Notícias

Shoppings vão à Justiça e pedem despejo das Lojas Americanas

Shoppings vão à Justiça e pedem despejo das Lojas Americanas 1

 

Um ano após a revelação do escândalo envolvendo as Lojas Americanas, dois shoppings no estado do Rio de Janeiro decidiram recorrer à Justiça com o objetivo de despejar a rede varejista.

O Plaza Shopping, principal centro de compras de Niterói, e o Norte Shopping, localizado no Rio de Janeiro, afirmam que a empresa de varejo tem desrespeitado diversas normas técnicas relacionadas ao uso dos espaços comerciais.

Na ação judicial, são apontados vários aspectos, incluindo a falta de certificados de aprovação do Corpo de Bombeiros e a ausência de sprinklers, equipamentos fundamentais em caso de incêndio.

Em resposta, as Lojas Americanas asseguram que estão em conformidade com a legislação e as normas técnicas aplicáveis ao tipo de operação que conduzem. A empresa declarou que não comentará sobre os processos em andamento, comprometendo-se a se manifestar conforme for intimada.

Deu no Conexão Política

Notícias

Em um ano de crise, Americanas perdeu 93% do valor de mercado e demitiu 5 mil pessoas

 

No início de 2023, o mercado esperava que o ex-banqueiro Sergio Rial fizesse uma revolução na Americanas. No entanto, em 11 de janeiro, poucos dias após assumir o cargo de presidente, o executivo surpreendeu a todos ao anunciar sua renúncia, após a descoberta de um rombo estimado em R$ 20 bilhões. Um ano depois do caos causado pelas revelações, a Americanas conseguiu sobreviver e fechou um acordo costurado a duras penas com os credores, mas hoje é uma rede de varejo menor, que aposta na força das lojas físicas e em uma mudança no digital, mais abalado pela crise.

Responsável por 13% das vendas pela internet no Brasil ao final de 2022, a Americanas chegou a cair para apenas 4,3% no pior momento do ano passado. “Sofremos uma baque no digital na partida, viemos recuperando parte disso ao longo de 2023, mas ainda muito distante dos patamares de 2022?, disse ao Estadão/Broadcast o presidente da Americanas, Leonardo Coelho. A redução nas vendas físicas, porém, foi menor, o que deu um certo fôlego à rede.

A Americanas nasceu um mês antes da quebra da Bolsa de Nova York em 1929. E, 94 anos após o evento que desencadeou a maior crise financeira global, a varejista protagonizou o maior escândalo contábil privado da história brasileira. O caso colocou três dos maiores empreendedores do País no olho do furacão: os bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, acionistas de referência da companhia.

O trio assumiu a empresa em 1982. Comandou uma revolução que transformou a Americanas em uma das maiores varejistas do País, investida replicada no varejo online a partir de 2006, ano da fusão entre a Americanas.com e o Submarino, que criou a B2W.

Na década seguinte, a B2W competiu fortemente com rivais como Magazine Luiza e Casas Bahia (então Via Varejo) pelo posto de campeã do e-commerce no País, mas suscitava dúvidas no mercado. A empresa operava no vermelho desde 2011, e para financiar a expansão, recorreu a diversos aumentos de capital, o último deles na pandemia, corrida que pode ter ajudado a ampliar o rombo.

No auge, em agosto de 2020, a empresa chegou a valer mais de R$ 111 bilhões. Entretanto, com a alta dos juros, o setor de varejo perdeu ímpeto, e o valor caiu. Parte da perda foi recuperada a partir de agosto de 2022, quando Rial foi anunciado. Em 11 de janeiro do ano passado, valia R$ 10,8 bilhões. Mas, após a crise esse número despencou. Hoje, a Americanas vale R$ 776 milhões – uma queda de 93%.

Conversas difíceis

Inicialmente, a varejista recusou o uso do termo fraude para explicar as causas do rombo, mas após os resultados de uma investigação independente, acabou adotando o termo e chegou à conclusão de que o rombo era maior, de R$ 25,2 bilhões.

