Negócios

Justiça do Trabalho condena Uber a contratar todos os motoristas e pagar R$ 1 bilhão em danos morais e coletivos

 

A Uber, empresa de transporte por aplicativo, foi condenada a pagar R$ 1 bilhão por danos morais coletivos e está obrigada a efetivar registros de CLT dos motoristas com os quais possui contrato. A decisão foi efetivada pelo juiz trabalhista Maurício Pereira Simões, da 4ª Vara do Trabalho de São Paulo. A decisão atende a uma ação do Ministério Público do Trabalho (MPT). Caso a Uber não assine a carteira dos motoristas já ativos e dos que vierem a ser contratados, receberá uma multa diária de R$ 10 mil para cada trabalhador sem CLT com contrato com a empresa de transporte por aplicativo. “A obrigação de fazer deverá ser cumprida no prazo de seis meses, a contar do trânsito em julgado e intimação para início de prazo, o que se mostra adequado e suficiente para uma empresa do porte da ré. Menor tempo do que esse poderia levar à inviabilidade do cumprimento, prazo maior poderia seguir gerando prejuízos aos trabalhadores”, diz a decisão.

O MPT processou a Uber após ter recebido uma denúncia da Associação dos Motoristas Autônomos de Aplicativos (AMAA). Segundo os procuradores do Ministério Público escreveram na ação, há vínculo entre a empresa e seus motoristas. Na sentença, o juiz Maurício Simões aponta que a Uber denomina os trabalhadores de motoristas, o que configuraria vínculo empregatício. “A realidade é que o ponto mais importante para o debate jurídico deste caso é a subordinação (a própria defesa dedica 18 páginas para o tema, em comparação às 8 ou 9 páginas para todos os demais itens), pois todos os demais elementos estão presentes no caso, o que se comprova até mesmo pelas decisões que negam a existência de vínculo de emprego[6] e geralmente o fazem por rejeitar exatamente a existência de subordinação”, diz o juiz. A decisão é válida em todo território nacional. Cabe recurso. Procurada pela Jovem Pan, a Uber afirmou que vai recorrer da decisão proferida pela 4ª Vara do Trabalho de São Paulo e não vai adotar nenhuma das medidas elencadas na sentença antes que todos os recursos cabíveis sejam esgotados. “Há evidente insegurança jurídica, visto que apenas no caso envolvendo a Uber, a decisão tenha sido oposta ao que ocorreu em todos os julgamentos proferidos nas ações de mesmo teor propostas pelo Ministério Público do Trabalho contra plataformas, como nos casos envolvendo Ifood, 99, Loggi e Lalamove, por exemplo”, diz a empresa.

Ainda segundo a companhia de transporte por aplicativo, a decisão do MPT adota um entendimento contrário à jurisprudência que vem sendo estabelecida pela segunda instância do tribunal. “A Uber tem convicção de que a sentença não considerou adequadamente o robusto conjunto de provas produzido no processo e tenha se baseado, especialmente, em posições doutrinárias já superadas, inclusive pelo Supremo Tribunal Federal”, defende a Uber.

Leia abaixo a íntegra da manifestação da Uber:

“A Uber esclarece que vai recorrer da decisão proferida pela 4ª Vara do Trabalho de São Paulo e não vai adotar nenhuma das medidas elencadas na sentença antes que todos os recursos cabíveis sejam esgotados.

Há evidente insegurança jurídica, visto que apenas no caso envolvendo a Uber, a decisão tenha sido oposta ao que ocorreu em todos os julgamentos proferidos nas ações de mesmo teor propostas pelo Ministério Público do Trabalho contra plataformas, como nos casos envolvendo Ifood, 99, Loggi e Lalamove, por exemplo.

A decisão representa um entendimento isolado e contrário à jurisprudência que vem sendo estabelecida pela segunda instância do próprio Tribunal Regional de São Paulo em julgamentos realizados desde 2017, além de outros Tribunais Regionais e o Tribunal Superior do Trabalho.

A Uber tem convicção de que a sentença não considerou adequadamente o robusto conjunto de provas produzido no processo e tenha se baseado, especialmente, em posições doutrinárias já superadas, inclusive pelo Supremo Tribunal Federal.

Na sentença, o próprio magistrado menciona não haver atualmente legislação no país regulamentando o novo modelo de trabalho intermediado por plataformas. É justamente para tratar dessa lacuna legislativa que o governo federal editou o Decreto Nº 11.513, instituindo um Grupo de Trabalho “com a finalidade de elaborar proposta de regulamentação das atividades executadas por intermédio de plataformas tecnológicas”, incluindo definições sobre a natureza jurídica da atividade e critérios mínimos de ganhos financeiros.

