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Ex-funcionário da Boeing é encontrado morto após denunciar a empresa

 

Um ex-funcionário da Boeing, que trouxe à tona questões de qualidade e segurança na produção de aeronaves pela empresa, foi encontrado morto no último fim de semana, conforme relatado pela BBC. John Barnett, de 62 anos, ocupou o cargo de gerente de qualidade na Boeing por 32 anos, até sua aposentadoria em 2017.

A morte, ocorrida no sábado (9), foi resultado de um ferimento autoinfligido por arma de fogo, de acordo com informações divulgadas pela polícia da cidade de Charleston, no estado norte-americano da Carolina do Sul, onde Barnett foi encontrado.

Foto: Divulgação/Boeing
Foto: Divulgação/Boeing

O ex-funcionário estava na cidade para testemunhar no processo contra a Boeing. Nos últimos cinco anos, ele externou uma série de denúncias consideradas graves, incluindo relatos de uso de peças não conformes em aeronaves da empresa, além problemas nas máscaras de oxigênio instaladas no modelo 787. Um quarto desses dispositivos de segurança poderia falhar em caso de emergência. A Boeing nega irregularidades na companhia.

O ex-funcionário deveria depor novamente sobre o caso no sábado (9), mas não compareceu. A polícia de Charleston foi até o hotel onde John Barnett estava hospedado e o encontrou no estacionamento, dentro de seu veículo.

Deu no R7

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Queda, afogamento e queimadura lideram acidentes de crianças em férias

 

As férias escolares exigem atenção redobrada dos pais, conforme revela um levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Os dados mostram que, nas férias de janeiro e de julho de 2023 houve um aumento de 84,5% nos acidentes domésticos envolvendo crianças do estado paulista.

Segundo a secretaria, nas férias escolares de 2023 foram registrados 969 atendimentos e internações de crianças menores de 12 anos por acidentes domésticos, enquanto em 2022 foram 525 ocorrências desse tipo.

Além disso, os meses de dezembro de 2022 e de julho de 2023 foram os que mais registraram atendimentos ambulatoriais e hospitalizações de crianças – com 403 e 508 ocorrências, respectivamente. Os dados consideram apenas os atendimentos realizados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) do estado de São Paulo.

A maioria desses acidentes é provocada por afogamento, quedas, queimaduras e intoxicação acidental por exposição a substâncias nocivas. Por isso, a secretaria alerta sobre a importância de pais e responsáveis estarem mais atentos durante o período de férias das crianças.

“Hoje, o uso de telas, principalmente celulares, gera uma maior desatenção dos responsáveis e, consequentemente, acontecem os acidentes. É naquele segundo de distração que os acidentes domésticos ocorrem”, disse, em nota, a pediatra Silvana Grotteria, responsável pelo setor de emergência do Hospital Infantil Darcy Vargas.

Acidentes domésticos

Os tombos lideram o ranking de acidente doméstico envolvendo crianças. Segundo a secretaria, dos 4,2 mil procedimentos clínicos e internações realizados no estado paulista entre janeiro e outubro do ano passado, 4,1 mil se referiam a quedas.

“Em casos de traumas graves e quedas de grandes alturas, os pais devem levar os filhos ao pronto-socorro, ou se a criança apresentar sinais de alerta, como dores de cabeça, náuseas, vômitos ou alteração no nível de consciência”, orientou a pediatra.

Os acidentes envolvendo afogamento e queimadura também preocupam. Das 14 hospitalizações ocorridas entre janeiro e outubro de 2023 por afogamento, nove ocorreram durante as férias escolares. Nesse mesmo período, foram registradas 19 internações por queimaduras, sendo que oito delas ocorreram nos meses de janeiro e julho.

Para evitar os acidentes domésticos, a secretaria informa que é importante que os pais não deixem crianças e bebês sozinhos e instalem grades ou telas de proteção em berços, escadas e janelas.

Também é preciso evitar o acesso de crianças a locais que oferecem maior risco como cozinhas e lavanderias. Outro alerta da secretaria é para que se proteja tomadas e instalações elétricas. Também é importante utilizar protetor solar e evitar exposição ao sol entre 10h e 16h.

Fonte: Agência Brasil

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Acidentes deixam três pessoas mortas e quatro feridas no interior do RN

 

Dois acidentes graves foram registrados em vias federais do Rio Grande do Norte durante o domingo (26). Uma colisão entre um caminhão e um automóvel deixou duas pessoas mortas e outras três feridas na BR 304. Horas antes, na BR 406, um motociclista de 28 anos morreu. A passageira do veículo ficou ferida e teve lesões graves.

