Ciências, Tecnologia

Dispositivo que planta sementes promete ajudar em reflorestamento

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O E-seed, dispositivo que abre túneis e espalha sementes na terra pode ajudar a reflorestar natureza destruída. Foto: Reprodução/Universidade Carnegie Mellon.

A agricultura agradece! Uma nova tecnologia criada por pesquisadores promete revolucionar o plantio de sementes e ajudar em reflorestamento. O E-seed, dispositivo biotransportador abre túneis na terra, levando as sementes a lugares de difícil acesso pelos meios atuais. A expectativa é que com esta tecnologia seja possível ampliar os processos de regeneração de florestas destruídas.

Eu nunca me canso de agradecer a ciência, e você? Desta vez foram pesquisadores da Universidade de Carnegie Mellon, em Pittsburgh, Estados Unidos.

Coordenados pela professora e principal cientista do estudo, Lining Yao, os cientistas reproduziram, no semeador biodegradável, um processo semelhante à germinação de plantas Erodium.

Inspiração em planta

O dispositivo reproduz de maneira artificial, os processos de germinação do gênero de plantas Erodium.

As plantas do gênero Erodium tem sementes contidas em um caule fino com uma espécie de cauda bem enrolada no topo. Quando esse caule se desprende da planta principal e cai no chão, ele é umedecido pela chuva ou alta umidade. Ao ser atingido pela água, o cauda de desenrola e perfura a semente no solo.

A técnica, desenvolvida pelas plantas, ajuda a sobrevivência em climas áridos. O E-seed, nome dado ao dispositivo, tenta imitar essa técnica de uma forma sintética.

O dispositivo se desenrola e com a ponta do caule penetra na terra, perfurando para baixo e distribuindo as sementes. A tecnologia também consegue aplicar fertilizantes e pode instalar sensores para monitorar dados do solo.

Revolução 

A professora Lining afirmou que o dispositivo, em termos de engenharia, é algo novo e revolucionário.

“A pesquisa com carregadores de sementes tem sido particularmente recompensadora devido ao seu potencial impacto social. Ficamos entusiasmados com coisas que podem ter um efeito benéfico”, disse.

Larga escala

A produção do biotransportador de sementes desenvolvido pelos pesquisadores é um processo de 5 etapas. Os cientistas querem agora aprimorá-lo para adaptar o dispositivo em escala industrial.

Para os locais de difícil acesso, Lining já tem uma solução. A pesquisa pretende distribuir as sementes eletrônicas por drones aéreos.

O artigo com os resultados completos da pesquisa foi publicado na Revista científica Nature.

Em poucos dias o transportador artificial, que carregava sementes verdadeiras, começou a germinar após contato com água. Foto: Reprodução/Universidade de Carnegie Mellon.
Em poucos dias o transportador artificial, que carregava sementes verdadeiras, começou a germinar após contato com água. Foto: Reprodução/Universidade de Carnegie Mellon.

 

Informações da NewAtlas

 

 

 

 

 

Ciências

Planta popular no Brasil vira spray cicatrizante em pesquisa de farmacêutico potiguar

Aproveitando uma matéria-prima bastante disponível na flora brasileira, a Guaçatonga (sylvestris swartz), o potiguar Luiz Humberto Fagundes Junior realizou uma pesquisa com a planta buscando extrair seu máximo potencial anti-inflamatório e cicatrizante.

Após 18 meses de estudos, ele criou um fitoterápico em spray que apresentou resultados animadores no reparo de feridas.

Toda a pesquisa de Luiz, que é farmacêutico, aconteceu durante o seu curso de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Universidade Potiguar (PPGB/UnP), sob a orientação da professora Deborah Padilha.

O estudo observou o comportamento do spray em cobaias de laboratório. Após verificar o sucesso do fitoterápico, Luiz e sua orientadora começaram a colher os frutos do trabalho.

“Recebemos com muita alegria a notícia da anuência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, pois trata-se de um passo importante no processo de patente”, afirma o farmacêutico.

Com o apoio de uma farmácia de manipulação localizada em Natal, o spray chegou a um formato maduro. Já registrado (BR 102018071621-2 A2), o fitoterápico ainda precisa de outras análises da Anvisa para começar a ser testado em humanos. Estas etapas marcarão outras fases relevantes da pesquisa.

