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Ponte que liga Rússia à Crimeia explode e deixa três pessoas mortas

 

Um atentado na manhã deste sábado, 8, explodiu a única ponte que liga o território russo a Criméia – península que era da Ucrânia e acabou anexada pela Rússia em 2014. A engenharia era considerada crucial devido a questões de mobilidade e abastecimento para as tropas do Kremlin. Autoridades de Moscow afirmaram que um caminhão-bomba explodiu e gerou o incêndio de ao menos sete tanques de um trem que transportava combustíveis. Três pessoas morreram. Algumas partes da gigantesca estrutura rodoviária e ferroviária se despedaçaram e desmoronaram.

A área tem quase 20 quilômetros de extensão e é considerada uma das maiores da Europa, além de ser considerado um marco simbólico da anexação russa do antigo território ucraniano. A Cimeia foi capturada oito anos atrás sem que houvesse guerra e a ponte foi inaugurada sob pompas do presidente russo, Vladimir Putin, em 2018, e cruza o estreito de Kerch e causa a separação dos mares Negro e Azov.

A engenharia também tem sua importância para o conflito no leste europeu, já que a ponte era utilizada como uma rota de abastecimento para as tropas de Putin desde que assumiram a região de Kherson, no sul da Ucrânia. Não está claro se a explosão foi deliberada ou acidental, mas a estrutura foi destruída em um momento delicado para a Rússia, após perder mais de 2.500 quilômetros quadrados para os ucranianos. Sergei Aksionov, governador russo da Crimeia, informou que o tráfego foi suspenso em decorrência da avaliação dos danos causados.

Deu na Jovem Pan

Mundo

“Guerra só termina quando Ucrânia reconquistar a Crimeia”, afirma presidente ucraniano

 

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelesnky, afirmou nesta terça-feira, 23, durante a segunda reunião internacional “Plataforma da Crimeia”, que a guerra contra a Rússia só termina quando a Ucrânia reconquistar o território anexado por Moscou em 2014. “É necessário que a Crimeia seja libertada para que se chegue verdadeiramente à vitória, para que o direito internacional seja restabelecido”, declarou  líder ucraniano.

“Tudo começou na Crimeia e deve terminar lá”, acrescentou e prometeu aos cidadãos que são de lá ou que moram lá que fará o território voltar a fazer parte da Ucrânia. O encontro realizado nesta terça-feira, 23, aconteceu na véspera no 31º aniversário de independência do país, que coincide com o dia em que o conflito completa seis meses.

“As bandeiras azuis e amarelas voltarão para casa, onde têm o direito de existirem, em todas as vilas e cidades da Ucrânia temporariamente ocupadas”, declarou Zelensky. “Não reconhecemos jamais nenhuma outra cor em nossa terra e em nossos céus”, acrescentou e afirmou: “Estamos sempre prontos para defender a bandeira azul e amarela”.

A Crimeia é um território localizado no Mar Negro e foi tomada pelos russos em 2014 durante um conflito separatistas que atingiu a região no final do ano anterior. Além da anexação unilateral da área, Moscou treinou e enviou dinheiro e armamentos para os grupos separatistas da região do Donbass, formados por Donetsk e Lugansk, e que agora são o atual foco do conflito.

A presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen, que estava presente na reunião, afirmou que o bloco “nunca reconhecerá a anexação ilegal” e disse que vão trabalhar “incansavelmente com a Ucrânia para denunciar as violações dos direitos humano, assegurar a justiça aos responsáveis e para apoiar as vítimas”.

Von der Leyen também aproveitou o momento para comentar sobre o ingresso dos ucranianos ao bloco. Atualmente o país tem status de candidata. “A UE estará ao lado da Ucrânia pelo tempo que for preciso e nosso desejo em ver a Ucrânia como um membro da UE nunca foi tão forte”, pontuou.

Autoridades de outros países também estiveram presente na reunião e mostraram o seu apoio à Zelensky. Mario Draghi, premiê da Itália, afirmou que seu país apoia “sem hesitação” a Plataforma da Crimeia e ressaltou que o governo “sempre condenou” a ocupação feita pelos russos há mais de oito anos. Olaf Scholz declarou que Berlim vai continuar fornecendo armas à Ucrânia e apoiando Kiev com as sanções e financeiramente.

Deu na Jovem Pan