JURISPRUDÊNCIA

Nos últimos anos, as diversas instâncias da Justiça brasileira formaram jurisprudência consistente sobre a relação entre a Uber e os parceiros, apontando a ausência dos quatro requisitos legais e concomitantes para existência de vínculo empregatício (onerosidade, habitualidade, pessoalidade e subordinação). Em todo o país, já são mais de 6.100 decisões de Tribunais Regionais e Varas do Trabalho afastando o reconhecimento da relação de emprego com a plataforma.

O TST já determinou em diversos julgamentos unânimes que não existe vínculo de emprego entre a Uber e os parceiros. Em um dos mais recentes, a 4ª Turma do TST considerou que motoristas podem “escolher, livremente, quando oferecer seus serviço, sem nenhuma exigência de trabalho mínimo”, o que deixa claro que há “práticas no modelo de negócios das plataformas online que distinguem bastante os serviços realizados por meio delas das formas de trabalho regulamentadas pela CLT”.

Também o STJ (Superior Tribunal de Justiça), desde 2019, vem decidindo que os motoristas “não mantêm relação hierárquica com a empresa porque seus serviços são prestados de forma eventual, sem horários pré-estabelecidos, e não recebem salário fixo, o que descaracteriza o vínculo empregatício”.

Recentemente, o STF (Supremo Tribunal Federal) negou a existência de vínculo e revogou duas decisões de Minas Gerais declarando que uma delas “desrespeitou o entendimento do STF, firmado em diversos precedentes, que permite outros tipos de contratos distintos da estrutura tradicional da relação de emprego regida pela CLT” e que a outra “destoa da jurisprudência do Supremo no sentido da permissão constitucional de formas alternativas à relação de emprego”. “

Deu na JP News

Justiça

Aposentados e pensionistas vão receber R$ 1 bi em atrasados do INSS. Tá na lista?

Imagem de capa para Aposentados e pensionistas vão receber R$ 1 bi em atrasados do INSS. Tá na lista?

 

Se você é aposentado ou pensionista pode ter uma bolada para receber! O Conselho da Justiça Federal (CJF) liberou mais de R$ 1 bilhão em Requisição de Pequeno Valor (RPV). Isso corresponde aos saldos do INSS atrasados do segurados.

Serão beneficiados 66.216 segurados do INSS em 50.524 processos autuados em janeiro de 2023, referentes a revisões de aposentadorias, auxílios-doença, pensões e outros tipos de benefícios previdenciários.

Para saber se o seu nome consta na lista, é preciso consultar o site dos TRFs responsáveis pela ação. A liberação do montante é notícia boa para brasileiros que lutaram pelos seus direitos na Justiça.

Agora, caberá aos Tribunais Regionais Federais (TRFs) definir os limites para o pagamento dos saldos.

Pagamento não será para todos

É importante destacar que somente ações já concluídas, com pagamento definido pela Justiça e com atrasados de, no máximo, 60 salários mínimos: R$ 78.120 neste ano, têm direito a uma RPV.

Aqueles que obtiveram ações com valores acima de 60 salários mínimos receberão um precatório, cujas regras de liberação dos recursos são diferentes das RPVs.

Também é importante ressaltar que o processo de liberação pode levar tempo, uma vez que cabe aos TRFs efetuar o depósito dos recursos financeiros liberados e definir os limites para o pagamento das RPVs. Portanto, é preciso aguardar e acompanhar as informações disponíveis no site dos TRFs.

Além disso, é fundamental que os segurados do INSS busquem conhecer os direitos que têm e busquem orientação de advogados especializados em Direito Previdenciário para obterem as informações necessárias sobre os procedimentos para ingressar com ações na Justiça, a fim de garantir os próprios direitos previdenciários.

“Cabe aos TRFs, segundo cronogramas próprios, efetuar o depósito dos recursos financeiros liberados. Com relação ao dia em que as contas serão efetivamente liberadas para saque, esta informação deverá ser obtida em consulta de RPVs disponível no portal do respectivo Tribunal Regional Federal”, disse, por nota, o CJF.