A expectativa pelos próximos passos do estudo com a Guaçatonga é marcada pelo desejo de oferecer esta solução, oriunda da natureza, para a população. “A ideia é que sua utilização para o tratamento de feridas não-infeccionadas se difunda de forma acessível para todos”, pontua o pesquisador.

Luiz Humberto quer tornar o seu produto acessível à população

 

Ciências, Educação

Prefeitura de Parnamirim marca presença na inauguração do PAX-RN

 

A Prefeitura de Parnamirim marcou presença na inauguração do Parque Científico e Tecnológico Augusto Severo (PAX), um dos mais extensos centros de fomento à ciência do país. Localizado no município de Macaíba, o centro teve sua primeira etapa entregue nesta segunda-feira (26) e contou com a presença do gestor de tecnologia do Grupo de Ciência e Tecnologia da Informação (GCTI), Rafael Buriti, que na ocasião representou o prefeito Rosano Taveira.

De acordo com o secretário adjunto do GCTI, Rafael Buriti, Parnamirim reconhece bem a importância do investimento em tecnologia. “Nossa cidade hoje colhe os frutos das tecnologias implantadas ‘in loco’, como o monitoramento das ruas e avenidas e a implantação de mais de 90km de fibra ótica própria”, disse.

Oficializada em 2021, a implantação do Parque Tecnológico e Científico Augusto Severo (PAX-RN), em Macaíba, é uma pauta que começou a ser debatida ainda em 2013, quando a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), junto a outras instituições públicas e privadas, deu o pontapé inicial ao projeto. A cidade trampolim da vitória é uma dessas entidades parceiras.

O local, que recebeu seu nome em homenagem a uma importante personalidade macaibense, o jornalista, político, e entusiasta da Aeronáutica Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, assumiu como missão ser um ambiente de integração entre a academia, governos e empresas por meio da produção de conhecimento científico, incentivo ao empreendedorismo e inovação em benefício do desenvolvimento sustentável e da sociedade.

Estavam presentes ainda na inauguração, o secretário de turismo de Parnamirim, Daniel Américo, o diretor-geral e administrativo do Centro Cultural Trampolim da Vitória (CCTV), Paulo Junzo e Rayrakson Alves, além de vereadores.

 

Ciências, Tecnologia

Cientistas anunciam feito inédito em fusão nuclear e abrem caminho para energia limpa infinita; Entenda

Cientistas anunciam feito inédito em fusão nuclear e abrem caminho para energia limpa infinita; Entenda

 

O Departamento de Energia dos Estados Unidos anunciou oficialmente, nesta terça-feira (13), uma conquista histórica na fusão nuclear: pela primeira vez, cientistas americanos produziram mais energia a partir da fusão do que a energia do laser usada para alimentar o experimento.

O chamado “ganho de energia líquida” é um marco importante em uma tentativa de décadas de obter energia limpa e ilimitada a partir da fusão nuclear – a reação que ocorre quando dois ou mais átomos são fundidos.

A fusão nuclear acontece quando dois ou mais átomos são fundidos em um maior, um processo que gera uma enorme quantidade de energia limpa que não polui a atmosfera e não produz material radioativo.

O experimento colocou 2,05 megajoules de energia no alvo e resultou em 3,15 MJ de saída de energia de fusão – gerando mais de 50% a mais de energia do que foi colocado. É a primeira vez que um experimento resultou em um ganho significativo de energia.

A descoberta foi feita por uma equipe de cientistas no National Ignition Facility do Lawrence Livermore National Laboratory, na Califórnia, em 5 de dezembro – uma instalação do tamanho de um estádio esportivo e equipada com 192 lasers.

 

Conquista histórica

A secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, chamou o avanço de uma “conquista histórica” em um comunicado.

No comunicado, Granholm disse que os cientistas de Livermore e outros laboratórios nacionais fazem um trabalho que ajudará os EUA a “resolver os problemas mais complexos e urgentes da humanidade, como fornecer energia limpa para combater a mudança climática e manter um impedimento nuclear sem testes nucleares”.

A diretora de Livermore, Dra. Kim Budil, chamou as tentativas dos cientistas de realizar a ignição por fusão no laboratório de “um dos desafios científicos mais significativos já enfrentados pela humanidade” e elogiou o trabalho dos cientistas de seu laboratório.

