Saúde

3ª dose para os idosos é necessária ?

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morte de idosos vacinados colocou a 3ª dose do imunizante contra covid-19 em discussão. O Ministério da Saúde informou, nesta quarta-feira (18), que já avalia a aplicação de uma dose de reforço nos idosos e nos profissionais da saúde. Alguns países também já estão se movimentando sobre a nova dose da vacina —caso dos Estados Unidos.

Mas a dúvida que fica é: por que as vacinas, incluindo as de covid-19, mas não só elas, são menos eficazes nos idosos? No caso da CoronaVac, que foi amplamente aplicada nos mais velhos, um estudo feito em São Paulo, de janeiro a abril de 2021, mostrou que a vacina tem menor efetividade entre idosos de mais de 80 anos em relação aos adultos —28% para casos assintomáticos, 43,4% contra hospitalizações e 49,9% para mortes.

Mas a resposta pelo qual motivo isso acontece é complexa e envolve vários fatores fisiológicos. O primeiro, e talvez mais relevante, é a imunossenescência, o envelhecimento natural do sistema imunológico, responsável por nos proteger de agentes infecciosos.

“Assim como envelhece a pele, o cabelo, o fígado, rim, cérebro, o sistema imunológico, responsável pelas células de defesa, também passa por isso. Por isso que idosos têm mais tendência a morrer de doenças infectocontagiosas”, explica a geriatra Priscilla Mussi, do Hospital Santa Lúcia, em Brasília.

Isso não vale apenas para covid-19, mas, sim, para qualquer doença que tende a ser mais agressiva na população idosa, como gripe e pneumonia. “A imunossenescência faz as pessoas ficarem mais sensíveis a qualquer infecção. O avô que mora com o neto, por exemplo, pode pegar gripe dele e agravar para uma pneumonia. A gente precisa ter sempre esse receio e preocupação com os idosos”, diz a geriatra.

Esse ponto também explica, por exemplo, por que mesmo vacinados, alguns idosos morrem pela covid-19. Nenhuma vacina, seja a CoronaVac, Pfizer ou da AstraZeneca, impede que as pessoas sejam infectadas. O objetivo delas é impedir que a pessoa tenha um quadro grave da doença e, consequentemente, morra.

Um outro ponto importante é que existem alterações consideráveis no funcionamento de algumas células, como nos linfócitos (responsáveis pela defesa do corpo), segundo Sergio Surugi Siqueira, farmacêutico bioquímico, especialista em patologia geral e imunologia clínica e professor da farmácia da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná).

“São fatores que vão além do envelhecimento. Há uma alteração no funcionamento e na quantidade dos linfócitos de pessoas mais velhas. Por isso, eles respondem com menos eficiência a uma vacina, por exemplo”, diz.

Para ficar mais claro, o linfócito T ajuda o linfócito B a produzir os anticorpos contra a doença em questão —objeto das vacinas. E essas células vão diminuindo em quantidade e em sua função em pessoas com idades mais avançadas.

Há ainda outro ponto fundamental nessa questão: a resposta imune é algo muito individual. “A resposta imunológica é um fenômeno individual. Existem idosos que têm uma imunossenescência mais acentuada e há idosos que apresentam uma imunossenescência menos acentuada e que, por isso, tendem a responder melhor às vacinas”, explica Siqueira.

CoronaVac é eficaz ao que se propõe

Esses números da CoronaVac, por exemplo, têm chamado atenção, mas isso não invalida seu uso. Pelo contrário, a vacina é considerada eficaz ao que se propõe, basta ver o caso na cidade de Serrana (SP), que teve redução de 95% das mortes.

Lembre-se que qualquer proteção é melhor do que nada, sobretudo em um momento de pandemia. “Interessante é que, antes, ninguém questionava [os números] das outras vacinas, mas esse olhar para a covid chamou mais atenção”, conta Ana Karolina Barreto Marinho, membro do Departamento Científico de Imunização da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia).

De acordo com a imunologista, há uma diferença entre eficácia e efetividade das vacinas que precisa ficar clara. “A eficácia é avaliada na fase 3 dos estudos, que mede a quantidade de anticorpos e células de defesa após a vacina. É se ela foi eficaz, em porcentagem, para criar anticorpos que protejam contra o agente”, explica.

Já a efetividade, conforme Marinho esclarece, é o que mais interessa, já que é o momento que estamos vivendo agora, de vida real. “É para ver se a vacina, em determinada população, vai diminuir adoecimento, hospitalizados e mortes. São os resultados a longo prazo. Isso é muito importante a nível de saúde pública”, diz.