De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente com mais óbitos ocorreu por volta das 08h15, no quilômetro 286 da via, entre as cidades de Santa Maria e São Pedro, no Agreste Potiguar. A colisão entre o caminhão e o veículo de passeio foi frontal. Com o impacto, as vítimas ficaram presas as ferragens do carro. O motorista do caminhão teve apenas ferimentos leves.

O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN) foi acionado para realizar o socorro. Os bombeiros acionaram o Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER) para transportar um adulto com maior brevidade ao Hospital Clóvis Sarinho, em Natal. Vítimas fatais do acidente, um adulto e uma criança não resistiram. Outras duas tiveram ferimentos graves. Até a publicação desta matéria, não há atualizações sobre o estado de saúde destas.

Por volta das 03h40, na BR 406, um homem que conduzia uma motocicleta Honda/CG 125 FAN ES morreu após sofrer um acidente na via. A passageira da motocicleta, que não foi identificada até a publicação desta matéria, foi conduzida para hospital em Natal em função das lesões graves decorrentes do acidente. O acidente ocorreu na cidade de Macau, localizada na região Central do RN.

Deu na Tribuna do Norte

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RN registra queda de 26% no número de acidentes de trânsito durante o feriadão de Finados

 

A Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PMRN) e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) apresentaram na manhã desta segunda-feira (6), no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, os resultados estatísticos da Operação Finados 2023 – encerrada neste domingo (5).

De acordo com o coronel Eduardo Franco, comandante do Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE), durante a Operação Finados 2023, foram fiscalizados 18.494 veículos automotores e abordadas 1.650 pessoas.

Um dos destaques é que o número de acidentes de trânsito caiu 26% neste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 57 acidentes no ano passado, caindo para 45 neste ano. Além disso, houve uma diminuição de 30% no número de pessoas feridas por acidentes (de 44 casos para 34).

O efetivo do CPRE realizou um total de 6.481 testes de alcoolemia (incluindo bafômetro), resultando em 12 condutores autuados em flagrante por ingestão de bebida alcoólica.

Além disso, as equipes realizaram 5 prisões por porte ilegal de arma de fogo e 4 por apreensão de drogas. Outras três prisões foram efetuadas em relação a indivíduos com veículos adulterados, enquanto três foragidos da Justiça foram capturados. Uma pessoa também foi detida por receptação.

Durante o decorrer da operação, 139 pessoas foram autuadas por se recusarem a realizar o teste de alcoolemia.

Veja os dados:

Acidentes de trânsito

  • 2022: 57
  • 2023: 45

Número de feridos

  • 2022: 44
  • 2023: 34

Número de óbitos

  • 2022: 1
  • 2023: 1

Veículos fiscalizados

  • 2022: 3.857
  • 2023: 18.494

Pessoas revistadas

  • 2022: 692
  • 2023: 1.650
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Estrada de lutos: BR-304 teve 134 mortes em cinco anos no RN

 

Era 28 de agosto de 2020 quando duas irmãs, uma tia e uma amiga deixaram Mossoró rumo à Natal para um passeio em família. O que era para ser um passeio tornou-se uma tragédia: o carro em que a família vinha se envolveu num acidente com outro veículo, na cidade de Santa Maria, resultando na morte das quatro jovens. O condutor ficou gravemente ferido e chegou a sobreviver.

Esse foi apenas um dos 1.624 acidentes registrados na BR-304, uma das principais estradas federais que cortam o Rio Grande do Norte, e que há anos aguarda um projeto de duplicação. Foram 134 mortes em cinco anos. A BR-304 no RN tem média de um acidente por dia e uma morte a cada duas semanas.

As jovens eram da família da dona de casa Eva Cristina de Almeida Medeiros, de 45 anos. Ela mora na comunidade Maísa, pertencente a Mossoró. Ela lembra que as duas filhas e sua irmã, Evelyn Raiane Medeiros, Maria Izabel, e Izabel Medeiros, acompanhadas da amiga, Rayanne Silva, estavam empolgadas com o passeio e comenta que precisou se apegar à fé para superar a dor da perda.

“Tenho tido muita força de Deus. Agora em agosto completou-se três anos. Um período muito difícil sem elas aqui em casa. Éramos uma família muito unida. É difícil, mas como eu disse: Deus tem me sustentado”, explica. “É um pouco doloroso falar disso, mas não é difícil. Adoro lembrar das minhas filhas, das boas recordações delas”, disse.