“Alcançá-lo é um triunfo da ciência, da engenharia e, acima de tudo, das pessoas”, disse Budil em um comunicado. “Atravessar este limiar é a visão que conduziu 60 anos de busca dedicada. Esses são os problemas para os quais os laboratórios nacionais dos EUA foram criados para resolver.”

Informações da CNN

Ciências, Tecnologia

Pesquisadoras da UFRN usam o Tamarindo no combate à Covid-19

O tamarindo é uma fruta originária da África com poder antioxidante e anti-inflamatório

Uma nova tecnologia, fruto de uma proteína multifuncional isolada das sementes de tamarindo (ITTp 56/287) e que pode vir a ser utilizada como potencial agente anti-SARS-CoV-2, vírus que causa a covid-19, foi desenvolvida por cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do norte (UFRN) e teve como resultado um pedido de depósito de patente no mês de outubro. Essa tecnologia são peptídeos teóricos – pequenas moléculas – desenhados pelos pesquisadores da Universidade e que apresentaram esse potencial de defesa por serem capazes de interagir com a serino protease transmembranar 2 (TMPRSS2), uma enzima responsável por facilitar a entrada do SARS-CoV-2 na célula do hospedeiro.

Vinculado ao Programa de Pós Graduação em Bioquímica e Biologia Molecular e ao grupo de pesquisa Nutrição e Substâncias Bioativas para Saúde (NutriSBioativoS), o estudo que deu origem ao patenteamento contou com a colaboração do Laboratório Grupo de Química Teórica (GQT) da UFC e a participação de Anna Beatriz Santana Luz e Ana Heloneida de Araújo Morais, ambas nutricionistas e professoras da UFRN, além da colaboração de Norberto de Kássio Vieira Monteiro, co-orientador da tese e professor do Departamento de Química Analítica e Físico-Química da Universidade Federal do Ceará (UFC).

A primeira, na época da pesquisa, aluna de doutorado, contribuiu com a coleta, análise e interpretação dos dados in silico (usando simulação computacional), geração das figuras e elaboração do relatório descritivo, enquanto que a segunda, além de orientar propriamente a tese, contribuiu com a concepção e desenho do estudo, obtenção de recursos financeiros e redação crítica – revisão e edição do documento. As análises de dinâmica molecular dos peptídeos com a TMPRSS2 foram desenvolvidas no GQT.

 

Tese de Anna Beatriz Santana Luz deu origem ao depósito

As pesquisadoras da UFRN identificam que o ITT, molécula que deu origem aos peptídeos teóricos, tem demonstrado, em estudos recentes, atuação em diferentes mecanismos que envolvem o controle de enzimas e hormônios e seus efeitos relacionados, como redução do consumo alimentar e ganho de peso, melhora do perfil lipídico e redução do processo inflamatório associado à obesidade, independentemente da perda de peso.

Anna Beatriz explica que a proteína ITTp 56/287, encontrada no tamarindo, apresenta uma sequência de aminoácidos e estrutura 3D definidas e tem sido bastante analisada in silico quanto à energia potencial de interação com diversas estruturas proteicas, entre elas receptores de membrana, bicamada lipídica de bactérias e a tripsina, uma serinoprotease, assim como a TMPRSS2. Os receptores são proteínas localizadas na membrana celular que facilitam a junção com substâncias específicas, enquanto que a bicamada contém em si várias proteínas inseridas e as proteases são enzimas com poder de “hidrolisar proteínas” e amplamente usadas nas indústrias químicas, farmacêuticas e de alimentos, por exemplo.

“Diante disso, a prospecção de peptídeos derivados dessa proteína também torna-se uma estratégia promissora, tendo em vista essas possibilidades de interação. É importante frisar que os peptídeos foram obtidos por análises in silico e estão prontos para ser sintetizados, visando à realização de estudos futuros in vitro e in vivo”, enfatiza a hoje professora da Faculdade de Ciências da Saúde (Facisa), unidade localizada no Campus de Santa Cruz-RN.