A imunologista explica ainda que todas as vacinas disponíveis contra covid, no momento, são eficazes e efetivas ao que se propõe. “A gente, claramente, já viu isso —há redução nos números de mortos e internados.” Mas o que pode acontecer, de acordo com ela, é que a flexibilização total em alguns estados faça esses números aumentarem progressivamente.

O que pode ser feito para os idosos? 3ª dose? Dose de reforço?

Há muitas discussões sobre o tema. De acordo com os especialistas, existem estratégias que podem ajudar, sim, a melhorar a proteção dos idosos. Uma delas e que, talvez, esteja mais em discussão, é a 3ª dose da vacina contra covid.

“Essa terceira dose poderia ser, por exemplo, de outro fabricante, com outra plataforma, para melhorar a resposta imunológica que já foi iniciada pelas primeiras doses da outra vacina”, diz a imunologista da Asbai.

Mas há uma diferença entre a dose de reforço que é indicada quando as duas doses, inicialmente, conseguiram ter boas respostas no sistema imunológico, mas por questões epidemiológicas, é possível dar uma reforçada com essa nova dose.

“Com uma terceira dose, a gente está querendo dizer que aquela população alvo, de repente, não conseguiu atingir os níveis desejáveis de eficácia”, explica Barretos.

Mais vacinados e hábitos saudáveis

Além de novas estratégias de vacinação que já estão sendo avaliadas pelos órgãos, algo que auxilia na resposta imune dos idosos —e também de pessoas de outras faixas etárias— é ter hábitos saudáveis: dormir bem, alimentação balanceada e fazer atividades físicas.

Também é essencial que os adolescentes, jovens e adultos, principalmente os que convivem com idosos, tomem a vacina. Isso é também uma forma de protegê-los da covid-19. Lembre-se que vacina não é uma decisão individual, é um pacto coletivo.

 

Fonte: Portal Grande Ponto com informações de UOL

Saúde

“Tomem vergonha na Cara” diz médica do Walfredo Gurgel para gestores da saúde do Estado

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Nada mudou na triste situação da maior unidade hospitalar do Estado: o Hospital Walfredo Gurgel continua enfrentando os mesmos problemas de lotação de pacientes nos corredores, além da falta de estrutura para o trabalho.

Segundo desabafo da médica Nicelle Candez nas redes sociais, o Hospital continua “sem atualização”, com pacientes sem realizar exames de rotina por conta da greve, além da falta de maqueiros na unidade. Segundo a profissional de saúde, apesar de toda a crise, os hospitais

regionais continuam superlotando o Walfredo e o acúmulo de pacientes pelos corredores é cada vez maior. “Tenham compaixão aos pacientes e compromisso com os seus servidores” cobrou a médica.

Saúde

CPI da Covid-19 : Diretora do Lacen confirma que o Governo do RN adquiriu 100 mil testes Swab na base do “achismo”

Diretora Geral do Lacen Magaly Cristina, em depoimento na CPI . Foto : Divulgação

A CPI da Covid-19 na ALRN continua trazendo a tona fatos, no mínimo, inusitados. Muito nervosa, a Diretora-geral do Lacen,  Magaly Cristina, terminou confirmando, nesta quarta-feira, 18, que o governo do estado definiu na base do “achismo” a quantidade de testes Swab adquirida para o diagnóstico da COVID 19. Magaly se enrolou toda diante de questionamento feito pelo deputado estadual Tomba Farias (PSDB), que participava da reunião da CPI da COVID, como suplente do colega Gustavo Carvalho.

Tomba – A senhora sabe informar como se chegou ao quantitativo das aquisições dos cem mil cotonetes e 40 kits reagentes de testes Swab?

Magaly – No primeiro momento nós não tínhamos um quantitativo, como eu posso dizer?… Estávamos vivendo um momento que precisava expandir mais os testes e aí nós mesmo achamos que em torno cem mil testes ia ser a necessidade, nós fizemos mais do que isso…

Tomba – Porque não há registro nos autos de que essa metodologia teria sido observada nessas aquisições?

Magaly – Não sei lhe dizer…

Tomba – A senhora não sabe dizer se não há registro, nos autos, da metodologia para ser feitas as aquisições?

