicação.

Mas o juiz aposentado Tom Bathurst, que coordenou a nova investigação, salientou que foram registradas condições médicas que poderiam explicar três mortes.

As quatro crianças morreram entre 1989 e 1999.

Deu no R7

Notícias

Australiana de 13 anos é torturada por colegas após ser convidada para festa falsa

Em vídeo vazado, vítima aparece com rosto desfigurado e roupa coberta de sangue

 

Kirra Hart, de 13 anos, foi convidada por suas colegas de classe para uma festa no mês de março, mas quando chegou ao endereço, em Sunshine Cost, na Austrália, não encontrou o que esperava.

Na casa só havia outras três meninas, que trancaram a porta assim que a vítima entrou e começaram a torturá-la. As outras adolescentes tinham entre 12 e 15 anos, e nenhum responsável estava na residência.

A motivação do crime ainda é desconhecida, já que as agressoras, até então, se passavam por amigas da vítima. A mãe de Kirra contou ao Australian Courier Mail que sua filha tinha conhecido o grupo há duas semanas.

Por mais de cinco horas, a vítima foi submetida a uma verdadeira sessão de tortura, que incluía ser queimada, humilhada, amarrada e pisoteada, além de ter sido cortada com facas e pedaços de vidro. Toda a ação, que aconteceu no dia 15, foi registrada por uma das convidadas, e as imagens vazaram nas redes recentemente, chocando a internet.

Depois do ataque, uma das envolvidas acompanhou Kirra até em casa, instruindo a garota a mentir sobre o que tinha acontecido, caso contrário, elas matariam a jovem junto de toda sua família.

Quando chegou, a vítima e a suspeita mentiram para os Hart, alegando que Kirra tinha sofrido uma tentativa violenta de assalto, mas que “por sorte” suas amigas estavam lá e a ajudaram. A mãe da menina desconfiou da versão, e conseguiu extrair a verdade da filha mais tarde.

“Além dos hematomas, dos dois olhos roxos, do pulso fraturado e do rosto inchado, ela foi esfaqueada no joelho e, por pouco, não atingiu um tendão”, relatou a mãe ao jornal local.

Agora, a família Hart está escondida enquanto as investigações acontecem, para terem privacidade e segurança. Em seu perfil do Instagram, Kirra divulga os nomes e rostos de suas agressoras, pedindo justiça.

Contas com o nome “Justice for Kirra Hart” (justiça para Kirra Hart) estão surgindo nas redes, além de hashtags e trends sobre o assunto. Em um vídeo recente postado no TikTok, a vítima aparece recuperada de seus ferimentos, mas garante que nunca esquecerá o acontecido.

@kirraharrtttI got tortured for hours by 3 girls, i got bottles smashed on my head, stuff thrown at me, drinks pored on me, stomped on, punched,stabbed, tied up all because they wanted some fun

Deu no R7

Polícia

Djokovic será deportado da Austrália, depois de perder batalha judicial

 

O Tribunal Federal Australiano rejeitou neste domingo (16) o recurso de Novak Djokovic contra a sua deportação, ordenada pelo governo, que considera que o número um do mundo representa um “risco para a saúde do país” por não ter sido vacinado contra a Covid-19.

A decisão, tomada por unanimidade por três juízes, acaba definitivamente com as esperanças do sérvio de 34 anos de conquistar seu 21º título de Grand Slam no Aberto da Austrália, que começa na segunda-feira (17).

Djokovic foi autorizado a deixar o centro de detenção onde estava detido no sábado e assistiu à audiência de quatro horas online dos escritórios de seus advogados em Melbourne.

O tenista número 1 do mundo, Novak Djokovic, diz que respeita o veredicto e está se preparando para deixar o país sem jogar. “Estou muito desapontado com a decisão do tribunal de rejeitar meu recurso contra a decisão do ministro de cancelar meu visto”, escreveu o jogador. “Respeito a decisão do tribunal e vou cooperar com as autoridades competentes em relação à minha saída do país”, acrescentou.

