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Marcinho VP vira membro da Academia Brasileira de Letras do Cárcere

Foto: Reprodução

 

O criminoso Márcio dos Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP, apontado com um dos principais chefes do Comando Vermelho (CV), foi empossado como membro da recém-criada Academia Brasileira de Letras do Cárcere (ABLC), nesta quinta-feira (18/4), juntamente com outros cinco presos. As informações são do jornalista Ulisses Campbell.

Marcinho VP foi condenado a mais de 50 anos de prisão por associação criminosa, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, homicídio, entre outras acusações. Ele está preso há 37 anos. Atualmente, cumpre pena em regime fechado na penitenciária de segurança máxima de Campo Grande (MS).

Na cadeia, o criminoso escreveu três livros: “Preso de guerra”, “Execução penal banal comentada” e “Marcinho — Verdades e posições”. Na Academia Brasileira de Letras do Cárcere, ele ocupa a cadeira número 1, batizada com o nome do escritor Graciliano Ramos.

Advogada diz que Marcinho VP se tornou um escritor “de grande magnitude”

Como não pôde deixar a penitenciária para ser empossado, Márcio dos Santos Nepomuceno foi representado pela família. Mãe, esposa e uma advogada compareceram à cerimônia.

Paloma Gurgel, advogada de Marcinho VP e coautora da obra “Execução penal banal comentada”, afirmou em nota enviada ao blog True Crime, do jornal O Globo, que Nepomuceno se tornou um escritor com obras “de grande magnitude”, que “consegue sobreviver” no cárcere “escrevendo livros através de cartas”.

Ela ainda disse que o convite para integrar a ABLC representa um reconhecimento “pelo seu esforço e dedicação em se ressocializar através da produção literária”.

Deu no Metrópoles

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Morre Nélida Piñon, primeira mulher presidente da Academia Brasileira de Letras, aos 85 anos

Nelida Pinon

 

Neste sábado, 17, a escritora brasileira Nélida Piñon morreu aos 85 anos em Lisboa, Portugal. A causa da morte ainda não foi divulgada. Como membro proeminente da Academia Brasileira de Letras, a organização fará o translado do corpo para ser velado no Petit Trianon, sede da Academia, no Rio de Janeiro.

Formada em jornalismo, Nélida foi editora e membro do conselho editorial de várias revistas no Brasil e exterior. A carioca lançou seu primeiro romance, Guia-mapa de Gabriel Arcanjo, em 1961. Foi eleita para a Academia Brasileira de Letras em 1989 para a cadeira de Pardal Mallet, da qual foi a quinta ocupante. Sete anos depois, tornou-se a primeira mulher a presidir a Academia, no Brasil e no mundo, permanecendo na presidência até 1997.

Também foi correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e integrante da Real Academia Galega. Com mais de 20 obras publicadas, Nélida teve seu trabalho traduzido para diversos países. Durante a carreira, chegou a receber diversos prêmios, entre eles o Prêmio Jabuti e o Prémio Vergílio Ferreira.

Deu na Jovem Pan.