As primeiras conversas com os bancos, principais credores, foram tensas: as instituições, em especial o BTG Pactual e o Bradesco, partiram para o ataque, não poupando críticas ao trio de acionistas, acusados de saberem dos problemas na rede. Foi preciso quase um ano de reuniões e acertos para um acordo ser fechado, com o compromisso de que não haja litígios.

Em meio à crise, a Americanas viu o caixa minguar para cerca de R$ 800 milhões. Sobreviveu graças à recuperação judicial e a um empréstimo DIP (debtor-in-possession, concedido a empresas em dificuldades) de R$ 2 bilhões feito pelo trio, que evitou a necessidade de vender ativos a preços baixos ou de contrair empréstimos mais caros, concedidos a empresas em crise.

No acordo fechado, os bancos converterão quase 80% de suas dívidas em ações e o trio de acionistas vai colocar R$ 12 bilhões no grupo, incluído o DIP, em um aporte total de R$ 24 bilhões. Com esse desenho, os bancos e os acionistas de referência deterão 98% do capital da Americanas.

Daqui em diante

Após a crise e com um balanço saneado, a Americanas deve focar no retorno às origens da operação física. Coelho define essa etapa como uma retomada da simplicidade: o consumidor vai à Americanas porque sabe que lá vai encontrar o que procura, mesmo quando não tem certeza do que quer, diz.

“A primeira parte do que a Americanas vai ser é o varejo do sortimento do Brasil”, afirma. No digital, a companhia manterá no estoque próprio apenas o que espelhar os produtos presentes nas lojas físicas. O restante será repassado a terceiros, que vão vender por meio dos sites do grupo.

A competição segue acirrada, mas a crise da companhia levou a uma mudança na configuração do setor. Dados da consultoria SimilarWeb compilados pelo BTG apontam que a audiência perdida pelos sites da Americanas migrou para dois titãs internacionais, o Mercado Livre e a Amazon.

A Americanas reduziu o contingente de funcionários de 43,2 mil, em janeiro de 2023, para 32,5 mil, em dezembro. A empresa, diz, porém, que a redução líquida no período é de cerca de 5 mil empregados, excluídos os efeitos sazonais típicos do varejo, que contrata muitos funcionários temporários em finais de ano. Boa parte da reestruturação feita no ano passado foi no digital, com a redução de centros de distribuição, mas segundo Coelho, a cúpula também ficou menor.

Hoje, além dele, a diretoria da Americanas conta apenas com a diretora Financeira e de Relações com Investidores, Camille Faria. Os dois entraram após a recuperação judicial, diante do afastamento de antigos diretores, implicados na investigação da fraude. Até janeiro do ano passado, a companhia tinha quatro diretores além do presidente, divididos por área de atuação.

Delação e cooperação

Se financeira e operacionalmente a Americanas conseguiu sobreviver ao turbulento ano de 2023, o rombo ainda deve gerar ruído. Ex-diretores da companhia fecharam em agosto um acordo de delação premiada e, em uma estratégia inédita para investigar uma empresa, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) fechou acordo com pessoas envolvidas no caso Americanas em busca de cooperação para apurar o que ocorreu.

Em outra frente de investigação, o Comitê Independente criado pelo conselho de administração para apurar as circunstâncias que ocasionaram a fraude ainda não revelou o resultado de seu trabalho e, em dezembro, disse que a publicação de um documento preliminar poderia levar a “juízos preliminares inadequados”.

Procurado, o ex-presidente da empresa, Sergio Rial, que tornou pública a fraude, não se manifestou.

Fonte: Estadão Conteúdo

Notícias

Americanas demite mais de 5.500 funcionários na última semana

 

A Americanas, em recuperação judicial, desligou 5.526 funcionários na semana de 27 de novembro a 3 de dezembro, encerrando o período com um total de 33.861 trabalhadores, mostrou documento regulatório nesta quinta-feira (7).