Magaly – Não tô entendendo bem a pergunta…

A servidora mostrou desconhecimento de que na administração pública, os processos de compra têm que ter uma justificativa para os quantitativos, seja qual for o material que o poder público esteja adquirindo. Para isso, existem metodologias para se chegar a esses números. No entanto, segundo o deputado Kelps Lima (Solidariedade), nesse processo dos testes Swab, e em quase todos que estão sendo investigados na CPI, não há justificativa de onde os números surgiram. “Agente tem que ter uma justificativa de como se chegou a esses quantitativos”, lembrou Kelps.

Magaly Cristina confirmou , de fato, a inexistência de metodologia para justificar a quantidade de testes comprada: “A gente não tinha conhecimento, mesmo, de quanto tempo iria durar a pandemia. A gente estipulou em cima de (quantitativos) de outros Lacens (laboratórios de outros estados), que já vinham fazendo. Como não era só para Covid, poderia ser para qualquer pessoa que tivesse com sintomas gripais, nós pensamos que poderíamos abrir mais e a gente não tinha estimativa de quanto a gente ia gastar, realmente”, enfatizou.

Saúde

Covid-19 : Fim da pandemia depende do avanço da Delta e da Vacinação

Futuro da pandemia depende do controle da variante Delta e do ritmo da vacinação
Foto: Pixabay

Mesmo com a evolução da vacinação no Brasil, com mais de 56% da população com a primeira dose e 25% com a segunda, o futuro da pandemia por aqui segue incerto. Profissionais da saúde e pesquisadores apontam alguns fatores que causam o clima de dúvidas.

O mais relevante deles são os efeitos que a variante Delta causam no controle da circulação do vírus, no número de novos casos e de óbitos, e como será sua atuação entre não-vacinados.

A cepa que foi registrada pela primeira vez na Índia é mais transmissível que o vírus original e, baseado em dados da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), tem a possibilidade de se propagar pelo país mais rapidamente do que a Gama, vírus que surgiu no Amazonas e causou o colapso da saúde de Manaus no começo do ano.

Segundo Raquel Stucchi, infectologista e professora da Faculdade de Ciências Médicas, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a mutação do vírus tem atingido fortemente os não-vacinados. “Pode ter uma mudança de perfil aqui e no mundo. Por exemplo, nos EUA, mesmo com todas as campanhas e até a oferta de dinheiro para as pessoas se vacinarem, eles seguem com 50% de vacinados. Os casos estão acontecendo predominantemente nas pessoas não-vacinadas. Na hora que aumenta o número de casos na população, aumentamos o número de casos também nas crianças, que não têm previsão ainda de serem imunizadas”, alerta a médica.

“Além disso, ainda não sabemos, mas é possível que a Delta cause uma proporção de casos assintomáticos ainda maior nas crianças. Ainda não temos dados científicos concretos sobre isso, mas é possível”, acrescenta ela.

Imunização completa

A alto número de pessoas que não terminaram o esquema vacinal também é determinante para os próximos passos da crise sanitária no país. Dados do Ministério da Saúde mostram que mais de 7 milhões de brasileiros não voltaram para receber a segunda dose dos imunizantes. O que não garante a proteção mais eficaz das vacinas.

“O número de pessoas que não voltaram para a segunda dose é preocupante, mas percentualmente comparado pelo número de pessoas vacinadas, não é tão relevante em termos gerais. Mas o surgimento da Delta pode deixar essas pessoas com menos proteção e principalmente quando pensamos na imunidade individual”, explica o epidemiologista Eliseu Waldman, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP.

A infectologista ressalta, também, que não completar o esquema ajuda na circulação do vírus. “Não tomar as duas vacinas, nós sabemos que facilita que a variante Delta ocupe mais espaço. Além de nos preocuparmos com a Delta, que se transmite mais e dá quadro mais grave, nós favorecemos também o aparecimento de novas variantes. Aí, fica em aberto o comportamento dessa possível nova variante frente às vacinas”, diz Raquel.

Estratégias de vacinação dos brasileiros

O ritmo da vacinação do Brasil aumentou nos dois últimos meses, chegando ao ritmo de 1,4 milhões de aplicações por dia em 7 meses de campanha. No entanto, 75% da população ainda precisa completar a imunização.

“A velocidade de vacinação no Brasil é de tartaruga, de lesma. A perspectiva mais otimista nossa é acabar com a vacinação dos acima de 18 anos em novembro. Se você jogar uma porcentagem de 80% da população vacinável imunizada em novembro e dezembro, nós teremos uns 20% da população que foi vacinada em janeiro e fevereiro e estará vacinada aproximadamente há 10 meses e perdendo a proteção”, afirma a infectologista da Unicamp.