Orientadora do estudo, a professora Dra Ana Heloneida atua nas áreas de Nutrição e Biologia

Por sua vez, Ana Morais acrescenta que a tecnologia patenteada, a qual recebeu o nome Sequência e aplicação de produtos de clivagem do modelo teórico do inibidor de tripsina purificado de sementes de tamarindo (ittp 56/287) e seus análogos com atividade inibitória para tmprss2, foi obtida a partir da proteólise (processo de degradação de proteínas usando enzimas) do ITTp 56/287 e da substituição de aminoácidos nas estruturas primárias desses produtos oriundos da proteólise. “Tecnicamente, são peptídeos nativos provenientes da clivagem do modelo teórico mais estável, de número 56 e conformação 287 do inibidor de tripsina purificado de sementes de tamarindo e seus respectivos análogos. Em outras palavras, fazendo uma analogia, quer dizer que a proteína que representa um colar de pérolas, ao ser quebrado, vai dar origem a vários fragmentos de pérolas, sendo esses os peptídeos nativos obtidos por análises in silico, e, ao substituir algumas pérolas por diamantes, obtêm-se os peptídeos denominados análogos”, esclarece a docente do Departamento de Nutrição.

O depósito do pedido de patente é uma forma de reconhecimento do esforço inventivo e por isso garante ao seu proprietário direitos exclusivos sobre a invenção. Ele é uma propriedade temporária, legalmente concedida pelo Estado sobre uma invenção ou modelo de utilidade, formado por um conjunto de procedimentos sequenciais por meio dos quais o requerente dá entrada no pedido de obtenção de direitos sobre uma criação que pode ser produzida industrialmente. No Brasil, o órgão responsável é o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). O processo, após o depósito de patente feito pelo requerente, consiste na análise do pedido de registro e na concessão do direito, caso haja conformidade do pedido com os requisitos formais e legais.

Informações da AGIR/UFRN

Ciências

Em 15 anos, UFRN alcança protagonismo em Inovação Tecnológica

 

Em 28 de setembro de 2007, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) criava uma nova unidade, denominada inicialmente de Núcleo de inovação Tecnológica (NIT). Passados 15 anos, a data ganha uma simbologia adicional com as conquistas que a Instituição alcança na área da inovação e do empreendedorismo.

Uma delas é a liderança no posto de universidade com mais concessões de patentes nas regiões Norte e Nordeste, alcançado desde 2020. O número é fruto também da expressiva quantidade de depósitos, cuja marca de 300 pedidos foi quebrada em 2022. No último ranking divulgado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), a UFRN está na primeira divisão nacional, ocupando a 17ª posição na lista das maiores depositantes de patentes no Brasil em 2021. No relatório mundial publicado pela Unesco também no ano passado, a Instituição aparece no seleto grupo das com maior número de depósitos de patente nos anos de 2013 a 2018, ao lado de Unicamp, USP, UFPE e UFPR.

Não bastasse, ainda no ano passado, a UFRN alcançou a liderança em meio às universidades do Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste no Ranking de Universidades Empreendedoras, premiação que tem, dentro da sua metodologia, um item específico que analisa a situação da implementação do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) na própria instituição de ensino Superior (IES). Além desse aspecto, há pontuações referentes aos números de patentes, empresas incubadas, existência de parques tecnológicos e acordos de parceria, entre outros aspectos como internacionalização, infraestrutura e extensão.

Informações da AGIR/UFRN

Ciências

Pesquisador da UFRN participa de descoberta de exoplaneta coberto por água

 

Um pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) participa do grupo internacional de astrofísicos que anunciou, neste mês de agosto, a descoberta de um exoplaneta coberto de água e distante o suficiente de sua estrela para permitir supor a existência de vida nele.

Localizado a 100 mil anos-luz da Terra, o TOI-1452b está sendo chamado de “super-Terra” ou “planeta-oceano” devido às suas características. As informações foram divulgadas à imprensa pela UFRN. São chamados exoplanetas aqueles que ficam fora do nosso sistema solar.

Para o astrônomo José-Dias do Nascimento, representante da UFRN no estudo que resultou no achado, descobertas como essas representam mais um passo no entendimento da diversidade cósmica e ensinam sobre quão raro podem ser os parâmetros vitais encontrados na Terra.

