Notícias

Governo do RN pode ter órgãos e setores paralisados com 3.690 aposentadorias até abril

 

O Governo do Rio Grande do Norte reuniu as representações classistas dos servidores civis, nesta segunda-feira 22, para apresentar a posição do Executivo Estadual frente ao Acórdão 733/2023, do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN), que apresenta a compreensão da Corte de Contas Estadual sobre jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 573 e no Tema de Repercussão Geral nº 1254. O Acórdão foi publicado em dezembro de 2023, em resposta à consulta formulada por instituições de previdência própria de municípios do RN.

A jurisprudência em questão abrange os servidores não estáveis, especificamente os que ingressaram no Estado sem concurso público cinco anos antes da promulgação da Constituição de 1988, bem como aqueles que adentraram após a promulgação sem concurso público. Em resumo, o Acórdão dispõe que o servidor não estável pode manter seu vínculo com o Instituto de Previdência dos Servidores (Ipern) se já estiver aposentado ou se aposentar até 25 de abril de 2024.

Se aplicado, o Acórdão poderá implicar na concessão de 3.690 aposentadorias até essa data, segundo levantamento feito pela Secretaria de Estado da Administração (Sead). “Isso impactará na governabilidade de pelo menos 18 órgãos, os quais poderão ter suas atividades interrompidas ou prejudicadas por essa falta de servidores”, afirmou o secretário Pedro Lopes.

O titular da Sead listou a quantidade de servidores que estão enquadrados na situação e explicou as razões pelas quais o Governo do Estado não tem como repor o quadro de pessoal, caso as aposentadorias aconteçam. A primeira delas é que, como o gasto de pessoal em relação à receita corrente líquida (RCL) está acima do limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o Executivo não pode fazer a reposição de servidores legalmente.

Além disso, mesmo que pudesse realizar um concurso público para suprir as vacâncias decorrentes do Acórdão 733/2023, a partir de uma autorização extraordinária do TCE-RN, aumentaria a despesa com pessoal em mais de R$ 13 milhões mensais. “Essa despesa não é possível incorporar na programação financeira do Estado, especialmente porque a Assembleia Legislativa reduziu em cerca de R$ 700 milhões as receitas do Governo, quando não aprovou a manutenção da alíquota modal do ICMS em 20%”, complementou Lopes.

Uma nota elucidativa sobre as consequências da adoção do Acordão 733/2023-TC na administração pública estadual também foi publicada no site da Sead para visualização.

Representando o Governo do RN na reunião junto aos sindicatos, o secretário da Administração, Pedro Lopes, o procurador-geral adjunto do Estado, José Duarte Santana, e o presidente do Ipern, Nereu Linhares, pediram calma e paciência aos servidores, deixando claro qual é a posição do Executivo Estadual com relação ao Acórdão 733/2023-TC.

Os gestores anunciaram que, por não compreender haver perfeita harmonia com a decisão proferida pelo STF na ADPF 573, o Governo orientou a Procuradoria Geral do Estado (PGE/RN) a tomar as medidas necessárias no âmbito do TCE-RN para buscar adequar o entendimento da Corte de Contas Estadual aos limites da decisão do STF e, assim, evitar dano ao funcionamento de órgãos públicos estaduais.

Também foi informado que, no prazo regimental, o Governo interporá embargos de declaração infringentes para dirimir dúvidas e eventual adequação da decisão, se for o caso, requisitando celeridade nas respostas para evitar eventuais aposentadorias.

Fonte: Agora RN

Curiosidade, Política

Governo do RN tem maior comprometimento de folha com pessoal do país; entenda

 

O Rio Grande do Norte apresenta o maior comprometimento de folha com despesas de pessoal (DTP) do Brasil, de acordo com dados da Secretaria de Tesouro Nacional (STN) extraídos em 19 de outubro de 2023. De agosto de 2021 até agosto de 2023, as despesas ficaram acima dos 50%, atingindo 57,76%.

Pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o limite máximo da relação entre Despesa Total de Pessoal e Receita Corrente Líquida ajustada para o Poder Executivo dos Estados – referentes a salários de servidores e seus encargos, incluídos os pagamentos a inativos – é de 49%, sendo 46,55% o limite estabelecido com prudencial e 44,1% o limite de alerta.