Veja, por região, quanto será pago

  • TRF 1ª Região (Sede no DF, com jurisdição no DF, MG, GO, TO, MT, BA, PI, MA, PA, AM, AC, RR, RO e AP)
    Previdenciárias/Assistenciais: R$ 328.174.451,52 (17.127 processos, com 19.462 beneficiários)
  • TRF da 2ª Região (sede no RJ, com jurisdição no RJ e ES)
    Previdenciárias/Assistenciais: R$ 78.930.791,48 (3.734 processos, com 5.102 beneficiários)
  • TRF da 3ª Região (sede em SP, com jurisdição em SP e MS)
    Previdenciárias/Assistenciais: R$ 146.717.637,03 (5.488 processos, com 6.809 beneficiários)
  • TRF da 4ª Região (sede no RS, com jurisdição no RS, PR e SC)
    Previdenciárias/Assistenciais: R$ 255.633.351,68 (13.178 processos, com 17.403 beneficiários)
  • TRF da 5ª Região (sede em PE, com jurisdição em PE, CE, AL, SE, RN e PB)
    Previdenciárias/Assistenciais: R$ 197.940.718,20 (10.997 processos, com 17.440 beneficiários)

Informações da Infomoney

Tecnologia

Tik Tok atinge um bilhão de usuários ativos por mês

Foto: Reprodução

O TikTok anunciou na 2ª feira, 27, que alcançou a marca de 1 bilhão de usuários ativos por mês. Desde julho de 2020, houve um crescimento de 45%.

Os Estados Unidos, a Europa, o Brasil e o Sudeste Asiático são os maiores mercados da plataforma, segundo afirmou a empresa à Reuters.

Em janeiro de 2018, a empresa tinha cerca de 55 milhões de usuários globais. O número subiu para mais de 271 milhões em dezembro de 2018, chegou a 508 milhões em dezembro de 2019 e atingiu 689 milhões em julho de 2020.

O Facebook tinha 2,9 bilhões de usuários mensais ao final de junho de 2021, segundo o último relatório trimestral.

Em agosto deste ano, o TikTok se tornou o 1º concorrente do grupo Facebook a ultrapassar 3 bilhões de downloads no mundo, de acordo com dados do Sensor Tower publicados pelo jornal O Globo.

O TikTok já havia afirmado que passou de 2 bilhões de downloads globais em agosto de 2020. Naquele ano, o aplicativo ficou em 1º lugar entre os mais baixados na Google Play Store por brasileiros.

No 1º semestre de 2021, o TikTok caiu para o 2º lugar ranking de aplicativos mais baixados na loja da Google, ficando atrás do Facebook.

No entanto, ainda está à frente do Instagram, que ocupa o 4º lugar. O aplicativo de fotos é concorrente direto e propriedade do Facebook. Lançou em junho do ano passado o recurso Reels, com proposta semelhante a do aplicativo chinês, para vídeos curtos de no máximo 60 segundos. Inicialmente, o limite era de 15 segundos.

Informações Poder 360

Economia

Jeff Bezos anuncia doação de mais de R$ 1 Bilhão para combater mudanças climáticas

Foto: David Ryder

O bilionário Jeff Bezos, fundador da Amazon, anunciou que vai doar US$ 203,7 milhões (aproximadamente R$ 1,07 bilhão) para causas que combatem as mudanças climáticas.

O valor faz parte dos US$ 10 bilhões prometidos por Jeff no ano passado. Essa quantia será completamente direcionada para causas envolvendo o clima do planeta.

O empresário se comprometeu a distribuir a quantia entre diversas organizações com foco ambiental até 2030.

Jeff criou o Bezos Earth Fund para receber e direcionar as doações da forma mais consciente possível.

Do primeiro valor anunciado, aproximadamente R$ 230 milhões serão doados imediatamente para 12 organizações.

“Todos nós podemos proteger o futuro da Terra adotando medidas ousadas agora”, escreveu Jeff Bezos no Instagram, quando anunciou os beneficiados.

Entre as organizações, o bilionário destacou a Environmental Defense Fund, Natural Resources Defense Council, The Nature Conservancy, World Resources Institute e World Wildlife Fund.

Cada uma dessas instituições recebeu US$ 100 milhões, justamente por todas terem um trabalho maior e mais estruturado.

O restante doado irá para instituição criada pelo presidente dos Estados Unidos, a Justice40 Initiative.

“É um esforço de todo o governo para garantir que as agências federais trabalhem com estados e comunidades locais para cumprir a promessa do presidente Biden de entregar pelo menos 40% dos benefícios gerais dos investimentos federais em clima e energia limpa a comunidades necessitadas”, afirmou um comunicado feito pela Casa Branca.

Informações do Yahoo Finanças