Líder do Grupo de Estrutura, Evolução Estelar e Exoplanetas (Ge3), do Departamento Física Teórica e Experimental (DFTE/UFRN), e pesquisador do Center for Astrophysics, de Harvard (EUA), Dias explica que o novo planeta encontrado tem 1,67 vez o raio da Terra e uma órbita de 11 dias em torno de uma estrela anã M.

A descoberta foi possível graças ao SPIRou, instrumento caçador de novos mundos que utiliza a luz no infravermelho do Telescópio Canadá – França – Havaí Telescope (CFHT), instalado no cume da montanha Maunakea, no Havaí (EUA).

O trabalho e as especificações desse corpo celeste foram publicados no centenário periódico The Astronomical Journal.

Por outras vezes chamado de “mundo da água”, o planeta é considerado um dos alvos principais para a caracterização atmosférica futura com o James Webb Space Telescope (JWST) e para análise através de espectroscopia de transmissão.

O sistema está localizado próximo de uma zona de observação contínua, o que significa que pode ser seguido em praticamente qualquer momento do ano. “O TOI-1452b é ainda um sistema único quando se estuda exoplanetas na transição entre super-Terras e mini-Netunos”, conta José-Dias.

O astrônomo da UFRN e seu time (Ge3), que estudam a evolução das estrelas, sua estrutura e exoplanetas, têm trabalhado na caça de planetas extra solares, entre outros temas, e possuem várias descobertas publicadas nos últimos anos. O novo achado soma-se aos anteriores, descobertos pelo grupo, como o TOI-257b (HD 19916) e o Saturno quente TOI 197b.

“Esta é uma descoberta importante para nosso grupo na UFRN, pois, em pouco menos de três anos, estamos anunciando o quarto exoplaneta com nossa participação. O anterior foi o TOI-257b, que é um exemplo do que chamamos de ‘sub-Saturnos’, planetas maiores que Netuno e menores que Saturno. Agora estamos revelando uma super-Terra. Esses astros são ausentes na arquitetura do nosso Sistema Solar, apesar de possíveis”, disse José-Dias.

Informações da UFRN

Ciências

Astrônomos descobrem exoplaneta maior que a Terra totalmente coberto por oceanos

Um grupo de cientistas da Universidade de Montreal, no Canadá, anunciou a descoberta de um exoplaneta que orbita duas pequenas estrelas de um sistema na constelação Draco, localizada a 100 anos-luz da Terra.

O TOI-1452 b, como é chamado, é um pouco maior que o planeta habitado por seres humanos. Sua localização, em relação à estrela que orbita, é ideal para a existência de água líquida na superfície. A informação é da Revista Oeste.

O primeiro sinal da existência do TOI-1452 b foi captado pelo Satélite de Pesquisa de Exoplanetas em Trânsito (TESS) da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa). Posteriormente, houve a confirmação do telescópio do Observatório de Mont-Mégantic (OMM), em Quebec, no Canadá.

Em artigo publicado no The Astronomical Journal, os cientistas dizem que o corpo celeste poderia ser um “planeta oceânico”, coberto por uma espessa camada de água. A massa do exoplaneta é 5 vezes maior que a da Terra.

A estrela hospedeira do TOI-1452 b é menor que nosso Sol. Ele tem uma densidade que só pode ser explicada se uma grande fração de sua massa for composta de material mais leve que aquele da estrutura interna terrestre, como a água. Por isso, os pesquisadores o chamaram de planeta oceânico.

Informações da Revista Oeste

 

 

Ciências

É hoje! Última superlua do ano aparecerá maior e mais brilhante

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Como está o tempo aí onde você está? É que hoje teremos a última superlua do ano. Ela aparecerá bem maior e mais brilhate logo no início da noite.

O fenômeno conhecido como ‘Superlua de Esturjão’ será o último do tipo em 2022. E será a 2ª maior lua cheia do ano.

A superlua completa será vista na noite desta quinta (11) aqui no Brasil e América do Norte, e na sexta-feira (12) em outras partes do mundo, como na Europa.

Superlua

Uma superlua é uma lua cheia que ocorre perto do perigeu da Lua – o ponto no espaço em que está mais próximo da Terra durante sua órbita mensal.

Isso faz com que a Lua pareça alguns por cento maior que a média. E mais: seu brilho extra também será mais perceptível.

O nome “Superlua de Esturjão”é uma referência aos peixes capturados nesta época do ano nos Grandes Lagos dos Estados Unidos.

