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Universidades afirmam risco de insustentabilidade e cobram R$ 350 milhões a Lula

 

Governo Lula negando verba para a Educação Superior? A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) lançou uma nota alegando preocupação com a situação orçamentaria das universidades federais do país para finalizar o ano de 2023 e com a previsão de recursos às instituições por meio do PLOA 2024. No documento, a associação aponta que as universidades estão “à beira da insustentabilidade”.

Segundo a Andifes, uma das principais reivindicações é a complementação de R$ 500 milhões no orçamento ainda neste ano. Na última sexta-feira (15), uma Portaria do Ministério do Planejamento e Orçamento destinando R$ 150 milhões do valor foi publicada, mas o restante do recurso, no total de R$ 350 milhões, ainda não tem previsão de repasse.

“O Conselho Pleno da Andifes enfatiza a urgência e a necessidade de medidas para iniciar o processo de reequilíbrio do orçamento das universidades federais, a fim de assegurar o cumprimento adequado da missão social, acadêmica e científica das nossas instituições, que, apesar dos desafios enfrentados, permanecem unidas pela democracia, constituindo-se em referência exitosa da educação superior no país”, afirma a nota.

Ainda, de acordo com a Andifes, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou proposta de emenda acrescentando R$ 2,5 bilhões ao orçamento das universidades federais para 2024, que passaria a R$ 8,5 bilhões. O Relatório Setorial da Educação do PLOA 2024, aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional no último dia 13 de dezembro, no entanto, destina apenas R$ 14 milhões a mais para as universidades federais. Desse modo, afirma a Associação, a proposta de orçamento para 2024 continua ‘muito aquém das necessidades das universidades federais’.

Outro ponto destacado pela Andifes é que o montante e a destinação dos recursos do Pograma de Aceleração do Crescimento (PAC) das universidades federais até agora são desconhecidos, o que prejudica o planejamento das instituições e os investimentos para melhora na infraestrutura.

Leia a nota na íntegra:

As reitoras e os reitores da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) – que reúne todas as 69 universidades federais e dois centros federais de educação tecnológica (Cefet’s) – têm acompanhado e participado ativamente dos debates sobre a difícil conjuntura socioeconômica e política nacional e internacional.

Mesmo desempenhando um papel fundamental para o desenvolvimento do Brasil e redução das desigualdades sociais, as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) enfrentam uma situação dramática devido a sucessivos cortes orçamentários de anos anteriores, afetando negativamente o ensino, a pesquisa, a extensão e a inovação, de excelência reconhecida nacional e internacionalmente.

Em busca de soluções, desde o início deste ano a Andifes tem estado em constante diálogo com o Governo Federal e com o Congresso Nacional, reconhecendo os avanços ocorridos na qualidade do diálogo com o governo federal e o empenho e compromisso do Ministério da Educação (MEC) em evitar contingenciamentos nos orçamentos das universidades federais.

No entanto, os recursos insuficientes repassados às universidades federais em 2023, somados à falta de repasses para acompanhar o essencial e justo aumento das bolsas de graduação e pós-graduação feito este ano pelo MEC e MCTI, colocaram as universidades em uma situação crítica no último trimestre do ano, à beira da insustentabilidade.

É também motivo de preocupação o fato de o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) 2024 conter um orçamento menor para as universidades federais do que o montante conquistado em 2023 com a PEC de transição.

Diante desses desafios, com base em estudos técnicos, temos apresentado ao Governo Federal e ao Congresso Nacional as necessidades urgentes para iniciar o processo de reconstrução sustentável das condições de funcionamento das Universidades Federais e Cefet’s:

  • Complementação de R$ 500 milhões no orçamento das universidades federais ainda em 2023;
  • Acréscimo de R$ 2,5 bilhões nos recursos discricionários no PLOA 2024, totalizando aproximadamente R$ 8,5 bilhões, valor um pouco inferior ao orçamento de 2017 corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA);
  • Divulgação, por parte do Governo Federal, do montante de recursos do PAC destinado às universidades federais, o qual deve ser necessário para a retomada e finalização de obras paralisadas, aquisição de equipamentos e consolidação da expansão das universidades federais ocorrida nos últimos 15 anos.
  • Após rodadas de reuniões com o Governo Federal e com o Congresso Nacional neste final de ano, houve pouca alteração da situação das universidades federais e Cefet’s.

Em relação ao orçamento de 2023, em reunião realizada com a Diretoria Executiva da Andifes em 30/11, o Ministro da Educação, Camilo Santana, se comprometeu a repassar imediatamente para as universidades federais R$ 150 milhões e buscar os restantes R$ 350 milhões fora do Ministério da Educação, em esforço conjunto com a Andifes. Nesta sexta-feira, 15/12, foi publicada Portaria do Ministério do Planejamento e Orçamento destinando os R$ 150 milhões para as universidades federais. Reconhecemos o esforço do MEC para a disponibilização desses recursos, mas que ainda não resolverão a situação neste final de ano.