Em um panorama geral, a despesa de pessoal nos estados brasileiros continuou a crescer como proporção das receitas no segundo quadrimestre. Além do RN, mais sete estados ficaram com o gasto pessoal do Poder Executivo acima do limite prudencial estabelecido. Foram eles: Amapá, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Acre, Minas Gerais e Roraima.

O aumento acontece de forma generalizada entre os estados, estando, muitos deles, abaixo dos limites da LRF. Os dados, no entanto, mostram desproporção entre o ritmo de crescimento das receitas estaduais e as despesas de pessoal. Nos 12 meses até agosto, por exemplo, a Receita Corrente Líquida (RCL) do agregado dos Estados caiu 0,8% em relação a igual período de 2022, enquanto a despesa com pessoal avançou 6,1%, em termos reais.

Os dados mostram que dentre os 27 entes, em 25 a despesa de pessoal cresceu enquanto a receita caiu ou também cresceu, mas a uma taxa menor que a do gasto. Em contrapartida, a arrecadação sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), principal tributo para os estados foi afetado por medidas do Governo Federal em 2022, o que resultou na redução de alíquotas em setores como o de combustíveis.

Estado potiguar quer manter ICMS em 20%

No RN, o Governo do Estado pretende manter a alíquota do ICMS em 20% durante o ano de 2024 e, assim, aumentar a arrecadação. O plano, segundo o secretário estadual da Fazenda (Sefaz/RN), Carlos Eduardo Xavier, é arrecadar R$700 milhões a mais, comparando o cenário em que o imposto voltaria aos 18%.

A justificativa é de manter a competitividade com estados vizinhos, como Ceará e Paraíba, que aumentaram suas alíquotas para 20%, assim como Pernambuco que tenta elevar a sua para o mesmo patamar. No entanto, mesmo com o maior índice do Brasil com gasto de pessoal, a secretaria não anunciou corte de gastos como uma medida para balancear as contas públicas no próximo ano.

O aumento em dois pontos percentuais foi aprovado no final de 2022 pelos parlamentares e passou a vigorar a partir do dia 1º de abril de 2023, com duração até 31 de dezembro, devendo retornar aos 18% em janeiro de 2024.

Informações da TN

Educação

VERGONHA: RN é o pior Estado do Brasil em política de alfabetização

 

O Governo da Professora Fátima Bezerra (PT) é o pior do Brasil em Alfabetização

 

O Rio Grande do Norte é o pior estado do Brasil em termos de política de alfabetização. Segundo dados do Ministério da Educação,  dos 167 municípios, apenas 14 apresentam uma política própria de alfabetização. Além disso, o RN é uma das 10 unidades federativas do País que não implementaram uma política independente com essa finalidade.  Dentre os 26 estados e o Distrito Federal, os números do RN apontam para o cenário mais negativo. Na avaliação de especialistas, a ausência dessa política impede o desenvolvimento escolar e o combate às desigualdades educacionais.

