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Ganhos de até R$ 2,2 mil com apostas em ‘bets’ terão isenção de IR

A regulação do mercado de bets foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro do ano passado, após ser aprovada no Congresso.
Foto: Agência Brasil

 

Os prêmios de apostas esportivas de até R$ 2.259,20 não terão cobrança de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Nesta terça-feira (7), a Receita Federal publicou uma portaria que amplia a isenção existente para os jogos de loteria tradicionais para a modalidade de “apostas de quotas fixas”, as chamadas ‘bets’. O valor representa o limite da primeira faixa de isenção do IR. A mudança passa a valer a partir de hoje, data da publicação da norma.

Os valores que superarem o teto da isenção serão tributados em 15% e o recolhimento deve ser feito na fonte. Dessa forma, o jogador já vai receber o prêmio com o desconto do imposto, sem necessidade de fazer nenhum repasse para a Receita.

A regulação do mercado de bets foi sancionada em dezembro do ano passado, após ser aprovada no Congresso. O texto da lei estabelecia que os prêmios obtidos seriam tributados em 15%. Com a portaria, a Receita iguala o entendimento já adotado para os jogos tradicionais.

A norma da Receita também estabelece que a cobrança de imposto deverá ser feita sobre o prêmio líquido, que corresponde à diferença entre o valor do prêmio e o valor apostado, apurado para cada aposta, após o encerramento de evento real de temática esportiva, ou para cada sessão de evento virtual de jogo on-line. Além disso, não serão dedutíveis as perdas com apostas.

As apostas esportivas de quota fixa são aquelas em que o apostador sabe exatamente qual é a taxa de retorno no momento da aposta. Com a nova lei, ficam regulamentadas: apostas virtuais, apostas físicas, evento real de temática esportiva, jogo on-line, eventos virtuais de jogos on-line.

A lei determina que 88% da arrecadação com as apostas em ‘bets’ será destinada à cobertura de despesas de custeio e manutenção do agente operador da loteria de apostas de quota fixa e demais jogos de apostas. Os 12% restantes serão distribuídos para diferentes áreas, sendo que a maior parte dos recursos vai para o Esporte e para o Turismo.

Fonte: O Globo

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Tesoureiro do BRB é suspeito de desviar R$ 3,5 milhões para jogos de apostas virtuais

 

Um tesoureiro do BRB (Banco de Brasília) é suspeito de desviar R$ 3,5 milhões para fazer jogos em apostas virtuais. A Polícia Civil do Distrito Federal realizou uma operação nesta terça-feira (20) para investigar o caso. A ação teve início depois que o próprio banco constatou irregularidades nos registros contábeis da agência.

Segundo as investigações, o servidor tinha acesso ao cofre da agência e utilizava conhecimentos das operações de caixa para depositar os valores em sua conta pessoal, falsificando documentos para forjar legalidade.

A polícia realizou buscas que podem indicar a participação de outros funcionários do banco no esquema. Foi determinado o bloqueio dos valores em contas correntes e poupança do investigado, assim como de seguro de vida, ativos financeiros e investimentos.

O servidor pode responder por crime de peculato e lavagem de dinheiro. Caso seja condenado, pode pegar até 22 anos de prisão.

O BRB informou que o homem foi afastado das funções e está sendo investigado também internamente. “Os procedimentos disciplinares estão em curso e cumprem prazo legal. O BRB assegura que nenhum cliente foi lesado e que a ocorrência comprova a eficácia dos meios de controle e fiscalização do banco, bem como sua transparência”, afirmou.

Deu no R7

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Manipulação? Globo demite 11 jogadores após derrota por 7 a 0 no Campeonato Potiguar

 

O Globo oficializou o desligamento de 11 jogadores que integravam o elenco profissional do clube nessa terça-feira (30). A decisão ocorreu um dia após o time ser goleado por 7 a 0, contra o América, em jogo válido pelo Campeonato Potiguar. Os nomes dos atletas dispensados não foram divulgados.

De acordo com o clube, a saída dos atletas ocorreu em comum acordo. Em nota, o Globo aproveitou a oportunidade para “reafirmar seus valores, construído ao longo dos anos junto ao seu torcedor e ao povo potiguar”.

Diante de suspeitas de manipulação de resultados no campeonato, a Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF) solicitou apoio e providência de autoridades para apuração dos casos. Um expediente foi encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPRN), Tribunal de Justiça Desportiva do RN, CBF e ao secretário de Segurança Pública do RN.

