Política

Alckmin será o seu Temer, diz Dilma a Lula

 

Uma ala relevante do PT acredita que o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, recém-egresso do PSDB, não é confiável para ser candidato a vice-presidente da República numa chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

Quem tem mais vocalizado essa insatisfação nos bastidores petistas é a ex-presidente Dilma Rousseff, que se encontrou pessoalmente com Lula na última 5ª feira (13.jan.2022). Segundo o ex-mandatário, este foi o 1º encontro entre os 2 neste ano.

 

Na conversa, segundo apurou o Poder360, Dilma expressou preocupação pelo fato de Alckmin não ter afinidades históricas com o PT. Ao mesmo tempo, seria alguém confiável do establishment conservador dentro da administração federal. Há um certo temor de que o ex-tucano possa trabalhar contra o governo quando houver alguma situação mais difícil.

 

Com sua conhecida sinceridade, a ex-presidente relatou a Lula suas preocupações e pediu cautela. A frase de Dilma foi mais ou menos assim, segundo relatos: “O Geraldo Alckmin será o seu Michel Temer. Quando você mais precisar, ele ficará à disposição da oposição para tomar seu lugar”.

 

Quando o governo de Dilma entrou em parafuso, em 2015, o então vice-presidente distanciou-se. Temer passou a trabalhar a favor do impeachment, junto com seu partido, o MDB. A petista foi apeada da Presidência da República em 31 agosto de 2016. Temer assumiu o comando do país naquele mesmo dia.

 

Poder 360

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Moeda de troca: Brasil é o segundo país do mundo com o maior número de partidos na câmara

A Farra dos partidos continua sendo um dos atrasos da política brasileira .De acordo com um levantamento feito pelo jornal O GLOBO, o Brasil é o segundo país do mundo com o maior número de partidos na Câmara dos Deputados. A análise teve como base estatísticas públicas da União Interparlamentar, organização internacional de parlamentos da qual o Congresso brasileiro faz parte.

Entre os 31 países analisados, a Câmara brasileira fica atrás apenas da indiana. Em 2018, o Brasil elegeu deputados de 30 siglas diferentes. Após fusões promovidas a partir da exigência de desempenho mínimo, imposta pela cláusula de barreira, que condiciona o acesso ao fundo eleitoral ao desempenho nas urnas, a Câmara dos Deputados do país é hoje composta por 24 legendas.

Em 1998, 18 tinham representação na Câmara, seis a menos do que hoje. Desde então, a maior alta ocorreu em 2014, quando o número de legendas passou de 22 para 29.

o resultado disso tudo é que os grandes caciques dos partidos políticos do País comandam o jogo em Brasília, ditando regras e fazendo arrumadinhos de acordo com interesses particulares, e não os interesses da nação.

Deu no O Globo