 

Logo após o pôr do sol

A lua cheia geralmente é melhor vista à medida em que nasce, no início da noite, ou seja, 50 minutos após o entardecer ela desponta glamorosa no céu.

Mas, nesta noite da Superlua, ela nascerá logo após o pôr do sol.

Para fotografar, especialistas orientam que você enquadre também alguma paisagem ao redor da superlua, como árvores ou prédios. Aí a dimensão dela vai parecer ainda maior na foto.

 

Como ver melhor

Para ver melhor a superlua, olhe para o leste. Vá para um local de observação que tenha uma visão aberta e desobstruída no horizonte.

O céu dará um espetáculo de cores, enquanto a lua ganha um breve beijo do sol, que parte para mais uma noite. Que romântico!

 

Chuva de estrelas cadentes

E várias chuvas de meteoros, ou estrelas cadentes, estão previstas para ocorrer também durante este ciclo lunar, mas a luz da lua vai interferir na visualização delas.

De acordo com a Organização Internacional de Meteoros, a chuva Perseidas, que deve ser uma das maiores do ano, vai atingir o pico na noite da próxima sexta-feira até o início da manhã de sábado, mas pode nem ser notada por muitas pessoas por causa do brilho da superlua.

 

Informações da Forbes

Ciências

Pesquisa do RN pode ajudar a compreender a manifestação do autismo

 

Caracterizado por alterações no neurodesenvolvimento, o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição cuja prevalência tem aumentado progressivamente ao longo dos anos.

De acordo com o relatório de 2021 do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, cujos dados também são utilizados por profissionais brasileiros diante da carência de dados nacionais sobre a condição, uma a cada 44 crianças até 8 anos de idade é diagnosticada com autismo.

Apesar de apresentar alguns sinais característicos, pesquisadores e profissionais da saúde ainda buscam entender de forma aprofundada as causas dessas alterações e suas diferentes manifestações. Pesquisadores do Instituto Santos Dumont (ISD), em Macaíba, no Rio Grande do Norte, deram um passo para ajudar na compreensão da manifestação do autismo a partir da análise de células do cérebro.

Estudos conduzidos pela Universidade da Califórnia publicados em 2011 constataram que a curva de crescimento cerebral de pessoas com autismo em fases iniciais da vida difere daquelas sem a condição, com tendência que crianças com TEA apresentem um cérebro e uma quantidade de neurônios maiores durante os primeiros anos da infância.

A partir da análise de imagens do cérebro de 22 crianças, das quais 11 tinham diagnóstico de autismo e 11 não possuíam a condição, disponibilizada pelo Allen Institute for Brain Sciences, a neuroengenheira e psicóloga Lívia Nascimento buscou investigar como esses diferentes cérebros manifestavam características a nível celular em uma área específica, cujas funções estão associadas à atividades que podem ser afetadas em pessoas com TEA, como a comunicação e as interações sociais, chamada de córtex pré-frontal dorsolateral.

As análises, publicadas no formato de artigo na revista científica Journal of Autism and Developmental Disorders (“Periódico sobre Autismo e Transtornos do Desenvolvimento”, em tradução livre), revelaram alterações importantes, que se somam às descobertas recentes na busca de melhor compreender o cérebro da pessoa autista.

“Já há na literatura uma ideia se formando sobre o autismo, que fala sobre um maior crescimento cerebral durante a infância, que seria acompanhado de uma presença maior também de neurônios nesses indivíduos”, explica Lívia Nascimento.

Essa presença maior de neurônios, segundo a neuroengenheira, poderia implicar em uma maior dificuldade do cérebro de organizar essas células em determinadas áreas e funções. “Em nosso estudo, conseguimos confirmar muito do que já vinha sendo apresentado na literatura, mas também descobrimos algo novo, que diz respeito ao posicionamento desses neurônios na área analisada”, completa.

A área investigada pelos pesquisadores, o córtex pré-frontal dorsolateral, apresenta uma organização de células particular, no formato de camadas, para as quais os neurônios migram durante o desenvolvimento. “Quando os neurônios iam migrar para essas camadas, eles possivelmente migraram de forma desorganizada, resultando em regiões com mais neurônios e outras com menos”, afirma.

Deu na Tribuna do Norte