Anteriormente, a FNF já havia encaminhado suspeitas de manipulações em dois jogos do estadual ao MPRN. Um deles era do Globo, contra o Santa Cruz, quando foi derrotado por 2 a 0 no último dia 21. A outra partida sob suspeita é a goleada do ABC por 6 a 0 contra o Força e Luz, no último dia 17.

A movimentação atípica de apostas nos dois jogos foi apontada por uma empresa contratada pela CBF.

Fonte: Tribuna do Norte

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Globo, Kwai, Caixa e investigados se credenciam para operar apostas no Brasil

Globo, Kwai, Caixa e investigados se credenciam para operar apostas no Brasil 1

 

O Ministério da Fazenda recebeu manifestações de 134 empresas interessadas em atuar no mercado de apostas esportivas online, popularmente conhecidas como bets. A lista inclui empresas sem registro no Brasil, algumas previamente investigadas pela polícia, além de gigantes do setor de cassinos.

Dentre os participantes que querem explorar o ramo, aparecem na lista o Grupo Globo, a plataforma Kwai e a Caixa Econômica Federal, instituição que detém o monopólio das loterias no país.

Embora as apostas online tenham sido liberadas em 2018 durante o governo Michel Temer (MDB), a regulamentação não avançou sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Agora, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca impulsionar o regramento do setor.

Atualmente, o mercado é dominado por casas com registro em outros países, operando sem regras claras ou fiscalização efetiva. No ano passado, o Ministério comandado por Fernando Haddad abriu um prazo para empresas manifestarem interesse em atuar no mercado, mesmo sem critérios oficiais estabelecidos para a regulamentação.

De acordo com informações da Folha de S.Paulo, ao menos duas empresas entre as interessadas já foram alvo de investigações policiais e do Ministério Público. A Blaze, registrada como Prolific Trade N.V. e operante no paraíso fiscal de Curaçao, e a Majorsports, cuja razão social é JBD Comunicação e Tecnologia Ltda. Ambas empresas buscaram credenciamento no governo.

Das 134 empresas, apenas oito declararam, até o momento, ter um capital social acima de R$ 25 milhões, e sete, acima de R$ 40 milhões. Dessas, somente duas estão envolvidas na exploração de apostas, sendo que uma delas possui capital social de R$ 30 milhões.

Conforme a resolução, todas as empresas deverão fazer adaptações para atender às exigências da Fazenda visando a operação no Brasil, especialmente no mercado de apostas de alíquota fixa, incluindo apostas esportivas, ‘fantasy’ e cassinos online. A legislação estabelece um período de seis meses para a conformidade com as normas. Dentre as inscritas, ao menos 50 possuem registros fora do Brasil.

Deu no Conexão Política

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Lula sanciona lei que regulamenta apostas esportivas

 

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, com vetos, o projeto de lei que regulamenta as apostas esportivas, as chamadas “bets”, de alíquota fixa. O texto tributa empresas e apostadores, define regras para a exploração do serviço e determina a partilha da arrecadação.

Entre os trechos vetados, está o que previa a isenção de Imposto de Renda para ganhos de até R$ 2.112 em apostas. Já a autorização para cassinos online – que chegou a ser retirada do texto pelo senado, mas voltou durante análise da Câmara – foi mantida pelo presidente.

A nova lei determina expressamente a cobrança de 15% de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) sobre o valor líquido dos prêmios obtidos.

Do produto da arrecadação após deduções, 88% serão destinados à cobertura de despesas de custeio e manutenção do agente operador da loteria de apostas de quota fixa e demais jogos de apostas, excetuadas as modalidades lotéricas previstas na Lei.

Os 12% restantes terão as seguintes destinações: 10% para a área de educação; 13,60% para a área da segurança pública; 36% para a área do esporte; 10% para a seguridade social; 28% para a área do turismo; 1% para o Ministério da Saúde, para medidas de prevenção, controle e mitigação de danos sociais advindos da prática de jogos, nas áreas de saúde; entre outras destinações expressas na lei.

A sanção do presidente ainda explica que haverá regulamentação do Ministério da Fazenda para estabelecer requisitos e diretrizes para expedição e manutenção da autorização para exploração de apostas de quota fixa.

Estas autorizações estarão condicionados à comprovação, pela pessoa jurídica interessada, de alguns itens: atendimento aos apostadores e ouvidoria; prevenção à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e à proliferação de armas de destruição em massa; jogo responsável e prevenção aos transtornos de jogo patológico; e integridade de apostas e prevenção à manipulação de resultados e outras fraudes.

