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Globo mantém filme de Porchat e Gentili no streaming

 

A Globo se recusou a remover o filme “Como se tornar o pior aluno da escola” de seus serviços de streaming, classificando a determinação do governo como “censura”. Disse ainda que a medida é inconstitucional, em comunicado divulgado nessa terça-feira (15.mar.2022).

Segundo a emissora, o Globoplay e o Telecine “estão atentos às críticas de indivíduos e famílias que consideraram inadequados ou de mau gosto” trechos do filme, “mas entendem que a decisão administrativa do ministério da Justiça de mandar suspender a sua disponibilização é censura. A decisão ofende o princípio da liberdade de expressão, é inconstitucional e, portanto, não pode ser cumprida”.

Diz ainda que a classificação indicativa do filme, de 14 anos, é do próprio Ministério da Justiça, e que o consumo do conteúdo é uma decisão do assinante “e cabe a cada família decidir o que deve ou não assistir”.

GOVERNO DETERMINA SUSPENSÃO

O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou nessa terça-feira (15.mar.2022) que as plataformas de streaming tirem do ar o filme “Como se tornar o pior aluno da escola”. O descumprimento está sujeito a multa diária de R$ 50.000.

A decisão está em despacho da Secretaria Nacional do Consumidor e do Departamento de Proteção e de Defesa do Consumidor do órgão. A justificativa é a “proteção à criança e ao adolescente consumerista”.

 

Poder360

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Fábio Porchat se defende de críticas por filme em que protagoniza cena de pedofilia

 

O ator e comediante Fábio Porchat se pronunciou sobre as críticas que vem recebendo desde o fim de semana devido a uma cena que protagoniza no filme “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”, de 2017. Na segunda-feira (14), através da imprensa, Porchat ressaltou que o ato de pedofilia praticado pelo seu personagem, que é o vilão da história, não pode ser entendido como apologia ou incentivo à prática.

Usando como exemplo outros personagens de produções nacionais e internacionais, Fábio Porchat relembrou que diversos personagens que são antagonistas das tramas fazem atos reprováveis, mas que isso faz parte da história e é por esse fato que eles são os vilões.

“Vamos lá: como funciona um filme de ficção? Alguém escreve um roteiro e pessoas são contratadas para atuarem nesse filme. Geralmente o filme tem o mocinho e o vilão. O vilão é um personagem mau. Que faz coisas horríveis. O vilão pode ser um nazista, um racista, um pedófilo, um agressor, pode matar e torturar pessoas… O Marlon Brando interpretou o papel de um mafioso italiano que mandava assassinar pessoas. A Renata Sorah roubou uma criança da maternidade e empurrava pessoas da escada. A Regiane Alves maltratava idosos. Mas era tudo mentira, tá gente? Essas pessoas na vida real não são assim”, disse Porchat.

De acordo com ele, os temas diversos são retratados em produções audiovisuais, como filmes e novelas, e são até premiadas pela crítica. Ele citou, inclusive, o ator Jackie Earle Haley, que concorreu ao Oscar em 2007 interpretando um pedófilo no filme Pecados Íntimos.

“Só que quando o vilão faz coisas horríveis no filme, isso não é apologia ou incentivo àquilo que ele pratica, isso é o mundo perverso daquele personagem sendo revelado. Às vezes, é duro de assistir, verdade. Quanto mais bárbaro o ato, mais repugnante. Agora, imagina se por conta disso não pudéssemos mais mostrar nas telas cenas fortes como tráfico de drogas e assassinatos? Não teríamos o excepcional Cidade de Deus? Ou tráfico de crianças em Central do Brasil? Ou a hipocrisia humana em O Auto da Compadecida. Mas ainda bem que é ficção, né? Tudo mentirinha”, finalizou o comediante.

A comédia “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”, baseado em livro de Danilo Gentili, foi aos cinemas em 2017 e não teve grande repercussão. No fim de semana, um trecho em que o personagem de Fábio Porchat exige que dois adolescentes o masturbem circulou nas redes sociais com críticas pesadas nas redes sociais. Os perfis do ator, de Danilo Gentili e até da Netflix (plataforma de streaming que abriga o filme) foram alvos de enxurradas de críticas. Somente Gentili se pronunciou nesses canais.

“O maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista. Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento vieram fortes contra mim dos dois lados. Nenhum comediante desagradou tanto quanto eu. Sigo rindo”, escreveu em sua conta no Twitter.

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Após cena de apologia a pedofilia, filme de Danilo Gentili com participação de Fábio Porchat será investigado após acusações de pedofilia

Cena do filme causou polêmica e é associada à pedofilia

O filme “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” esteve longe de ser um sucesso. Lançado há quase cinco anos, a produção ganhou visibilidade no fim de semana passado quando veio à tona uma cena associada à pedofilia, com participação do ator e humorista Fábio Porchat. O ator não se pronunciou sobre o caso até a manhã desta segunda-feira (14), mas o idealizador do filme, Danilo Gentili, ironizou as críticas. O ministro da Justiça, Anderson Torres, determinou que órgão tome as medidas cabíveis.

No filme, Fabio Porchat interpreta Cristiano, um homem com desvios sexuais e dono do caderno que o ex-colega (papel de Danilo Gentili) roubou na escola para escrever o guia de “pior aluno”, encontrado pelos protagonistas Pedro (Daniel Pimentel) e Bernardo (Bruno Munhoz). Na cena, o personagem de Porchat pede que os meninos o masturbem e abre a calça. Bruno Munhoz, que fazia o personagem Bernardo, tinha 13 anos na época da produção. Com a cena circulando nas redes sociais, houve uma enxurrada de críticas à Netflix, onde o filme está disponibilizado, além de mensagens nos perfis de Gentili e Porchat.

Com a repercussão, o ministro da Justiça determinou a apuração. “Assim que tomei conhecimento de detalhes asquerosos do filme ‘Como se tornar o pior aluno da escola’, atualmente em exibição na @NetflixBrasil, determinei imediatamente que os vários setores do @JusticaGovBR adotem as providências cabíveis para o caso!!”, postou o ministro.

Quem também se manifestou nas redes sociais foi Danilo Gentili, que ironizou a repercussão da produção de 2017. “O maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista. Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento vieram fortes contra mim dos dois lados. Nenhum comediante desagradou tanto quanto eu. Sigo rindo”, escreveu.