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Alcolumbre marca a sabatina de André Mendonça para 1º de dezembro

 

Depois de segurar o agendamento por mais de quatro meses, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), marcou para a quarta-feira, 1º, a sabatina do ex-advogado-geral da União André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF). Por determinação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a Casa terá uma semana de esforço concentrado entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro.

Também neste sábado, Alcolumbre escolheu a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) como relatora da indicação de Mendonça. Segundo informações, ao escolher uma parlamentar evangélica, o presidente da CCJ, que é judeu, quer mostrar que não postergou a sabatina do indicado por ele ser evangélico. Na sessão do colegiado da quarta-feira, 24, o senador do DEM se disse “muito triste” com ataques recebidos nos últimos meses. “Chegou-se ao cúmulo de transformar uma decisão político-institucional [de não pautar a sabatina] em um embate religioso. É inadmissível isso. Isso me provoca uma profunda indignação, fico muito triste com isso, porque a minha relação com o povo evangélico é extraordinária no meu Estado”, afirmou. Os líderes governistas acreditam que Mendonça será aprovado na CCJ, mas admitem que a votação será apertada no plenário. O “terrivelmente evangélico” precisa do apoio de, no mínimo, 41 dos 81 senadores.

Notícias

Vazam nas redes sociais denúncias das “Rachadinhas” atribuídas ao Senador Alcolumbre

Começam a aparecer provas da prática de “rachadinha” do senador Alcolumbre.
Postagens de mulheres denunciando o crime inundaram as redes sociais nesta sexta-feira, 29.

veja agora mais algumas delas :

Nas postagens que foram feitas as denúncias no Twitter aparecem várias mulheres, dizendo que recebiam uma quantia em dinheiro bem menor do que o valor do salário que estava no contracheques delas.
Segundo essas mesmas mulheres , a maioria do salário era entregue sempre a alguém indicado pelo Senador Alcolumbre.


Política

Alcolumbre empregou funcionárias fantasmas em esquema de rachadinha, segundo denúncia da revista Veja

Foto : Divulgação

Reportagem da revista “Veja” divulgada nesta sexta-feira (29) relata que o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) empregou servidoras fantasmas em seu gabinete por 5 anos em um esquema de rachadinha.

A rachadinha é uma prática irregular. Ocorre, por exemplo, quando um parlamentar contrata uma pessoa para trabalhar em seu gabinete e , em troca, diz que vai recolher parte do salário que, oficialmente, o servidor ganharia. Na prática, a maior parte do salário fica com o parlamentar.

Alcolumbre é atualmente o presidente da Comissão da Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, a mais poderosa da Casa. De fevereiro de 2019 a fevereiro de 2021, ele foi presidente do Senado.

Nos últimos meses, ele tem aparecido no noticiário de política por estar se recusando a marcar na CCJ a sabatina de André Mendonça, indicado do presidente Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF). A sabatina na CCJ é etapa indispensável para a confirmação da indicação. Mas Alcolumbre quer desgastar o nome de Mendonça, o que colocou o senador como um dos principais rivais do bolsonarismo no momento.

Em nota divulgada após a publicação da reportagem, Alcolumbre negou denúncias de rachadinha e disse que a prática de confiscar salário de servidores é “repudiável”.

“Sou surpreendido com uma denúncia que aponta supostas contratações de funcionários fantasmas e até mesmo o repudiável confisco de salários. Nunca, em hipótese alguma, em tempo algum, tratei, procurei, sugeri ou me envolvi nos fatos mencionados, que somente tomei conhecimento agora, por ocasião dessa reportagem”, respondeu o senador Alcolumbre.

Rachadinha

A “Veja” ouviu seis mulheres que dizem ter participado de um esquema de rachadina no gabinete de Alcolumbre. Elas relatam que receberam a proposta de trabalhar com o parlamentar, mas que deveriam ceder grande parte do salário. Fazia parte do acordo também que elas não dissessem que trabalhavam no Senado.

São mulheres humildes, de regiões periféricas do Distrito Federal. À revista, elas contaram que aceitaram a proposta, porque precisaram do dinheiro, mas que agora se arrependeram. Elas nem precisavam ir ao Senado. À revista, elas admitiram que nunca trabalharam de fato.

De acordo com a “Veja”, o esquema começou em janeiro de 2016 e foi até março de 2021. As mulheres que fazem a denúncia não trabalham mais com o senador. A “Veja” afirma que Alcolumbre desviou com as rachadinhas pelo menos R$ 2 milhões.

Uma das ex-servidoras disse que o próprio Alcolumbre falou que ela não tinha qualificação para a vaga, já que não tinha curso superior, mas que ele a contrataria para ajudá-la.

Outra relata que é funcionária de uma fazenda, no entorno do Distrito Federal, e que, enquanto trabalhava com o senador, recebia também o Bolsa-Família.

Como funcionava

As ex-servidoras contaram que a equipe do senador abria uma conta no banco para elas receberem o salário e que o cartão da conta e a senha ficava com os auxiliares do senador. Segundo a revista, extratos bancários mostram que, no dia em que o salário caía na conta, era rapidamente sacado.

Com informações da Veja

Política

STF envia a PGR pedido de investigação contra Alcolumbre

 

Foto: Divulgação

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou nesta sexta-feira (15) para análise da Procuradoria-Geral da República um pedido de investigação do presidente da Comissão e Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pela demora na marcação da sabatina de André Mendonça, indicado ao tribunal.

A decisão da ministra ocorre após o Supremo ter sido acionado por um advogado que questiona a conduta de Alcolumbre.

A escolha de Mendonça para ocupar a cadeira do ministro aposentado Marco Aurélio Mello foi oficializada por Bolsonaro no dia 13 de julho, mas até agora a sabatina não foi marcada. Alcolumbre tem sido cobrado por Bolsonaro e aliados a definir uma data.

A Constituição exige que o indicado ao Supremo passe por sabatina e aprovação na CCJ e ainda pelo plenário do Senado.

Na ação, o advogado pede que Alcolumbre seja afastado da presidência da CCJ diante dos indícios dos crimes de responsabilidade, discriminação religiosa e contra o Estado Democrático de Direito.

Rosa Weber afirmou que cabe à PGR avaliar se há elementos que justifiquem a investigação da conduta de Alcolumbre já que o senador tem foro privilegiado na Corte. O envio da notícia-crime nesse tipo de caso é praxe no Supremo.

“Determino a abertura de vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, a quem cabe a formação da opinio delicti em feitos de competência desta Suprema Corte, para manifestação no prazo regimental”, escreveu a ministra.