A Lei determina ainda que os valores dos prêmios não reclamados serão revertidos em 50% ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e em 50% ao Fundo Nacional para Calamidades Públicas, Proteção e Defesa Civil (Funcap), observada a programação financeira e orçamentária do Poder Executivo federal.

Fonte: CNN

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Câmara aprova regulação de apostas on-line e lei das bets vai à sanção

 

Após superar obstrução da bancada evangélica, a Câmara dos Deputados concluiu, ontem (21), a aprovação da regulamentação das apostas esportivas on-line, que tributa empresas e apostadores. O Projeto de Lei nº 3626/23 define as regras para o serviço e torna obrigatória a partilha da arrecadação.

A chamada lei das bets segue para sanção de Lula (PT), cujo governo espera ampliar a arrecadação, para contribuir para a meta de déficit zero. E contou com a defesa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que ressaltou que a bancada evangélica obteve vitórias ao longo do debate da proposta, desde quando foi aprovada inicialmente pelos deputados, em setembro, e pelo Senado.

Lira rebateu a obstrução contra a proposta, criticando a estratégia como incentivadora da permanência do descontrole e aa lavagem de dinheiro na atividade. E lembrou que não há autorização para jogos físicos.

“Se simplesmente não votarmos a regulamentação, os jogos deixam de existir? As pessoas deixam de jogar, as bets deixam de funcionar e de patrocinar times, eventos e torneios? Não! Aqui não estamos aumentando nem diminuindo, estamos tentando regulamentar e dar seriedade [ao setor] para evitar, por exemplo, lavagem de dinheiro”, argumentou o presidente da Câmara.

Tributação

Entre outras regras, as empresas serão tributadas em 12%, a proposta fixa a cobrança de 15% de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) sobre o valor líquido dos prêmios obtidos nas apostas on-line. O valor será cobrado pelo total de apostas por ano, sobre o valor que exceder a primeira faixa da tabela do IRPF (R$ 2.112).

A nova lei obriga o repasse de 2% de Contribuição para a Seguridade Social sobre o produto da arrecadação. E os recursos serão divididos entre educação (1,82%), esporte (6,63%) e turismo (5%).

As empresas terão assegurados 88% do faturamento bruto para o custeio. Enquanto 12% serão divididos entre educação, segurança pública, esporte e outras áreas.

Deu no Diário do Poder

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Boom de apostas esportivas leva potiguares ao prejuízo

 

Amantes de futebol e esportes que assistem TV ou buscam se informar sobre seus clubes do coração não conseguem mais desviar o olho do grande boom que tomou conta do desporto nos últimos anos: as apostas esportivas. Com centenas de casas e bancas online ou físicas, as apostas ganharam o país prometendo altas cotações, lucros rápidos e uma “emoção” a mais na hora de torcer.

Apesar de convidativo, o mercado de apostas é arriscado e pode não fazer bem, caso não haja controle emocional. As próprias casas online de apostas possuem alertas de “jogo responsável”, limites de depósito e autoexclusão. Ansiedade excessiva, frustração e vergonha são alguns dos relatos de potiguares que resolveram se aventurar no mercado e saíram no prejuízo, que em alguns casos supera os R$ 50 mil.

Em alguns casos, a aposta já estava virando vício. Em comum, os mesmos sintomas: ansiedade, perdas consideráveis de recursos e em casos mais raros, danos sérios à vida profissional. Por isso mesmo, a TN teve dificuldade em encontrar personagens que aceitassem gravar entrevista. “Ninguém quer falar quando sai no “red””, disse uma fonte. A expressão é o antônimo de “deu green”, quando uma aposta é ganha.

Um desses casos foi o de um empresário natalense, de 29 anos. Ele jogou por oito anos e lembra que “acordava cedo procurando aposta pra fazer”. “Parei de jogar por três fatores: falta de habilidade para conduzir as apostas, a perda de tempo, pois me dedicava exclusivamente a isso e a terceira foi minha esposa, que nunca gostou disso”, lembra.

“Você só consegue parar se cortar o mal pela raiz. Me sinto bem por ter parado. Busquei ajuda divina: fiz uma promessa para nunca mais apostar na minha vida”, aconselha o ex-apostador.