Uma das filhas tinha 20 anos e havia sido contratada recentemente para trabalhar numa empresa agrícola na área administrativa. A outra filha, com apenas 15 anos, também tinha sonhos e já dava os primeiros passos no mercado de trabalho como jovem aprendiz.

“Faz muito tempo que a gente ouve falar dessa obra. Não foram só a vida das minhas filhas que foram destruídas, foram sonhos também. O que a gente pode pedir é alertar as autoridades sobre a duplicação dessa rodovia. Entra e sai político, fazem as promessas e não cumprem”, comenta.

A dor da perda de um parente se estende a outras famílias potiguares. É o caso do perito criminal Clelio Soares, 37 anos, que perdeu seu filho, Gabriel, de 6 anos durante uma viagem de Natal à Mossoró.

“Meu ativismo pela duplicação começou infelizmente após uma tragédia, depois de muita dor. Gabriel tinha 6 anos no acidente. O motorista fez uma ultrapassagem num trecho proibido, colidindo com meu carro de frente. Ele não resistiu aos ferimentos e faleceu horas depois no hospital de Angicos”, disse.

A dor do luto se transformou em luta, segundo Clelio. Atualmente, ele e sua esposa, Aniely Soares, 34, são dois dos principais ativistas que cobram a duplicação da BR-304. Juntos, eles administram o perfil do Instagram “Luto na BR-304”, com o intuito de conscientizar a sociedade e a classe política para priorizar o projeto para ampliação da rodovia.

“Iniciei essa campanha após perceber que muitas pessoas haviam perdido parentes em acidentes na BR-304. Criamos esse perfil, em que as pessoas já reconhecem, mandam informações e se juntam à luta. Eu entendo que essa obra ainda não ter saído do papel é falta de força política, isso de todos os lados, porque uma obra como essa ela vai trazer muitos benefícios, como segurança viária, desenvolvimento regional, turismo, escoamento de produção, economia. Minha preocupação são as vidas, porque quando alguém morre não dá para trazer de volta”, lembra.

Casos
Uma rápida pesquisa na internet e é possível encontrar inúmeros casos de pessoas que sofreram acidentes, alguns deles fatais. Dados da PRF mostram que a BR-304 tem média de quase um acidente por dia e uma morte a cada duas semanas. O cálculo foi feito a partir de dados enviados à pedido do jornal pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), tabulados entre 2018 e 30 de setembro de 2023. Em cinco anos e meio, foram 1.624 acidentes e 134 mortes. Os dados mostram os perigos da via para acidentes, tornando ainda mais urgente e sensível a obra da duplicação da rodovia, aguardada há anos pelos potiguares.

Segundo os dados da PRF, entre 2018 e 2022, a média de acidentes é de 292,8 por ano. Já no tocante a óbitos, a média chega a 24,2 mortes por ano por acidentes causados na rodovia. Um desses casos recentes aconteceu em setembro deste ano. Um ônibus intermunicipal bateu de frente com uma carreta já na chegada para a BR-304, na Grande Natal, no trecho da Reta Tabajara. Neste local, foram 108 acidentes e 7 mortes entre 2018 e até setembro de 2023.

Deu na Tribuna do Norte

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PRF registra 79 mortes em rodovias federais durante o feriado

 

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 926 acidentes durante a Operação Nossa Senhora Aparecida 2023, encerrada na madrugada deste domingo (15). Deste total, 263 foram considerados graves, deixando 1065 pessoas feridas e 79 mortas.

Em 2022, no mesmo período, ocorreram 940 acidentes, sendo 271 graves. No total, morreram 80 pessoas e 1116 pessoas ficaram feridas. A comparação mostra a redução de 3% no número de acidentes graves; e de 4,8% no número de pessoas feridas.

A PRF lembra que a operação iniciada no dia 11 de outubro compreende um período de grande fluxo de pedestres e de veículos.

Ao todo, 54.309 veículos foram fiscalizados por mais de 9 mil policiais escalados para a operação. Os 31.564 testes de alcoolemia feitos nos motoristas resultaram em 1092 autuações.

Segundo a PRF, 36.591 condutores foram flagrados dirigindo em uma velocidade acima do limite da pista. Outros 5697 foram flagrados cometendo ultrapassagens irregulares; e 3404 veículos foram autuados com motoristas ou passageiros sem usarem devidamente o cinto de segurança.

A PRF registrou 517 casos de crianças ou bebês que estavam sendo transportados sem o uso adequado da cadeirinha.