Quanto ao orçamento de 2024, a pedido da Andifes, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou proposta de emenda acrescentando R$ 2,5 bilhões ao orçamento das universidades federais, que passaria a R$ 8,5 bilhões. Entretanto, o Relatório Setorial da Educação do PLOA 2024, aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional no dia 13/12, destina apenas R$ 14 milhões a mais para as universidades federais. Desse modo, a proposta de orçamento para 2024 continua muito aquém das necessidades das universidades federais.

Ressaltamos, ainda, que o montante e a destinação dos recursos do PAC das universidades federais até agora são desconhecidos, o que prejudica o planejamento das instituições e mantém a situação dramática da infraestrutura física. Tendo em vista a situação relatada acima, o Conselho Pleno da Andifes, reunido em 14/12/2023, enfatiza a urgência e a necessidade das medidas aqui apresentadas para iniciar o processo de reequilíbrio do orçamento das universidades federais, a fim de assegurar o cumprimento adequado da missão social, acadêmica e científica das nossas instituições, que, apesar dos desafios enfrentados, permanecem unidas pela democracia, constituindo-se em referência exitosa da educação superior no país.

Deu na Tribuna do Norte

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Cofundadora de milícia digital de esquerda participará de seminário no STF

 

Entre os dias 14 e 15 de setembro, sob organização do Supremo Tribunal Federal (STF), da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e do Colégio de Gestores de Comunicação das Universidades Federais (Cogecom), acontecerá o Seminário “Combate à Desinformação e Defesa da Democracia”.

Uma das falantes será Mayara Stelle, cofundadora da milícia digital Sleeping Giants Brasil, grupo de ativismo político de esquerda que atua intimidando empresas na internet para cancelar e desmonetizar propagandas em veículos de comunicação que não compactuam com os valores ideológicos do grupo.

O nome dela aparece como palestrante de um painel que vai debater a “regulamentação das plataformas sociais digitais e a monetização da desinformação”. O palanque será liderado pelo ministro do Supremo, Alexandre de Moraes. Recentemente, o magistrado arquivou um inquérito da Polícia Civil de São Paulo contra o Sleeping Giants Brasil, que era investigado por suposta prática do crime de difamação contra a emissora Jovem Pan.

Com base na lista da programação, é possível ver que, dentre todos os participantes do seminário, Stelle é a única “estudante de direito” no painel, enquanto todos os outros debatedores são juristas e acadêmicos com carreira extensa.

Além de já ter sido alvo da Polícia Civil, as atividades suspeitas do Sleeping Giants Brasil também entraram na mira da Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD) do Senado Federal, que pretende investigar possíveis abusos da organização.

Milícia digital

O Conexão Política tem chamado a atenção para a presença do Sleeping Giants Brasil. O grupo se originou como um perfil nas redes sociais, seguindo modelos internacionais, com a intenção de impactar financeiramente sites não alinhados ao espectro político de esquerda.

A ideia do Sleeping Giants surgiu nos Estados Unidos durante as eleições de 2016, com o propósito principal de iniciar boicotes voluntários contra meios de comunicação independentes que fossem considerados, por eles, ‘sexistas’,  ‘racistas’ ou ‘radicais’ de alguma maneira.

Quando chegaram ao Brasil, o primeiro alvo foi o site Jornal da Cidade Online. Logo em seguida, o Conexão Política também sofreu ataques desse grupo, ainda anônimo à época.

“Não podíamos ficar parados após a desmonetização do nosso primeiro site alvo, então hoje anunciamos o segundo foco do movimento: CONEXÃO POLÍTICA”, diz uma publicação feita à época.

Reprodução/Rede Social X
Reprodução/Rede Social X

 

No que diz respeito ao CP, não foram apresentados relatórios ou documentos concretos para sustentar a afirmação de que somos disseminadores de ‘fake news’ ou ‘discurso de ódio’. As supostas ‘provas’ contra o Conexão Política estão relacionadas a publicações que ocorreram antes mesmo da existência de nosso portal de notícias e algumas matérias que foram ‘checadas’ por agências cujos critérios são subjetivos e adaptados de acordo com seus próprios interesses.

O grupo aplicou informações fora de contexto para reforçar uma narrativa difamatória, usando acusações de condutas graves a fim de excluir o Conexão Política do debate público e manter o controle sobre os conteúdos propagados por eles contra a empresa.

Fonte:Conexão Política