Em suas conclusões no tribunal, o ministro da Imigração, Alex Hawke, argumentou que a presença de Djokovic no país era “provavelmente um risco à saúde”.

Ele disse que isso alimentou o “sentimento antivacina” e pode impedir que os australianos recebam doses de reforço, já que a variante Ômicron se espalha rapidamente pelo país.

“Mesmo quando ele foi infectado, ele foi a uma entrevista e sessão de fotos que incluiu a remoção de sua máscara”, disse Stephen Lloyd, que está representando o ministro da Imigração Alex Hawke no  processo, referindo-se à admissão de Djokovic de que ele participou de uma entrevista ao jornal L’Equipe em Belgrado, em 18 de dezembro, sabendo que ele tinha Covid-19.

Agitação civil

A presença do campeão na Austrália pode até “provocar um aumento da agitação civil”, acrescentou o ministro. Apesar de chamar o risco de o próprio Djokovic infectar os australianos de “insignificante”, o ministro disse que seu “desrespeito” pelas regras de saúde do Covid-19 é um mau exemplo.

No domingo, no tribunal, os advogados de ‘Djoko’ descreveram a detenção e a possível deportação de seu cliente como “ilógicas”, “irracionais” e “irracionais”.

O governo “não sabe quais são as opiniões de Djokovic no momento”, argumentou o advogado Nick Wood, dizendo que seu cliente nunca apoiou publicamente o movimento antivacina.

O advogado do governo, Stephen Lloyd, contestou que o fracasso do campeão em se vacinar quase dois anos após o início da pandemia e seu repetido desrespeito às normas de saúde, incluindo não se isolar quando sabia que estava infectado, eram provas suficientes de sua posição.

Novak Djokovic foi preso na chegada à Austrália em 5 de janeiro e inicialmente colocado em detenção administrativa.

O jogador, que contraiu a covid-19 em dezembro, esperava uma isenção para entrar no país sem estar vacinado, mas as autoridades não aceitaram esta explicação.

O governo australiano sofreu um revés humilhante em 10 de janeiro, quando um juiz bloqueou a deportação de Djokovic, restabeleceu seu visto e ordenou sua libertação imediata.

Mas o ministro da Imigração contra-atacou na sexta-feira e cancelou seu visto pela segunda vez sob seus poderes discricionários, citando “razões de saúde e ordem pública”.

No domingo, após a audiência, Djokovic foi transferido de volta para o Park Hotel, o agora mundialmente famoso centro de detenção para estrangeiros ilegais, do qual ele deve sair apenas para pegar seu avião para casa.

Em comunicado publicado nesta quarta-feira, o tenista admitiu ter preenchido incorretamente sua declaração de entrada na Austrália.

Deu no R7

Esporte

Austrália se junta aos EUA e anuncia boicote diplomático às Olimpíadas de Inverno de Pequim

A Austrália se juntará aos Estados Unidos em um boicote diplomático aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim em 2022, disse o primeiro-ministro Scott Morrison nesta quarta-feira (8).

Morrison disse que embora os atletas australianos ainda participem dos Jogos em fevereiro, o governo manterá os representantes oficiais em casa.

Em entrevista coletiva em Sydney, o líder australiano disse que “os abusos e questões dos direitos humanos em Xinjiang” foram algumas das preocupações levantadas pelo governo australiano com Pequim.

“Estou muito feliz em conversar com o governo chinês sobre essas questões, e não houve obstáculo para que isso ocorresse do nosso lado, mas o governo chinês consistentemente não aproveitou as oportunidades para se reunir conosco e resolver”, disse Morrison.

Há meses, ativistas pedem um boicote aos Jogos por abusos dos direitos humanos cometidos pelo governo chinês em Xinjiang e no Tibete e sua repressão política em Hong Kong.