Criminalidade

A Operação Nossa Senhora Aparecida apreendeu, durante o período, 10 toneladas de maconha e retirou de circulação 17 armas de fogo e 194 munições irregulares. Além disso, recuperou 93 veículos com registro de roubo ou furto e deteve 593 pessoas.

Fonte: Agência Brasil

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Acidentes por reação tardia do condutor crescem 28% em 2022

 

Os acidentes de trânsito que tiveram como causa principal a ausência de reação ou reação tardia ou ineficiente do condutor aumentaram quase 28% de 2021 para 2022. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram 15.955 ocorrências no ano passado, contra 12.481 no anterior.

Como consequência, a PRF identificou crescimento no número de mortes e feridos, no mesmo período. “Portanto, fica o alerta aos motoristas para que mantenham a concentração durante todo o trajeto”, ressaltou a corporação.

O número de mortes relacionadas ao fator de reação do condutor passou de 881 em 2021 para 1.077 em 2022, alta de mais de 22%. Na mesma base comparação, o registro de feridos cresceu mais de 28%, de 13.584 para 17.447.

No primeiro semestre deste ano, a PRF registrou 9.057 acidentes em rodovias federais relacionados especificamente à questão da reação. Essas ocorrências resultaram em 567 mortes e 10.142 feridos.

“A reação tardia, ineficiente ou a ausência de reação do condutor podem ser provocadas por fatores como não observar a sinalização na via, deixar de manter a distância de segurança do veículo à frente, distrações com dispositivos eletrônicos e falta de descanso antes da viagem”, explicou em comunicado.

Operação Independência
Entre os dias 7 e 10 de setembro, a PRF terá reforço no policiamento ostensivo e preventivo em locais e horários com maior incidência de acidentes graves e de criminalidade nas rodovias federais. As ações fazem parte da Operação Independência 2023 e visam garantir a segurança e fluidez dos usuários.

O foco das ações educativas é alertar os motoristas sobre a importância de manter a atenção ao trânsito durante toda a viagem.

A operação faz parte do calendário nacional da PRF e acontecerá, simultaneamente, em todo o país. Combate à embriaguez ao volante, fiscalização de ultrapassagens indevidas e controle de excesso de velocidade também são algumas das atividades priorizadas durante a ação.

Para reduzir o risco de acidentes, a orientação é que, antes de pegar a estrada, os motoristas façam a revisão preventiva no veículo, o que inclui a checagem da calibragem dos pneus, do sistema de iluminação, dos equipamentos obrigatórios, do nível do óleo e da água, entre outros. O uso do cinto de segurança e da cadeirinha para bebês e crianças também é imprescindível.

A cada três ou quatro horas de percurso também é recomendado uma pausa para descanso ou para revezar o condutor do veículo. O cumprimento das leis de trânsito é essencial, incluindo limites de velocidade, sinalizações e regras de ultrapassagem.

A PRF alerta ainda que a bebida alcoólica reduz a capacidade psicomotora e afeta diretamente a segurança na direção.

Em caso de emergência nas rodovias federais, os usuários podem ligar para o 191.

Fonte: Agência Brasil

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Brasil registra um acidente aéreo a cada dois dias, segundo dados do Cenipa

A cantora Marília Mendonça morreu em acidente aéreo em Minas Gerais em novembro de 2021

 

O Brasil registrou, em média, um acidente aéreo a cada dois dias nos últimos dez anos, de acordo com os dados do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da FAB (Força Aérea Brasileira). Entre janeiro de 2012 e abril de 2023, foram registrados 1.878 acidentes com helicópteros, aviões, ultraleves, planadores, hidroaviões e trikes.

Durante esse período, 844 pessoas morreram em 441 acidentes aéreos. A perda de controle em voo, a falha do motor e a colisão com obstáculo durante o pouso ou a decolagem foram apontadas como as principais razões das ocorrências fatais, segundo os dados compilados pela plataforma Sipaer (Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) do Cenipa.

Na quarta-feira (3), o piloto Luiz Ricardo Nazarini e o copiloto Heber Carvalho Guilhen morreram após um helicóptero, que tinha como destino a feira Agrishow, cair em São Carlos, no interior de São Paulo.

Para os especialistas, apesar de estar em queda nos últimos anos, o número de acidentes aéreos ainda é preocupante e poderia ser evitado. O nível baixo de fiscalização das manutenção e do treinamento dos pilotos, principalmente de voos particulares, e o crescimento da frota de aeronaves conduzem a este cenário.