A varejista destacou que as dispensas incluem desligamentos voluntários (306 registros) e 4.876 términos de contratos temporários. Na outra ponta, admitiu 359 funcionários.

No documento, a empresa reforçou a sazonalidade de seu quadro de funcionários em função das oscilações do mercado de varejo, com picos em épocas comemorativas, como Páscoa, Black Friday e Natal, e disse que o número absoluto de desligamentos ficou em linha com períodos anteriores à recuperação judicial.

Para o Natal, a Americanas anunciou nesta semana a abertura de 7 mil vagas em funções temporárias para reforçar sua operação no período de festividades.

Deu na CNN

Notícias

Prejuízo da Americanas dobra e chega aos R$12,9 bilhões

 

A Americanas divulgou na manhã desta quinta-feira (16) o balanço financeiro de 2022 e apresentou prejuízo de R$12,9 bilhões. É o maior prejuízo da história da companhia.

A divulgação do balanço foi adiada por quatro vezes.

Os números de 2021 foram corrigidos. Inicialmente, o balanço trazia lucro de R$544 milhões, mas o número foi revisto e 2021 registrou, na verdade, prejuízo de R$6,2 bilhões.

De acordo com o balanço financeiro, ao fim de 2022 a dívida líquida total da Americanas era de R$26,2 bilhões.

Deu no Diário do Poder

Notícias

Americanas: CPI votará relatório pífio, sem apontar culpados pela fraude

 

A CPI das Americanas, da Câmara dos Deputados, vai votar o relatório final nesta quinta-feira (14). elaborado pelo deputado Carlos Chiodini (MDB-SC). Apresentado no último dia 5, mas não foi votado devido a um pedido de vista coletivo.

O relatório pífio não aponta os autores da fraude bilionária. Chiodini argumenta que os inquéritos policiais estão em curso e “ainda não há elementos suficientes para incriminar ninguém” pelo golpe na praça de mais de R$45 bilhões.

Além de não apontar responsabilidades, o relatório final tampouco explica o fato de a CPI não haver convocado para depor os bilionários Jorge Paulo Lehmann, Beto Sicupira e Marcel Telles, que dividem o controle da empresa.

O trio de bilionários pode ter sido beneficiado pela fraude, criada para alterar dados fundamentalistas da Americanas, atrair mais investidores e distribuir dividendos dos quais os sócios majoritários se beneficiaram.

“Em que pesem os indícios de materialidade apontados, não foi possível, no atual estágio da investigação, identificar, de forma precisa, a autoria dos fatos investigados. nem imputar a respectiva responsabilidade criminal, civil ou administrativa a instituições ou pessoas determinadas, ante a necessidade da realização de outras diligências e da coleta de elementos de prova mais robustos”.

Em seu parecer, Chiodini sugere quatro projetos de lei para melhorar a governança corporativa e combater a corrupção em empresas privadas, de modo a evitar fraudes.

“O conjunto probatório, de fato, converge para o possível envolvimento de pessoas que integravam o corpo diretivo da companhia, ex- diretores e ex-executivos. Contudo, os elementos até então carreados não se mostraram suficientes para a formação de um juízo de valor seguro o bastante para atribuir a autoria e para fundamentar eventual indiciamento”.

A Comissão Parlamentar de Inquérito apura as suspeitas de fraude no Grupo Americanas. No dia 19 de janeiro, a empresa revelou inconsistências fiscais de R$ 20 bilhões e dívidas da ordem de R$ 43 bilhões. O caso gerou suspeitas de fraude e está sob investigação. Na época, a companhia pediu recuperação judicial.

Deu no Diário do Poder

Notícias

Americanas diz que ex-CEO Miguel Gutierrez “capitaneou” fraude

 

A Americanas refutou “veementemente” as declarações do ex-CEO da companhia Miguel Gutierrez à CPI instaurada na Câmara dos Deputados para apurar o escândalo contábil da empresa. Gutierrez teria enviado uma carta à Comissão Parlamentar de Inquérito dizendo ter sido “bode expiatório para ser sacrificado em nome da proteção” dos acionistas da Americanas: Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.