A preocupação com os primeiros imunizados, idosos acima dos 70 anos e profissionais de saúde, aumenta à medida em que a duração da proteção ainda não é conhecida pelas farmacêuticas, já que as indústrias tiveram de colocar as vacinas no mercado rapidamente para conter a covid no mundo.

A discussão de uma terceira dose nesse público é extremamente necessária, segundo os especialistas. “Senão, sempre teremos uma quantidade muito grande de pessoas suscetíveis à doença e não terminamos esse ciclo nunca. Talvez, a terceira não seja para todo mundo. Neste momento, é para o grupo que foi vacinado há muito tempo, como os idosos bem idosos, os profissionais de saúde que estão na linha de frente e não podem parar”, salienta Raquel.

Por sua vez, o epidemiologista entende que essa preocupação tem de surgir após a imunização da grande maioria da população brasileira.

“Não conseguimos imaginar qual serão os próximos passos da pandemia no Brasil. Acredito que a partir do ano que vem conseguiremos ter doses suficientes e estudos que apontem quais as melhores estratégias, terceira dose ou reforço, para proteger todas as pessoas. Porém, agora, o pensamento é mesmo concluir a vacinação das pessoas acima dos 18 anos, primeiro com uma dose. A partir daí, pensamos na segunda dose e antecipação, mas só com todos vacinados na primeira. Só então, temos de pensar em terceira dose ou reforço de imunização”, observa o professor da USP.

Efeitos no sistema de saúde

Quando o assunto é o futuro da pandemia, Waldman lembra que ainda não conseguimos precisar como o sistema de saúde reagirá, tanto o SUS (Sistema Único de Saúde), quanto os hospitais e consultórios particulares, às consquências da doença no país.

“Outro tema preocupante é quais serão os efeitos da pandemia na saúde pública do Brasil. As pessoas que tiveram covid longa ou até mesmo sem gravidade apresentam sequelas e nós ainda não sabemos a duração e a gravidade desses efeitos. Foram muitos infectados e ainda temos muitas incertezas. Acredito que o sistema será atingido fortemente, porque essas pessoas precisam e precisarão de atendimento médico pós-covid”, conclui o médico.

Vírus não está perto de ser eliminado

Além disso, pesquisadores se preocupam que o Brasil e o mundo não agem para efetivamente acabar com o vírus e a covid. Os passos tomados indicam que as pessoas terão de conviver com a doença.

Alexandre Naime Barbosa, infectologista e professor Faculdade de Medicina, da Unesp (Universidade Estadual Paulista), em Botucatu, interior de São Paulo, é firme ao dizer que as ações não estão sendo tomadas para erradicar a covid do mundo.

“Nós não vamos viver um cenário de eliminação da covid a curto e médio prazos. Vamos ter um cenário de mitigação, de coabitação com o vírus. Não estamos caminhando para um modelo de eliminação da doença como há com o sarampo e a rubéola, porque as vacinas não são efetivas a ponto de evitar a transmissão. Estamos caminhando para um modelo muito mais de coabitação, como acontece, por exemplo, com o vírus influenza”, diz o médico.

 

Fonte : R7

Saúde

Hospital dos pescadores vai retomar nesta quinta-feira(19) pronto-atendimento

Foto: Divulgação

A Prefeitura do Natal vai retomar o pronto-atendimento do Hospital dos Pescadores (Hospesc), na Ribeira. A Secretaria Municipal de Saúde reinicia esse atendimento nesta quinta-feira (19) com regime de funcionamento 24 horas. Os leitos clínicos do hospital voltarão a funcionar no primeiro andar, com alas distintas para pacientes Covid e clínica geral, tendo separação física e equipes de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais profissionais diferentes.

Uma ampliação da estrutura da unidade também está prevista para os próximos meses, com a construção de 20 novos leitos clínicos e 10 leitos de UTI. Atualmente o Hospesc também atende o perfil intermediário de pacientes acometidos pelo coronavírus, abrigando os serviços do antigo Hospital Natal Sul.

“Durante essa pandemia a gente tem estudado sempre as melhores formas de atender os pacientes com Covid, mas também de não deixar os atendimentos de rotina sem ter uma atenção, por isso organizamos nossa rede e nossos fluxos de atendimento algumas vezes durante esse período. Com os casos de internamento de Covid mais controlados, decidimos voltar com o pronto-atendimento do Hospesc de forma a ampliar essa assistência em nosso município”, indica George Antunes, Secretário Municipal de Saúde.

