Educação

Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM) comemora 63 anos

 

 

Em 2 de maio de 1959, nascia o Serviço Central de Bibliotecas. Esse nome pode ser desconhecido para alguns, mas era assim que a Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM) era chamada naquela época. Hoje, o local é a maior e principal biblioteca do Rio Grande do Norte e, diariamente, cerca de duas mil pessoas a visitam. Nesta segunda-feira, 2,  ela completa 63 anos de existência auxiliando a sociedade.

Para Magnólia Andrade, diretora da BCZM, a biblioteca tem um papel muito importante na formação dos alunos da UFRN. “A biblioteca é o coração de uma universidade, pois é ela que dá suporte a todas as atividades desenvolvidas, principalmente as relacionadas ao ensino e a pesquisa, que é o caso da BCZM, que dispõe de um amplo acervo com obras de acesso físico e digital”, explica a diretora.

Mas, de 1959 para cá, as coisas mudaram bastante. Inicialmente, o prédio era localizado na Avenida Hermes da Fonseca. O setor foi um dos primeiros a ser implantados na UFRN e tem como missão fornecer suporte informacional às atividades de ensino, pesquisa e extensão, contribuindo para a geração de produtos e serviços em ciência, tecnologia e inovação na UFRN. O local coordenava as atividades técnicas e administrativas das bibliotecas das faculdades isoladas.

Em 1974, após a Reforma Universitária, o nome Serviço Central de Bibliotecas foi mudado para Biblioteca Central da UFRN. Nessa época, o prédio funcionava próximo à Diretoria de Materiais e Patrimônio (DMP). Ainda na década de 70, a biblioteca passou a funcionar no prédio atual. O Gabinete do Reitor ficou locado de forma temporária lá e, após sua desocupação, a biblioteca passou a contar com uma área total de mais de 3,7 mil metros quadrados.

A BCZM ganhou este nome em 1985. A homenageada é a bibliotecária e poeta Zila da Costa Mamede, que marcou a história do setor, além de ter sido a primeira bibliotecária do Rio Grande do Norte. Zila foi a responsável pelas bibliotecas das primeiras faculdades isoladas da UFRN, como também planejou, organizou e instalou o acervo básico necessário ao funcionamento dos cursos da universidade. Zila trabalhou como diretora até 1980, quando se aposentou. Após sua morte, foi decidido mudar de Biblioteca Central para Biblioteca Central Zila Mamede.

 

Magnólia Andrade, atual diretora da BCZM – Foto: Ana Lourdes Bal

 

Com diversas ampliações ao longo dos anos, a área atual é de 8,5 mil metros quadrados. O prédio contém três pavimentos, amplas áreas de acervo e duas salas de estudo individuais climatizadas, sendo uma no prédio-base, com 42 cabines, e outra nas novas instalações, com 88 cabines. A BCZM tem sete salas de estudo em grupo, além das cabines para estudo individual e 133 mesas e 451 assentos para estudo em grupo. “A biblioteca tem um papel muito importante na formação dos alunos da UFRN. Além do acervo, também dispõe desses espaços de estudo confortáveis e adequados para a leitura individual, como também para o desenvolvimento de trabalhos em grupo”, diz Magnólia.

A BCZM conta ainda com acervos digitais. Uma parte é de acesso restrito à comunidade acadêmica e outra grande quantidade, de acesso aberto ao público em geral, por meio do Repositório Institucional e Portal de Periódicos da UFRN. Estes possuem milhares de documentos de acesso aberto para quem desejar pesquisar e se informar.

No momento, a Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM) possui em seu acervo físico o total de  129.986 títulos e 447.441 volumes. Seu acervo digital contém  4.967 títulos de livros; 39 assinaturas de revistas disponíveis no Portal de Periódicos da UFRN; 33.662 documentos digitais disponíveis no Repositório Institucional (RI) da UFRN e 1.416 títulos disponíveis no Repositório de Informação Acessível (RIA) da UFRN (este de acesso restrito para pessoas com deficiência).

 

Pandemia

Magnólia Andrade explica que administrar a BCZM e coordenar o Sistema de Bibliotecas (Sisbi), que contém 24 bibliotecas, foi algo desafiador. Ela relembra mudanças necessárias devido à pandemia de covid-19: “somos unidades de atendimento direto ao público e tivemos que fechar os espaços, ocasionando uma mudança muito grande no nosso trabalho, além de reclamações constantes dos usuários”.

Em meio a dificuldades, a biblioteca teve que se reinventar. Com esforços de toda a equipe, os sistemas foram melhorados e a disponibilização dos acervos digitais foi ampliada. “Como somos uma atividade considerada imprescindível na UFRN, fomos uma das primeiras unidades a voltar ao trabalho presencial, em junho de 2021, realizando algumas atividades de atendimento direto, como empréstimos e devoluções”.

“Essa pandemia também nos ensinou muito, pois pudemos rever nossos serviços e principalmente aperfeiçoar muitos deles; mostrou que podemos ofertar alguns de nossos serviços de maneira híbrida”, encerra. No último mês, a biblioteca voltou ao seu funcionamento normal. A BCZM funciona atualmente de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 22h e aos sábados, das 7h30 às 13h30.

 

Informações da AGECOM/ UFRN