“A companhia reitera que o ex-dirigente da Americanas não contestou em nenhum momento os documentos e fatos apresentados à Comissão no dia 13 de junho, que demonstram a sua participação na fraude”, declarou a Americanas em nota.

Em 13 de junho, o diretor-presidente da Americanas, Leonardo Coelho Pereira, esteve na CPI. Ele disse que a companhia tem documentos e elementos para admitir que houve “fraude”. O CEO declarou que foi feito o aumento artificial do lucro da companhia. O objetivo, segundo Pereira, era ocultar o resultado financeiro da empresa. “A fraude das Americanas é uma fraude de resultado”, afirmou à CPI.

Pereira expôs documentos que embasaram o fato relevante divulgado no mesmo dia pela Americanas. Ele mostrou na CPI uma troca de e-mails de antigos diretores com planilhas que mostram números diferentes de prejuízos e lucros apresentados para os funcionários e para o conselho administrativo.

O jornal Valor Econômico teve acesso a uma carta que teria sido escrita pelo ex-CEO Miguel Gutierrez e enviada por seus advogados à CPI da Americanas em 31 de agosto. Além de dizer ter se tornado “conveniente ‘bode expiatório’ para ser sacrificado em nome da proteção de figuras notórias”, ele declarou que seu sucessor, Sérgio Rial, mentiu à Comissão ao falar que o trio de acionistas não sabia o que ocorria na contabilidade da empresa.

Gutierrez é um dos principais envolvidos no caso. Ele esteve à frente da Americanas por décadas. Em janeiro, foi substituído por Rial, que ficou apenas 9 dias no cargo. Afirmou ter saído depois de descobrir “inconsistências contábeis” de cerca de R$ 20 bilhões na empresa.

A carta de Gutierrez tem, conforme a publicação, 17 páginas. Nela, o ex-CEO disse ter deixado de atuar em todas as áreas depois da fusão da Americanas com a B2W, controladora do Submarino e passou a ter um papel “mais estratégico”. Segundo ele, o trio de acionistas “participa ativamente da gestão das empresas de seu portfólio e controla rigorosamente suas finanças”.

Gutierrez não falou se houve fraude contábil na Americanas, mas declarou que nunca teve conhecimento ou tolerou adulteração no balanço da companhia. Disse que “dedicou 30 anos à empresa” e que é atualmente o maior acionista pessoa física da Americanas.

Segundo ele, o atual líder da empresa está tentando “desviar o foco da investigação [da CPI] para longe dos acionistas controladores”, mesmo “sabendo que as acusações [contra Gutierrez] eram mentirosas”.

A Americanas, na nota emitida depois da divulgação da reportagem, disse querer reiterar que o relatório apresentado na CPI em 13 de junho foi “baseado em documentos levantados pelo Comitê de Investigação Independente”, além de “documentos complementares identificados pela administração e seus assessores jurídicos”.

Esses arquivos indicam “que as demonstrações financeiras da companhia vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior da Americanas, capitaneada pelo senhor Miguel Gutierrez”.

A empresa completou: “A Americanas confia na competência de todas as autoridades envolvidas nas apurações e investigações, reforça que é a maior interessada no esclarecimento dos fatos e irá responsabilizar judicialmente todos os envolvidos”.

A CPI da Americanas foi instalada em 17 de maio. Em janeiro, a empresa informou inconsistências em lançamentos contábeis de cerca de R$ 20 bilhões e declarou R$ 40 bilhões em dívidas. A Americanas está em recuperação judicial a partir de então.

Fonte: Poder 360

Notícias

Ex-diretora da Americanas transferiu bens ao filho dias antes do escândalo

 

A menos de 20 dias de se tornar público o escândalo da fraude bilionária da Americanas, a ex-diretora da companhia Anna Christina Ramos Saicali transferiu para o filho um patrimônio de R$ 13 milhões referentes a quotas de uma empresa.