Um outro caso é de um taxista de Natal, de 47 anos. Ele conheceu as bancas online em 2014, na Copa do Mundo, e resolveu se aventurar. “Entrei para ganhar um dinheirinho extra, assim como qualquer brasileiro. Foi um ciclo vicioso: quanto mais jogava, mais queria apostar. Começava de manhã com campeonatos na Austrália, amanhecia o dia com esse propósito. Quando estava no prejuízo, jogava à noite nos campeonatos brasileiros para tentar recuperar”, explica.

Deu na Tribuna do Norte

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Câmara aprova lei que manda 30% dos ganhos com apostas esportes para o Governo

 

Ruim para o apostador, excelente para os políticos. Assim pode ser classificado o projeto de lei aprovado na noite de ontem (13) na Câmara dos Deputados, que estabelece regras para as apostas esportivas online. O texto vai ao Senado.

Pelo texto, sem arriscar um centavo, o Governo ficará com 30% dos ganhos do apostador, desde que sejam superiores a R$ 2,1 mil. A proposta inclui uma medida provisória (MP) enviada pelo governo em julho e que trata do mesmo assunto. O percentual é o sobre os prêmios das loterias que existem no país.

Também se pretende taxar as chamadas “bets” em 18% sobre a receita bruta dos jogos subtraídos os prêmios pagos aos apostadores, o chamado gross gaming revenue (GGR, na sigla em inglês). O relator do texto, deputado Adolfo Viana (PSDB-BA), chegou a sugerir a redução dessa alíquota para 12%, mas a negociação enfrentou resistência entre os deputados.

Um ponto que não estava na MP enviada pelo governo e que foi incluído por Viana no projeto é de regularizar e taxar outros jogos disponíveis na internet, como é o caso de cassinos online.

O deputado tem dito que a regulação do mercado vai possibilitar a fiscalização e a cobrança de tributos sobre as empresas, além de formalizar os empregos gerados pelo setor, que movimenta perto de R$ 150 bilhões por ano no Brasil.

Deu na CNN

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Paquetá é investigado por apostas, e Manchester City desiste de contratação

 

O meia Lucas Paquetá está sendo investigado pela federação inglesa de futebol (FA) por possíveis violações de apostas esportivas. O jogador do West Ham, que já recebeu proposta de 70 milhões de libras – cerca de R$ 437 milhões na atual cotação – do Manchester City, vê o negócio ser travado por conta das investigações.

A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal inglês “Daily Mail” e confirmada pelo ge. A federação inglesa investiga apostas feitas em contas vinculadas a pessoas próximas a Lucas Paquetá. As apostas teriam sido feitas em uma partida em que o meio-campista entrou em campo.

O West Ham – e o time de Pep Guardiola, que desistiu momentaneamente da contratação – aguardam o desenrolar das investigações. Recentemente, o atacante Ivan Toney, do Brentford, foi suspenso de todas as atividades do futebol por oito meses por infringir as regras no que diz respeito a apostas.

Na Inglaterra, a fiscalização contra envolvimento de futebolistas com apostas esportivas é grande. Atletas são proibidos de fazerem apostas, estando ou não envolvidos nos jogos apostados. No dia 13 de abril, a liga inglesa aprovou a retirada dos patrocínios das casas de apostas da frente das camisas dos times. Os clubes terão até o fim da temporada 2025/26 para fazer isso.

Fonte: ge

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Entenda as mudanças nas regras das apostas esportivas

Entenda as mudanças nas regras das apostas esportivas - A Voz da Cidade

 

Sob risco de uma regulamentação desde 2018, as apostas esportivas obedecem a novas regras desde o fim de julho. No último dia 25, o governo editou a Medida Provisória (MP) 1.182.

As casas de apostas eletrônicas pagarão 18% de impostos, que financiarão projetos de educação, segurança e esportes, e uma outorga para poderem operar legalmente. O apostador pagará 30% de Imposto de Renda sobre a parcela dos prêmios que exceder a faixa de isenção.

As apostas esportivas no Brasil obedecem a uma lei sancionada em dezembro de 2018, que nunca chegou a entrar formalmente em vigor porque não foi regulamentada.

Em tese, a regulamentação poderia ocorrer por meio de decreto do presidente da República ou de portaria do Ministério da Fazenda. O governo, no entanto, decidiu editar uma medida provisória porque as novas taxações exigem mudanças na lei de 2018.