Pequim foi acusada pelos EUA e outras nações ocidentais de prender mais de um milhão de uigures de maioria muçulmana em centros de detenção em Xinjiang, onde alguns ex-detentos afirmam que foram torturados, estuprados ou esterilizados à força.

A China nega as acusações, dizendo que os campos são centros de reeducação projetados para combater o separatismo e o terrorismo islâmico na região oeste do país.

A embaixada chinesa na Austrália criticou a decisão de de boicotar os Jogos e disse que isso não iria melhorar as relações já frias entre os dois países.

“Como todos sabemos, a culpa pela atual situação difícil das relações China-Austrália recai diretamente sobre o lado australiano”, disse o comunicado.

Embora o Comitê Olímpico Internacional (COI) tenha dito em janeiro que conceder a um país os Jogos não significava endossar seus “padrões de direitos humanos”, ativistas disseram que dar o evento de alto perfil à China acrescentou legitimidade às ações do Partido Comunista.

O anúncio de Morrison segue uma decisão do governo Biden de não enviar uma delegação oficial dos EUA aos Jogos – o primeiro país a confirmar um boicote diplomático.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que a ação dos EUA foi uma declaração contra o “genocídio em curso na China e os crimes contra a humanidade em Xinjiang”.

Atletas americanos ainda terão permissão para competir nos Jogos, mas o governo não enviará funcionários do governo. A mesma política se aplica aos Jogos Paraolímpicos de Inverno de 2022, programados para março.

Os EUA sediarão os Jogos Olímpicos de Verão de 2028 em Los Angeles, enquanto os Jogos de 2032 acontecerão em Brisbane, Austrália.

Tecnologia

Embraer vende 10 aeronaves elétricas a empresa da Austrália

 

A Eve Urban Air Mobility, braço de mobilidade aérea urbana da Embraer, anunciou parceria com a operadora de helicópteros australiana Nautilus Aviation para desenvolver o ecossistema de Mobilidade Aérea Urbana (UAM, na sigla em inglês) na Austrália.

A Nautilus encomendou dez aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical (eVTOL) da Eve para operar em atrações turísticas de Queensland, no norte do país da Oceania.

Os primeiros voos sobre a Grande Barreira de Corais, um dos pontos icônicos da região, estão previstos para 2026.

O Grupo Morris tem o compromisso de alcançar emissões líquidas zero até 2030 em todos os seus negócios, aponta o CEO da empresa, Chris Morris, em nota.

O presidente e CEO da Eve, Andre Stein, disse que as viagens turísticas sustentáveis, com voos de baixo ruído e emissão zero, são um ótimo caso de utilização para as soluções da empresa.

Além das aeronaves, a Eve também fornece software de gerenciamento de tráfego aéreo com a expertise da Embraer e da Atech, outra subsidiária do Grupo Embraer.

 

Política

“Apunhalada nas costas”: Acordo dos EUA sem a França balança a relação entre Biden e Macron

Foto: Divulgação

Pintou um clima ruim na França. Depois de os Estados Unidos, Reino Unido e Austrália celebrarem um acordo para dotar de submarinos a marinha australiana, o chanceler da França, Jean-Yves le Drian, disse que o presidente Joe Biden deu uma “apunhalada nas costas” de Macron. “Age como Trump”, disse o diplomata, na quinta-feira 16. Após a negociação multilateral, os franceses perderam o contrato de US$ 66 bilhões que tinham com a Austrália para o fornecimento dos veículos.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, tentou pôr panos quentes na situação. “Cooperamos de forma incrivelmente próxima com a França em muitas prioridades compartilhadas na região Indo-Pacífica e também em todo o mundo”, declarou, horas depois do pronunciamento do ministro do país europeu. “Vamos continuar fazendo isso. Colocamos um valor fundamental nessa relação, nessa parceria. A França, particularmente, é um aliado vital.”