Política

Flávio Dino afirma que não vai demitir secretários por visita de mulher de líder de facção ao ministério

 

O ministro da Justiça, Flávio Dino, voltou a comentar sobre o caso das duas reuniões que sua pasta teve com a participação de Luciane Barbosa Faria, mulher de um líder do Comando Vermelho no Amazonas, e negou que vai demitir secretários pelo ocorrido. Nos encontros, ela se apresentou como presidente da Associação Instituto Liberdade do Estado, organização investigada na Polícia Civil como uma ONG que atua em prol de presidiários da facção criminosa e seria financiada com dinheiro do tráfico.

Dino classificou a repercussão do caso como “desespero político de quem está insatisfeito com o combate ao crime organizado”. O ministro ressaltou que nunca falou com Luciane, que viajou à Brasília custeada pelo Ministério dos Direitos Humanos. “E vão dizer: ‘Seus secretários erraram’. Eles não sabiam que essa senhora ia lá, porque ela foi acompanhando uma deputada do PSOL do Rio de Janeiro. E dizem que ela foi condenada. Mentira, ela foi recebida em março e a condenação foi em outubro”, afirmou Dino.

O ministro da Justiça ainda negou que será alvo de um processo de impeachment, como quer a oposição ao governo: “Eu fico até constrangido. Como eu vou sofrer um suposto impeachment, que acham que é no Congresso, mas não é, é no Supremo, se existisse. por um ato que não é meu? Um ato de terceiros e que por sua vez não é criminoso. Não existe na lei penal o crime de receber uma pessoa. Alguém conhece esse crime?”.

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Deputado do PL pede afastamento de Flávio Dino e afirma: “muitos infiltrados”

 

O deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL) acusou o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino (PSB) de prevaricação por, segundo ele, ter sido avisado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que poderiam ocorrer atos de violência em Brasília no último domingo (8/1). O deputado cobrou, inclusive, que Flávio Dino de demita do cargo “urgentemente”. Segundo a denúncia do parlamentar, o ministro Flávio Dino foi informado, com antecedência, pela Abin, de que grupos iriam a Brasília e que poderiam ocorrer atos de violência.

“O meu questionamento ao ministro Flávio Dino que, na minha opinião, precisa se demitir urgentemente é: quais as providências foram tomadas pelo ministro da Justiça ao ser informado pela Abin?”, questionou o deputado. Segundo Marcelo Álvaro Antônio, Dino não articulou ações em conjunto com a Polícia Federal e a Polícia Militar do Distrito Federal. E o parlamentar do PL foi além nas suas acusações. “Me parece que ele (Flávio Dino) ficou inerte. Me parece que ele não tomou nenhuma atitude, que ele prevaricou ali no seu cargo de ministro da Justiça”, acusou Marcelo Álvaro Antônio.

Além dessa acusação, o parlamentar afirmou que haviam pessoas infiltradas entre os manifestantes e que foram os responsáveis pelas depredações e roubos do patrimônio público nas sedes do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto. De acordo com Marcelo Álvaro Antônio, a maioria das pessoas estava se manifestando pacificamente e não provocaram nem incentivaram os atos de vandalismo.