A lei original previa imposto de 11% para as casas de apostas virtuais e de 20% para os estabelecimentos físicos. A MP estabeleceu alíquota única de 18%, independentemente do canal usado pela casa de aposta. A MP está em vigor, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional até 120 dias após a edição para não perder a validade.

Confira as mudanças

Taxação das casas de apostas

Também conhecidas como bets, as empresas de apostas esportivas pagarão 18% de imposto sobre a receita bruta de jogos (GGR, gross gaming revenue, na sigla em inglês). O GGR é definido como o faturamento com as apostas menos os prêmios pagos aos vencedores e o Imposto de Renda descontado dos prêmios.

Originalmente, o imposto seria de 16%, mas a alíquota subiu em dois pontos percentuais porque o governo decidiu elevar a fatia distribuída ao Ministério do Esporte de 1% para 3%.

Sobre os 82% restantes, as casas de apostas continuarão a pagar os tributos aplicados às demais empresas, como Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição sobre o Financiamento à Seguridade Social (Cofins).

O novo imposto de 18% será distribuído da seguinte forma:

•    10% para a seguridade social;

•    3% para o Ministério do Esporte;

•    2,55% para o Fundo Nacional de Segurança Pública;

•    1,63% para clubes e atletas profissionais com símbolos e nomes ligados às apostas;

•    0,82% para a educação básica.

Imposto sobre premiações

Os prêmios recebidos pelos vencedores das apostas passarão a pagar 30% de Imposto de Renda sobre o que exceder a faixa de isenção, atualmente em R$ 2.112. A retenção ocorrerá na fonte.

Estimativa de receitas

Segundo o Ministério da Fazenda, o governo deverá arrecadar até R$ 2 bilhões no próximo ano com a regulamentação das apostas esportivas, nas estimativas mais conservadoras. Nos anos seguintes, a projeção pode subir uma faixa entre R$ 6 bilhões e R$ 12 bilhões.

Prêmios esquecidos

Assim como nas loterias tradicionais, os ganhadores terão até 90 dias a partir da divulgação do resultado da aposta para retirar o prêmio. Após esse prazo, o dinheiro esquecido será repassado ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) até 24 de julho de 2028. Depois dessa data, os recursos serão transferidos diretamente ao Tesouro Nacional.

Não podem fazer apostas esportivas os seguintes grupos de pessoas:

•    menores de 18 anos;

•    trabalhadores de casas de apostas;

•    cônjuges, companheiros e parentes de até segundo grau de trabalhadores de casas de apostas;

•    com acesso aos sistemas de apostas esportivas;

•    treinadores, atletas, árbitros, dirigentes esportivos e demais pessoas ligadas aos objetos das apostas;

•    negativados nos cadastros de restrição de crédito;

•    agentes públicos que atuem na fiscalização do setor de apostas.

Outorgas

Apenas as bets habilitadas poderão operar apostas relacionadas a eventos esportivos oficiais, mediante pagamento de uma outorga (licença) ao governo. O valor a ser cobrado constará de outra regulamentação a ser publicada pelo Ministério da Fazenda, que se responsabilizará pela fiscalização.

A MP não estabelece limite para o número de outorgas e permite a habilitação de empresas tanto nacionais como estrangeiras.

Canais de distribuição

Assim que foram liberadas a operar, as casas de apostas poderão usar quaisquer canais de distribuição comercial. Sejam em estabelecimentos físicos ou meios virtuais, desde que obedeçam à regulamentação do Ministério da Fazenda.

Entre as infrações passíveis de punição, estão:

•    exploração de apostas sem autorização do Ministério da Fazenda;

•    atividades proibidas ou não previstas na licença concedida;

•    publicidade de empresas não autorizadas a atuar no Brasil;

•    impedimentos e dificuldades à fiscalização do governo;

•    práticas contrárias à integridade do esporte, dos resultados ou da transparência das regras.

As empresas que descumprirem as regras podem sofrer as seguintes punições:

•    advertência;

•    multa de 0,1% a 20% sobre a arrecadação, limitada a R$ 2 bilhões por infração;

•    suspensão parcial ou total das atividades por até 180 dias;

•    cassação da licença para operar no Brasil;

•    proibição de pedir novas autorizações por até dez anos;

•    proibição de participar de licitações de concessão ou permissão de serviços públicos, na administração pública federal, direta ou indireta, por pelo menos cinco anos.

Apostadores ou pessoas de fora das empresas que cometerem infrações:

•    multa de R$ 50 mil a R$ 2 bilhões por infração.

Deu na Agência Brasil