Anna foi afastada da diretoria estatutária da Americanas após revelação da fraude na companhia. Há estimava que o rombo contábil possa chegar aos R$ 40 bilhões.

Em 13 de junho, a companhia divulgou um comunicado ao mercado e a ex-diretora é apontada como uma das participantes da fraude. Além dela, constam Miguel Gutierrez, ex-CEO da empresa, e dos ex-diretores José Timótheo de Barros e Márcio Cruz Meirelles e outros executivos.

O jornal Folha de São Paulo, que publicou a informação, procurou Anna Christina, que negou que a transferência tenha ocorrido para proteger o patrimônio pessoal que poderia, por exemplo, com o avançar das investigações, ser penhorado.

“Decorreu de planejamento sucessório motivado por questões de saúde”, disse a ex-diretora apontada como partícipe na fraude.

Deu no Diário do Poder

Notícias

“Inconsistência contábil nada, foi fraude”, diz CEO da Americanas

 

O presidente da Americanas, Leonardo Coelho Pereira, reconheceu nesta terça-feira (13) que a crise na varejista não pode mais ser tratada como crise de inconsistências contábeis, e sim como fraude. Segundo a Agência Câmara, ele disse que chegou a essa conclusão ontem, após ter acesso a relatório de investigação independente sobre as finanças da companhia.

“Essas evidências que me foram trazidas ontem não mais me permitem como CEO das Americanas tratar como inconsistência contábeis”, reiterou o executivo em audiência pública na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a fraude na Americanas.

Diante dos novos fatos, segundo ele, duas decisões foram tomadas pela direção da empresa. A primeira, de demitir 30 funcionários vinculados à fraude. A segunda, de compartilhar o relatório com autoridades envolvidas nas investigações, entre elas a CPI, o Ministério Público, Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Polícia Federal.

Durante a reunião, ele divulgou as novas evidências que apontam para a fraude, entre elas duas planilhas com resultados da empresa de 2021 e projeções para 2022, as quais apresentavam resultados discrepantes para o mesmo período analisado.

Uma das planilhas, classificada de “Visão Interna”, apresentava prejuízos de R$ 733 milhões. A outra, classificada de “Visão Conselho”, apresentava lucro de R$ 2,9 bilhões. Essa última consistente com o resultado divulgado ao mercado.

“Entre a visão interna e a visão conselho foram criados R$ 3,5 bilhões de resultado”, observou o CEO. Ele, que tem experiência em restruturação financeira e operacional de varejistas, disse que o caso é uma “fraude de resultados”.

“Pode-se criar lucro a partir de uma planilha, só que você não cria caixa a partir de uma planilha. Se a diretoria antiga da Americanas falsificou lucro, ela não consegue falsificar o caixa, então é preciso de um empréstimo bancário para colocar dinheiro naquela operação e a fraude não  ficar transparente para ninguém”, complementou o executivo.

Falsificação de resultados

O relator, deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), frisou que com os resultados preliminares das investigações, o prejuízo financeiro da empresa saltou de R$ 20 bilhões, para o patamar dos R$ 40 bilhões. Diante disso, o parlamentar questionou sobre como operava o esquema de fraude na empresa.

Pereira explicou que esse tipo de fraude enfatiza a redução dos custos de mercadoria vendida, aumentando o lucro de forma artificial, com uma contrapartida na redução da conta de fornecedores.

Nesse ponto, o CEO apresentou aos deputados e-mails que constam do relatório de auditoria pelo qual a manipulação das informações com as operações de fornecedores era uma preocupação de “vida ou morte” para a diretoria antiga.

Ele referiu-se ao esforço da antiga diretoria por reajustar os valores nos contratos de venda de propaganda cooperada, ou VPC, um instrumento pelo qual a varejista vende ao fornecedor espaço na loja para a promoção do produto.