Saúde

Ministro Queiroga disse que a 3ª dose vai começar com idosos e profissionais da saúde

Foto: TV Globo/ Reprodução

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira (18) que a terceira dose da vacina será aplicada, inicialmente, em idosos e profissionais da saúde. Entretanto, Queiroga não informou quando a dose de reforço começará no Brasil e disse que mais dados científicos são necessários.

“Estamos planejando para que, no momento que tivermos todos os dados científicos e tivermos o número de doses suficiente disponível, já orientar um reforço da vacina. Isso vale para todos os imunizantes. Para isso, nós precisamos de dados científicos, não vamos fazer isso baseado em opinião de especialista”, explicou o ministro.

Ele lembrou que o Ministério da Saúde já encomendou um estudo para verificar a estratégia de terceira dose em pessoas que tomaram a CoronaVac. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também autorizou estudos de terceira dose das vacinas da Pfizer e AstraZeneca no Brasil (veja mais abaixo).

“Sabemos que os idosos têm um sistema imunológico comprometido e por isso eles são mais vulneráveis. Pessoas que tomaram duas doses da vacina podem adoecer com a Covid, inclusive ter formas graves da doença. Mas se compararmos os que vacinaram com duas doses e aqueles que não vacinaram, o benefício da vacina é inconteste”, disse Queiroga.

Diminuição do intervalo da Pfizer

Queiroga também disse que o Ministério da Saúde considera diminuir o intervalo entre doses da vacina da Pfizer para 21 dias em setembro. Segundo estimativas do governo, todos os brasileiros irão receber a primeira dose da vacina até o próximo mês.

Atualmente, o ministério recomenda o espaçamento de 90 dias entre doses. Na bula da vacina, o período previsto é de 21 dias.

“O intervalo da Pfizer no bulário é de 21 dias. Para avançar no número de brasileiros vacinados com a primeira dose, resolveu-se ampliar o espaço para 90 dias. Agora que nós já vamos completar a D1 [primeira dose] em setembro, estudamos voltar o intervalo para 21 dias para que a gente possa acelerar a D2 [segunda dose]. Se fizermos isso, em outubro teremos mais de 75% da população vacinada com a D2”, disse o ministro.

Em julho, Queiroga já havia sinalizado que a diminuição do intervalo entre doses da Pfizer só ocorreria após a aplicação de 1ª dose em todos os adultos vacináveis.

Estudos de 3ª dose no Brasil

Em julho, a Anvisa autorizou estudos de terceira dose das vacinas AstraZeneca e Pfizer. Na ocasião, a agência esclareceu que “ainda não havia estudos conclusivos sobre a necessidade” de mais uma aplicação dos imunizantes disponíveis no Brasil.

Sobre os estudos de terceira dose no país:

Pfizer: investiga os efeitos, a segurança e o benefício de uma dose de reforço da sua vacina, a Comirnaty. O imunizante extra será aplicado em pessoas que tomaram as duas doses completas há pelo menos seis meses.

AstraZeneca (nova versão): a farmacêutica desenvolveu uma nova versão da vacina que está em uso no país, buscando proteção contra a variante beta. Parte do ensaio clínico prevê que uma dose da nova versão da vacina (AZD2816) seja aplicada em pessoas que receberam as duas doses da versão atual da AstraZeneca (AZD1222).

AstraZeneca (usada no país): avalia a segurança, a eficácia e a imunogenicidade de uma terceira dose da versão original da vacina da AstraZeneca (AZD1222) em participantes do estudo inicial que já haviam recebido as duas doses do imunizante, com um intervalo de quatro semanas entre as aplicações.

CoronaVac: o grupo será dividido em quatro: 25% vão receber como terceira dose a vacina da Pfizer, 25% da AstraZeneca, 25% da Janssen e 25% da CoronaVac. O objetivo é saber se a terceira dose vai aumentar o número de anticorpos. Os pesquisadores também vão avaliar a segurança dessa terceira dose, possíveis reações, como febre e dor, já que serão testadas vacinas diferentes em cada grupo.

Fonte : G1

Saúde

Crianças e adolescentes de 12 a 17 anos devem ser vacinados contra covid-19 somente em setembro

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O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria de Estado da Saúde Pública e Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat), realizou, na manhã desta terça-feira (17), a distribuição de mais 93 mil doses de vacinas contra a Covid-19, em menos de 24 horas após o recebimento no aeroporto de São Gonçalo do Amarante.

São 76.032 doses da vacina da Pfizer e 17.290 da Coronavac/Butantan distribuídas para os municípios e utilizadas para aplicação da primeira dose na população com 18 anos ou mais.