Os dados são do Ministério da Educação (MEC) e resultam de diagnóstico realizado dentro do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada que visa, dentre outros pontos, implementar políticas de alfabetização territorial em todo o País. No RN, apenas 8% dos municípios formularam uma política de alfabetização. Foi o pior índice do País, de acordo com os dados do MEC. Estados nordestinos, como Sergipe, têm um índice três vezes maior que o RN. Além disso, 63% dos governos estaduais formularam as suas políticas. O RN não está entre eles.
Na avaliação da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime/RN), há chances dos números do Estado serem ainda menores, uma vez que algumas cidades podem ter se equivocado na resposta ao levantamento. A professora Lilia Asuca, do Departamento de Administração Pública e Gestão Social da UFRN e uma das organizadoras da pesquisa “Diagnóstico das Desigualdades Educacionais no Rio Grande do Norte”, esclarece que dois fatores primordiais podem explicar as dificuldades para implementação dessas políticas: a limitação na capacidade técnico-financeira das cidades, aliada à ausência de uma coordenação estadual junto aos municípios. “Se hoje temos no Estado um Ideb bastante aquém do que se espera em termos de alcance das metas e média é porque estamos falando de uma realidade em que é preciso muito mais atenção do que foi ofertado até hoje em termos de participação estadual”, aponta.
  Uma perspectiva semelhante é partilhada pela  presidente da Undime-RN, Joária de Araújo Vieira, para quem a compreensão da educação básica como responsabilidade apenas dos municípios, somada à falta de uma articulação territoral, podem esclarecer parte dos entraves na implementação de políticas próprias de alfabetização. “Não é que não existam ações da educação infantil, mas não tinha essa articulação de realizar em todo o território.  Acredito que com base nos resultados que vieram depois no ensino fundamental e médio, veio essa preocupação de ter investimentos desde a base”, ressalta.
Em resposta à TRIBUNA DO NORTE sobre as dificuldades em olhar as políticas próprias de alfabetização, a Secretaria de Educação do Estado (Seec/RN) informou estar executando a Política de Superação do Analfabetismo do RN e atuando junto à Undime no Compromisso Nacional.“O RN possui a PSA como política própria. Por uma questão constitucional, a etapa da alfabetização de crianças compete aos municípios e o Estado cuida do público que não teve acesso à alfabetização com idade escolar entre jovens e adultos”, afirma.
   Para Lilia Asuca, a ausência de uma política independente no Rio Grande do Norte ocorre, dentre outros pontos, devido ao olhar que historicamente compreende as redes municipais e estaduais de maneira fragmentada. A docente adverte, ainda, que a educação é uma área complexa e outras problemáticas corroboram para a situação atual. Entre elas, está a ausência de uma problematização do tema na sociedade e prioridade política para combater o analfabetismo enquanto um ‘problema público’. Isso porque, segundo ela, os dados já mostram que o cenário é negativo e há casos em que crianças chegam aos 10 anos sem saber escrever palavras simples, situação ainda mais intensificada pós-pandemia.
   O resultado disso, destaca Lilia Asuca, é a formação de uma sociedade sem novas perspectivas. “No ensino médio, por exemplo, se fala muito sobre o ensino técnico. Acredito que são temáticas importantes, mas se tem algo que precisamos eleger como início de tudo é o processo de alfabetização. Se você não tem uma sociedade em que as crianças frequentam a escola, mas saem dela analfabetos, estamos falando de uma sociedade sem muita perspectiva no futuro”, complementa.
   Além de ser um ponto essencial na base educacional dos alunos, a alfabetização é a etapa mais crucial de combate à desigualdade educacional. Segundo ela, somado ao consenso entre os educadores, estudos científicos também mostram que a primeira infância (0-6 anos) e os anos iniciais correspondem à etapa em que o cérebro tem maior desenvolvimento cognitivo. As redes de educação, nesse sentido, precisam fornecer as condições necessárias à alfabetização dos alunos.
O ideal, segundo o MEC, é que as crianças tenham essas características ao terminar o segundo ano do fundamental. Em muitos casos, no entanto, esse processo é suprimido, seja pela situação socioeconômica dos estudantes, dos municípios, ou pelas dificuldades associadas à questão étinco-racial.  Para Lilia Asuca, nesse sentido, as políticas próprias de alfabetização precisam melhorar as condições dos professores com formações continuadas e fomentar maiores investimentos em materiais pedagógicos para o corpo discente.
    “Não é apenas focar no 1º e 2º ano do fundamental. Tem que começar na educação infantil mesmo não sabendo ler ou escrever ainda, ela tem que ter oportunidade de ler, analisar histórias, que é uma etapa essencial de preparação para a alfabetização”, defende. Embora o entendimento sobre quais aspectos apontam para uma pessoa alfabetizada seja variável, a gestão atual do MEC compreende que pode ser considerada alfabetizada a criança  que consegue escrever pequenas frases capazes e comunicar a informação desejada.
Dados e construção de políticas no RN 
Segundo Joária de Araújo Vieira, ainda que o Plano Nacional de Educação e os planos municipais tenham como meta o atendimento dos alunos a partir de 0 anos de idade, existe uma ausência de  estrutura nas cidades e nas próprias legislações locais voltadas à educação infantil. Por conta desses fatores, ao analisar os dados do MEC, ela aponta que a Undime ficou surpresa com algumas colocações nas respostas ao diagnóstico. Isso porque, em muitos casos, elas não refletem a realidade local.
  O levantamento do MEC foi realizado com o objetivo de analisar a demanda de cada território e, assim, apoiar estados e municípios na elaboração do Plano de Ações do Território Estadual (PATe) e da Política de Alfabetização do Território. As políticas próprias serão incrementadas de modo a contemplar os cinco eixos do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada e, segundo a pasta, deverão estar alinhadas às especificidades de cada território.
  No Rio Grande do Norte, segundo a Undime-RN, 100% das cidades aderiram ao compromisso visando garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas ao final do 2º ano do fundamental. Quantos aos municípios que apresentam política própria, em resposta à TRIBUNA, o MEC informou as 14 cidades responderam apresentar o documento, são elas: Antônio Martins, Arês, Campo Redondo, Espírito Santo, Ipanguaçu, Japi, Lagoa de Pedras, Lagoa Nova, Messias Targino, Nísia Floresta, São Fernando, São Miguel, Senador Georgino Avelino e Serra Negra do Norte.
 Simone Cortez, assessora pedagógica da Undime-RN, avalia que algumas secretarias de educação podem ter respondido ao levantamento do MEC com base no documento curricular para educação infantil ou anos iniciais.  Segundo ela, ele integra uma das partes da política de alfabetização e foi construído em colaboração com o Governo do Estado. “O Estado está entre os estados que não possuem uma política instituída, mas está sendo construída desde julho”, complementa.
   No dia 11 de setembro, o Governo do RN instituiu por meio do decreto nº 32.948, o Comitê Estratégico Estadual do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada com o objetivo de dar suporte à Seec na implementação da política territorial de alfabetização. A ideia, conforme a  assessora pedagógica, é promover tanto a alfabetização na idade certa  quanto consolidar o processo de alfabetização.
  Por meio da escuta qualificada, as iniciativas das 14 cidades que afirmam ter política independente serão avaliadas e posteriormente serão buscadas formas de fortalecer os trabalhos que estão sendo realizados.  A expectativa é que a partir de 2024 os municípios iniciem o ano letivo com as políticas próprias de alfabetização. Conforme aponta Joária, o PATe com as necessidades orçamentárias dos municípios e a maneira como o Estado pretende implementar a iniciativa foi enviado no dia 12 de setembro. O próximo passo será organizar a sua política e de que forma irá atender cada localidade.
Deu na Tribuna do Norte
Notícias

