Justiça, Política

Lewandowski não deve manter Cappelli como secretário-executivo do Ministério da Justiça

 

O anúncio oficial de Ricardo Lewandowski como novo ministro da Justiça e Segurança Pública, para sucessão de Flávio Dino, pode encerrar a participação do secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli (PSB), no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele ganhou destaque após os episódios do 8 de janeiro de 2023, quando se tornou interventor no Distrito Federal e passou a conduzir todas as ações relacionadas aos atos até o fim daquele mês.

Na manhã da quinta-feira (11), diante de rumores sobre do pedido de demissão, Cappelli publicou no X que permanecia na pasta. Ele afirmou que contribuirá para a transição da gestão de Dino para a de Lewandowski quando retornar das férias. “Não pedi demissão. Vou sair de férias com a minha família e voltar para colaborar com a transição no Ministério da Justiça e Segurança Pública. União e Reconstrução”, afirmou.

Mas, apesar da declaração de fidelidade, o futuro do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que já chegou a ser chamado de “curinga” do governo Lula, segue incerto. O jurista e responsável pelo Centro de Pesquisa em Direito e Segurança (Cepedes), Fabrício Rebelo, avalia que Cappelli tem sua imagem pública ligada à atuação político-ideológica de Dino e que, se Lewandowski quiser se afastar dessa imagem, será difícil encontrar espaço para ele na nova gestão.

A exceção seria se o MJSP fosse dividido e houvesse a recriação do Ministério da Segurança Pública, que poderia ser assumido por Cappelli, no entanto, criar a 39ª pasta em um ano no qual o governo briga com a austeridade fiscal pode ser delicado. Fontes próximas ao secretário-executivo avaliam que a tendência é de que ele deixe o governo, pois seu interesse seria se manter no cargo atual ou ocupar uma liderança ministerial, o que parece pouco provável de ocorrer.

Deu na Gazeta do Povo

Justiça, Política

Iminente saída de Capelli azeda clima entre PSB e Lula

Foto: Renato Alves

 

A quase sacramentada nomeação de Ricardo Lewandowski como substituto de Flávio Dino no Ministério da Justiça tem, há dias, piorado o clima de insatisfação no PSB com os cortes que o presidente Lula tem feito em espaços do partido. Os socialistas mapearam que, confirmada a posse, Lewandowski não deve manter Ricardo Cappelli como secretário executivo. Para o PSB, aceitar o rebaixamento não está entre as opções.

O nome para a vaga de Cappelli seria o de Manoel Carlos de Almeida Neto que assessorou Lewandowski por 10 anos no Supremo.

Planos futuros

O PSB não quer diminuir a exposição midiática de Cappelli. Quer o nome em evidência para pleitear uma vaga no Legislativo pelo Distrito Federal.

Tesouradas

A ira no PSB nasce com o rebaixado de Márcio França, enfiado no Ministério de Micro e Pequena Empresa. Piora ao perder a vaga de Dino.

Informações do Cláudio Humberto