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Policiais civis rejeitam proposta do governo do RN para encerrar greve

Os policiais civis, agentes e delegados, estão revoltados com o Governo do RN. Pelo menos, com a proposta feita ontem (9), apresentada pelo vice-governador Antenor Roberto (PC do B), com o objetivo de acabar a paralisação da categoria por conta do adicional por tempo de serviço (ADTS).

De acordo com os policiais civis, a proposta que foi apresentada pelo Governo do Estado representa grande retrocesso nos direitos da categoria, inclusive, acabando com a carreira que foi aprovada pelo próprio governo Fátima ainda em 2020. A proposta apresentada pelo Executivo prevê uma incorporação. No entanto, isso criará um grande desequilíbrio na carreira, pois fará com que policiais civis na mesma classe funcional tenham salários diferentes, o que é inconstitucional.

Ao ser apresentada, a proposta causou a revolta dos policiais civis.

“Com essa proposta apresentada pelo Governo, um policial civil que seria promovido no próximo ano, por exemplo, nos parâmetros da carreira aprovada por Fátima Bezerra, não será mais, passando vários anos sem direito a nenhum tipo de progressão financeira. Ou seja, os secretários e o vice-governador querem acabar com uma coisa aprovada pela própria governadora depois de muita luta da categoria”, comenta Edilza Faustino.

A presidente ressalta que a Constituição Federal estabelece o princípio da isonomia de vencimentos e igualdade jurídica para funções equivalentes. Então, é absurdo que o Governo apresente uma proposta inconstitucional para resolver um problema que já está tendo a constitucionalidade questionada na Justiça.

Por esse motivo, os policiais civis deliberaram por recusar a proposta do Governo. Já a noite, após oficializar a recusa ao Executivo, a categoria decidiu continuar a paralisação.

“Está faltando vontade do Governo em negociar verdadeiramente uma solução viável e justa. Até o momento, nem os secretários nem o vice-governador se propuseram a avaliar uma alternativa levando em conta o que foi sugerido pelas entidades. Inclusive, na tarde desta quarta-feira, o vice-governador desrespeitou a luta da categoria e as entidades durante a reunião e chegou a fazer ameaças. Então, os policiais civis agora fazem questão da presença da governadora nas negociações.  Ela é quem é a chefe do Executivo e quem pode dizer se vai ou não atender ao pleito da categoria ou vai permitir perdas de direitos”, afirma Edilza Faustino, presidente do SINPOL-RN.

Polícia

Policiais civis e servidores da Sesed decidem suspender paralisação

Os policiais civis e servidores da Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) do Rio Grande do Norte decidiram, em assembleia geral, na noite desta terça-feira (25), suspender a paralisação iniciada nesta manhã. A decisão foi tomada após discussão com o Governo do RN durante a tarde.

“A categoria espera uma resposta do Governo à proposta que foi apresentada pelo Sinpol-RN [Sindicato dos Policiais Civis] ainda em novembro de 2021 em relação ao ADTS [Adicional por Tempo de Serviço] dos policiais civis. Nesta tarde, os representantes do Comitê Gestor do Governo Estado afirmaram que não tinham tido conhecimento dessa proposta. Ou seja, mesmo o sindicato tendo buscado várias secretarias e conversado com o Gabinete Civil sobre essa proposta, o Executivo não analisou para negociar”, afirma Edilza Faustino, presidente do sindicato.

Edilza ainda afirmou que a causa da paralisação das atividades das categorias se deu por falta de ‘negociação concreta’ e de resposta do Governo. Segundo a representante do Sinpol, os servidores decidiram suspender o movimento por entenderem que a discussão vai voltar à mesa.

“Somente na reunião desta tarde que o Comitê Gestor disse que vai analisar e negociar uma possível solução baseada na proposta protocolada, remarcando uma reunião para a próxima segunda-feira, 31, para nos dar uma resposta. Dessa forma, nós apresentamos o que foi discutido com o Executivo e os policiais civis decidiram suspender a paralisação por entender que o diálogo foi retomado e a proposta será avaliada”, comenta.

Os policiais civis decidiram se manter em assembleia permanente, remarcando o próximo encontro para a próxima segunda-feira (31), a partir das 14h, em frente à Governadoria.

Demandas

Os policiais reivindicam o impedimento da retirada do ADTS, que deve representar uma redução de 35% do salário da categoria. Após a assembleia da noite desta terça (25), a presidente do Sinpol afirmou que “a paralisação foi suspensa, mas a mobilização continua”. “Os policiais não vão aceitar nenhuma redução de salário e nenhuma possibilidade que venha a prejudicar os direitos da categoria. Por isso, esperamos que o Governo leve em consideração o que foi posto pelo Sinpol-RN e encontre a melhor solução para nossa problemática”, destaca Edilza Faustino.

Já os servidores da Sesed, que demandam a implantação de Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração para todos os servidores, também deliberaram pela suspensão de sua paralisação. A reivindicação dessa pauta ainda será cobrada pelo Sinpol-RN, que irá buscar o Gabinete Civil para isso.

Tribuna do Norte

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MAIS GREVE: Policiais civis e servidores da Segurança decidem paralisar as atividades a partir de terça-feira (25)

Em assembleia geral realizada na manhã desta quinta-feira, 20, os policiais civis e servidores da Segurança do RN decidiram realizar uma paralisação a partir das 8h da próxima terça-feira, dia 25. Os policiais civis estão lutando pela não retirada do Adicional por Tempo de Serviço (ADTS) da categoria, haja vista que existe uma ação para acabar com esse direito. Caso isso aconteça, haverá redução real de salário de até 35%.

O SINPOL-RN vem negociando com o Governo do Estado para impedir essa redução de salário, no entanto, até o momento não houve avanço.

“Existem prazos e a categoria está aflita com a possibilidade real de ter seu salário reduzido repentinamente. Por isso, realizamos a assembleia geral e foi aprovado por unanimidade a paralisação. Esperamos que o Governo se sensibilize e volte a negociar conosco para encontrarmos uma saída para este problema”, afirma Edilza Faustino, presidente do SINPOL-RN.

Sobre os servidores da Segurança, a categoria espera há anos a implantação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração. “É um grupo pequeno de pouco mais de 50 servidores e até hoje nenhum Governo quis olhar para eles com o devido respeito. Então, é mais do que justo que essa pauta seja negociada e avance”, completa Edilza.