Judiciário

Familiares de vítimas de tragédia em Capitólio-MG pedem indenização de R$ 18 milhões

Foto: reprodução

Cinco familiares de vítimas da tragédia que ocorreu nos cânions em Capitólio (MG) e um sobrevivente foram à Justiça por indenizações que chegam a R$ 18 milhões.

Segundo a petição inicial da ação contra o município, o valor foi estabelecido “para fins meramente fiscais, posto que é impossível dimensionar o valor de uma vida, quanto menos de 5 vidas perdidas”.

A ação acusa a administração municipal de omissão de regular a atividade turística adequadamente, e diz que a tragédia poderia ter sido evitada se não fosse a “falha no serviço público”.

A prefeitura de Capitólio afirmou, em nota, que não recebeu nenhuma notificação a respeito do assunto. Ela reitera que “desde o primeiro momento do acontecido tem trabalhado para acolher os familiares das vítimas e garantir para que nunca mais algo parecido volte a acontecer”.

O município também disse que, assim que receber a notificação judicial, “agirá de forma responsável para lidar com a situação”.

Ao todo, dez pessoas morreram no dia 8 de janeiro de 2022, após o desabamento de uma rocha em um Cânion na cidade de Capitólio, Minas Gerais. A pedra se despendeu do sustento e atingiu lanchas de turistas que estavam no local.

Segundo os bombeiros, outras 32 pessoas ficaram feridas na ocasião e foram atendidas em hospitais nas cidades próximas.

Condição das famílias

De acordo com as colocações na petição, a indenização seria uma forma de auxílio financeiro aos familiares que perderam seus entes que contribuíam com a renda familiar.

No caso de uma das vítimas fatais, é declarado que o falecido contribuía com seu salário-mínimo e doava integralmente seu Ticket alimentação de R$ 300 aos pais.

Já outra era um aposentado que ajudava os irmãos com as contas. Uma das famílias de outra vítima alega que o falecido recebia um salário de R$ 3 mil e arcava com as despesas da mãe, que é doméstica e da avó, com que morava.

A família de uma quarta pede indenização pois a vítima era diarista e com seu salário pagava as despesas da casa. Por fim, a última vítima tratava-se de uma estudante, mas que também trabalhava como autônoma para ajudar a família.

Os autores são pessoas pobres na acepção jurídica/econômica e assim o declaram na forma da Lei, ressaltando que as famílias passam por uma severa crise financeira”, destaca a petição.

Com informações da CNN Brasil

Notícias

Duas pessoas morrem em novo acidente no Lago de Furnas, em Capitólio

 

Duas pessoas morreram na noite de sábado (18), no Lago de Furnas, nas proximidades do município de Capitólio, em Minas Gerais, quando uma chalana virou. A embarcação que naufragou estava prestando auxílio a outra que se encontrava à deriva e com problemas mecânicos.

O emborcamento aconteceu no momento de embarque dos passageiros. Os mortos são uma mulher da cidade mineira de Paraguaçu e um homem de Guarulhos, São Paulo.

De acordo com a Associação Pública dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande (Ameg), uma lancha com 14 passageiros a bordo apresentou problemas mecânicos e pediu apoio a outra embarcação para resgatar os passageiros.

O resgate foi feito por chalana com dez passageiros, mas, no momento do transbordo, a embarcação não suportou o peso e virou. A Marinha e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados.

Marinheiros tentaram reanimar as vítimas, mas não houve sucesso. A corporação informou que vai instaurar inquérito administrativo para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades da ocorrência.

Este foi o segundo acidente com vítimas na mesma região em aproximadamente 6 meses. No início de janeiro, uma rocha das encostas do cânion de Capitólio desabou sobre barcos de turistas. O episódio causou a morte do piloto e de 9 turistas. Outras 27 pessoas ficaram feridas no episódio.