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Enquanto Lula chama agronegócio brasileiro de fascista, governo vai desenvolver agricultura angolana

Ricardo Stuckert/PR

 

Depois de atacar organizadores da Agrishow, maior feira de agronegócios do país, e de dizer que parte do setor é fascista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a elaboração de um plano conjunto entre os Ministérios da Agricultura do Brasil e Angola para, segundo ele, o desenvolvimento agrícola do país africano, especialmente na região do Vale do Rio Cunene.

“A prioridade é fazer uma revolução agrícola no país para garantir o crescimento econômico e a segurança alimentar da população”, disse o líder petista, após encontro com o presidente João Manuel Lourenço, em Luanda, capital angolana.

“Enfrentamos desafios semelhantes. Hoje, temos conhecimentos tecnológicos e políticas públicas para compartilhar com Angola”, alegou o chefe do Executivo federal.

De acordo com ele, os países buscarão parcerias no setor privado brasileiro para completar a estrutura de irrigação, tida  como necessária para Angola.

“Em vez de iniciativas pontuais e isoladas, o programa vai reunir 25 ações que se complementam, todas com o objetivo de promover o desenvolvimento agrícola nessa região”, afirmou.

“Isso incluirá desde pesquisa agropecuária até capacitação para a implementação de políticas de crédito para pequenos produtores. O Vale do Cunene é parecido com o Vale do São Francisco, no Brasil, uma região historicamente afetada por secas que se transformou em um polo produtor de alimentos. Vamos buscar parceiros no setor privado brasileiro para completar a estrutura de irrigação necessária em Cunene”, completou Lula.

Deu no Conexão Política

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Construtoras investigadas na Lava Jato pedem R$ 100 milhões a Lula para obras em Angola

 

As seguidas falas de Lula (PT) sobre a Lava Jato e o impeachmente da ex-presidente Dilma Rousseff, em Angola, não foram por acaso. Lula prometeu retomar os financiamentos brasileiros no país africano.

Casos de corrupção desvendados pela Lava Jato paralisaram as operações de crédito oito anos atrás. Dezoito empresas, entre as quais algumas das principais construtoras do País investigadas na operação, aproveitaram a presença do presidente em Luanda para pedir a reabertura dos financiamentos no país. O valor pode chegar a U$ 100 milhões.⁣

Na sexta-feira, 25, um grupo de executivos que incluía os CEOs da Novonor (antiga Odebrecht), Hector Nunez, da Andrade Gutierrez, Carlos Souza, e da Queiroz Galvão, Gustavo Guerra, conseguiu uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no hotel Intercontinental, o mais moderno e luxuoso da capital do país.⁣

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