Governo vai pagar carteira de habilitação para 1 mil potiguares de baixa renda; veja as regras e saiba como concorrer

 

O Governo do Rio Grande do Norte lançou nesta segunda-feira (11) o Programa CNH Popular 2023, que oferece a emissão gratuita de carteira de habilitação para a população de baixa renda. É a 2ª vez que o programa será realizado no Estado – a primeira foi em 2021, com 353 beneficiados.

As inscrições da nova edição iniciam nesta terça-feira (12) e vão até o dia 24 de setembro. A seleção acontece até o dia 13 de outubro de 2023. A inscrição deve ser feita pela internet, no endereço abaixo:

Neste ano, serão 1 mil vagas distribuídas entre as categorias A, B, C, D e E. As vagas serão distribuídas entre os beneficiários do Bolsa Família do Governo Federal, devidamente cadastrados no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), além de outros beneficiários de programas assistenciais enquadráveis em situações similares e previsto em lei.

O programa inclui a isenção de taxas relativas a exames clínico-médicos de aptidão física e mental; exame psicológico; licença de aprendizagem e direção veicular; custos de confecção da primeira CNH ou, em caso de mudança, para a categoria C, D e E.

O Departamento de Trânsito também arcará com as despesas referentes aos cursos teórico e prático de direção veicular, ministrados pelos Centros de Formação de Condutores (CFC’s), as chamadas autoescolas.

Deu no Portal da 98

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Jean Paul Prates sobre disputar Governo do RN em 2026: “Estou qualificado”

Jean Paul pretende ser governador – Joaquim Pinheiro

 

Presidente da Petrobras, o ex-senador Jean Paul Prates (PT) não descartou a possibilidade de ser o candidato do partido ao Governo do RN em 2026, quando a governadora Fátima Bezerra deverá concluir o mandato.

Segundo ele, está pronto para “qualquer coisa”. “Estou qualificado”, disse o presidente da Estatal.

A resposta foi dada em entrevista ao Jornal 96, em meio a uma longa justificativa de Jean Paul sobre a própria carreira e a entrada dele no mundo político.