Mais de 30 municípios do estado já estão vacinando pessoas acima dos 18 anos sem comorbidades. E a expectativa é que, com a distribuição realizada hoje, 60 municípios atinjam essa faixa etária até a próxima sexta-feira (20). Um novo balanço deve ser realizado até o final da semana. Sábado (21) será realizado um dia D para intensificar a campanha de vacinação e incentivar os potiguares a completarem o esquema vacinal.

“Iremos distribuir as doses de modo que consigamos garantir uma maior homogeneidade entre os municípios nas faixas etárias, os que estão com a faixa etária mais elevadas serão priorizados para o recebimento de doses para que até o final de agosto, estejamos com todas as pessoas acima de 18 anos vacinadas no estado do Rio Grande do Norte”, informou a coordenadora de Vigilância em Saúde, Kelly Lima.

A expectativa é que no início de setembro a vacinação se estenda para crianças e adolescentes de 12 a 17 anos.

Saúde

70% dos adultos do RN foram vacinados contra a covid-19 com primeira dose

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O Rio Grande do Norte atingiu a marca dos 70% de adultos vacinados contra a Covid-19, correspondendo a mais de 1,8 milhão de potiguares maiores de 18 anos imunizados com a primeira dose ou dose única, conforme plataforma RN + Vacina.

A Campanha Estadual de Vacinação contra a Covid-19 iniciou no dia 19 de janeiro, quando a técnica em enfermagem Maria das Graças Pereira de Oliveira, 57 anos, do Hospital Giselda Trigueiro, recebeu a primeira dose da Coronavac/Butantan. “Depois de ver tanto sofrimento de perto, a vacina chegou a ser um sonho pra gente e hoje é a esperança de que vai dar tudo certo. Uma felicidade muito grande”, celebrou Maria na cerimônia de abertura da campanha. Na madrugada daquele dia, o Rio Grande do Norte havia recebido o primeiro lote de vacinas com 82.440 doses da Coronavac.

O sonho e a esperança da técnica em enfermagem já são uma realidade em nosso estado e os dados retratam isso.

Segundo dados do Regula RN, a taxa de ocupação de leitos críticos por Covid no estado é de cerca de 35% e, no momento, não há nenhum paciente aguardando por vagas em leitos Covid. Há um mês, o RN registrava cerca de 53% de ocupação em leitos críticos. Em 16 de junho, mais de 86% dos leitos críticos estavam ocupados por pacientes acometidos pela doença.

Até o momento, o Rio Grande do Norte já recebeu mais de 3,2 milhões de doses das vacinas contra Covid-19, das quais aplicou mais de 2,5 milhões, por meio da administração nas salas de vacina espalhadas por todo estado. Mais de 1.866.600 potiguares já receberam a D1 da vacina contra o coronavírus; e, mais de 730 mil pessoas receberam a segunda dose, equivalente a 27% das pessoas totalmente imunizadas.

De acordo com o indicador composto para monitoramento da pandemia no RN, emitido pelo Comitê de Especialistas, entre 10 e 16 de agosto, 18,6% dos municípios potiguares apresentaram uma melhora; 68,9% mantiveram um quadro de estabilidade; e, 12,6% registraram uma piora da pandemia.

Em julho, 87 dos 167 municípios potiguares não registraram óbitos por Covid, ou seja, 52% das cidades do RN. Além disso, pela primeira, desde novembro do ano passado, o estado não registrou nenhuma morte provocada pela Covid no intervalo de 24 horas (das 23h da sexta-feira até as 23h do sábado, dia 14).

Vacinação de crianças e adolescentes

Em virtude do adiantamento do calendário de vacinação da população com 18 anos ou mais, a previsão é que a partir de setembro as crianças e adolescentes de 12 a 17 anos sejam vacinadas contra a Covid-19 no Rio Grande do Norte, começando pelos grupos prioritários dessa faixa etária.

É importante que, desde já, os pais realizem o cadastro dos dependentes no RN + Vacina. A vacinação desse público só será realizada mediante o acompanhamento dos pais ou responsável.

D2

Aproximadamente 48 mil potiguares estão com a segunda dose em atraso no Rio Grande Norte. A Sesap alerta a população para procurar o posto de vacinação mais próximo de sua residência para completar o esquema vacinal contra a Covid-19. A imunização contra o coronavírus só ocorre 15 dias após a aplicação da D2. Regularize sua vacinação e proteja-se contra a doença!