Por se tratar de uma fraude complexa, Pereira disse que esses resultados contábeis distorcidos não eram percebidos por analistas que não tinham acesso às contas da empresa. “Por isso que nenhum investidor, nenhuma casa de financiamento no Brasil ou no exterior foi capaz de identificar essa fraude pela contabilidade”, disse o CEO.

Deu no Diário do Poder

Notícias

Moraes libera busca em e-mails da Americanas, mas exclui mensagens de advogados

 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (3) a exclusão de mensagens e documentos trocados entre advogados e diretores da Lojas Americanas do material obtido em busca e apreensão autorizadas pela Justiça paulista contra a varejista.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) havia autorizado a busca e apreensão de e-mails de diretores, administradores e gestores do Grupo Americanas, incluindo as mensagens trocadas com advogados. O pedido partiu do banco Bradesco.

Em fevereiro, Moraes suspendeu a determinação, por entender que havia risco à garantia do sigilo de comunicação entre advogado e cliente.

Agora, o ministro mandou retirar do material qualquer trecho que tenha relação com a comunicação dos advogados entre si ou com o comando da varejista.

“Julgo parcialmente procedente a presente reclamação, para excluir da decisão reclamada a utilização de mensagens eletrônicas, documentos e dados transmitidos entre advogados, no exercício da profissão, e entre esses e os diretores, membros do Conselho de Administração e do Comitê de Auditoria, dos atuais e dos que atuaram nos cargos pelos últimos dez anos, dos funcionários das áreas de contabilidade e finanças da companhia atuais e nos últimos dez anos, incluindo e especialmente junto à empresa Microsoft”, afirmou.

Moraes também disse ser necessária uma triagem no material já levantado, e autorizou busca e apreensão sigilosa de todos os dados obtidos e análise por um perito judicial, “que deverá excluir de eventual conteúdo a ser divulgado no laudo pericial informações decorrentes do sigilo profissional dos advogados”.

“A realização da diligência pelo perito do juízo, em sigilo absoluto até a verificação do conteúdo apreendido, com a exclusão de e-mails, comunicações e dados envolvendo os advogados em sua atuação profissional, é medida que atende ao princípio constitucional da inviolabilidade do advogado, sem afastar a plena possibilidade de apuração de responsabilidades pela prática de eventuais atos ilícitos”, declarou o magistrado.

Conforme Moraes, a decisão concilia a apuração de eventuais fraudes na companhia com as garantias constitucionais do sigilo entre advogados e clientes.

“A compatibilização do direito à apuração de eventuais fraudes ou irregularidades na gestão da companhia em crise, especialmente para sua delimitação objetiva e afirmação de eventual responsabilidade pessoal de diretores, gestores e acionistas controladores, com o direito ao sigilo das comunicações entre advogados e seus defendidos, exige a realização das diligências necessárias e proporcionais à apuração, com as limitações exigíveis para garantir o efetivo respeito ao sigilo constitucional decorrente da imunidade do advogado consagrado no artigo 133 da Constituição Federal”.

A informação é da CNN.

Notícias

Americanas avisa a shoppings que não irá pagar aluguéis atrasados de suas lojas

 

Alvo de escândalo nas últimas semanas, as Americanas volta a ser assunto no país. Shoppings onde possuem lojas físicas da companhia estão sendo avisada que os aluguéis devidos até a data do deferimento do pedido de recuperação judicial, em 19 de janeiro, não serão pagos.

A empresa alega que a medida é por conta do efeito de suspensão de cobranças conferido pela recuperação judicial.

Ao todo, as Americanas devem R$ 11,6 milhões aos shoppings espalhados por diversas regiões do País.

Segundo informações do jornal O Estado de S.Paulo, o comunicado desta semana sobre o não pagamento dos valores em aberto é assinado pelo coordenador jurídico da Americanas, Bernardo Mesquita Costa.

O documento oficial destaca que o eventual pagamento do aluguel até o dia 19 de janeiro “implicaria em prática de favorecimento de credor”.

Deu no Conexão Política