O petista, no entanto, ressaltou que isso dependerá também de quem vai disputar a presidência da República em 2026 pelo grupo dele.

Deu no Portal da 96

Notícias

MP entra com ação contra Robinson Faria por falta de repasse de parcelas de empréstimos feitos por servidores

 

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) ingressou com uma ação civil contra o ex-governador Robinson Faria, atual deputado federal pelo PL, e o ex-secretário de Planejamento do Estado Gustavo Nogueira, por atos de improbidade administrativa. Os ex-gestores são acusados de causar um dano ao erário público potiguar de R$ 1.050.805,74, em valores atualizados. O processo foi distribuído para a 2ª vara da Fazenda Pública.

O MPRN está pedindo que a Justiça potiguar condene os réus ao ressarcimento do montante mencionado, que correspondente ao prejuízo de R$ 829.342, causado ao cofre estadual e atualizado pela taxa Selic de 5 de dezembro de 2019 (data efetiva do dano ao erário) até 16 de maio de 2023. Com a atualização, o dano material alcança o montante de R$ 1.050.805,74.

Na ação, o MPRN aponta que Robinson Faria e Gustavo Nogueira deixaram de repassar às instituições financeiras valores descontados relativos a empréstimos consignados na folha de pagamento de servidores públicos e pensionistas do RN.

Na peça, o MPRN frisa que os recursos privados foram então desviados para cobrir despesas ordinárias do Estado que não haviam sido quitadas com os recursos próprios alocados em orçamento, em virtude da ruína decorrente da má administração financeira do então Governo do RN.

Na ação, o MPRN destaca que essa conduta caracterizou ato de improbidade que causou dano ao erário. Isso porque é obrigação do Estado reter a parcela do pagamento mensal do empréstimo diretamente do contracheque do servidor ou pensionista e repassá-la à instituição financeira até o dia 5 de cada mês, após o desconto em folha dos servidores. Ambos exerceram os cargos mencionados de 2015 a 2018.

Segundo consta na ação, o governo do RN à época firmou contratos e convênios com instituições financeiras autorizadas a operar pelo Banco Central do Brasil a concessão de empréstimos pessoais a servidores (ativos e inativos, civis e aposentados) e pensionistas do Estado. A formalização desses empréstimos se daria por consignação das contraprestações em folha de pagamento.

Por natureza, os valores consignados não são recursos do Estado e, sim, valores de ordem privada, pois são descontados do salário do trabalhador. A obrigação dos demandados, como gestores estaduais, é de figurar como depositário dos recursos e repassador das verbas que abatem dos vencimentos dos servidores, nos exatos termos dos convênios firmados e da legislação em vigor.

Na ação civil, o MPRN citou que o Banco Olé deixou de receber os repasses a partir da folha de pagamento de março de 2017 com vencimento da obrigação para o Estado em abril do mesmo ano. Essa situação permaneceu inalterada até o fim do mandato de Robinson Faria.

De modo semelhante, os repasses ao Banco do Brasil deixaram de ser efetivados a partir de julho de 2018, tendo os repasses permanecidos erráticos até o final da gestão dos demandados. Os problemas com os repasses ao Banco Bradesco S/A começaram ainda em 2016.

Ainda na petição, o MPRN reforçou que os gestores tinham ciência da inadimplência do Estado para com os bancos, pois foram notificados extrajudicialmente pelos credores.

Deu no Portal da 98

Notícias

Governo Fátima já sabia que criminosos planejavam ataques, diz Secretário

Um carro foi incendiado na garagem da Secretaria de Obras de Parnamirim — Foto: Vinicius Marinho/Inter TV Cabugi

 

As forças de segurança do Rio Grande do Norte já sabiam que criminosos estavam se articulando para realizar ataques em cidades do estado. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a ação é retaliação de um grupo criminoso por apreensões de armas e drogas em operações recentes da polícia.

Os ataques começaram na madrugada desta terça-feira (14). Pelo menos cinco suspeitos foram presos e um morreu em confronto com a polícia. Galões de gasolina e coquetéis molotov também foram apreendidos, segundo o governo.

A polícia disse que aumentou o policiamento nas ruas.