“O Brasil tem a segunda maior frota de aviões do mundo. É natural que os números sejam elevados em um país onde a infraestrutura e a fiscalização são deficitárias”, afirma o comandante Fernando Pamplona, instrutor de simulador e piloto de linha aérea.

Pamplona também explica que a cobrança na fiscalização dos voos comerciais e de táxis aéreos pelos órgãos reguladores é muito maior em comparação aos particulares, que incluem o transporte agrícola e de instrução. “Os órgãos se concentram na aviação comercial, onde há o transporte de massa. Eles são obrigados a cumprir a legislação internacional, como a Organização Internacional da Aviação Civil, da qual o Brasil é signatário”, reitera.

Os dados da plataforma Sipaer também revelam que, na última década, os voos particulares corresponderam à metade dos acidentes no Brasil, ou seja, 732 ocorrências, das quais 229 terminaram em morte. Enquanto os acidentes durante táxi aéreo representam apenas 6% (118 casos). Em voos agrícolas, foram 324 acidentes; em experimentais, 309; e em de instrução, 219.

Segundo o consultor aeronáutico e especialista em aviação Roberto Peterka, além do menor rigor na manutenção dos equipamentos, os pilotos menos experientes — com menos horas de voo — e a falta de familiaridade com as aeronaves podem explicam o motivo pelo qual os aviões menores e particulares se envolvem em mais acidentes.

“No avião privado, nem sempre é a mesma pessoa que pilota. Normalmente, o dono da aeronave chama diferentes pilotos [para prestar serviço]. O único controle sobre esses pilotos é a inspeção de saúde e a habilitação que é revalidada de ano a ano”, explica Peterka.

Outra diferença assinalada pelo consultor aeronáutico é a presença do copiloto. Geralmente, nos voos particulares, há apenas um piloto na aeronave, enquanto nos comerciais e de táxi aéreo, o serviço é prestado por uma dupla. “A chance de ter um acidente com dois pilotos é menor do que com um só, pois é uma cabeça só pensando [no caso de alguma intercorrência]”.

Entre janeiro de 2012 e abril de 2023, o Brasil registrou 159 acidentes com helicópteros, dos quais 53 foram fatais. Isto é, um em cada três casos terminou em morte.

Os acidentes que envolveram aviões foram mais numerosos e menos fatais. No mesmo período, houve 1.091 ocorrências, sendo 275 fatais, ou seja, um em cada quatro episódios terminou em morte.

O helicóptero tem mais facilidade de se deslocar em áreas fora de aeródromos e aeroportos, por isso alguns pilotos acabam se arriscando nos pousos e nas decolagens, que podem terminar em acidentes fatais, de acordo com Peterka.

O comandante Pamplona também afirma que as estruturas do avião e do helicóptero são distintas, sendo o último mais instável. “Caso aconteça uma falha no motor, o avião vai continuar voando. Ele vai continuar planando. Enquanto o helicóptero perde a capacidade de voar”, exemplifica.

Deu no R7

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Número de acidentes reduz 37%, mas mortes e colisões graves têm aumento nas rodovias federais do RN

Acidente na BR-101 em Natal — Foto: Lucas Cortez/Inter TV Cabugi

 

O número total de acidentes diminuiu 37% nas rodovias federais do Rio Grande do Norte durante o feriadão de Tiradentes deste ano em comparação com 2022.

O dado foi divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta segunda-feira (24) após a finalização da operação Tiradentes 2023, que ocorreu entre quinta (20) e domingo (23).

Apesar disso, segundo a PRF, o número de acidentes graves aumento de quatro para cinco e o número de mortes também cresceu: foram duas neste ano, uma a mais que em 2022.

Uma das vítimas fatais foi Arlon Wellington Américo da Silva, irmão do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, que morreu em um acidente de moto na BR-110 na madrugada do domingo (23).

De acordo com a PRF, durante a operação foram fiscalizadas 3.107 pessoas e 2.526 veículos, sendo realizados 1.885 testes de bafômetro.

Infrações e prisões

Durante a Operação Tiradentes 2023, a PRF informou que flagrou:

  • 85 condutores dirigindo sob influência de álcool;
  • 130 pessoas sem cinto de segurança;
  • 146 motociclistas sem capacete; e
  • 221 pessoas realizando ultrapassagem em trecho proibido.

Além disso, a operação também prendeu 20 pessoas – sendo quatro pro embriaguez ao volante – e recuperou um veículo roubado.

Deu no g1 RN