“Não temos detalhes da motivação, mas nós acreditamos que com ações policiais anteriores, há 15 dias atrás, onde houve um enfrentamento da segurança pública em relação a infratores, onde foi apreendida grande quantidade de drogas e armas, isso inquietou a delinquência a enfrentar o sistema de segurança pública”, disse o coronel Francisco Araújo, secretário de Segurança Pública do RN.

“Colocamos todo o sistema em atenção, com ações que começamos a empreender ontem à tarde para atenuar qualquer ação que tivesse. A motivação dos ataques que aconteceram, cabe à investigação, nós não vamos detalhar, cabe à investigação por parte da Polícia Civil e da Polícia Federal, através das duas Forças-Tarefas – a de Mossoró e a de Natal”, apontou.

Pelo menos 14 cidades do Rio Grande do Norte tiveram uma madrugada de ataques a tiros e incêndios em prédios públicos, comércios e veículos.

Além da capital, Natal, foram alvo de ataques as cidades de Acari, Boa Saúde, Caicó, Campo Redondo, Cerro Corá, Jaçanã, Lajes Pintadas, Montanhas, Mossoró, Parnamirim, Santo Antônio. Tibau do Sul e São Miguel do Gostoso.

Entre os alvos estão um fórum de Justiça, duas bases da PM e uma prefeitura e um banco. Também foram atingidos uma loja de motos e carros que estavam estacionados nas ruas e em garagens públicas.

“O crime será combatido com todo rigor pela segurança pública, não iremos tolerar e aceitar, vamos partir pra cima como se diz na linguagem policial”, disse Araújo.

A Secretaria de Segurança do RN ainda não informou um balanço do total de prédios e veículos atacados. A pasta informou que as investigações estão em andamento para identificação dos mandantes e criminosos envolvidos.

O governo ainda considerou que conseguiu evitar mais ataques, com prisão de suspeitos, na noite de segunda-feira (13).

“Prendemos pessoas suspeitas, identificamos locais onde estavam recipientes com gasolina. Em outros locais (os ataques) aconteceram porque é impossível estarmos em todos os lugares, mas chegamos quase no momento dos acontecimentos. Estamos garantindo ao cidadão a segurança. Qualquer situação de anormalidade, pedimos que a população acione o 190. Não vamos admitir que alguma organização criminosa venha colocar medo na sociedade”, afirmou o comandante-geral da PM, coronel Alarico Azevedo.

Com informações do g1

Educação

Professores estaduais deflagram greve por tempo indeterminado

 

Os professores da rede estadual de ensino decidiram nesta sexta-feira (3) deflagrar greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada por unanimidade durante assembleia do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte-RN) na Escola Estadual Winston Churchill, na Cidade Alta, em Natal.

Os educadores decidiram entrar em greve após rejeitarem uma proposta do Governo do Estado para pagamento do reajuste salarial de 2023. A categoria cobra o pagamento dos 14,95% de uma vez. E também quer que o retroativo do piso 2022 seja pago em 12 parcelas ao longo do ano de 2023.

O piso salarial é o valor mínimo pelo qual cada categoria deve ser remunerada. Em janeiro deste ano, o Ministério da Educação definiu o novo piso dos professores de escolas públicas em R$ 4.420,55, o que representa um reajuste de 14,95% sobre o valor do ano passado, que era de R$ 3.845,63.

No Rio Grande do Norte, contudo, o reajuste precisa ser aplicado para todos os professores, e não apenas para quem ganha o piso.

Proposta do governo

Na última terça-feira (28), o Governo do Estado havia feito uma nova proposta para pagamento do reajuste.

A proposta do governo era a seguinte:

  • Implementação do reajuste de 14,95% no mês de março mais retroativo de janeiro e fevereiro para professores que recebem abaixo do valor do piso (R$ 4.420,55);
  • Para os demais: 6,5% de reajuste em maio e 7,93% em dezembro, com retroativo pago em 8 parcelas, entre maio e dezembro de 2024.
  • Quanto ao retroativo do piso salarial de 2022 (referente ao período anterior à implantação do aumento do ano passado), o governo prometeu agora começar a pagar no mês de março, em 14 parcelas, dispostas entre março de 2023 e abril de 2024.

 

Informações da 98 FM

Política

Governo Fátima é condenado a pagar R$ 60 milhões a municípios do RN

 

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte condenou o Governo do Estado a pagar um valor superior a R$ 60 milhões aos municípios potiguares. O dinheiro é referente aos valores destinados a programas de assistência farmacêutica e ao fortalecimento da atenção básica, que estavam com seus repasses sendo atrasados pelo Executivo estadual desde gestões passadas e que se mantinham atualmente. Os pagamentos deverão ser feitos em parcelas de R$ 3 milhões. A decisão do Judiciário foi por unanimidade, a partir de ação movida pela Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn).

“É mais uma grande conquista da nossa entidade municipalista. Tentamos acordo por vias administrativas com o Governo e não obtivemos êxito. O Ministério Público também tentou intermediar, mas não houve acerto por parte do Estado. A atual gestão da Femurn buscou um entendimento de todas as formas, e agora com a decisão do Tribunal de Justiça, os municípios receberão em parcelas, mas que com certeza farão uma diferença grande para a população, em especial na Farmácia Básica”, disse Babá Pereira, presidente da Femurn.

Na decisão do relator do processo, o desembargador Claudio Santos, consta ainda que o Estado deverá realizar os repasses mensais rigorosamente na data determinada, tanto dos valores em atraso quanto os futuros pagamentos, sob pena de bloqueio dos recursos. A decisão é uma grande vitória dos municípios potiguares, que mesmo durante a pandemia, precisaram suportar o atraso no repasse das verbas que são utilizadas, dentre outras coisas, para a compra de medicamentos essenciais.

O assunto sempre esteve em destaque na pauta da Femurn, dada a importância do papel social exercido pelos programas de saúde relacionados à ação. O processo chegou a ficar suspenso por alguns meses diante da tentativa do Ministério Público, coautor da ação, de mediar um acordo entre as partes. Mas, mesmo reconhecendo o débito, o Estado alegava dificuldades financeiras que lhe levaram a descumprir a obrigação de repasse dos recursos aos Municípios.

NOTA DO GOVERNO DO RN     

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, através da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), não foi citado oficialmente quanto à decisão judicial que trata de ação movida pela Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte.

Polícia

Governo do RN pede a PC, PF e MP investigação relacionada a autoria de mensagens sobre “salve”, fakenews e “Mão Branca”

 

As forças de segurança no Rio Grande do Norte, em especial as polícias Civil e Federal e o Ministério Público do RN, já estão investigando o compartilhamento de mensagens com fakenews sobre casos de violência que teriam acontecido na semana passada, mas que não se confirmaram; além da mensagem que anunciou um suposto “salve” de uma facção criminosa e, até, o ressurgimento de um tal de “Mão Branca”, prometendo matar bandidos.

A informação da investigação foi revelada pelo Coronel Araújo Silva, secretário estadual de Segurança Pública, em entrevista ao Brasil Urgente, com Luiz Almir, na TV Band. Segundo Araújo, “já existem inquéritos instaurados e avançando, para identificar pessoas que ficam divulgando em redes sociais e causando o pânico”.

No caso do “Mão Branca”, Coronel Araújo se limitou a dizer que isso é “coisa que as pessoas colocam nas redes sociais”. “Por mais segurança e ostensividade que se tenha, isso cria insegurança na cabeça das pessoas, aí prejudica o comércio, prejudica a escola, o esporte, o lazer”, acrescentou.

MENSAGEM DE SALVE

A onda de informações desencontradas está acontecendo, de forma mais forte, desde a quarta-feira (5), quando a mensagem de um suposto “salve” (ordem de facção criminosa) começou a ser compartilhada, autorizando assaltos em diferentes zonas de Natal. De lá para cá, notícias de assaltos e crimes passaram a ter mais repercussão, sobretudo, pela gravidade dos casos (houve dois latrocínios na sexta-feira, por exemplo).

“MÃO BRANCA”

“Mão Branca” foi um personagem que surgiu na década de 80 no Rio Grande do Norte, em meio a uma onda de insegurança que existia naquela época. “Ele” enviava cartas para as redações dos jornais anunciando quais os bandidos que seriam mortos no dia seguinte. Até hoje, em momentos de maior onda de insegurança, algumas pessoas mais velhas ressaltam a necessidade de um “Mão Branca” atual para reduzir o número de criminosos em circulação.

Deu na Band